No século XX, imaginamos que alcançamos uma ciência da mente ao demonstrar que a mente funciona como um computador; o século XIX investiu sua esperança de uma ciência da mente impecável na analogia com a máquina a vapor (como se sonha com um modelo termodinâmico e hidráulico do inconsciente); o século XVIII investiu essa esperança na analogia com um edifício. A ciência instrui, porque abriga; ela o faz de acordo com uma ordem. Mas qual? A única ordem edificante será aquela que a razão (…)
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Subjekt / Subjekt-Objekt-Beziehung / Gegenstand / Objekt …
Subjekt / sujeito / sujet / subjetivo / subject / Subjektivität / subjetividade / subjectivité / subjectivity / Subjektität / subjectness / subiectity / Subjekt-Objekt-Beziehung / rapport sujet-objet / relação sujeito-objeto / subject-object-relation / relación-sujeto-objeto / Subjektivierung / subjectivisation / subjetivação / subjetivização / subjectivizing / Gegenstand / Gegen-stand / Objekt / obiectum / objeto / objet / object / Gegenständlichkeit / objectivité / objetividade / objetividad / Gegenstandsbezirke / área objectual / Objektivierung / objectivation / objetivação / Objektiv / Objektivität / objective / objectively / objectivity / Vergegenständlichung / objectivation / objetivação / objectification
Objekt correlacionado com Subjekt; Gegenstand = o lançado contra, contraposto. Gegen-stand refere-se aos entes como o que: lançando-se contra a pura descoberta e tornando-se objeto.
Cette chose rencontrée qui est amenée à tenir debout dans la représentation est l’objet (Gegenstand). [Martineau ]
SUBJEKT E DERIVADOS
Matérias
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Schürmann (1996/2003:453-454) – sujeito transcendental de Kant
15 de novembro, por Cardoso de Castro -
Dreyfus (1991:2-3) – fenomenologia das habilidades
3 de novembro, por Cardoso de CastroHeidegger desenvolveu sua fenomenologia hermenêutica em oposição à fenomenologia transcendental de Husserl. Husserl reagiu a uma crise anterior nos fundamentos das ciências humanas argumentando que as ciências humanas fracassaram porque não levaram em conta a intencionalidade — a maneira como a mente individual é direcionada aos objetos em virtude de algum conteúdo mental que os representa. Ele desenvolveu uma descrição do homem como sendo essencialmente uma consciência com significados (…)
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GA24:89-93 – Intencionalidade
7 de março, por Cardoso de CastroCasanova
[…] A concepção usual da intencionalidade desconhece aquilo para o que se dirige – no caso da percepção – o perceber. Juntamente com isso, ela também desconhece a estrutura do dirigir-se-para, a intentio. A interpretação falsa reside em uma subjetivação às avessas da intencionalidade. Estabelece-se um eu, um sujeito, e deixa-se que vivências intencionais pertençam à sua assim chamada esfera. O eu é aqui algo dotado de uma esfera, na qual são por assim dizer encapsuladas suas (…) -
Harada (2009a:20-24) – a coisa
11 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroO ente e o ser indicam “as coisas” numa indeterminação ou num modo inteiramente vazio de conteúdo ou prenhe de possibilidades concretas de conteúdo.
Entrementes para nós hoje, há coisa e coisa. Coisa, usualmente é objeto. Coisa como Objeto, em diferentes níveis, está, de alguma forma, referida ao projeto da ação e do saber do sujeito-homem. Coisa como Coisa se refere mais a um fato da natureza virgem, ainda intacta da indústria humana. E, em vez de objeto e coisa, dizemos de um modo (…) -
Harada (2009) – Objetivação - Objetivar
19 de novembro, por Cardoso de CastroO que é objetivação, objetivar? A esse respeito responde Heidegger numa carta de 11.03.1964 endereçada aos participantes de um diálogo teológico sobre O problema de um pensar e falar não objetivantes na teologia, hoje: Objetivar "é fazer algo objeto, pô-lo como objeto e somente assim o representar. E o que significa objeto? Na Idade Média obiectum significava o que é lançado e mantido de encontro em face do aperceber, da imaginação, do julgar, desejar e mirar. Em contraste com isso, (…)
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Luijpen (1973:39-42) – Espiritualismo
19 de novembro, por Cardoso de CastroA relativa prioridade do sujeito pode também ser expressa de outro modo. O mundo das coisas revela-se, sempre e necessariamente, como o não-eu. O não-ser-eu pertence à realidade do mundo das coisas. Coisas no mundo material que não se distinguem do eu, que não se revelam como não-eu, não são coisas reais. Quem quer exprimir a realidade das coisas, portanto, vê-se obrigado implicitamente a afirmar a não-identidade delas com o eu. Nisso está contida, ao falar-se da realidade das coisas, a (…)
