Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Boutot (1993:35) – Befindlichkeit - disposição

sábado 27 de maio de 2017

A disposição é o humor ou a tonalidade afectiva que alternadamente possuímos e que nos faz parecer alternadamente o mundo desta ou daquela maneira. A disposição não é, porém, um simples fenômeno psicológico, colorindo as coisas e as pessoas, mas é, antes, uma determinação constitutiva do nosso ser. Ela revela ao ser-aí, sempre de maneira diferente, o que Heidegger chama o seu ser-lançado (die Geworfenheit), a sua faticidade, ou seja, o fato de que ele está todos os dias já lançado num mundo, que ele próprio está sempre já lá. «A tonalidade», diz Heidegger, «põe o ser-aí diante do ’que’ do seu aí onde este lhe faz face no seu inexorável enigma» (O Ser e o Tempo, p. 136.). (1993, p. 35)


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