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Beiträge zur Philosophie [GA65]

GA65:276 – a linguagem

VIII. O seer

quinta-feira 25 de maio de 2023, por Cardoso de Castro

ver a partir da essenciação do próprio seer a origem da linguagem

Casanova

A linguagem emerge do seer e pertence, por isso, a ele. Assim, tudo reside uma vez mais no projeto e no pensamento “do” seer. Mas agora precisamos pensar o seer de tal modo que nos lembremos aí ao mesmo tempo da linguagem. Mas como é que devemos agora conceber “a linguagem”, sem nos atermos antecipadamente à determinação da essência que precisa ser primeiro conquistada? Segundo tudo aquilo que foi insinuado, naturalmente de tal modo que a linguagem se torne experimentável em sua ligação com o seer. Como é, porém, que isso acontece? “A” linguagem é “nossa” linguagem; “nossa” não apenas como a linguagem materna, mas como a linguagem de nossa história. E, com isso, se abate sobre nós o que há de derradeiramente questionável da meditação sobre “a” linguagem.

Nossa história – não como o transcurso historiologicamente conhecido de nossos envios destinamentais e de nossas realizações, mas nós mesmos no instante de nossa ligação com o seer. Pela terceira vez caímos no abismo dessa ligação. E, dessa vez, não sabemos nenhuma resposta. Pois toda meditação sobre o seer e sobre a linguagem é apenas um impulso prévio, para tocarmos nosso “posto” no próprio seer e, com isso, nossa história. Mas mesmo se nós quisermos apreender nossa linguagem em sua ligação com o seer, o que há de mais corrente da determinação metafísica até aqui da linguagem se aferroa a esse questionamento, uma determinação da qual também não pode ser dito francamente que ela seria inteiramente não verdadeira; e isso sobretudo porque ela, porém, ainda que veladamente, tem em vista precisamente a linguagem em sua ligação com o seer (com o ente enquanto tal e com o homem que representa e pensa o ente). Bem próximo do caráter enunciativo da linguagem (enunciado considerado [485] aqui no sentido mais amplo possível, no sentido de que a linguagem, o dito e o não dito, visa a, representa, configura ou encobre de maneira representacional algo (o ente) etc.) é a linguagem conhecida como posse e como instrumento do homem e como “obra” ao mesmo tempo. Esse nexo da linguagem com o homem, porém, é considerado como sendo tão íntimo que até mesmo as determinações fundamentais do próprio homem (como animal rationale   por sua vez) são escolhidas para tanto, a fim de caracterizar a linguagem. A essência espiritual-corpóreo-anímica do homem é reencontrada na linguagem. O corpo (vernáculo) da palavra, a alma da linguagem (tonalidade afetiva, tom sentimental e coisas do gênero) e o espírito da linguagem (o representado-pensado) são determinações correntes de toda filosofia da linguagem. Essa interpretação da linguagem poderia ser denominada interpretação antropológica e ela tem seu ápice no fato de se ver na própria linguagem um símbolo da essência do homem. Se aqui a questionabilidade da ideia de símbolo (um filho autêntico do impasse em relação ao seer que vigora na metafísica) é recolocada, então o homem precisaria ser concebido de acordo com isso como aquele ser que tem sua essência em seu próprio símbolo ou na posse desse símbolo (λόγον ἔχον). Permanece em aberto até que ponto essa interpretação simbólica – pensada metafisicamente até o fim – da linguagem pode ser levada no pensar da história do ser para além de si e até que ponto algo frutífero pode nascer daí. É inegável que, juntamente com aquilo que fornece na linguagem o apoio para o fato de que ela pode ser concebida como símbolo do homem, se toca em algo que é de algum modo próprio à linguagem: o teor da palavra e a sua casca, a afinação da palavra e o significado da palavra, por mais que já pensemos uma vez mais no campo de visão dos aspectos que emergem da metafísica com vistas ao sensível, ao não sensível e ao suprassensível; e isso mesmo que não tenhamos em vista pela “palavra” as palavras particulares, mas o dizer e o silenciar do dito e não dito e esse não dito mesmo. A casca da palavra também pode ser reconduzida a elementos da constituição anatômico-fisiológica do corpo humano e explicada a partir daí [486] (fonética – acústica). Algo desse gênero é a afinação da palavra e a melodia da palavra, assim como o acento sentimental do dizer é objeto da explicação psicológica e o significado da palavra é uma questão da decomposição lógico-poético-retórica. A dependência dessa explicação e decomposição da linguagem em relação à concepção do homem é patente.