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GA7:26-28 – O destino sob o império da com-posição é o perigo maior
22 de novembro, por Cardoso de CastroA essência da técnica repousa na com-posição . Sua regência é parte do destino . Posto pelo destino num caminho de desencobrimento , o homem, sempre a caminho, caminha continuamente à beira de uma possibilidade : a possibilidade de seguir e favorecer apenas o que se des-encobre na dis-posição e de tirar daí todos os seus parâmetros e todas as suas medidas. Assim, tranca-se uma outra possibilidade: a possibilidade de o homem empenhar-se, antes de tudo e [29] sempre mais e num modo cada vez (…)
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Husserl – Constituição da natureza objetiva
18 de novembro, por Cardoso de CastroToda a coisa da minha experiência faz parte do meu «ambiente» e isto quer, primeiramente, dizer que o meu corpo próprio está presente também ao mesmo tempo. Não que esta constatação seja, em todo o sentido, uma necessidade de essência. É o que nos ensina, precisamente, «a experiência de pensamento» solipsista. Reparando melhor, o solus ipse não conhece corpo próprio objetivo, no sentido pleno e propriamente dito, mesmo se possuir o fenômeno do seu corpo próprio e os sistemas de (…)
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GA7:50-52 – a ciência moderna é a teoria do real
22 de novembro, por Cardoso de CastroComo teoria do real [Theorie des Wirklichen], a ciência moderna não é, pois, nada de espontâneo e natural. Não se trata de um simples feito do homem e nem de uma imposição do real. Ao contrário, a vigência do real carece da essência da ciência quando se ex-põe na objetidade do real . Este momento, como qualquer outro semelhante, é um mistério. Se os grandes pensamentos sempre chegam com os pés do silêncio, muito mais ainda é o que acontece com a transformação da vigência de todo vigente.
A (…) -
Mitchell (2015:40-41) – objeto perceptual da fenomenologia e Bestand
21 de outubro, por Cardoso de Castro[…] a Bestand também mostra um contraste marcante com o objeto perceptual da fenomenologia. Parte da concepção husserliana do objeto — de fato, um princípio básico da própria fenomenologia — é que o objeto não é dado de uma só vez, mas sim em perfis e perspectivas. Husserl é sempre muito claro ao dizer que “a percepção de um todo não implica a percepção de suas partes e determinações”. É verdade que o “resto” do objeto é pretendido nesses perfis, seja como retido na memória ou obtido na (…)
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GA5:106-112 – sujeito - subiectum - hypokeimenon
5 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExcerto de HEIDEGGER, Martin. Caminhos de Floresta. Coordenação Científica da Edição e Tradução Irene Borges-Duarte. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002, p. 131-137]
Borges-Duarte
Como é que se chega, de todo, a que o ente se interprete, de um modo acentuado, como subjectum, e a que, consequentemente, o subjectivo alcance um domínio?
Pois até Descartes, e ainda dentro da sua metafísica, o ente é, na medida em que é um ente, um sub-jectum (ύπο-κείμενον), algo subjacente por si (…) -
Demske: Being as Noein-Einai (Parmenides)
1º de maio de 2017, por Cardoso de Castrop. 95-98
What was being for the other great pre-Socratic thinker, Parmenides? Contradicting the widely held opinion that the teaching of Parmenides is diametrically opposed to that of Heraclitus, Heidegger maintains that both thinkers really shared the same philosophical standpoint: "Where should these two Greek thinkers, the founders of all thought, take their stand but in the being of beings? For Parmenides too, being is the hen, kyneches, that which holds itself together in itself, (…) -
Gadamer (VM): objetividade da ciência
24 de janeiro, por Cardoso de CastroCom isso, o conde Yorck eleva à categoria de um princípio metódico o que Husserl, mais tarde, irá desenvolver amplamente na sua fenomenologia. Compreende-se, dessa maneira, como foi possível que se encontrassem, no geral, dois pensadores tão diversos como Husserl e Dilthey. O retorno a posições anteriores à abstração do neokantismo torna-se comum a ambos. Yorck concorda com ambos, e no entanto, ele oferece ainda mais que isso. Pois não retrocede até a vida apenas com intenção epistemológica, (…)
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Être et temps : § 13. Exemplification de l’être-à… à partir d’un mode dérivé : la connaissance du monde.
