Na maioria das vezes, Nietzsche emprega a palavra paixão como possuindo o mesmo significado de afeto. No entanto, se ira [Zorn] e ódio [Haß], ou alegria e amor [Freude und Liebe], por exemplo, não são apenas diferentes como um afeto é distinto de outro, mas são diferentes como um afeto e uma paixão, então também precisamos aqui de uma determinação mais exata.
Casanova
Tão frequente quanto a caracterização nietzschiana da vontade como afeto [Affekt] é sua caracterização da vontade como (…)
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Nietzsche / Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
OBRAS NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Tr. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (ebook)
- NIETZSCHE, Friedrich. Assim falava Zaratustra. Um livro para todos e para ninguém. Tr. Mário Ferreira dos Santos. Petrópolis: Vozes, 2008.
- NIETZSCHE, Friedrich. A Vontade de Poder. Tr. Marcos Sinésio Pereira Fernandes e Francisco José Dias de Moraes. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011.
- NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e do Mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. Tr. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
- NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Tr. Alfredo Margarido. Lisboa: Guimarães Editores, 2000 (epub)
- NIETZSCHE, Friedrich. Crepúsculo dos Ídolos. Tr. Paulo César Lima de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006 (epub)
- NIETZSCHE, F.. A Genealogia da Moral. Tr. Paulo César Lima de Souza. Belo Horizonte: Companhia das Letras, 1998.
Matérias
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GA6T1:57-59 – afetos e paixões
4 de maio de 2020, por Cardoso de Castro -
GA6T1:52-53 – querer [Wollen] e vontade de poder [Wille zur Macht]
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroTomado estritamente no sentido do conceito nietzschiano de vontade, o poder nunca pode ser pressuposto previamente como meta para a vontade, como se o poder fosse algo que pudesse ser estabelecido inicialmente como estando fora da vontade. Porquanto a vontade é decisão por si mesma como um assenhoramento que se estende para além de si; porquanto a vontade é querer para além de si, a vontade é potencialidade que se potencializa para o poder.
Casanova
O querer mesmo é um assenhoramento (…) -
GA6T2:141-142 – o sujeito
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroPor meio de Descartes e desde Descartes, o homem, o “eu” humano, se torna “sujeito” de maneira predominante. Como o homem assume o papel do único sujeito propriamente dito? Por que esse sujeito humano transpõe-se para o “eu”, de modo que a subjetividade passa a significar o mesmo que egocidade? É a subjetividade que se define pela egocidade ou é, inversamente, a egocidade que se define pela subjetividade?
Casanova
Na medida em que se interpreta a sentença de Protágoras sobre o homem (…) -
GA6T2: ESBOZOS PARA LA HISTORIA DEL SER COMO METAFÍSICA (estrutura)
18 de junho de 2016, por Cardoso de CastroESBOZOS PARA LA HISTORIA DEL SER COMO METAFÍSICA (1941) De la historia del ser Para la determinación esencial de la metafísica moderna Objetividad - Trascendencia - Unidad - Ser (Crítica de la razón pura, § 16) Ser - objetividad (voluntad) Ser como objetividad - Ser y pensar - La unidad y lo Hen Objetividad y «reflexión». Reflexión y negatividad Reflexión y representación Reflexión y objeto y subjetividad Lo trascendental Repraesentatio y reflexio Ser - realidad efectiva - voluntad Ser y (…)
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Boutot (IFH:77-82) – Esquecimento do ser
30 de maio de 2017, por Cardoso de CastroA história da filosofia ou da metafísica, termos sinônimos para Heidegger, confunde-se em definitivo com a história da emergência lenta e progressiva do pensar segundo os valores. Esta assimilação do ser ao valor, levada a efeito em várias etapas, é a verdade última, e talvez íntima, da história da metafísica enquanto história do platonismo.
