Embora, às vezes, Jünger falasse como se a era do trabalhador fosse totalmente dedicada aos meios, em outras ocasiões ele reconhecia que essa era contém seu próprio objetivo: a dominação mundial pela raça mestra dos trabalhadores. No entanto, para atingir esse objetivo, foi necessário um período de instabilidade e niilismo:
Nosso mundo técnico não é uma área de possibilidades ilimitadas; ao contrário, ele possui um caráter embrionário que leva a uma maturidade predeterminada. Assim, nosso (…)
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Hermenêutica
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Zimmerman (1990:60-62) – A era do trabalhador
18 de novembro, por Cardoso de Castro -
Zimmerman (1990:57-59) – O conceito de Jünger da Gestalt do Trabalhador
18 de novembro, por Cardoso de CastroEm O Trabalhador [Der Arbeiter], Jünger definiu esse novo tipo de humanidade, que foi compelida pela Gestalt do trabalhador a produzir dispositivos tecnológicos cada vez mais poderosos a serviço da dominação planetária. O que Jünger quis dizer com Gestalt não está totalmente claro. Em termos psicológicos, significa uma forma ou um formato que é mais do que a soma dos elementos perceptivos organizados por essa forma. Jünger muitas vezes permite que a palavra seja definida negativamente, por (…)
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Zimmerman (2001:33-34) – Heidegger e Jünger
18 de novembro, por Cardoso de CastroO mais importante desses modernistas reacionários foi Ernst Jünger. A descoberta dos seus escritos foi o terceiro factor que moldou a mudança da minha abordagem histórica e contextual ao conceito de tecnologia moderna de Heidegger. Enguanto Herf aborda brevemente quanto Heidegger é tributário de Jünger e de outros modernistas reacionários, eu analiso em pormenor essa tributação, enquanto ela se me afigura como crucial, tanto no concernente à compreensão da evolução da perspectiva de (…)
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Don Ihde (1991) – Qualidades, matematização e mundo da vida
18 de novembro, por Cardoso de CastroDe acordo com Husserl, o que era “óbvio” para Galileu era uma longa tradição de relação e aplicação da geometria antiga em uma aparência platônica, de modo que o mundo empírico pudesse ser matematizado com certa intuitividade — mas apenas até certo ponto. As medidas e correspondências parciais eram conhecidas desde a antiguidade (e revividas no Renascimento [20]). Assim, sem especificar mais as origens, as proporções entre comprimentos de cordas e sons (harmônicos) e entre formas (…)
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Don Ihde (1991) – Praxis-percepção, um modelo fenomenológico de interpretação
18 de novembro, por Cardoso de CastroO principal progenitor do movimento fenomenológico foi Edmund Husserl, cujas obras publicadas foram publicadas desde o início do século XX até 1936. Um leitor francês dele, especialmente com [17] relação às obras posteriores, foi Maurice Merleau-Ponty, que faleceu em 1961. Ambos voltaram sua atenção para o papel da percepção na ciência e ambos utilizaram uma versão do mundo da vida como uma ideia interpretativa.
A Crise de Husserl foi publicada em 1936, e nela é possível encontrar um (…) -
Don Ihde (1991) – Filosofia da Ciência
18 de novembro, por Cardoso de CastroNão quero retomar o mesmo terreno já bem trilhado desde a publicação de The Structure of Scientific Revolution (1962). Os argumentos e contra-ataques, as extensões e revisões foram muitos. Mas vou adotar uma abordagem diferente. Não abordarei a reação da linha principal, que acusou Kuhn tanto de reduzir a ciência a uma sociologia da ciência quanto de exibir um suposto irracionalismo, que surgiu de sua mudança de ênfase na descoberta de sua base anteriormente “puramente” racional em formas de (…)
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Janicaud (1985) – Cibernética
18 de novembro, por Cardoso de CastroDa universalização da técnica ao mito da transparência difundido mundialmente, o círculo ainda não foi completado: o que está faltando é uma consideração sobre a natureza especificamente linguística da técnica.
Ellul, embora reconheça a “fraternidade informal” que está sendo estabelecida entre os técnicos, diagnostica uma progressão de mal-entendidos, uma dissociação das formas sociais e das estruturas morais, a redução do corpo social a um conjunto de indivíduos; e o próprio McLuhan fica (…) -
Ceticismo e epistemologia (Dreyfus & Taylor, 2015:5-7)
18 de novembro, por Cardoso de CastroA conexão entre o ceticismo e a epistemologia moderna é clara desde o início, no trabalho de Descartes. Ele usa o ceticismo, poderíamos dizer, não para promover a agenda cética, mas para estabelecer sua própria topologia do eu, da mente e do mundo. Na primeira Meditação, o leitor é bombardeado com toda a barragem de argumentos céticos. O objetivo não é, como no caso dos antigos ou, mais recentemente, de Montaigne, fazer com que percebamos o quão pouco sabemos. Pelo contrário, o argumento (…)
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Bernard Stiegler – Técnica e Tempo (aceleração)
18 de novembro, por Cardoso de CastroEmbora nossa compreensão atual da técnica ainda seja amplamente determinada pelas categorias de fim e meio, desde a Revolução Industrial e as profundas mudanças sociais que a acompanharam, a técnica, com as mudanças repentinas que sofreu, assumiu uma nova opacidade, que as grandes divisões do conhecimento terão cada vez mais dificuldade em explicar. Nos últimos anos, que foram marcados pela “modernização” e pela desregulamentação política e econômica em relação direta com o desenvolvimento (…)
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Bernard Stiegler – Técnica e Tempo (Habermas)
18 de novembro, por Cardoso de CastroA alternativa de Habermas à tese de Marcuse baseia-se na ideia de que deve ser feita uma distinção entre dois conceitos de racionalização: o processo de desenvolvimento das forças produtivas só pode ser um potencial de liberação se não substituir a racionalização que deve ocorrer
o processo de desenvolvimento das forças produtivas só pode ser um potencial de liberação se não substituir a racionalização que deve ocorrer […] no nível da estrutura institucional [que] só pode ser alcançada no (…)