Por afeto [affectum] entendo as afecções [affectiones] do Corpo pelas quais a potência de agir do próprio Corpo é aumentada ou diminuída, favorecida ou coibida, e simultaneamente as ideias destas afecções. [Espinosa, Ética Parte III, Definições III]
Let’s borrow the definition of the term affect from Deleuze who, in one of his lectures from 1978 on Spinoza’s Ethics (January 24, 1978), declares: Deleuze (Espinosa) – affectio e affectus
Deleuze refers here explicitly to book 3 of the (…)
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Affekt / Affektion / Befindlichkeit
Affekt / afeto / affect/ Affektion / Befindlichkeit / affection / disposibilité/ disposição / encontrar-se / sentimento-de-situação / attunement / disposedness / disposition / entender-de
Affekt, der: GA1 GA2 GA6T1 GA6T2 GA11 GA17 GA18 GA19 GA20 GA22 GA23 GA24 GA26 GA28 GA38 GA39 GA43 GA44 GA48 GA50 GA54 GA58 GA60 GA63 GA64 GA87 GA89
Affektion, die: GA2 GA3 GA9 GA11 GA15 GA20 GA21 GA23 GA24 GA25 GA26 GA27 GA28 GA41 GA60 GA65 GA69 GA70 GA74 GA78 GA85 GA86 GA87 GA89
befinden (V.): GA1 GA2 GA4 GA7 GA8 GA9 GA13 GA15 GA16 GA17 GA18 GA19 GA20 GA22 GA23 GA24 GA25 GA27 GA28 GA29-30 GA31 GA32 GA33 GA34 GA35 GA38 GA40 GA45 GA50 GA51 GA52 GA54 GA55 GA56-57 GA60 GA62 GA64 GA66 GA71 GA75 GA76 GA77 GA78 GA86 GA87 GA88 GA89 GA90
befindlich (Adj.): GA1 GA2 GA5 GA9 GA15 GA16 GA17 GA18 GA19 GA20 GA27 GA29-30 GA31 GA33 GA34 GA36-37 GA38 GA48 GA51 GA55 GA58 GA61 GA62 GA64 GA78 GA88 GA89 GA90
Befindlichkeit, die: GA2 GA3 GA9 GA17 GA18 GA19 GA20 GA24 GA27 GA45 GA46 GA62 GA64 GA66 GA70 GA71 GA88 GA89
Matérias
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Malabou (Self) – afecção - autoafecção
29 de junho de 2023, por Cardoso de Castro -
Être et temps : § 60. La structure existentiale du pouvoir-être authentique attesté dans la conscience.
7 de janeiro de 2013, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’interprétation existentiale doit dégager une attestation, présente dans le Dasein lui-même, de son pouvoir-être le plus propre. La guise en laquelle la conscience atteste n’est pas une annonce indifférente, mais une con-vocation pro-vocante à l’être-en-dette. Ce qui est ainsi attesté est (…) -
Biemel (1987:166-169) – disposição [Befindlichkeit]
3 de outubro, por Cardoso de CastroAté agora, consideramos a transcendência insistindo, acima de tudo, no termo em direção ao qual o Dasein se move. Portanto, nós a identificamos, muito naturalmente, com a estrutura fundamental da compreensão: é por meio da transcendência que o Dasein se projeta em direção a um mundo. Mas a transcendência não pode ser realizada sem a colaboração da disposição (afetiva). O Dasein não é constituído apenas pela compreensão. Como a transcendência deve abranger o ser-no-mundo em sua totalidade, (…)
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GA6T1:52-53 – querer [Wollen] e vontade de poder [Wille zur Macht]
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroTomado estritamente no sentido do conceito nietzschiano de vontade, o poder nunca pode ser pressuposto previamente como meta para a vontade, como se o poder fosse algo que pudesse ser estabelecido inicialmente como estando fora da vontade. Porquanto a vontade é decisão por si mesma como um assenhoramento que se estende para além de si; porquanto a vontade é querer para além de si, a vontade é potencialidade que se potencializa para o poder.
Casanova
O querer mesmo é um assenhoramento (…) -
Dastur (1998:125-127) – "mundo" logo após Ser e Tempo (2)
11 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodetalhe
Mas a superação da concepção transcendental do mundo não significa a supressão da capacidade projetiva do Dasein, mas antes a sua subordinação ao acontecimento primordial da abertura do mundo em que o Dasein se encontra. Para Heidegger, o problema não é tanto inverter o modo de pensar transcendental, atribuindo ao mundo o papel ativo que até então cabia ao Dasein, mas pensar na sua intimidade a identidade do mundo e do Dasein, de modo a que não haja duas instâncias separadas (…) -
Katherine Withy (2024:8-10) – conjuntura [Bewandtnis]
6 de novembro, por Cardoso de CastroComecemos com o fato de que as entidades são significativas. Dizer que as entidades são significativas é dizer que elas aparecem para nós de forma inteligível no contexto do que estamos fazendo. Antes de tudo, encontramos entidades não como objetos, mas como parafernálias com as quais “lidamos” , “manipulamos” e “colocamos em uso” (SZ: 66-7) quando estamos “trabalhando” (SZ: 70). Essas entidades estão “prontas para serem usadas” em nossos projetos. Estar pronto para ser usado é quando uma (…)
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Wrathall (2006:30-32) – tonalidade afetiva [Stimmung] e disposição [Befindlichkeit]
19 de outubro, por Cardoso de CastroOntologicamente, o humor [Stimmung] é um tipo primordial de ser para o Dasein, no qual o Dasein é desvelado a si mesmo antes de toda cognição e volição, e além de seu alcance de desvelamento… Ontologicamente, obtemos, assim, como primeira característica essencial dos estados de espírito [Befindlichkeit], o fato de que desvelam o Dasein em seu ser-jogado e — numa primeira aproximação e na maioria das vezes — na forma de um evasivo giro.
