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Ethik / Moral / moralisch / moralische / Moralität
Ethik / Éthique / Ética / Ethics / êthos / éthos / ethos
Heidegger convida a retornar de toda interrogação sobre a ética (e a fortiori de toda vontade de prescrever e de castigar) a uma meditação do "elemento inicial" onde se mantém o homem em sua eksistência (GA9 , 365): la verdade do ser, cuja guarda é a "ética tomada à fonte" (die ursprüngliche Ethik).
Já em
Ser e Tempo sete parágrafos consideram o que a língua corrente denomina "consciência moral"; eles formam não uma espécie de "ética existencial", mas o momento de um aprofundamento decisivo disto que abre e mantém o modo de existir deste ente que somos, cuja singularidade é que ele é aberto em uma entente do ser. O que se mantém por trás da palavra usada de ética — o fato que, para nós outros homens, isto que temos de ser seja sem cessar em questão — é neste sentido no coração da questão do sentido do ser que coloca
Ser e Tempo . (Guillaume Badoual,
LDMH )
Estada (Aufenthalt) traduz o grego êthos, que deu ética. "to êthos" é a guarda da estada do homem no seio do ente em sua integralidade" (
GA55 , 206)
Moral, die:
GA1 GA3 GA5 GA6T1 GA6T2 GA7 GA8 GA9 GA12 GA15 GA18 GA20 GA23 GA25 GA26 GA27 GA28 GA29-30 GA34 GA35 GA36-37 GA40 GA42 GA43 GA44 GA45 GA46 GA47 GA48 GA50 GA54 GA59 GA60 GA64 GA65 GA66 GA67 GA69 GA70 GA71 GA74 GA76 GA77 GA86 GA87 GA88 GA90
moralisch (Adj.): GA2 GA3 GA4 GA5 GA6T1 GA6T2 GA7 GA8 GA9 GA13 GA15 GA16 GA18 GA19 GA20 GA22 GA23 GA24 GA25 GA26 GA27 GA29-30 GA31 GA32 GA34 GA35 GA36-37 GA38 GA39 GA40 GA42 GA43 GA44 GA45 GA46 GA47 GA48 GA50 GA52 GA54 GA55 GA56-57 GA58 GA61 GA62 GA65 GA66 GA67 GA68 GA69 GA70 GA71 GA74 GA75 GA76 GA77 GA78 GA79 GA85 GA86 GA87 GA88 GA89 GA90
moralische Auslegung der Metaphysik, die: GA6T2 GA48 GA67 GA87
moralische Gesetz, das: GA3 GA24 GA26 GA31 GA87 GA89
Moralität, die: GA2 GA6T1 GA15 GA24 GA31 GA43 GA46 GA50 GA60 GA67 GA69 GA81 GA86 GA87 GA90
ETHIK E DERIVADOS
Matérias
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GA24:199-201 – personalitas moralis (Kant)
27 de maio de 2023, por Cardoso de Castro
Um ente, que existe como fim de si mesmo, tem a si mesmo sob o modo do respeito. Respeito significa responsabilidade perante si mesmo; e essa responsabilidade, por sua vez, designa um ser livre. Ser livre não é uma propriedade do homem, mas é idêntico ao agir eticamente. Agir, porém, é um fazer.
Casanova
Começaremos a consideração crítica com uma consideração retrospectiva da interpretação kantiana da personalitas moralis. A pessoa é uma coisa, res, algo que existe como fim de si mesma. (…)
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Arendt (RJ:164-166) – discriminar certo e errado - habilidade de pensar
5 de março de 2020
nossa tradução
Se a habilidade de distinguir o certo do errado deve ter algo a ver com a habilidade de pensar, devemos ser capazes de "demandar" seu exercício em todas as pessoas sãs, por mais eruditas ou ignorantes, por mais inteligentes ou estúpidas que sejam. Kant, a este respeito quase só entre os filósofos, ficou muito incomodado com a opinião comum de que a filosofia é apenas para poucos, precisamente por causa das implicações morais dessa opinião. Nesse sentido, ele observou certa (…)
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GA55: Estrutura da Obra
11 de fevereiro de 2017, por Cardoso de Castro
Trad. brasileira Marcia Schuback
A ORIGEM DO PENSAMENTO OCIDENTAL HERÁCLITO
Semestre de verão de 1943
Observação Preliminar - A filosofia como o pensamento próprio do a-se-pensar. A origem do pensamento "ocidental"
Introdução - Reflexão preparatória em torno do originário e da palavra
§1 Para introduzir a palavra de Heráclito, duas "estórias" a seu respeito
a) O pensamento de Heráclito na dimensão do fogo e da luta, e na proximidade do jogo
b) A palavra de Heráclito sob a (…)
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GA9:352-359 – ethos e ontologia
16 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro
[HEIDEGGER, Martin. Marcas do Caminho. Tr. Enio Paulo Giachini & Ernildo Stein. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 365-371]
Giachini & Stein
Se a humanitas é levada em consideração de modo tão essencial para o pensar do ser, porém, então não será preciso que a “ontologia” seja complementada com a “ética” ? Neste caso, não é totalmente essencial o vosso esforço, um esforço que o senhor expressa na sentença : “Ce que je cherche à faire, depuis longtemps, c’est préciser le rapport de (…)
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Gadamer (1987:350-354) – ethos e ética
25 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Lo que constituye la especificidad de la pregunta por el bien en la vida humana es la conexión interna de ethos y logos, de la arete ética y la dianoética, a la que evidentemente sólo se puede ver dentro del horizonte de la polis.
