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vergessen / Vergessenheit / Vergesslichkeit / Vergessung
vergessen / oublier / esquecer / forget / Vergessenheit / oubli / esquecimento / forgottenness / olvidar / forgetting / forgetfulness / olvido / Vergesslichkeit
Esse encobrimento mostra uma irradiação toda própria. Para o evento de um tal encobrimento temos apenas a palavra “esquecimento”, a qual diz realmente aquilo no que o esquecido afunda – como a ocorrência que exclui o homem do esquecido. Em geral concebemos a ação de esquecer como o comportamento de um “sujeito”: nós o compreendemos como quem não retém a coisa e falamos então de “esquecimento” como aquilo pelo que algo nos “escapa” quando, por causa de uma coisa, esquecemos a outra. A tendência de esquecer, aqui, significa pouca capacidade de atenção. Ao lado disso, existe o esquecimento, que explicamos como consequência de “distúrbios de memória”. A psicopatologia chama isso de “amnésia”. Mas a palavra “esquecimento” é por demais fraca para nomear o esquecimento que pode atingir o homem; pois esquecimento é somente a inclinação para a distração. Se acontece que esquecemos o que é essencial e o deixamos de lado, o perdemos e o riscamos de nossa mente, então não podemos mais falar de “esquecimento” [Vergesslichkeit] mas de “obliteração” [Vergessenheit]. [GA54 ]
Um nome mais apropriado para o evento da obliteração é a palavra obsoleta Vergessung: algo cai na obliteração. Na maioria das vezes andamos tão apressados que deveríamos parar para perguntar que relação “a obliteração” tem com esquecimento. Seria a obliteração “algo” que sucede e sobrevêm, somente em consequência do fato de um número de homens não mais pensar neste “algo”? O fato de os homens não mais pensarem nisso já não seria somente a consequência de que os próprios homens foram golpeados por uma obliteração e, por isso, não podem mais saber nem o que eles possuem nem o que eles perdem? O que é, então, a obliteração? Não é nenhuma mera produção humana nem, simplesmente, uma negligência humana. [
GA54 ]
LÉXICO DE FILOSOFIA
Matérias
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Jean-Louis Chrétien (2014) – lembrança só é possível a partir do esquecimento
24 de novembro, por Cardoso de Castro
[…] Levinas retoma a ideia platônica de um tempo perdido que nunca será encontrado enquanto tal, e que só ele nos envia e nos destina, só ele nos dá o ser por vir. Este imemorial do envio, onde o que nos envia nos precede, é uma perda que funda o dom. Este esquecimento antes do esquecimento é profundamente diferente do esquecimento de si mesmo tal como Heidegger o medita, embora este último tenha também um carácter inicial. Tanto em Ser e Tempo como na sua conferência sobre os Problemas (…)
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GA11:56-72 – A Diferença Ontológica
26 de maio de 2023, por Cardoso de Castro
Trata-se aqui de discutir, primeiro, apenas como questão, aquela da essência onto-lógica da metafísica. Unicamente o próprio objeto pode apontar para o lugar o qual analisa a questão da constituição onto-teo-lógica da metafísica de tal maneira que procuremos pensar mais objetivamente o objeto do pensamento. Este foi legado ao pensamento ocidental sob o nome de, "ser". Se pensarmos este objeto um pouco mais objetivamente, se prestarmos atenção ao que é controvertido no objeto, então se (…)
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Krell (1994:363) – compreensão de ser
14 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castro
destaque
O esquecimento parece selar o destino do Dasein, como não necessitado, não ouvido. Tal como o rebanho de vacas a pastar e a criança a brincar de Nietzsche, tal como o macaco de Kafka a vaguear pela floresta tropical antes de ser capturado pela trupe do circo, o Dasein esquecido é indiferente à questão do ser. Uma notável complacência (Bedürfnislosigkeit) rodeia a questão com um nevoeiro impenetrável; uma notável falta de necessidade (Unbedürftigkeit) caracteriza o "eles" nas suas (…)
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Beaufret (1985:9-11) – esquecimento do ser [Seinsvergessenheit]
12 de janeiro, por Cardoso de Castro
destaque
Platão, Aristóteles, São Tomás, Leibniz nomearam de fato o ser e falaram dele sem de modo algum o confundirem com o ente. Se há uma confusão, é apenas no limite que ela ocorre e na medida em que aquilo que os gregos tinham designado por ὄντως ὄν ou ἀληθώς ὄν é, desde Platão, determinado, tanto quanto pelo ser, por aquilo que há no ente de mais verdadeiramente ente. Mas eles pensaram, no entanto, em termos de uma diferença entre o ser e o ente, tendo apenas alguma vez dito este (…)
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Lima Vaz (1991:262-265) – Metafísica
14 de outubro, por Cardoso de Castro
Segundo Heidegger, no espaço metafísico aberto pela teoria platônica das Ideias, pode ser traçada uma linha contínua que leva pelo menos até Nietzsche. A tese heideggeriana fundamental, já presente em Ser e Tempo, ensina que, entre a ontologia clássica fundamental de proveniência grega e a ontologia moderna a partir de Descartes, verifica-se, tão-somente, a transposição das categorias do ente mundano (ousia) para a esfera do sujeito, operada dentro da mesma visão (noein) e da mesma expressão (…)
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Deely (1971:39-41) – esquecimento do ser [Seinsvergessenheit]
22 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castro
destaque
É uma transformação da ideia de natureza humana que marca o primeiro passo do esquecimento do Ser para a determinação do sentido do Ser. O passo é possível quando se percebe claramente que o que é mais básico no homem enquanto homem não é um traço específico na ordem ôntica (entitativa), mas sim algo que precisamente não reside no homem à maneira de um "acidente" ou "propriedade inerente", algo que não corresponde de forma alguma a um fato observável, algo que não pode ser (…)
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Boutot (1993:77-82) – Esquecimento do ser
30 de maio de 2017, por Cardoso de Castro
A história da filosofia ou da metafísica, termos sinônimos para Heidegger, confunde-se em definitivo com a história da emergência lenta e progressiva do pensar segundo os valores. Esta assimilação do ser ao valor, levada a efeito em várias etapas, é a verdade última, e talvez íntima, da história da metafísica enquanto história do platonismo.