… Um estado de espírito nos assalta. Ele não vem nem (…) -
SZ:§29 – Comentários Befindlichkeit
21 de abril de 2021, por Cardoso de Castro[RIVERA, Jorge Eduardo & STUVEN, María Teresa. Comentario a Ser y Tiempo de Martin Heidegger. Vol. II Primera Sección. Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 2010, p. 146-147]
Guía de Lectura de Ser y Tiempo de Martin Heidegger. Volumen 1. Barcelona: Herder, 2016 (ebook)]
[PASQUA, Hervé. Introdução à leitura de Ser e Tempo de Martin Heidegger. Lisboa: Instituto Piaget, 1997, p. 75-76]
[WRATHALL, Mark A. (ed.). The Cambridge Companion to Heidegger’s Being and Time. (…) -
GA6T1:57-59 – afetos e paixões
4 de maio de 2020, por Cardoso de CastroNa maioria das vezes, Nietzsche emprega a palavra paixão como possuindo o mesmo significado de afeto. No entanto, se ira [Zorn] e ódio [Haß], ou alegria e amor [Freude und Liebe], por exemplo, não são apenas diferentes como um afeto é distinto de outro, mas são diferentes como um afeto e uma paixão, então também precisamos aqui de uma determinação mais exata.
Casanova
Tão frequente quanto a caracterização nietzschiana da vontade como afeto [Affekt] é sua caracterização da vontade como (…) -
Stambaugh (1986:IV) – temporalidade [Zeitlichkeit], realidade [Wirklichkeit], tonalidade afetiva [Stimmung]
25 de setembro, por Cardoso de CastroSe a resposta à pergunta filosófica fundamental e generalizada: O que é real? não está em dar uma razão pela qual algo é, e se ela não abandona seu caráter de pergunta e se concentra na tentativa pragmaticamente bem-sucedida ou malsucedida de lidar com essa pergunta "O que é real?" como algo desconhecido e dificilmente controlável (o inconsciente como o que é real), onde estamos agora? Esperávamos que uma consideração sobre a temporalidade nos desse uma nova visão sobre o que é real.
Isso (…) -
Barbaras (2016) – angústia
7 de outubro, por Cardoso de CastroDe fato, na obra de Heidegger, há um afeto que goza de um status absolutamente privilegiado, na medida em que nos coloca diante do próprio mundo, de certa forma acima dos entes, ou melhor, a favor de seus deslizes ou abalos, a saber, a angústia. Esta parece estar situada, por assim dizer, no mesmo nível de nosso sentimento, de modo que a angústia seria para os outros afetos o que, para nós, o sentimento é para o desejo: enquanto o desejo, como os outros afetos, permite que nos relacionemos (…)
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Monticelli (1997:172-174) – Daseinanálise
20 de outubro, por Cardoso de CastroVamos agora considerar o que Heidegger reprova a Binswanger cerca de trinta anos depois. Nota de seminário de Zollikon [GA89], 8 de março de 1965:
Lá psychiatrische Daseinsanalyse (Binswanger) extraiu da Fundamental-ontologische Analytik des Daseins essa estrutura fundamental que, em Sein und Zeit, é chamada de ser-no-mundo, e fez disso o único fundamento de sua ciência .
Mas não é exatamente isso que Heidegger declarou em 1927 como o problema fundamental de Sein und Zeit, como a (…) -
Malabou (2013) – autoafecção
10 de outubro, por Cardoso de CastroVamos tomar emprestada a definição do termo afeto de Deleuze que, em uma de suas palestras de 1978 sobre a Ética de Spinoza (24 de janeiro de 1978), declara:
Começo com algumas precauções terminológicas. No livro principal de Spinoza, que se chama Ética e que está escrito em latim, encontramos duas palavras: affectio e affectus. Alguns tradutores, estranhamente, traduzem ambas da mesma maneira. Isso é um desastre. Eles traduzem os dois termos, affectio e affectus, por “afeição”. Chamo isso (…) -
GA6T1:53-57 – afetos são configurações da vontade de poder
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroComo devemos tomar então a essência do afeto, da paixão e do sentimento? Como devemos tomar essa essência de modo a torná-la frutífera para a interpretação da essência da vontade no sentido nietzschiano?
