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GA54:247-248 – sujeito [Subjekt]
terça-feira 23 de abril de 2024
Wrublevski
O homem moderno possui uma “experiência vivida” do mundo e pensa o mundo naqueles termos, isto é, em termos de si mesmo como um ente que, enquanto fundamento, está na base da fundação de toda a explicação e ordenação dos entes como um todo. Na linguagem da metafísica, o que está na base da fundação é subiectum. O homem moderno é, em sua essência, o “sujeito”. Somente porque ele é “sujeito”, podem seu eu [Ich] e seu ego [Ichheit] ser essenciais. Mas o fato de que um tu é colocado em oposição ao eu, pelo que o eu é colocado em seus limites e a relação eu-tu é colocada em sua valência, e que, então, o lugar do indivíduo é tomado pela comunidade, pela nação, pelo povo, pelo continente, e pelo planeta, isso de nenhuma forma, falando metafisicamente, cancela a subjetividade do homem moderno, mas antes, e somente então, a conduz para seu estado incondicional. No lugar do pensar essencial se impõe “antropologia”, a forma anglo-americana para o que é sociologia. Somente onde o homem se tornou sujeito, os entes não-humanos se tornam objetos. Somente no interior do âmbito da subjetividade pode irromper uma disputa sobre objetividade, sobre sua validade, sobre seu lucro e perda, e sobre suas vantagens e desvantagens em cada caso particular.
Dado que, porém, a essência do homem, para os gregos, não é determinada como “sujeito”, o conhecimento do começo do Ocidente histórico é difícil e estranho para o “pensar” moderno, pressuposto que a “vivência” moderna não simplesmente interpreta retroativamente suas vivências para dentro do mundo grego, como se o homem moderno experimentasse uma relação de intimidade pessoal com o helenismo pela simples razão de que organiza “jogos olímpicos”, periodicamente, nas principais cidades do planeta. Aqui, somente a fachada ainda é emprestada do mundo grego. Com isso, não é dito nada contra as próprias olimpíadas, mas contra a opinião errônea de que tais coisas tivessem alguma relação com a essência grega. Mas devemos sabê-lo, se quisermos reconhecer a essência completamente diversa da história moderna, isto é, se quisermos, ao mesmo tempo, experimentar nosso próprio destino na sua determinação essencial. Esta tarefa, no entanto, é por demais estranha e séria, a ponto de dever serem tomadas em consideração as opiniões sem pensamento e a tagarelice. Quem acolhe sem presunções o dito nessas preleções como o que é dito simplesmente, como uma palavra de atenção e de cautela incipiente no pensar, deverá rapidamente colocar de lado todas as “emoções” sentimentais de uma “tomada de posição” sem pensamento e apressada. Quem está sentado aqui somente para surpreender a esmo materiais para seus sentimentos políticos ou antipolíticos, religiosos ou anti-religiosos, científicos ou anticientíficos, está no lugar errado, e está trocando o que casualmente vem à sua mente numa tarde qualquer com o que tem sido dado como tarefa de pensar no Ocidente nestes dois mil e quinhentos anos, desde quando teve seu começo histórico. Na verdade, a estupidez em circulação não deve, para alguém que pensa, ser uma razão para renunciar a colocar o essencial na sua mirada pertinente. A simples tagarelice não pode ser estancada. Mas, pela mesma razão, a consideração do nível em que alguém, por demais indolente para pensar, se acha diz a possibilidade de colocar em risco o pensar essencial.
Schuwer & Rojcewicz
Modern man has a “lived experience” of the world and thinks the world in those terms, i.e., in terms of himself as the being that, as ground, lies at the foundation of all explanation and ordering of beings as a whole. In the language of metaphysics what lies at the foundation is subjectum. Modern man is by essence the “subject.” Only because he is the “subject” can his I or his Ego become essential. And the fact that a Thou is set in opposition to the I, thereby relegating the I to its limits and raising the I-Thou relation to prominence, and the fact that the place of the individual is then taken by the community, the nation, the people, the continent, and the planet, these in no way, metaphysically speaking, cancel out the subjectivity of modern man, but in fact for the first time lead it into its unconditioned state. “Anthropology,” the Anglo-American form of which is “sociology,” is supplanting essential thought. Only when man becomes the subject do non-human beings become objects. Only within the domain of subjectivity can a dispute arise over objectivity, over its validity, its profit and its loss, and over its advantages and disadvantages in any particular case.
