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Imagination / Phantasie …
Matérias
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Schürmann (1996:12-14) – nossa adição fantasmática
2 de outubro, por Cardoso de Castro
“Ali, aquela montanha! Ali, aquela nuvem! O que há de “real” nisso? Subtraiam apenas o fantasma e toda a adição humana, seus sóbrios! Se ao menos vocês pudessem!” [F. Nietzsche, Gaia Ciência, II-57]
Subtrair o fantasma para que apenas essa montanha, essa nuvem, permaneça, parece que não podemos. Nas análises que se seguem, tomo Nietzsche literalmente: com o fantasma, o “real” desaparece para nós. Então, o que está em jogo na “adição” fantasmática e em qualquer subtração sóbria? Poderia ser (…)
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Sallis (1990:97-100) – imaginação - o sentido do ser?
16 de fevereiro, por Cardoso de Castro
destaque
Não se deve passar demasiado facilmente por cima do paradoxo que surge assim que a imaginação é introduzida na fenomenologia. Ao regressar às coisas em si, a fenomenologia parece exigir exatamente a direção oposta àquela que se acredita que a imaginação tipicamente toma. A fenomenologia, ao que parece, não poderia ter nada a ver com esses voos de fantasia, essas ficções, com as quais a imaginação - aparentemente alheia às coisas em si - teria de se ocupar. Quando muito, a (…)
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Pontremoli (1996:68-75) – a fotografia
10 de janeiro, por Cardoso de Castro
destaque
Visada como a verdade espantosa do que é agora uma coisa do passado, a realidade do fotografado, o acontecimento atestado do passado garantiria a ausência precisamente daquilo que estamos a ver. A fotografia faria duas afirmações violentas ao mesmo tempo: isto é o real, e o que se vê aqui "não é de modo algum uma presença", mas um mundo engolido pelo tempo. É por isso que, segundo Barthes, qualquer outra imagem bem feita estimularia mais ativamente a ficção ao não fazer uma (…)
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GA6T1:505-506 – imagem
21 de maio de 2023, por Cardoso de Castro
O sentido grego de “imagem” — se é que podemos usar efetivamente essa palavra aqui — é o vir-à-tona, φαντασία, e esse vir à tona uma vez mais compreendido como: ganhar a presença.
Casanova
[…] o presentar emergente é a vigência que se presenta, φύσις. Somente sob o poder dessa predeterminação inicial do ente como φύσις pode-se conceber também a interpretação grega subsequente do caráter ôntico do ente, a saber, a interpretação platônica. Pois de que outro modo a “ideia” poderia ser o (…)
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Flusser (FCP:C1) – A imagem
10 de janeiro, por Cardoso de Castro
Imagens são superfícies que pretendem representar algo. Na maioria dos casos, algo que se encontra lá fora no espaço e no tempo. As imagens são, portanto, resultado do esforço de se abstrair duas das quatro dimensões espacio-temporais, para que se conservem apenas as dimensões do plano. Devem sua origem à capacidade de abstração específica que podemos chamar de imaginação. No entanto, a imaginação tem dois aspectos: se de um lado, permite abstrair duas dimensões dos fenômenos, de outro (…)
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Arendt (LM:75-80) – imaginação
14 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
destaque
Parece-me errado tentar estabelecer uma ordem hierárquica entre as atividades do espírito; mas também parece-me inegável que existe uma ordem de prioridades. Se o poder da representação e o esforço para dirigir a atenção do espírito para o que escapa da atenção da percepção sensível não se antecipassem e preparassem o espírito para julgar, seria impossível pensar como exerceríamos o querer e o julgar, isto é, como poderíamos lidar com coisas que ainda não são, ou que já não são (…)
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Ricoeur (2000:5-7) – Memória e Imaginação (nota inicial)
28 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro
Ao submeter-se ao primado da questão "o quê", a fenomenologia da memória confronta-se desde logo com uma formidável aporia que a linguagem corrente suporta: a presença em que parece consistir a representação do passado parece ser, de facto, a de uma imagem. Dizemos indistintamente que representamos um acontecimento passado ou que temos uma imagem dele, que pode ser visual ou auditiva.
En se soumettant au primat de la question « quoi ? », la phénoménologie de la mémoire se voit confrontée (…)