O tema central em meu confronto com as Contribuições [GA65] é a emergência. As Contribuições arriscam o pensamento de que o ser se torna próprio no Not — emergência, urgência, exigência. Encontros genuínos com os entes (das Seiende) — a terra em que habitamos, as ferramentas que usamos, a arte que criamos, as comunidades nas quais tentamos atingir nossos objetivos — exigem um momento raro e urgente em que nos apropriamos e somos apropriados pela significância dos entes como um todo. (…)
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GA65 / GA 65 / GA LXV / GA65EM / GA65AM / GA65DPC / GA65DP / GA65DVP / GA65PT / GA65FR / GA65IT
Beiträge zur Philosophie (Vom Ereignis) (1936–1938), ed. F.-W. von Herrmann , 1989, 2nd edn. 1994, XVI, 522p.
TRADUÇÕES
- HEIDEGGER, Martin. Contribuições à Filosofia (Do Acontecimento Apropriador). Tr. Marco Antonio Casanova . Rio de Janeiro: Via Verita, 2014. [GA65PPT]
- HEIDEGGER, Martin. Aportes a la filosofía: acerca del evento. Tr. Dina V. Picotti C.. Buenos Aires: Biblos, 2003. [GA65DPC]
- HEIDEGGER, Martin. Apports à la philosophie. De l’avenance. Tr. François Fédier . Paris: Gallimard, 2013. [GA65FR]
- HEIDEGGER, Martin. Contributions to Philosophy : (From Enowning). Tr. Parvis Emad & Kenneth Maly . Bloomington: Indiana University Press, 1999. [GA65EM]
- HEIDEGGER, Martin. Contributions to Philosophy (Of the Event). Tr. Richard Rojcewicz & Daniela Vallega-Neu . Bloomington: Indiana University Press, 2012. [GA65RV]
- Contributi alla filosofia (Dall’evento). Tr. Alessandra Iadicicco. Roma: Adelphi, 2007 [GA65IT]
GA65 - BEITRAGE ZUR PHILOSOPHIE - Contribuições à Filosofia
- I. VORBLICK
- II. DER ANKLANG
- III. DAS ZUSPIEL
- IV. DER SPRUNG
- V. DIE GRÜNDUNG
- VI. DIE ZU-KÜNFTIGEN
- VII. DER LETZTE GOTT
- VIII. DAS SEYN
Matérias
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Polt (2013:5-9) – Contribuições à Filosofia [GA65]
1º de outubro, por Cardoso de Castro -
Parvis Emad & Kenneth Maly: GRUND
8 de abril de 2017, por Cardoso de CastroTranslator’s Foreword
I. The Group of Words That Gather Around One Single Word
5. Grund and Related Words
The clue to translating words such as Abgrund, Ungrund, Urgrund, gründen, Gründer, and Gründung — all of which directly pertain to being’s sway — is given in the word Grund. Thus, when Heidegger asks, "Why is Da-sein the [Grund] and [Abgrund] for historical man . . . and why should he then not continue to be the way he is?" he alludes to the proximity of Grund to Abgrund. Grund (…) -
Mitchell (2015:27-28) – maquinação
20 de outubro, por Cardoso de CastroOs entes são abandonados ao mundo, e isso significa que eles são abandonados à maquinação. Ao ente abandonado, “o ente aparece assim, ele se mostra como objeto e presente, como se não tivesse essência” (GA65: 115/91, tm). A maquinação nomeia a constelação de forças que lutam pela objetivação e presença do mundo, realizando o trabalho contínuo de abandono. Assim, os entes aparecem como objetos presentes e a maquinação estabelece todo um sistema de apoio para garantir que eles sejam tratados (…)
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Parvis Emad & Kenneth Maly: EREIGNIS
8 de abril de 2017, por Cardoso de CastroTranslator’s Foreword
I. The Group of Words That Gather Around One Single Word
1. Ereignis and Related Words
We considered the possibility of leaving the word Ereignis untranslated, since we were aware of Heidegger’s own view, corroborated by our understanding of Contributions, that Ereignis is "as little translatable as the guiding-Greek word logos and the Chinese Tao . . . and is … a singulare tantum." And yet we opted for translating Ereignis rather than leaving it untranslated, (…) -
Hans Ruin: GA65 – Estrutura da Obra
13 de junho de 2021, por Cardoso de CastroDREYFUS, Hubert L. & WRATHALL, Mark A. (ed.). A Companion to Heidegger. Oxford: Blackwell Publishing, 2005, p. 360-361
The overall philosophical theme or issue of Contributions is the same as in Being and Time, namely the question of being which remains the horizon of Heidegger’s philosophical pursuits throughout his life. But as Being and Time pointed out in its introductory sections, the question of being is the most general and therefore in a sense the most empty of all possible (…) -
Mitchell (2015:31-32) – maquinação e experiência
21 de outubro, por Cardoso de CastroA posição aparentemente privilegiada do sujeito humano na representação leva a uma ênfase pessoal e social na experiência vivida (Erlebnis), que Heidegger identifica como o participante necessário da extensão da maquinação. De fato, Heidegger vincula a maquinação e a experiência vivida diretamente como a transformação da época da afiliação tradicional entre ser e pensar: “A maquinação e a experiência vivida são formalmente a versão mais originária da fórmula para a questão-guia do pensamento (…)
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Fédier (GA65:Note) – nichten (s’accomplir en nullition)
23 de maio de 2023, por Cardoso de CastroQue cherche à dire ce terme de « nullition» ? Le fait de rendre à sa nullité – non pas annuler, mais nuller (comme cela pouvait encore être dit dans notre ancienne langue).