9 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Si l’être-au-monde est une constitution fondamentale du Dasein, où il se meut non pas seulement en général, mais - sur le mode de la quotidienneté - de façon privilégiée, il doit donc également être toujours déjà expérimenté ontiquement. Un voilement total du phénomène serait d’autant plus (…) -
GA41: Significado «razão pura»
19 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroExtrato da tradução em português de Carlos Morujão
O eu, enquanto «eu penso» é, de ora em diante [após Descartes], o fundamento em que repousa toda a certeza e verdade. Mas, ao mesmo tempo, o pensamento, o enunciado, o logos, é o fio condutor das determinações do Ser, das categorias. Estas encontram-se tendo como fio condutor o «eu penso», tendo em vista o eu. Deste modo, o eu, devido a este significado fundamental para a fundamentação da totalidade do saber, torna-se a determinação (…) -
Être et temps : § 12. Esquisse préparatoire de l’être-au-monde à partir de l’orientation sur l’être-à… comme tel.
9 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Au cours de nos élucidations préparatoires (§9), nous avons déjà discerné un certain nombre de caractères d’être, qui doivent jeter sur la suite de notre recherche une lumière sûre, mais n’obtiendront en même temps leur concrétion structurale que de cette recherche même. [53] Le Dasein est (…) -
GA41: Esquema-resumo
28 de maio de 2017, por Cardoso de CastroÍndice e esquema da obra O QUE É UMA COISA?, visando reunir excertos, resumos, tópicos, palavras-chave, comentários e outros elementos.
-*Diversas maneiras de interrogar em direção da coisa I. Interrogação filosófica e interrogação científica Anedota em Platão sobre o questionamento filosófico, no Teeteto 174ss. A questão filosófica caracteriza a filosofia como "aquele pensar com o qual essencialmente nada se pode empreender e a respeito do qual os serventes não podem deixar de rir" II Os (…) -
Stambaugh (1969:8-12) — Identität - Identity
24 de janeiro de 2019, por Cardoso de CastroExcerto da introdução de Joan Stambaugh (p. 8-12) a sua tradução de Identität und Differenz.
As Heidegger remarks, it took philosophy two thousand years to formulate the problem of identity in its fully developed form as mediation and synthesis. With Leibniz and Kant preparing the way, the German Idealists Fichte, Hegel, and Schelling place identity in [9] the center of their thought on the foundation of transcendental reflection. These thinkers are concerned not with the simple unity of (…) -
GA15:292-294 – verdade como certeza e sujeito-objeto
18 de fevereiro de 2021, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. Four Seminars. Le Thor 1966, 1968, 1969, Zähringen 1973. Translated by Andrew Mitchell and François Raffoul. Bloomington: Indiana University Press, 2012, p. 13-14
Tradução
Como chegamos a esta separação, esta dicotomia entre o sujeito e o objeto? Como um surge em relação ao outro? Esta questão pressupõe um estágio anterior, quando a dicotomia ainda não havia ocorrido. Este estágio inicial, para Hegel, é o mundo grego.
Qual é de fato a força motriz da dicotomia (…) -
GA24:222-224 – sujeito-objeto
20 de novembro, por Cardoso de CastroRickert talvez conceba de maneira mais formal a relação sujeito-objeto [Subjekt-Objekt-Beziehung]. Ele diz: “Os conceitos do sujeito e do objeto se requisitam mutuamente, tal como também o fazem outros conceitos, por exemplo, o conceito de forma e de conteúdo ou o de identidade e de diversidade ”. No entanto, é preciso perguntar aqui: Por que é que esses conceitos, sujeito e objeto, se requisitam mutuamente? Ora, evidentemente apenas porque o que é com isto visado se requisita. Mas um objeto (…)
Notas
- Arendt (CH:§18) – identidade e objetividade
- Arendt (RJ:165) – objeto do pensar
- Balibar (2017) – Subjekt em Descartes?
- Beaufret (1992:21-22) – consciência (Bewusstsein)
- Beaufret (1992:22-24) – subjetividade (Subjektivität)
- Blatter: subject-object schema
- Boutot (1993:32-33) – In-der-Welt-sein - ser-no-mundo
- Boutot (1993:94-98) – A técnica e a ordenação
- Bret Davis (2007:xxx-xxxi) – being revealed as will
- Carman (2003:121-123) – O que é um mundo?
- Caron (2005:13-14) – a questão sobre a origem do si
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:25-26) – si e eu
- Caron (2005:327-328) – subjectum
- Caron (2005:560-561) – vontade de poder, nova interpretação da essência do sujeito
- Caron (2005:768) – Dasein
- Caron (2005:773-774) – o Dasein
- Caron (2005:778) – Dasein não é o sujeito
- Caron (2005:781) – ser-sempre-meu [Jemeinigkeit] denega a subjetividade
- Caron (2005:782) – a introspecção