Se, então, porém, com a superação da metafísica, a antropologia também cai por terra, se a essência do homem é determinada a partir do seer, então aquela explicação antropológica da linguagem não pode mais permanecer normativa; ela perde aí seu fundamento. Não obstante, agora permanece até mesmo em pleno   poder aquilo que foi captado como corpo, como alma, como espírito da linguagem junto a essa explicação. O que é isso? Pensando de maneira correspondente à história do ser, não podemos proceder agora simplesmente de um modo tal, que interpretemos a essência da linguagem a partir da determinação do homem em termos da história do ser? Não; pois sempre permanecemos com isso ainda presos na ideia de símbolo; antes de tudo, no entanto, não se estaria levando a sério assim a tarefa de ver a partir da essenciação do próprio seer a origem da linguagem.

Muñoz

El lenguaje surge del Ser y, por lo tanto, pertenece a éste. De esa forma, cada cosa se halla puesta nuevamente en el proyecto y el pensar “del” Ser. Pero ahora tenemos que pensar esto de tal forma que al mismo tiempo nos acordemos del lenguaje. Pues, ¿cómo habríamos de entender el lenguaje ahora, sin concebir previamente la determinación esencial que ha de ser ganada primeramente? Después de todo lo que ya se ha indicado, es evidente que, de tal manera que, el lenguaje sea experimentable en su relación con el Ser. Pero, ¿cómo ha de suceder esto? “El” lenguaje es “nuestro” lenguaje; “nuestro” no únicamente como lengua materna, sino como aquel [lenguaje de] nuestra historia. Y con esto nos asalta lo último y más problemático al interior de la meditación sobre “el” lenguaje.

Nuestra historia — [pensada] no como el curso histórico conocido de nuestro destino y realizaciones, sino nosotros mismos en el instante de nuestra relación con [334] el Ser. Por tercera vez caemos en el abismo de esta relación. Y esta vez, no sabemos que responder. Pues toda meditación en tomo al Ser y al lenguaje es siempre tan sólo un empeño por querer atinar con nuestra “posición” en el Ser mismo y, por tanto, con nuestra historia. Pero incluso si queremos captar nuestro lenguaje en su relación con el Ser, se prende a este indagar la forma corriente de determinación del lenguaje hecha por la metafísica anterior, de la cual tampoco [501] puede decirse directamente que no sea enteramente verdadera, sobretodo porque ella, si bien de manera velada, tiene a la vista precisamente al lenguaje en su relación con el ser (del ente como tal y del hombre que se representa y piensa el ente). A lo largo del carácter enunciativo del lenguaje —tomando aquí enunciado en el sentido amplio de lo que hace mención, representa o da forma representando, o cubre algo (que es), p. ej. el lenguaje, lo dicho y lo no dicho, etc. — el lenguaje es conocido como la propiedad e instrumento del hombre y, al mismo tiempo, como “obra” [suya]. Esta conexión del lenguaje con el hombre empero, se tiene y vale como algo tan inherente que, incluso las determinaciones fundamentales del mismo hombre (de nuevo como animal rationale) son elegidas en virtud de la caracterización del lenguaje. La naturaleza corpórea anímica y espiritual del hombre la reencontramos nuevamente en el lenguaje: el cuerpo (la palabra) del lenguaje, el alma del lenguaje (temple anímico, tono sentimental y otros semejantes) y el espíritu del lenguaje (lo que es pensado-representado) son determinaciones corrientes que se encuentran en cada una de las filosofías del lenguaje. Esta interpretación del lenguaje, que uno podría llamar antropológica, culmina cuando llega a ver en el lenguaje mismo un símbolo del ser del hombre. Si lo cuestionable del pensamiento simbólico (un genuino retoño de la perplejidad imperante en la metafísica) se retirara, el hombre tendría que ser concebido según eso como aquella naturaleza, que en su propio símbolo posee su esencia y, a este respecto, se halla en posesión de este símbolo (lógon echón). Abierto ha de quedar hasta qué punto esta exégesis del hombre pensada hasta el final de forma metafísica y simbólica puede ser conducida más allá de sí misma en el pensamiento onto-histórico del Ser, de manera que de ello salga algo fructífero. Es innegable, además, que lo que da apoyo en el lenguaje para que éste pueda ser concebido como símbolo del hombre, toca algo que de alguna forma se adecúa propiamente al lenguaje: la palabra en su tono y sonido, el temple de la palabra y el significado de ella, donde nuevamente empero pensamos en el horizonte de miradas [Gesichtskreis der Hinsichten] surgidas desde la metafísica, es decir, en la perspectiva de lo sensible, no sensible, suprasensible, incluso allí cuando “palabra” [502] no aluda a las palabras individuales, sino más bien al decir y el silenciar de lo dicho y de lo no-dicho, y de este no-decir-mismo. El sonido de la palabra puede ser remitido a la constitución anatómica-fisiológica del cuerpo humano y ser explicado desde allí (fonética —acústica). De la misma categoría del temple de la palabra, la melodía de ésta y su acento afectivo son los objetos de la explicación psicológica; y el significado de aquella palabra es materia para un análisis lógico-poético-retórico. La dependencia que esta explicación y el análisis del lenguaje tienen en el modo de concebir al hombre es obvia.