Pilári
Bajo el título de After Virtue, MacIntyre publicó un libro interesante que pertenece al contexto del planteamiento de una ética filosófica. Sin duda, hay una enorme distancia entre ella y la crítica de Heidegger a la metafísica. A diferencia de ésta, el (…)
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Raffoul (2010:4-7) – Responsabilidade
20 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Ironicamente, essa “ideologia de responsabilidade” predominante é muitas vezes acompanhada por uma negligência singular da reflexão genuína sobre os sentidos da responsabilidade, sobre o que significa ser responsável. A responsabilidade é simplesmente assumida como significando a responsabilização [accountability] do agente livre.
Nietzsche’s critique of morality opens the way for a new engagement with the concept of responsibility, henceforth freed from its association with a metaphysics (…)
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Raffoul (2010:8-10) – quatro temas na interpretação tradicional de responsabilidade
20 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Quatro temas governam a interpretação tradicional da responsabilidade, o que chamaríamos de quatro "conceitos fundamentais" do discurso tradicional da responsabilidade:
1. The belief that the human being is an agent or a subject, i.e., the reliance on subjectivity (with subjectum in its logical or grammatical sense of foundation) as ground of imputation. A critique of such a subject, whether Nietzschean in inspiration, phenomenological or deconstructive, will radically transform our (…)
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Olafson (1998:12-13) – imposição ética
15 de outubro, por Cardoso de Castro
Há uma tendência de longa data, por parte de praticamente todos nós, de pensar na ética como algo que nos é imposto de fora. Em certa época, essa ideia estava ligada a uma disposição de ter uma visão muito negativa de nossa própria natureza humana, demasiadamente humana, como fonte de resistência a uma perfeita conformidade com o que é exigido de nós por nosso criador. Mas mesmo agora que essa ideia perdeu muito de seu apelo, ainda há uma tendência de identificar a ética com imagens (…)
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GA27:6-8 – vocação e universidade
18 de junho de 2020, por Cardoso de Castro
Excerto de HEIDEGGER, Martin. Introdução à Filosofia. Tr. Marco Antonio Casanova. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 6-9
Casanova
Por meio de que nossa existência como um todo é agora determinada de modo decisivo? Por meio do fato de podermos reivindicar nosso direito de cidadão de ter acesso à universidade. E com o exercício desse direito conferimos ao nosso ser-aí um liame [Bindung]. Com esse liame orientamos nosso ser-aí para uma determinada direção, algo se decidiu em nosso (…)
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Être et temps : § 59. L’interprétation existentiale de la conscience et l’explicitation vulgaire de la conscience.
7 de janeiro de 2013, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
La conscience est l’appel du souci, venu de l’étrang(èr)eté de l’être-au-monde, qui con-voque le Dasein à son pouvoir-être-en-dette le plus propre. Le comprendre correspondant de l’ad-vocation est, ainsi qu’on l’a établi, le vouloir-avoir-conscience. Il est exclu de mettre sans autre forme (…)
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Hodge: An ethical questioning
23 de abril de 2017, por Cardoso de Castro
Extrato de HODGE, Joanna. Heidegger and ethics. London: Taylor & Francis, 2001, p. 15-17.
My central contention is that there is an urgent need for a retrieval of the notion of ethics, which is under way but not yet completed, and that there are elements of it to be found in Heidegger’s work. This retrieval is needed if there is to be such a re-emergence. What I hope to show is that, as a result of an extreme refusal of an ethical problematic in Heidegger’s thinking, it is to that (…)
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GA24:194-197 – personalitas moralis
15 de fevereiro de 2020, por Cardoso de Castro
Excerto de HEIDEGGER, Martin. Os problemas fundamentais da fenomenologia. Tr. de Marco Antônio Casanova. Petrópolis: Vozes, 2012, p. 202-205
Casanova
Apesar de Kant não formular a questão da mesma maneira que nós o fazemos, gostaríamos agora de formulá-la da seguinte forma: Como é que o si mesmo manifesto onticamente desse modo no sentimento moral do respeito como um eu que é precisa ser determinado ontologicamente? O respeito é o acesso ôntico do eu, que é fática e propriamente, a si (…)
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Dastur (2002:64-70) – A própria morte e a morte do outro
19 de janeiro de 2019, por Cardoso de Castro
Excertos de F. Dastur, A Morte
É esta auto-aceitação que constitui, então, a singularidade e a unicidade da existência, e é claro que o aspecto propriamente ético do “solipsismo existencial” heideggeriano quase não foi percebido. Não significa, [65] contudo, nada além de um “Eu sou o único responsável por me abrir para o que me é atribuído por acaso”, que é a longínqua ressonância de uma lição de ética dada por Platão já no mito da escolha feita pela alma de seu destino e pela qual (…)
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Shallow: Freedom, Finitude, and the Practical Self
17 de dezembro de 2017, por Cardoso de Castro
Extrato de Francois Raffoul and David Pettigrew, Heidegger and Practical Philosophy. New York: SUNY, 2002, p. 30-33.