Heidegger distingue três períodos ou épocas fundamentais na história da metafísica: os gregos (Platão e Aristóteles), depois os romanos e a Idade (…)
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GA54: Estrutura da Obra
10 de fevereiro de 2017, por Cardoso de Castro
Trad. brasileira Sérgio Mário Wrublevski
INTRODUÇÃO - MEDITAÇÃO PREPARATÓRIA COM O NOME E A PALAVRA ALETHEIA E SUA ESSÊNCIA CONTRÁRIA. DUAS INDICAÇÕES DA TRADUÇÃO DA PALAVRA ALETHEIA
§ 1. A deusa "Verdade". Parmênides I, 22-32
a) O conhecimento usual e o saber essencial. Renúncia da interpretação usual do "poema doutrinário" através da atenção para a exigência do princípio
Recapitulação
1) Início e princípio. O pensar usual e o pensar originado pelo princípio. O retraimento diante (…)
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Être et temps : § 81. L’intratemporalité et la genèse du concept vulgaire de temps.
17 de julho de 2014, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Comment quelque chose comme le « temps » se montre-t-il de prime abord à la préoccupation quotidienne, circon-specte ? Dans quel usage préoccupé, dans quel emploi d’outils le temps devient-il expressément accessible ? S’il est vrai qu’avec l’ouverture du monde, du temps est publié, et (…)
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Richardson: First experience of the Being-question
28 de março de 2017, por Cardoso de Castro
Traducción de Pablo Oyarzun Robles
English
The first question in your letter reads: "How are we properly to understand your first experience of the Being-question in Brentano?" "In Brentano." You have in mind the fact that the first philosophical text through which I worked my way, again and again from 1907 on, was Franz Brentano’s dissertation: On the Manifold Sense of Being in Aristotle (1862). On the title page of his work, Brentano quotes Aristotle’s phrase: to on legetai (…)
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GA7:245-246 — A dobra de ser e ente
6 de abril de 2017, por Cardoso de Castro
Schuback
A relação de pensar e ser está em discussão. Antes de mais nada, devemos considerar atentamente que, pensando de forma penetrante sobre essa relação, o texto (fragmento VIII, 34s.) fala do eon e não do einai, como no fragmento III. Com isso pode-se, até com certo direito, achar que, no fragmento VIII, a questão não é o ser, mas o ente. Só que na palavra eon Parmênides não pensa, de modo algum, o ente em si a que, enquanto totalidade, também o pensamento pertence porque é também (…)
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Être et temps : §70. La temporalité de la spatialité propre au Dasein.
17 de julho de 2014, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Bien que l’expression « temporalité » ne signifie point ce que le discours sur « l’espace et le temps » comprend comme temps, il semble pourtant que la spatialité, elle aussi, constitue une déterminité fondamentale du Dasein, au même titre que la temporalité elle-même. Du coup, l’analyse (…)
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Être et temps : § 79. La temporalité du Dasein et la préoccupation du temps.
17 de julho de 2014, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Le Dasein existe comme un étant pour lequel, en son être, il y va de cet être même. Essentiellement « en-avant-de soi » il s’est projeté, avant toute simple considération après coup de soi-même, vers son pouvoir-être. Dans le projet, il est dévoilé comme jeté. Remis par le jet au « monde (…)
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GA54:178-179 — phronesis
31 de julho de 2017, por Cardoso de Castro
Wrublevski
φρόνησις significa aqui a percepção daquele ver por dentro, que percebe [Ein-sehens] o que constitui propriamente o visível e desencoberto.
A per-cepção significada aqui é o brilhar da visão de essência, isto é, da “filosofia”, φρόνησις diz aqui o mesmo que “filosofia” e este título diz: ter a visão do e para o essencial. Quem souber ver assim é um σωζομένους, um salvo, alguém, a saber, que “foi salvo” pela e para a referência do ser com o homem. Também a palavra σωζειν, como (…)
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Être et temps : § 68. La temporalité de l’ouverture en général.
17 de julho de 2014, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
La temporalité
La résolution que nous avons caractérisée quant à son sens temporel représente une ouverture authentique du Dasein. Celle-ci constitue un étant de manière telle que, en existant, il peut être lui-même son « Là ». Cependant, le souci n’a été caractérisé en son sens (…)
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Être et temps : § 75. L’historialité du Dasein et l’histoire du monde.
17 de julho de 2014, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
De prime abord et le plus souvent, le Dasein se comprend à partir de ce qui lui fait encontre dans le monde ambiant et dont il se préoccupe circon-spectivement. Ce comprendre n’est pas une simple prise de connaissance de lui-même, qui se bornerait à accompagner tous les comportements du (…)
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Elkholy (2008:1-2) – aletheia sob o jugo da idea
23 de abril de 2017, por Cardoso de Castro
ELKHOLY, Sharin N.. Heidegger and a Metaphysics of Feeling. Angst and the Finitude of Being. London: Continuum, 2008, p. 1-2.
The problem starts with Plato. But never having been recognized as a problem, it continues to plague philosophy, that is, before Heidegger came onto the scene to expose how Western metaphysics had gone awry. The problem is summarized in his essay Plato’s Doctrine Of Truth. It is the problem of metaphysics bequeathed by Plato. Through his reading of the “allegory of (…)