Y si con la superación de la metafísica cayera ahora también la antropología; si la esencia del hombre fuese determinada desde el Ser, entonces aquella explicación antropológica del lenguaje no seguiría siendo más la norma; habría perdido su [335] fundamento. Y, sin embargo, es más: incluso, ahora, lo primero que se mantiene presente, con toda su fuerza, es eso que fuera apresado como cuerpo, alma y espíritu del lenguaje. ¿Qué es esto? No podríamos simplemente proceder ahora, pensando a este respecto onto-históricamente, de modo de interpretar la esencia del lenguaje desde la determinación onto-histórica del hombre? No. Pues haciéndolo de ese modo nos mantendríamos encerrados todavía en la idea   de símbolo; ante todo empero no se habría tomado en serio la tarea de re visar desde el despliegue del Ser mismo el origen del lenguaje.

Fédier

La langue a sa source en l’estre et fait donc partie de lui. Tout dépend ainsi de nouveau de la projection et de la pensée « de » l’estre. Mais à présent il nous faut penser cela de telle façon que nous nous remémorions sans cesse la langue. Comment concevoir maintenant « la langue » sans anticiper la détermination de pleine essence qu’il s’agit d’abord d’acquérir ? Si nous nous appuyons sur tout ce à quoi il a été fait allusion jusqu’ici, ce sera manifestement de manière qu’on puisse faire l’expérience de la langue dans sa relation à l’estre. Comment y arriver ? « La » langue, c’est « notre » langue ; « nôtre » pas seulement comme « langue maternelle », mais d’abord comme langue de notre histoire. Ainsi s’abat sur nous ce qui, à l’extrême, est digne de question au cœur de la considération portant sur « la » langue.