With few exceptions, Heidegger concentrates his dialogue with Kant on appropriating the motifs of temporality and finitude as outlined in the first Critique. In a lecture course from 1928 entitled Phänomenologische Interpretation von Kants Kritik der reinen Vernunft, which bears the name of Kant’s major work, and in its sequel in 1929, Kant and the Problem of Metaphysics, (…)
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Levinas (1991:i-iv) – Além da ontologia
20 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Além do em-si e do para-si do desvelado, eis a nudez humana, mais exterior que o fora do mundo das paisagens, das coisas e das instituições, a nudez que clama sua estranheza ao mundo, sua solidão, a morte dissimulada em seu ser ela clama, no aparecer, na vergonha de sua miséria oculta, ela clama a morte na alma; a nudez humana me interpela ela interpela o eu que sou ela me interpela de sua fraqueza, sem proteção e sem defesa, de nudez; mas ela me interpela também de estranha autoridade, (…)
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GA6T2:116-121 – a falácia do "homem bom"
20 de maio de 2023, por Cardoso de Castro
Excerto de HEIDEGGER, Martin. Nietzsche II. Tr.: Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007, p. 86-89
Casanova
Se a “verdade”, isto é, o verdadeiro e o real, é transplantada para o alto e para o além em um mundo em si, então o ente propriamente dito aparece como aquilo a que toda a vida humana precisa se submeter. O verdadeiro é aquilo que deve ser em si e é desejável. A vida humana só presta para alguma coisa, só é determinada por meio de virtudes corretas, se (…)
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GA6T2:118-120 – Moral
20 de maio de 2023, por Cardoso de Castro
Toda metafísica do tipo da instauração de um mundo supra-sensível enquanto o mundo verdadeiro acima do mundo sensível enquanto o mundo aparente emerge da moral. Por isso, a sentença: “Não passa de um preconceito moral dizer que a verdade tem mais valor do que a aparência” (Além do hem e do mal, n. 34; VII, p. 55).
Casanova
Por moral, Nietzsche compreende, na maioria das vezes, o sistema de tais avaliações, nas quais um mundo supra-sensível é estabelecido como normativo e desejável. (…)
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Gonzalez: Heidegger and Aristotle on the Human Agathon and Telos
7 de dezembro de 2017, por Cardoso de Castro
Extrato de HYLAND & MANOUSSAKIS, Heidegger and the Greeks. Bloomington: Indiana University Press, 2006, p. 129-131.
Let us begin at the beginning, that is, with the good. The first text of the Nicomachean Ethics to which Heidegger turns in the course is appropriately the opening chapters of Book 1, devoted to a discussion of the agathon. Heidegger has been reflecting on the characterization of the human being in the Politics, according to which human beings differ from other animals (…)
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Lévinas (1987) – Estrutura do livro Hors sujet
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
On trouvera, réunis dans le présent volume, certains de nos anciens textes dispersés dans diverses publications et consacrés à des travaux de quelques philosophes contemporains faisant état — et grand cas — de la pensée qui anime — ou plutôt d’une pensée qui effectue et porte — la proximité d’homme à homme, la proximité du prochain ou l’accueil que l’homme fait à l’homme. [Préface]
Martin Buber, Gabriel Marcel et, pour une bonne part, Franz Rosenzweig évoqués dans notre volume, ont (…)
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Arendt (LM:3-5) – banalidade do mal
20 de fevereiro de 2018, por Cardoso de Castro
Abranches & Almeida
Minha preocupação com as atividades espirituais tem origem em duas fontes bastante distintas. O impulso imediato derivou do fato de eu ter assistido ao julgamento de Eichmann em Jerusalém. Em meu relato , mencionei a “banalidade do mal”. Por trás desta expressão não procurei sustentar nenhuma tese ou doutrina, muito embora estivesse vagamente consciente de que ela se opunha à nossa tradição de pensamento — literário, teológico ou filosófico — sobre o fenômeno do (…)