Alves
O homem esteve durante muito tempo certo da sua essência: ele era um ser vivo dotado do logos, o animal racional. Pelo preço de um estranho desdobramento, mas tornado «evidente» pela força da banalização, a sua pertença à natureza estava incluída na sua definição. A tradição filosófica esforçou-se por resolver o melhor possível os conflitos entre o corpo e a alma, a sensibilidade e a razão, sem repor em questão a coabitação num só ser substancial destes princípios opostos. Assim, a (…)
Página inicial > Palavras-chave > Termos gregos e latinos > pan / παν / πᾶν / πάντα / panta / πολύς / polus / πολλά / polla / πανταχοῦ / (…)
pan / παν / πᾶν / πάντα / panta / πολύς / polus / πολλά / polla / πανταχοῦ / pantachou / pantakhou / omnipresentia / plethos / πλῆθος / πλήθω / pleno / pantelos / παντελῶς / compositum
“Onde quer que se utilize τὸ πᾶν, o conjunto, a fim de designar, com isso, a unidade, utiliza-se τα πάντα, os reunidos, a fim de designar, com isso, as partes separadas, esse número conjunto, esses unos em conjunto.” [GA19 ]
Matérias
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Haar (1990:9-13) – Homem e Dasein
5 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castro -
Laffoucrière (1968:251-252) – O logos exprime a dispensação de presença, unificada e orientada
30 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
[…] O λόγος deve ser entendido através do "tudo é um" de Heráclito. O Hen Panta é um sinal privilegiado que nos dá a ouvir o que é o λόγος. Não identifica o λόγος com o que afirma, ou seja, com o ente. Também não diz qual o sentido que o λόγος nos dá a apreender: não se reduz à inteligibilidade do ente, à sua presença que nos faz compreendê-lo e que a metafísica chama seu ser. O λόγος não é nem apenas "ser", nem apenas "ente". O Hen Panta revela de que modo o λόγος se desdobra e (…) -
GA9:352-359 – ethos e ontologia
16 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[HEIDEGGER, Martin. Marcas do Caminho. Tr. Enio Paulo Giachini & Ernildo Stein. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 365-371]
Giachini & Stein
Se a humanitas é levada em consideração de modo tão essencial para o pensar do ser, porém, então não será preciso que a “ontologia” seja complementada com a “ética” ? Neste caso, não é totalmente essencial o vosso esforço, um esforço que o senhor expressa na sentença : “Ce que je cherche à faire, depuis longtemps, c’est préciser le rapport de (…) -
GA55: Estrutura da Obra
11 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira Marcia Schuback
A ORIGEM DO PENSAMENTO OCIDENTAL HERÁCLITO
Semestre de verão de 1943
Observação Preliminar - A filosofia como o pensamento próprio do a-se-pensar. A origem do pensamento "ocidental"
Introdução - Reflexão preparatória em torno do originário e da palavra
§1 Para introduzir a palavra de Heráclito, duas "estórias" a seu respeito
a) O pensamento de Heráclito na dimensão do fogo e da luta, e na proximidade do jogo
b) A palavra de Heráclito sob a (…) -
Cláudio Oliveira (Tudo-Todo:86-88) – “a Cadaistidade” (Jediesheit)
7 de fevereiro, por Cardoso de CastroSe dizemos, por exemplo, “homem inteiro” e “cada homem”, a determinação que “inteiro” acrescenta a “homem” é de natureza diferente da que é acrescentada por “cada”. A questão é saber precisamente em que consiste essa diferença. Chegamos assim, por um outro viés, à diferença entre hólon e pân. Não mais a diferença etimológica, a diferença entre os sentidos que cada um dos termos porta em seu étimo, mas a diferença morfológica, a diferença entre os sentidos que cada um dos termos porta em sua (…)
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Être et temps : § 48. Excédent, fin et totalité.
20 de abril de 2012, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Dans le cadre de la présente recherche, la caractérisation ontologique de la fin et de la totalité ne peut être que provisoire. Son achèvement requiert non seulement le dégagement de la structure formelle de la fin en général et de la totalité en général, mais encore elle a besoin d’un (…) -
Brague (1988:39-41) – o acesso do homem ao Todo
6 de fevereiro, por Cardoso de Castrodestaque
Os gregos viam o fenômeno do acesso do homem ao Todo, e expressavam-no através de imagens espaciais, como uma característica do espírito. Temos toda uma série de textos em que se sublinha o poder do espírito humano, com a sua capacidade de se mover instantaneamente e de atravessar as maiores distâncias, chegando assim aos confins do mundo. O tema é comum a todo o mundo helenístico, até à época dos Padres da Igreja. Podemos distinguir vários temas: o da velocidade do espírito, o da (…) -
GA19: A gênese da sophia (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos
3 de março de 2017, por Cardoso de CastroTradução brasileira de Marco Antonio Casanova
SEGUNDO CAPÍTULO - A gênese da sophia (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos (aisthesis/percepção sensível, empeiria/experiência, techne/arte, episteme/ciência, sophia/sabedoria) (Metafísica I, 1-2)
§ 10. Caracterização introdutória da investigação. Seu fio condutor: o exprimir—se do próprio ser-aí. Seu curso: os cinco níveis do sophia (saber). Sua meta: a sophia (a sabedoria) como malista aletheuein (o maior desvelamento)
§ (…)
Notas
- Agamben (2001:II) – intelecto e psique
- Brague (1988:28-29) – havia uma noção de mundo entre os gregos?
- Brague (1988:39) – ser-em-o-mundo, sentido do "em"
- Brague (1988:44-46) – somos mundo, jamais aí entramos
- GA11:13-14 – philosophos - filósofo
- GA11:14-16 – do sophon ao philo-sophon
- GA65:121 – pesando ente e ser