Notre histoire – non pas l’écoulement des événements et des performances que l’on connaît par l’historiographie, mais au contraire : nous-mêmes dans l’instant-éclair de notre relation à l’estre. Pour la troisième fois, nous nous abîmons dans le hors-fond de cette relation. Et cette fois nous ne connaissons pas de réponse. Car toute considération de l’estre et de la langue n’est en fait qu’une tentative de percée en vue d’atteindre ce lieu où nous pourrions nous « tenir » en l’estre, et ainsi en notre histoire. Mais même si nous voulons saisir notre langue dans sa relation à l’estre, les façons courantes dont la métaphysique détermine traditionnellement la langue continuent de coller au corps de notre questionnement; et il n’est pas non plus possible d’en dire tout à trac [502] qu’elles sont complètement fausses, singulièrement si malgré tout (bien qu’à leur insu) elles visent la langue dans sa relation à l’être (dans sa relation à l’étant comme tel et à l’étant qui se représente l’étant, pense l’étant, c’est-à-dire l’homme). Tout à côté de l’aspect énonciatif de la langue (énoncé étant entendu dans le sens le plus étendu du terme pour dire que la langue – ce qui y est dit et ce qui n’y est pas dit – vise quelque chose (un étant), se le représente, et en le représentant lui donne figure ou le recouvre, etc.), on connaît bien aussi la langue comme ce que possède et utilise l’homme, et comme son « œuvre ». Cette interdépendance de la langue et de l’homme va même jusqu’à passer à ce point pour étroite que les déterminations fondamentales de l’homme (encore une fois en tant qu’animal rationale) sont choisies pour caractériser la langue. La nature ternaire de l’homme (corps – âme – esprit) se retrouve dans la langue : le corps de langue (le mot), l’âme de la langue (sa tonalisation, son accentuation sentimentale, etc.), l’esprit de la langue (ce qui y est pensé et représenté) – telles sont les déterminations courantes de toute philosophie   du langage. Cette interprétation de la langue, que l’on pourrait nommer anthropologique, culmine en ceci que l’on voit dans la langue elle-même un symbole de l’être humain. Si on laisse de côté le caractère problématique que présente la pensée du symbole (authentique rejeton de l’embarras qui règne en métaphysique au sujet de l’estre), il faudrait donc concevoir l’homme comme cet être qui a sa pleine essence dans ce qui est son symbole, ou plus exactement : dans le fait de posséder ce symbole (λόγον ἔχον). Que reste ouverte la question de savoir jusqu’à quel point cette interprétation symbolique de la langue, pensée à bout métaphysiquement, peut être conduite au-delà d’elle-même, et si, ce faisant, en naît quelque chose de fructueux. En tout cas il est indéniable qu’avec ce qui, dans la langue, donne occasion de la saisir comme symbole de l’homme, on touche quelque chose qui d’une manière ou d’une autre sied à la langue : la teneur sonore du mot, sa résonnance, la tonalité dans laquelle le mot s’entend, la signification du mot – et voilà que de nouveau nous pensons dans l’horizon   des perspectives nées de la métaphysique (le sensible, l’insensible et le suprasensible) – même si, par ce terme, «mot», nous ne visons pas [503] les mots isolés, mais au contraire la Parole et tout aussi bien le silence gardé de ce qui est parlé et imparlé – et lui-même. L’aspect sonore du mot se laisse ramener à des particularités anatomiques et physiologiques du corps humain, où il trouve son explication (phonétique – acoustique). De la même façon l’aspect affectif, la mélodie du mot et la coloration sentimentale de la Parole sont l’enjeu de l’explication psychologique. Quant à la signification du mot, c’est l’affaire d’une analyse logique, poétologique et rhétorique. La dépendance de cette explication et de cette analyse de la langue vis-à-vis de la manière dont on saisit l’homme est manifeste.

Mais si maintenant, avec le surmontement de la métaphysique, l’anthropologie   devient elle-même caduque, si la pleine essence de l’homme se voit déterminée à partir de l’estre, plus aucune explication de type anthropologique ne peut rester canonique : elle a perdu son fondement. Malgré tout, ou plutôt : à présent surtout demeure en pleine vigueur ce qui, de la langue, a été appréhendé à son contact comme «corps», « âme » et « esprit ». Qu’est-ce que cela ? Ne pouvons-nous pas désormais procéder simplement ainsi – puisque nous pensons conformément à l’histoire-destinée de l’estre : en interprétant la pleine essence de la langue à partir de la détermination de l’homme selon l’histoire de l’estre ? Non. De cette façon en effet, nous restons encore bloqués dans la pensée du symbole, et avant tout : ce ne serait pas prendre au sérieux la tâche de chercher à voir l’origine de la langue à partir du déferlement de pleine essence de l’estre même.

Emad & Maly

Language arises from be-ing and therefore belongs to it. Thus, everything once again depends on projecting-open and thinking “of” be-ing. But now we must think this be-ing in such a way that we thereby [353] simultaneously remind ourselves of language. But how should we now grasp “language” without pregrasping the essential determination that must first be obtained? Considering all that has been indicated, apparently in such a way that language becomes experienceable in its relation to be-ing. But how to do this? “The” language is “our” language; “our” language, not   only as mother tongue, but also as the language of our history. And thus what is finally question-worthy within the mindfulness of “the” language befalls us.

