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GA65:136 – seer nada "é"
quinta-feira 29 de agosto de 2019
Casanova
Seer – a estranha crença equivocada em que o seer precisaria sempre “ser” e em que quanto mais constantemente e duradouramente ele fosse, tanto mais “essente” ele seria.
Mas em primeiro lugar, o seer em geral não “é”, mas se essencia.
E, em segundo lugar, o seer é o que há de mais raro e mais único, e ninguém tem como avaliar os pontos instantes, nos quais ele funda para si um sítio e se essencia.
Como é que se chega ao fato de que o homem se equivoca tanto em relação ao seer? Porque ele precisa se ver exposto ao ente, a fim de experimentar a verdade do seer. Nessa exposição, o ente é o verdadeiro, o aberto; e isso porque o seer se essencia como o que se encobre.
Assim, o homem se mantém no ente e se torna útil ao ente, caindo como uma presa no esquecimento do seer; e, em verdade, tudo isso sob a aparência de realizar o que há de próprio e de permanecer próximo do seer.
Somente onde o seer se retém como o que se encobre é que o ente pode vir à tona e aparentemente dominar tudo, representando a única barreira contra o nada. E, não obstante, tudo isso se funda na verdade do seer. Mas, então, porém, a próxima e única consequência é deixar o seer e até mesmo esquecê-lo no velamento. Todavia: deixar o seer no velamento e experimentar o ser como o que se encobre são duas coisas fundamentalmente diversas. A experiência do seer, o suportar a sua verdade, traz, com certeza, o ente de volta para as suas barreiras e retira dele a aparente unicidade de seu primado. No entanto, assim ele não se torna menos essente, mas, ao contrário, mais essente, isto é, mais essencial na essenciação do seer.
Quantos (todos) não falam agora de “ser”, sempre tendo em vista apenas um ente e talvez mesmo aquele ente, que cria para eles a ocasião do desvio e da tranquilização. [GA65PT :251-252]
Fédier
L’estre en étant persuadé de faire ce qu’il faut faire, et de rester ainsi dans la proximité de l’estre.
C’est là où l’estre – se mettant à couvert – se tient à l’écart, c’est seulement là que l’étant peut venir au premier plan et apparemment tout dominer, et constituer l’unique rempart contre le rien. Et pourtant tout cela a son fondement dans la vérité de l’estre. Mais dans ce cas, la conséquence immédiate et unique, c’est donc qu’il faut laisser l’estre à couvert, mieux encore : l’oublier. Mais : laisser l’estre à couvert, et faire l’expérience de l’estre comme ce qui se met à couvert, ce sont deux choses fondamentalement différentes. L’expérience de l’estre, endurer sa vérité fait incontestablement revenir l’étant à sa limitation, et lui prend le caractère apparemment unique de sa préséance. Mais ainsi il ne devient pas moins étant, au contraire : il devient plus étant, c’est-à-dire déployant plus d’essence dans le déferlement de la pleine essence de l’estre.
Nombreux sont ceux qui parlent (tous le font) de l’« être », et n’ont à l’esprit qu’un étant ; peut-être même celui qui leur procure l’occasion de l’esquive et du soulagement. [GA65FR :292-293]
Emad & Maly
Be-ing – the remarkable heresy is that be-ing always has to "be" and that the more constantly and enduringly be-ing is, the more-being it is.
But first of all, be-ing "is" nothing at all but rather holds sway.
And then, be-ing is the rarest, because it is the most unique; and no one fully prizes the few moments in which it holds sway and grounds an abode for itself.
How is it that man misjudges so much when it comes to be-ing? Because he must be exposed to a being in order to experience the truth of be-ing. In this exposure a being is the true, the open – and it is this because be-ing holds sway as what shelters itself.
So man holds himself onto beings, makes himself of service to beings, and falls prey to forgottenness of be-ing – all of this with the illusion of accomplishing what is genuine and of staying close to be-ing.
Only when be-ing holds itself back as self-sheltering can beings appear and seemingly dominate everything and present the sole barrier against the nothing. And nevertheless all of this is grounded in the truth of be-ing. But then the immediate and only consequence is to leave be-ing in concealment and even to forget it. But: Leaving be-ing in concealment and experiencing be-ing as self-sheltering are two different things. The experience of be-ing and sustaining its truth do put beings back into their limit and take from them the seeming uniqueness of their priority. However, in this way beings do not become any less "beings"; on the contrary, they become more being, i.e., more holding sway in the essential swaying of be-ing.
How many (all) now talk of "being" and always only mean a being – and perhaps that being that offers them the opportunity of avoidance and calmness. [GA65EM :180]
Original
Seyn – der merkwürdige Irrglaube, das Seyn müßte immer »sein«, und je ständiger und länger es sei, um so »seiender« sei es.
Aber einmal »ist« das Seyn überhaupt nicht, sondern west.
Und dann ist Seyn das Seltenste weil Einzigste, und niemand erschätzt die wenigen Augenblicke, in denen es eine Stätte sich gründet und west.
Wie kommt es, daß der Mensch so sehr am Seyn sich verschätzt? Weil er dem Seienden ausgesetzt sein muß, um die Wahrheit des Seyns zu erfahren. In dieser Aussetzung ist das Seiende das Wahre, Offene und dieses, weil das Seyn als das Sichverbergende west.
So hält sich der Mensch an das Seiende und macht sich dienstbar dem Seienden und fällt der Seynsvergessenheit anheim, und zwar alles dieses im Anschein, das Eigentliche zu leisten und dem Seyn nahe zu bleiben.
Nur wo das Seyn als das Sichverbergen sich zurückhält, kann das Seiende auftreten und scheinbar alles beherrschen und die einzige Schranke gegen das Nichts darstellen. Und dennoch gründet dieses alles in der Wahrheit des Seyns. Aber dann ist doch die nächste und einzige Folge, das Seyn in der Verborgenheit zu lassen und gar zu vergessen. Doch: Seyn in der Verborgenheit lassen und das Seyn als das Sichverbergende erfahren ist grundverschieden. Die Erfahrung des Seyns, das Ausstehen seiner Wahrheit bringt allerdings das Seiende in seine Schranke zurück und nimmt ihm die scheinbare Einzigkeit seines Vorrangs. Aber so wird es nicht weniger seiend, im Gegenteil, seiender, d. h. wesender in der Wesung des Seyns.
Wieviele (alle) reden jetzt vom »Sein« und meinen nur immer ein Seiendes und vielleicht jenes, das ihnen die Gelegenheit des Ausweichens und der Beruhigung verschafft. [GA65 :255]
Ver online : CONTRIBUTIONS TO PHILOSOPHY