Since the essence of man, for the Greeks, is not determined as subject, a knowledge of the histoncal beginning of the Occident is difficult and unsettling for modern “thought,” assuming that modern “lived expen-ence” is not simply interpreted back into the Greek world, as if modern man enjoyed a relation of personal intimacy with Hellenism for the simple reason that he organizes “Olympic games” penodically in the main cities of the planet For here only the facade of the borrowed word is Greek. This is not in any way meant to be derogatory toward the Olympics themselves; it is only censorious of the mistaken opinion that they bear any relation to the Greek essence. And we must come to know this latter if we wish to learn the quite different essence of modern history, i.e., if we wish to experience our own destiny in its essential determination. This task, however, is too awesome and too serious for thoughtless opinion and chatter to be accorded even the slightest consideration. Whoever is receiving these lectures simply for what they pretend to be, namely a thoughtful word of attention and incipient heedfulness, will also in time learn to set aside the all too quickly advancing sentimental lamentations of a thoughtless and garrulous “position taking.” Whoever is sitting here merely to snap up material for his political or anti-political, religious or anti-religious, scientific or anti-scientific sentiments is wrong and is substituting what just happens to come to his mind on a particular afternoon for what has been the task of thinking in the Occident for the last two and a half millennia, ever since its historical beginning. To be sure, the stupidity in circulation will not, for thoughtful ones, be a reason to abrogate the task of focusing on the essential. The empty chatter cannot be stopped. But by the same token the consideration of the level of ones who are too lazy to think endangers essential thought.
Original
Der moderne Mensch »erlebt« die Welt und denkt sie erlebend, d. h. von sich aus als demjenigen Seienden, das aller Erklärung und Einrichtung des Seienden im Ganzen als der Grund zugrunde liegt. Das Zugrundeliegende heißt in der Sprache der Metaphysik »subjectum«. Der neuzeitliche Mensch ist in seinem Wesen das »Subjekt«. Nur weil er »Subjekt« ist, kann das Ich und die Ichheit des Menschen wesentlich werden. Aber dadurch, daß dem Ich das Du entgegen gesetzt und das Ich so in Schranken gewiesen wird und so die Ich-Du-Beziehung zur Geltung kommt, dadurch, daß an die Stelle des Einzelnen die Gemeinschaft, die Nation, das Volk, die Kontinente und der Planet treten, wird, metaphysisch begriffen, die Subjektivität des neuzeitlichen Menschen in keiner Weise aufgehoben, sondern allererst in ihre Unbedingtheit übergeführt. An die Stelle des wesenhaften Denkens rückt die »Anthropologie«, die englisch-amerikanische Form derselben ist die Soziologie. Nur wo der Mensch zum Subjekt geworden, wird das nicht menschliche Seiende zum Objekt. Nur im Bereich der Subjektivität kann ein Zwist über die Objektivität und ihre Geltung und ihren Nutzen und Schaden entstehen und darüber verhandelt werden, ob die Objektivität jeweils einen Nutzen oder Schaden bringe.
Weil mm aber im Griechentum das Wesen des Menschen nicht als »Subjekt« bestimmt ist, wird dem neuzeitlichen »Denken« die Erkenntnis des Anfangs des geschichtlichen Abendlandes schwer und befremdlich, vorausgesetzt, daß das moderne »Erleben« nicht einfach seine »Erlebnisse« in das Griechentum zurückdeutet und so tut, als stünde es mit dem Griechentum auf Du und Du, nur weil der moderne Mensch in den Großstädten des Planeten von Zeit zu Zeit »Olympiaden« veranstaltet. Hier ist nur noch die Fassade des abgeleiteten Titels griechisch. Damit ist nichts gegen die Olympiaden selbst gesagt, wohl aber gegen die Irrmeinung, dergleichen habe irgendeinen Bezug zum griechischen Wesen. Dieses aber müssen wir wissen, wenn wir das ganz andere Wesen der neuzeitlichen Geschichte erkennen, d. h. zugleich unser eigenes Geschick in seiner Wesensbestimmtheit, erfahren wollen. Diese Aufgabe ist jedoch zu unheimlich und zu ernst, als daß auch nur im geringsten auf das gedankenlose Meinen und Schwatzen eine Rücksicht genommen werden könnte. Wer das in diesen Vorlesungen Gesagte als das aufnimmt, als was es allein gesagt ist, als ein Wort des Aufmerkens und der beginnenden Achtsamkeit im Denken, wird mit der Zeit auch lernen, die allzu rasch sich vordrängenden kläglichen »Affekte« einer gedankenlosen und schwatzhaften »Stellungnahme« auszuschalten. Wer nur hier sitzt, um etwas für seine politischen oder antipolitischen, für seine religiösen oder antireligiösen, für seine wissenschaftlichen oder antiwissenschaftlichen Affekte aufzuschnappen, der irrt und vertauscht das, was er gerade an einem solchen Nachmittag meint, mit dem, was seit dem geschichtlichen Anfang des Abendlandes in zweiundeinhalb Jahrtausenden seiner Geschichte als das zu Denkende aufgegeben ist. Freilich darf die Tatsache der da und dort umlaufenden Albernheit für den Nachdenkenden kein Grund sein zu dem Verzicht, das Wesenhafte in den Wesensblick zu bringen. Das lose Geschwätz läßt sich nicht unterbinden. Insgleichen aber gefährdet auch die Rücksichtnahme auf das Niveau der Denkfaulen das wesenhafte Denken.
Ver online : Parmenides [GA54]