Our history—not as the historically known course of our destinies and accomplishments, but we ourselves in the moment of our relation to be-ing. For the third time we fall   into the abground of this relation. And this time we know no answer. For all mindfulness of be-ing and of language is really only a thrust ahead [Vorstoß] in order to encounter our “standpoint” in be-ing itself and thus our history. But even when we want to grasp our language in its relation to be-ing, what is familiar in the hitherto metaphysical determination of language clings to this questioning—a determination of which one cannot simply say that it is entirely untrue, especially since it has in view, even if covered over, precisely the language in its relation to being (to beings as such and to man who represents and thinks beings). Along with the assertion-character of language (assertion taken in the broadest sense that language, the said and unsaid, means something (a being), and represents it and in representing shapes or covers it over, etc.), language is known as property and tool of man and at the same time as “work.” But this interconnection of language to man counts as something so profound that even the basic determinations of man himself (again as animal rationale) are selected in order to characterize language. What is own-most to man, in terms of body-soul-spirit, is found again in language: the body (word) öf language, the soul of language (attunement and shade of feeling and the like), and the spirit of language (what is thought and represented) are familiar determinations of all philosophies of language. This interpretation   of language, which one could call anthropological interpretation, culminates in seeing in language itself a symbol   for human being. If the question-worthiness of the idea of symbols (a genuine offspring of the perplexity toward be-ing that reigns in metaphysics) is here set aside, then man would have to be grasped as that being that has what is his ownmost in his own symbol, i.e., in the possession of this symbol (λόγον έχον). Let it remain open how far this interpretation of language according to symbol, when thought through metaphysically, can be made to go beyond itself in being-historical thinking so that something fruitful springs up. It cannot be denied that, with what in language supports its conception as symbol for man, something is encountered that is somehow peculiar to language: the word in its tone and sound, the attunement of the word and the word’s [354] meaning, whereby, however, we once again think in the horizon of perspectives that arise in metaphysics, i.e., the perspectives of sensible, nonsensible, and supersensible —even when with “word” we do not mean the individual words but rather the saying and silencing of the saying of what is said and unsaid and the unsaid itself. The sound of the word can be traced back to anatomical-physiological constitutions of the human body and can be explained in its terms (phonetics—acoustics). Likewise word’s attunement and word’s melody and saying’s feeling-stress are objects of psychological explanation; and word’s meaning is the matter for logical-poetic-rhetorical analyses. The dependence of this explanation and analysis of language on the kind of conception of man is obvious.

But now, when with the overcoming of metaphysics anthropology too is overthrown, when what is ownmost to man is determined in terms of be-ing, then that anthropological explanation of language just given can no longer be determinative; it has lost its ground. But nevertheless, nay even exactly now that remains in full power which was singled out in language as its body, its soul, its spirit. What is that? Can we not now, correspondingly thinking in terms of being-history, proceed in such a way that we interpret what is ownmost to language from within the being-historical determination of man? No. For doing so we still remain stuck with the idea of symbol; but above all we would not be serious about the task of enseeing the origin of language from within the essential swaying of be-ing.

Original

Die Sprache   entspringt dem Seyn   und gehört deshalb zu diesem. So liegt alles wieder am Entwurf   und Denken   »des« Seyns. Aber jetzt   müssen wir dieses so denken, daß   wir uns dabei zugleich an die Sprache erinnern. Doch wie sollen   wir jetzt »die Sprache« begreifen  , ohne der erst zu gewinnenden Wesensbestimmung   vorzugreifen? Nach allem Angedeuteten offenbar   so, daß die Sprache in ihrem Bezug   zum Seyn erfahrbar wird. Wie aber dieses? »Die« Sprache ist »unsere« Sprache; »unsere« nicht   nur als die Muttersprache, sondern als die unserer Geschichte  . Und damit überfällt uns das letzte Fragwürdige   innerhalb   der Besinnung   auf   »die« Sprache.