Heidegger distingue três períodos ou épocas fundamentais na história da metafísica: os gregos (Platão e Aristóteles), depois os romanos e a Idade (…) -
Sloterdijk: o abandono das esferas cosmológicas na Modernidade
25 de maio de 2017, por Cardoso de CastroTr. Isidoro Reguera. Madrid: Siruela, 2003, p. 29-37
El pensamiento de la edad moderna, que se presentó durante tanto tiempo bajo el ingenuo nombre de Ilustración y bajo el todavía más ingenuo lema programático «Progreso», se distingue por una movilidad esencial: siempre que sigue su típico «Adelante» pone en marcha una irrupción del intelecto desde las cavernas de la ilusión humana a lo exterior no-humano. No en vano el giro de la cosmología, llamado copernicano, está al comienzo de la (…) -
GA43: Estrutura da Obra
9 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira de Marco Antonio Casanova
-* Nietzsche como pensador metafísico O livro A vontade de poder Planos e trabalhos preliminares para a obra capital A unidade entre vontade de poder, eterno retorno e transvaloração A estrutura da "obra central" O modo de pensar nietzschiano como inversão O ser do ente como vontade na tradição metafísica A vontade como vontade de poder Vontade como afeto, paixão e sentimento A interpretação idealista da doutrina nietzschiana da vontade Vontade (…) -
Fink (2000:215-221) – Los cuatro aspectos trascendentales del problema del ser
3 de junho de 2023, por Cardoso de Castro¿Cómo hemos de definir la relación de Nietzsche con la metafísica?
Al volver la vista atrás a los escritos de Nietzsche que hemos repasado y ver toda su fulgurante riqueza de espíritu y de experiencia vital, de intuición y de psicología sagacísima y de vivencias existenciales auténticas, puede parecer una simplificación inadmisible el que hayamos asentado su filosofía tan sólo en los cuatro temas fundamentales citados. Sin embargo, éstos constituyen, en su recíproca conexión y (…) -
Didier Franck (1998:377-380) – orgânico e inorgânico
12 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
[…] partamos da distinção entre o orgânico e o inorgânico. Qual é a diferença entre eles, uma vez que existe apenas um tipo de força? Há mais seres inorgânicos no mundo do que orgânicos, e a diferença entre o vivo e o não vivo é exclusivamente quantitativa? Em A Gaia Ciência, Nietzsche adverte: "Não se deve dizer que a morte se opõe à vida. O vivo é apenas um modo do que está morto, e um modo muito raro. Isto para sublinhar a raridade quantitativa do orgânico em relação ao (…) -
Didier Franck (1998:380-383) – a memória
12 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
Como a memória é possível? Numa nota que precede quase imediatamente a primeira formulação do eterno retorno, Nietzsche responde: "A nossa memória baseia-se no ver como igual e no tomar como igual: em outras palavras, numa visão imprecisa; é originalmente da maior grosseria e considera quase tudo como igual. — O fato de as nossas representações funcionarem como excitações desencadeadoras advém de representarmos e experimentarmos sempre numerosas representações como iguais (das (…) -
GA67: Estrutura da Obra
22 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTradução brasileira de Marco Antonio Casanova
A SUPERAÇÃO DA METAFÍSICA
1. A Superação da metafísica
2. A Superação da metafísica
3. História do seer e Superação da metafísica
4. A Volatização (Verflüchtigung) do ser
5. A metafísica e o Predomínio do Ente. Impotência e Volatização do Seer
6. "Superação"
7. Para a Configuração do Texto
8. Para a Concepção Correta da Totalidade
9. A Superação da metafísica através do seer
10. A Superação enquanto História do seer
11. O (…) -
Birault (1978:373-377) – La valeur (Wert)
30 de maio de 2017, por Cardoso de CastroO pensamento segundo os valores é por conseguinte uma simples figura — a figura "moral" — do pensamento que calcula. O valor perdeu toda relação com o ser, com a integridade, a saúde, a coragem ou a nobreza do ser. O valor é agora valor avaliado, ou avaliação valorizante, valor calculado, valor adicionado, valor atribuído. O valor, desde que seja pensado na perspectiva do que é valioso e da validade, não tem em si mais nada de venerável ou de valoroso; não vale mais nada, mais nada senão o (…)
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Schürmann (1995:53-70) – "abandono" [verlassen] da época moderna
11 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroTraducción de Carolina Soto, en Heidegger y la mística, Paideia, Córdoba, 1995, pp. 53-70.