Regardons maintenant de plus près ce qu’écrit Heidegger :
Was nicktet, lichtet sich als das Nichthafte. Dieses kann im « Nein » angesprochen werden. Das « Nicht » entspringt keinesfalls aus dem Nein-sagen der Negation. Jedes « Nein », [597] das sich nicht als eigenwilliges Pochen auf die Setzungskraft der (…) -
Fédier (GA65:Note) – lichten (allégir)
23 de maio de 2023, por Cardoso de CastroAllégir, à la différence d’alléger, signifie en effet non pas ôter à quelque chose une partie de son poids, mais bien plus finement: lui ôter tout ce qu’il a de pesant – et, en ce sens, lui restituer sa légèreté native (ce qui sous-entend que l’on regarde désormais tout ce qui est de telle sorte qu’on le voie pour ainsi dire en état de lévitation).
Was nichtet, lichtet sich als das Nichthafte (GA 9, 359)
Avant de traduire, commençons par observer la phrase. Elle articule deux des (…) -
GA65 (Casanova) – vida (Leben)
17 de setembro de 2023, por Cardoso de CastroTudo parece como se a decisão entre ser ou não ser já fosse sempre decidida em favor do ser, uma vez que, de qualquer modo, a “VIDA” é: querer ser. Portanto, não há absolutamente nada aqui para ser decidido. Mas o que significa aí “VIDA” e até que ponto a “VIDA” é aqui concebida?
Caso aconteça essa segunda opção, então todas as experiências e realizações não serão levadas a termo senão como expressão da “VIDA” segura de “si mesma” e consideradas, por isso, como organizáveis. Por (…) -
Mitchell (2015:28-31) – representação [Vorstellen]
21 de outubro, por Cardoso de Castro[…] A maquinação é, portanto, um fenômeno moderno, o trabalho de uma era determinada pela representação, conforme detalhado em outro ensaio desse período, “O tempo da imagem do mundo” [GA5] (1938), que elabora ainda mais o que Contribuições identifica como “ciência moderna e sua essência maquinalmente enraizada” (GA65: 141/111).
Nesse ensaio provocativo e de amplo alcance, Heidegger indaga sobre a essência de nossa era (modernidade) investigando uma de suas formações essenciais, a ciência (…) -
GA65:61. Maquinação
27 de maio de 2017, por Cardoso de CastroPgs. GA65: 126-128; Inglês: 88-90
Casanova
61. Maquinação
No significado usual, o nome para um tipo “mau” de procedimento humano e de urdidura de tal procedimento.
No nexo da questão do ser, não deve ser designado, com isso, um comportamento humano, mas um [124] tipo de essenciação do ser. Mesmo o tom ressonante do desprezível precisa ser afastado, ainda que a maquinação favoreça a inessência do ser. Mas mesmo essa inessência nunca pode ser colocada em uma relação de depreciação, (…) -
Polt (2013:28-31) – qual é a fonte do próprio ser?
1º de outubro, por Cardoso de CastroMas há uma questão mais fundamental: qual é a fonte do próprio ser? Os entes nos são dados graças ao ser, mas o próprio ser também nos é dado. Ele está disponível para nós, pois podemos reconhecê-lo e tentar descrevê-lo. Como temos acesso a ele? Chegamos agora a uma problemática mais distintamente heideggeriana. Argumentarei que o Seyn de Heidegger é mais bem interpretado como a dação do ser, ou seja, como o acontecimento no qual os entes como tais e como um todo são capacitados a fazer a (…)
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Sheehan (2015:3-5) – qual o questionamento de Heidegger?
21 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
O tema central e final de Heidegger era o "ser"? Nos seus últimos anos, disse que não era. Quando se trata da "coisa em si" (die Sache selbst) da sua obra, declarou que "já não há espaço nem para a palavra ’ser’". Então o seu tema era algo "ser-a-mais do que ser" (wesender als das Sein)? E poderia talvez ser o "ser em si", das Sein selbst, entendido como "algo que existe por si mesmo, cuja independência é a verdadeira essência do ’ser’"? E se assim for, como é que exatamente o (…) -
Schuback (2013:Prefácio) – As "Contribuições à Filosofia" [GA65]
4 de novembro, por Cardoso de CastroHeidegger chamou as Contribuições [GA65] de uma “tentativa e ensaio” (Versuch) de encenar o aceno de um outro começo, na “era da passagem da metafísica para o pensamento historial de ser (das seynsgeschichtliche Denken)”. A primeira vista, as Contribuições apresentam-se como uma radicalização do tema da “superação da metafísica”, no qual em questão está uma “mudança de essência do homem” (Wesenswandel des Menschen) do “animal racional” para a “pre-sença” (Da-sein), a passagem do primeiro (…)
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GA65:§281 – Linguagem
15 de setembro, por Cardoso de CastroQuando o divino invoca a terra, e esse chamado reverbera pelo mundo, ressoando como a essência da existência humana, a linguagem surge como um fenômeno histórico, servindo como o fundamento da própria história.