Unsere Geschichte — nicht als der historisch bekannte Ablauf unserer Geschicke und Leistungen, sondern wir selbst   im Augenblick   unseres Bezugs zum Seyn. Zum drittenmal fallen wir in den Abgrund   dieses Bezugs. Und diesmal wissen   wir keine Antwort. Denn alle Besinnung auf das Seyn und auf die Sprache ist ja nur ein Vorstoß, um unseren »Standort« im Seyn selbst und damit unsere Geschichte zu treffen. Aber auch wenn wir unsere Sprache in ihrem Bezug zum Seyn fassen wollen  , haftet diesem Fragen das Geläufige der bisherigen metaphysischen Sprachbestimmung an, von der auch nicht geradezu [502] gesagt werden   kann, daß sie durchaus unwahr sei, zumal sie doch, wenngleich verhüllt, gerade die Sprache in ihrem Bezug zum Sein (zum Seienden   als solchem und zu dem das Seiende vorstellenden, denkenden, Menschen) im Blick hat. Nächst   dem Aussagecharakter der Sprache (Aussage   im weitesten Sinn genommen, daß die Sprache, das Gesagte und Ungesagte, etwas (Seiendes) meint, vorstellt, vorstellend   gestaltet oder verdeckt u.s.f.) ist die Sprache als Besitztum und Werkzeug   des Menschen und »Werk« zugleich bekannt  . Dieser Zusammenhang   der Sprache mit dem Menschen aber gilt als so innig, daß sogar die Grundbestimmungen des Menschen selbst (als animal rationale wiederum) dazu   auserwählt werden, um die Sprache zu kennzeichnen. Das leiblich  -seelisch  -geistige Wesen   des Menschen wird in der Sprache wiedergefunden: der Sprach-(Wort  )-Leib, die Sprach-Seele (Stimmung   und Gefühlston und dergleichen) und der Sprach-Geist   (das Gedachte-Vorgestellte) sind geläufige Bestimmungen aller Sprachphilosophie. Diese Auslegung der Sprache, man könnte sie die anthropologische nennen, gipfelt darin, in der Sprache selbst ein Symbol des Menschenwesens zu sehen  . Wenn hier die Fragwürdigkeit des Symbolgedankens (ein echter Sproß der in der Metaphysik   waltenden Verlegenheit   zum Seyn) zurückgestellt wird, müßte demgemäß der Mensch   als jenes Wesen begriffen werden, das in seinem eigenen   Symbol sein Wesen hat bzw. im Besitz dieses Symbols (λόγον εχον). Offen bleibe, wie weit diese metaphysisch zu Ende   gedachte symbolhafte Deutung der Sprache im seinsgeschichtlichen Denken über sich hinausgeführt werden kann und dabei ein Fruchtbares erwächst. Unleugbar ist mit dem, was in der Sprache den Anhalt dafür gibt, daß sie als Symbol des Menschen gefaßt werden kann, etwas getroffen, was der Sprache doch irgendwie eignet: der Wortlaut und Schall, die Wortstimmung und die Wortbedeutung, wobei wir aber schon wieder im Gesichtskreis der aus der Metaphysik entspringenden Hinsichten auf das Sinnliche, Unsinnliche und Übersinnliche denken, auch dann  , wenn wir mit »Wort« nicht [503] die einzelnen Wörter meinen, sondern das Sagen und Verschweigen des Gesagten und Ungesagten und dieses selbst. Der Wortschall läßt sich auf anatomisch-physiologische Beschaffenheiten des Menschenleibes zurückführen und daraus erklären   (Phonetik — Akustik). Desgleichen ist die Wortstimmung und Wortmelodie und die Gefühlsbetontheit des Sagens Gegenstand   der psychologischen Erklärung, und die Wortbedeutung ist Sache   der logisch  -poetisch-rhetorischen Zergliederung. Die Abhängigkeit dieser Erklärung und Zergliederung der Sprache von der Art der Auffassung   des Menschen ist offenkundig.

Wenn nun aber mit der Überwindung   der Metaphysik auch die Anthropologie zu Fall kommt, wenn das Wesen des Menschen vom Seyn her bestimmt wird, dann kann jene anthropologische Erklärung der Sprache nicht mehr maßgebend bleiben; sie hat ihren Grund verloren. Aber dennoch, ja sogar jetzt erst in voller Macht   bleibt Jenes, was als Leib, als Seele, als Geist der Sprache an dieser auf gegriffen wurde. Was ist das  ? Können wir jetzt nicht einfach, entsprechend seinsgeschichtlich denkend, so verfahren, daß wir das Wesen der Sprache aus der seinsgeschichtlichen Bestimmung des Menschen deuten? Nein; denn damit bleiben wir immer noch im Symbolgedanken stekken; vor allem aber wäre nicht emstgemacht mit der Aufgabe, aus der Wesung des Seyns selbst den Ursprung   der Sprache zu ersehen.


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