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Literatur / Leser
Matérias
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Ingarden (1979:365-368) – sujeito leitor da obra literária
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
[…] Precisamente, quando o leitor se submete à obra [literária] são vividos aqueles aspectos cujos esquemas são postos à disposição pela mesma. Além disso, são despertadas no leitor múltiplas vivências do prazer estético em que despontam avaliações estéticas que eventualmente também atingem um desenvolvimento explícito. Finalmente, fazem-se sentir na alma do leitor (ou do espectador) sob o efeito da leitura múltiplos sentimentos e afectos que, é certo, já não pertencem ao grupo das (…)
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Ricoeur (1977) – Mundo do Texto
22 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
O traço que colocamos sob este título vai levar-nos ao mesmo tempo a ultrapassar as posições da hermenêutica romântica, que ainda são as de Dilthey, mas também às antípodas do estruturalismo, que recuso, aqui, como o simples contrário do romantismo.
Japiassu
Estamos lembrados de que a hermenêutica romântica enfatizava a expressão da genialidade. Igualar-se a essa genialidade, tornar-se contemporâneo dela, era a tarefa da hermenêutica. Dilthey, próximo ainda, neste sentido, da (…)
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Ingarden (1979) – Estrutura do Livro
22 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Roman Ingarden — A OBRA DE ARTE LITERÁRIA Prefácio Prefácio da segunda edição Prefácio da terceira edição PRIMEIRA PARTE QUESTÕES PRÉVIAS § 1. Introdução Capítulo 1. Problemas do ponto de partida § 2. Delimitação provisória do âmbito dos exemplos § 3. O problema do modo de ser da obra literária § 4. As concepções psicologistas e o problema da identidade da obra literária § 5. A obra literária como «objeto da imaginação» Capítulo 2. Eliminação das formações não (…)
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Ingarden (1979) – Prefácio
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
As investigações trazidas a público nesta obra têm por tema principal a estrutura fundamental e o modo de ser da obra literária e, muito especialmente, da obra de arte literária. Desta pretendem sobretudo focar a estrutura característica e eliminar da sua concepção as várias confusões que em obras antecedentes resultaram, por um lado, das tendências psicologísticas, que continuam a ser fortes, e, por outro lado, das considerações de uma teoria geral da arte e da obra de arte. Das primeiras, (…)
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Ingarden (1979) – Prefácio da segunda edição
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Apesar de as minhas investigações terem por tema principal a obra literária, e sobretudo a obra de arte literária, os motivos que, em última análise, me levaram a tratar este tema são de natureza filosófica geral e transcendem amplamente este assunto regional. Estão intimamente relacionados com o problema Idealismo-Realismo, que desde há anos me preocupa.
Passaram-se mais de trinta anos sobre a redação deste livro. Entretanto, o mundo sofreu muitas modificações. Se hoje me resolvo a (…)
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Ingarden (1979) – § 1 Introdução
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Estamos perante um fato curioso. Quase todos os dias nos ocupamos de obras literárias . Lemo-las, somos impressionados por elas, agradam-nos ou desagradam-nos, apreciamo-las, formulamos diferentes juízos sobre elas, discutimo-las, escrevemos tratados sobre obras individuais, ocupamo-nos da sua história e, muitas vezes, elas constituem quase uma atmosfera em que vivemos. Parece-nos, portanto, que conhecemos os objetos desta ocupação sob todos os aspectos e exaustivamente. Contudo, (…)
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Ricoeur (1977) – Compreender-se diante da obra
22 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Gostaria de considerar uma quarta e última dimensão da noção de texto. Anunciava-a na introdução dizendo que o texto é a mediação pela qual nos compreendemos a nós mesmos. Este quarto tema marca a entrada em cena da subjetividade do leitor. Prolonga esse caráter fundamental de todo discurso de ser dirigido a alguém. Todavia, diferentemente do diálogo, esse vis-à-vis não é dado na situação de discurso. Ousaria mesmo dizer que ele é criado, instaurado, instituído pela própria obra. Uma obra se (…)
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Ricoeur (1977) – O discurso como obra
22 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Proponho três traços distintivos da noção de obra. Em primeiro lugar, uma obra é uma sequência mais longa que a frase, e que suscita um problema novo de compreensão, relativo à totalidade finita e fechada constituída pela obra enquanto tal. Em seguida, a obra é submetida a uma forma de codificação que se aplica à própria composição e faz com que o discurso seja um relato, um poema, um ensaio etc. É essa codificação que é conhecida pelo nome de gênero literário. Em outros termos, compete a (…)