Casanova
Na passagem que acabamos de citar, Nietzsche diz: todos os afetos são “configurações” da vontade de poder. Se perguntarmos o que é a vontade de poder, Nietzsche então responderá: ela é o afeto originário. Os afetos são formas da vontade; a vontade é afeto. Denomina-se tal (…) -
Chambon (1990:25-27) – conhecimento, modo deficiente de ser-no-mundo
12 de outubro, por Cardoso de Castro[…] O.F. Bollnow desenvolve a relação das tonalidades com a realidade e, portanto, sua forma de “objetividade”, em passagens dedicadas à sua ligação com o conhecimento. “… os diferentes estados de tonalidade afetiva implicam, respectivamente, em diferentes possibilidades de conhecimento” (31). A relação do conhecimento com seu fundamento afetivo sugere uma comparação com a filosofia de Heidegger.
O.F. Bollnow critica a unilateralidade de sua perspectiva, segundo a qual o conhecimento é um (…) -
Wrathall (2006:34-37) – a disposição [Befindlichkeit] é uma “sintonia”
19 de outubro, por Cardoso de CastroVamos resumir o que aprendemos com nossa análise do exemplo do medo. Primeiro, o medo que sinto no beco me mostra como estou em relação ao mundo ao meu redor — me mostra como sou vulnerável em relação ao que está me ameaçando, como sou carente em relação ao que oferece refúgio, etc. Em seguida, vimos que faz com que a situação como um todo apareça de forma diferente e permite que me concentre e me direcione para coisas específicas dentro desse todo. Por fim, quando tenho medo, sinto que as (…)
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Être et temps : § 55. Les fondements ontologico-existentiaux de la conscience.
7 de janeiro de 2013, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’analyse de la conscience prend pour point de départ un caractère d’abord indifférent de ce phénomène : d’une façon ou d’une autre, il donne quelque chose à comprendre. La conscience ouvre, et elle appartient pour cette raison à l’orbe des phénomènes existentiaux qui constituent l’être du (…) -
Être et temps : § 39. La question de la totalité originaire du tout structurel du Dasein.
16 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’être-au-monde est une structure originairement et constamment totale. Au cours des chapitres précédents (chap. II à V), elle a été précisée phénoménalement en tant que tout, et, toujours sur cette base, en ses moments constitutifs. La perspective ouverte au début[[Cf. supra, §12, p. [52] (…) -
Katherine Withy (2024:2-3) – pathe e Befindlichkeit
1º de agosto, por Cardoso de CastroAs coisas nos afetam. Elas nos afetam, afligem, atingem, importam e nos movem. Somos movidos ou afetados por "coisas" no sentido comum — a parafernália de nossa vida diária — mas também por nós mesmos, por outros e por fenômenos ontológicos como o ser e o tempo. Todas essas coisas são capazes de nos afetar. Como elas podem fazer isso?
Sobre essa questão, Martin Heidegger acha que a história da filosofia não ofereceu "nada essencialmente novo" desde Aristóteles (GA20: 393; SZ: 139). (…) -
Blattner (2006:76-84) – Humor/Disposição (Befindlichkeit)
9 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Assim, os estados de espírito [Befindlichkeit] (1) revelam importações, (2) funcionam como atmosferas, (3) revelam "como vamos levando", (4) são passivos, (5) têm objetos, e (6) co-constituem o conteúdo da experiência.
[…]
Assim, não só os estados de espírito e as emoções, mas também as sensibilidades e as virtudes (bem como os vícios), partilham algumas das características críticas em que Heidegger está interessado sob o título disposição e estado de espírito ou tonalidade (…)
Notas
- Auxenfants (§28N10) – Befindlichkeit
- Blattner (1999:46) – tonalidade afetiva (Stimmung)
- Blattner (1999:51-52) – Possibilidade
- Blattner (1999:52) – ser-fundamento
- Blattner (2006:78) – temor (Furcht)
- Blattner (2006:79) – Humor/Disposição (Befindlichkeit)
- Boutot (1993:35) – Befindlichkeit - disposição
- Boutot (1993:35) – In-sein - sem-em
- Casanova (Marx:78-79) – afetos [Befindlichkeit]
- Casanova (Tédio:24-25) – Stimmungen (tonalidades afetivas)
- Ciocan (2014:8) – a morte e os existenciais
- Deleuze (Espinosa) – affectio e affectus
- Félix Duque – En el inicio era el sentimiento (Stimmung)
- Franck (2005) – Befindlichkeit - Stimmung
- GA18:132-133 – pathos - psyche
- GA64:111 – O que meço ao medir o tempo?
- GA64:56-57 – Entschlossenheit
- GA66:90 – tonalidade afetiva (Stimmung)
- GA6T1:124-125 – o estar afinado que se corporifica
- Gerhard Thonhauser (2019) – Befindlichkeit