Una atención más elaborada en el aspecto político de la existencia, conduciría quizás a una visión menos severa sobre la época contemporánea. Heidegger no lo ha intentado. Eric Weil y Enmanuel Lévinas están entre los que avanzan más resueltamente en esta dirección. La conclusión sigue siendo, sin embargo, la misma en lo que concierne al abandono que es nuestro tema. Bajo cualquier aspecto que se (…) -
GA6T2:116-121 – a falácia do "homem bom"
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroExcerto de HEIDEGGER, Martin. Nietzsche II. Tr.: Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007, p. 86-89
Casanova
Se a “verdade”, isto é, o verdadeiro e o real, é transplantada para o alto e para o além em um mundo em si, então o ente propriamente dito aparece como aquilo a que toda a vida humana precisa se submeter. O verdadeiro é aquilo que deve ser em si e é desejável. A vida humana só presta para alguma coisa, só é determinada por meio de virtudes corretas, se (…) -
GA35: Estrutura da Obra
8 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTranslated by Richard Rojcewicz
Part One - The dictum of Anaximander of Miletus, 6th-5th century
Introduction
§1. The mission and the dictum
a) Cessation and beginning
b) The dictum in the customary translations
Chapter I The first phase of the interpretation
A. THE FIRST SECTION OF THE STATEMENT
§2. The theme of the dictum: beings as a whole
a) The meaning of ta onta
b) Beings in genesis kai phthora
c) ex oun — eis tauta — the whence-whither — our characterization of (…) -
GA6T1:62-64 – aquele que quer + o querer + o querido
4 de maio de 2020, por Cardoso de CastroNo sentimento abre-se e mantém-se aberto o estado no qual nos encontramos concomitantemente em relação às coisas, em relação a nós mesmos e em relação aos homens que convivem conosco.
Casanova
[…] “Querer: um sentimento que compele, muito agradável!” Um sentimento é a maneira na qual nos encontramos em nossa ligação com o ente, e, com isso, também ao mesmo tempo em nossa ligação conosco mesmo; a maneira como nos encontramos afinados em relação ao ente que nós mesmos não somos e em (…) -
Gadamer: Heidegger on subjectivity
30 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtrato das páginas 279-281, da tradução de Peter Adamson and David Vessey, em Continental Philosophy Review 33: 275-287, 2000.
Now, how does the problematic of subjectivity look in the light of Heldegger and his proficient critique of Husserl? As is well-known, already in Being and Time Heidegger transformed Husserl’s use of “phenomenon,” for he saw the basic task of phenomenology as laying bare the phenomenon, and found insufficiently careful Husserl’s mere phrase: “to the thing (…) -
GA51: Estrutura da Obra
10 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroGarda
INTRODUCCION - La interna conexión entre Fundamento - Ser - Inicio
§1. Dilucidación del título del curso «Conceptos fundamentales»
a) Conceptos fundamentales son conceptos-fundamentales
b) La apelación de los conceptos-fundamentales
c) La diferencia entre las apelaciones al hombre α) La apelación de las necesidades: lo que hace falta β) La apelación a la esencia del hombre históricamente acontecido
d) El estar presto a lo originario e inicial y la pedante (…) -
Butler (1997:C2) – auto-identidade da vontade
22 de fevereiro, por Cardoso de CastroRogério Bettoni
Nietzsche oferece uma visão da consciência como atividade mental formadora de vários fenômenos psíquicos, mas que também é formada – consequência de um tipo distinto de internalização. Em Nietzsche, que distingue consciência de má consciência, consta que a vontade se volta sobre si mesma. Mas que sentido devemos dar a essa estranha locução? Como podemos imaginar uma vontade que recua e se redobra sobre si mesma? E como, mais pertinentemente, essa figura é oferecida como (…) -
Raffoul (2010:4-7) – Responsabilidade
20 de junho de 2023, por Cardoso de CastroIronicamente, essa “ideologia de responsabilidade” predominante é muitas vezes acompanhada por uma negligência singular da reflexão genuína sobre os sentidos da responsabilidade, sobre o que significa ser responsável. A responsabilidade é simplesmente assumida como significando a responsabilização [accountability] do agente livre.
Nietzsche’s critique of morality opens the way for a new engagement with the concept of responsibility, henceforth freed from its association with a metaphysics (…)
Notas
- Arendt (RJ:162) – supra-sensual
- Birault (1978:366) – vontade de vontade (Wille zum Willen)
- Caron (2005:327-328) – subjectum
- Caron (2005:560-561) – vontade de poder, nova interpretação da essência do sujeito
- Fink (1988:77) – Nietzsche e a metáfora do jogo
- GA27:13-15 – filosofia é uma ciência absoluta?
- GA5:247 – Razão opositora do pensar
- GA6T1:117-118 – estado corporal
- GA6T1:223,246 – vida
- GA6T1:276-277 – totalidade - Dasein - vida
- GA6T1:320-321 – Deus não está morto?
- GA6T1:341-342 – o morto e o vivente
- GA6T1:37-38 – querer e aspirar
- GA6T1:469-470 – amor fati
- GA6T1:55 – ciência empregada na filosofia
- GA6T1:57 – A própria vontade nunca pode ser querida
- GA6T2:485 – nada acontece
- GA87:303 – ego cogito ergo sum
- GA87:306-307 – Nietzsche - a questão do valor
- GA89:105 – Dasein e corpo