A linguagem e o acontecimento se entrelaçam. A ressonância da terra e o eco do mundo criam uma interação dinâmica. Surge o conflito, marcando o estabelecimento inicial de uma divisão, revelando a fenda mais profunda. Esse é o espaço aberto.
A linguagem, seja ela articulada ou não, (…) -
GA65:276 – a linguagem
25 de maio de 2023, por Cardoso de Castrover a partir da essenciação do próprio seer a origem da linguagem
Casanova
A linguagem emerge do seer e pertence, por isso, a ele. Assim, tudo reside uma vez mais no projeto e no pensamento “do” seer. Mas agora precisamos pensar o seer de tal modo que nos lembremos aí ao mesmo tempo da linguagem. Mas como é que devemos agora conceber “a linguagem”, sem nos atermos antecipadamente à determinação da essência que precisa ser primeiro conquistada? Segundo tudo aquilo que foi insinuado, (…) -
Polt (2013:58-60) – seer-ser [Seyn-Sein]
1º de outubro, por Cardoso de CastroNas Contribuições [GA65], então, Heidegger tenta saltar diretamente para a questão de como ser é dado. É nesse contexto que usa a grafia Seyn. O “be-ing” [seer] de Emad e Maly é uma contrapartida adequada a essa grafia levemente antiquada. Seyn é foneticamente idêntico a Sein, portanto, indica uma distinção que não pode ser ouvida, uma alteridade sutil, mas importantíssima. Talvez seja nesse sentido que ser e seer são “o mesmo e, ainda assim, fundamentalmente diferentes” (GA65:171). A grafia (…)
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GA65:197 – ser si mesmo é a essenciação do ser-aí
1º de dezembro de 2023, por Cardoso de CastroCasanova
O ser si mesmo é a essenciação do ser-aí e o ser si mesmo do homem realiza-se apenas a partir da insistência no ser-aí.
Costuma-se conceber o “si mesmo” por um lado na ligação de um eu “consigo”. Essa ligação é tomada como uma ligação representacional. E, por fim, a ipseidade daquele que representa é tomada com o representado enquanto essência do “si mesmo”. Neste caminho e em caminhos correspondentemente modulados, contudo, a essência do si mesmo nunca tem como ser alcançada. (…) -
Parvis Emad & Kenneth Maly: WERFEN
8 de abril de 2017, por Cardoso de CastroTranslator’s Foreword
I. The Group of Words That Gather Around One Single Word
4. Werfen and Related Words
The root-word for the phenomenological kinship among the words ent-werfen, loswerfen, Entwurf, Entwerfer, Entworfenes, Werfer, Wurf, Gegenwurf, Loswurf, and Geworfenheit — all of which put forth the being-historical thinking of Contributions as an enactment-thinking — is werfen. The orienting power of this word as a being-historical word is unmistakably at work in this family of (…) -
GA65:173 – ser-aí / Da-sein
10 de junho de 2017, por Cardoso de CastroCasanova
O ser-aí é a crise entre o primeiro e o outro início. Isso quer dizer: segundo o nome e a coisa mesma, ser-aí significa, na história do primeiro início (isto é, na história conjunta da metafísica), algo essencialmente diverso do que no outro início.
Na metafísica, “ser-aí” (existência) é o nome para designar o modo como o ente é efetivamente essente. Assim, ele tem em vista o mesmo que o ser presente à vista, interpretado mais originariamente em um passo determinadamente (…)
Notas
- Ciocan (2014:10) – a questão da morte em Heidegger após Ser e Tempo
- Ciocan (2014:17-18) – ontologia do problema da morte
- Fédier (1995:111-113) – Kehre
- Fédier (1995:113-114) – Fuge
- GA65:120 – Seyn - seer
- GA65:121 – pesando ente e ser
- GA65:128 – homem pressente o seer
- GA65:129 – o nada
- GA65:13 – tonalidade afetiva (Stimmung)
- GA65:130 – homem - seer - efeitos no ente
- GA65:135 – essenciação do ser e ser-aí
- GA65:136 – homem - seer
- GA65:136 – seer nada "é"
- GA65:136 – Wirklich - efetivo
- GA65:138 – Compreensão de ser
- GA65:139 – ser e tempo-espaço
- GA65:14 – “filosofia científica” e “filosofia da visão de mundo”
- GA65:140 – Da-sein e Ereignis
- GA65:141 – ser-aí funda o ser humano
- GA65:143 – homem usado como guardião