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GA29-30:277-278 – vida (Leben)
sábado 2 de dezembro de 2023
Casanova
Hoje – e nós continuamos a falar sempre apenas e também aqui de nosso ser-aí – nos encontramos em uma circunstância propícia. Propícia não apenas em função do caráter multiforme e vital da investigação, mas também em função da tendência fundamental de restituir e assegurar a autonomia para a vida, isto é, para o modo de ser do animal e da planta. Isto diz: no interior da totalidade da ciência, que chamamos ciência da natureza, a biologia procura se defender hoje contra a tirania da física e da química. Isto não quer dizer que em certos âmbitos e direções os modos físicos e químicos de colocação de questões não sejam legítimos e úteis no interior da biologia. A luta contra a física e a química na biologia diz muito mais que a “vida” enquanto tal não se deixa fundamentalmente apreender a partir destas disciplinas. No entanto, isto implica o seguinte: as coisas tampouco se dão de tal modo que a “substância vital” seja primeiramente esclarecida de maneira físico-química, e, então, em meio a um impasse, quando o cálculo não dá certo e algo inexplicado fica para trás, é assumido um outro fator em caráter emergencial. Ao contrário, a partir do que é inexplicável físico-quimicamente, e, acima de tudo, a partir do que não é assim apreensível, ou seja, a partir da consistência fundamental do vivente, é levada a termo a circunscrição deste último. A ciência da biologia encontra-se diante da tarefa de um esboço totalmente novo disto, pelo que ela pergunta. (Ou, dito em um outro aspecto, que não se casa sem mais com o agora citado, trata-se hoje da libertação ante a concepção da vida como um mecanismo. Esta tendência negativa foi ainda há pouco estabelecida através do slogan “guerra ao mecanismo, ao vitalismo, à consideração teleológica da vida”. Esta consideração da vida está tão carregada de grandes incompreensões quanto a concepção mecanicista da vida.) Com isto também já está insinuado que [244] esta grande tarefa não dá um passo à frente e nem mesmo é compreendida se, em face da mera morfologia e fisiologia, também preconizarmos a psicologia dos animais. Pois sobre um tal caminho não se fala a partir da animalidade do animal. Ao contrário, a deformação e a má interpretação antes fisico-químicas são agora uma vez mais interpretadas erroneamente com a ajuda de uma psicologia assumida de maneira grosseira da psicologia humana.
McNeill & Walker
Today – and we can only ever speak of our Dasein as we are doing now – we find ourselves in a favorable situation. It is favorable not merely on account of the great variety and vitality of research but also because of a fundamental tendency to restore autonomy to ‘life’, as the specific manner of being pertaining to animal and plant, and to secure this autonomy for it. This suggests that within the totality of what we call natural science, contemporary biology is attempting to defend itself against the tyranny of physics and chemistry. That is not to say that within certain areas, or in the context of certain approaches within biology, questions framed in terms of physics and chemistry are never justifiable or useful. Rather, what the struggle within biology against physics and chemistry really means is that ‘life’ as such cannot in principle be grasped from within the perspective of these disciplines. Yet this also implies that we cannot start by explaining ‘living substance’ in physico-chemical terms, only to find ourselves in the embarrassing position of having to admit some other factor later on when our calculations fail and we are left with an inexplicable residue. On the contrary, the delimitation of life must be accomplished on the basis of the fundamental character of living beings themselves as something that cannot be explained or grasped at all in physico-chemical terms. The task confronting biology as a science is to develop an entirely new projection of the objects of its inquiry. (Expressed from another point of view, which is not [189] necessarily identical with what we have just said, the task today is to liberate ourselves from the mechanistic conception of life. Up till quite recently this negative tendency has been pursued under the slogans of ‘vitalism’, the ‘teleological perspective of life’, the ‘struggle against mechanism’ and so on. However, this view of life is burdened with misunderstandings as great as those that beset the mechanistic conception of life.) What we have said already suggests that we cannot make any advances in this major task, or even comprehend it properly, if we now merely advocate the case for animal psychology as opposed to mere morphology and physiology. For if we follow this path we shall fail to address the question from the perspective of the animality of the animal, and simply misinterpret in turn what has already been misinterpreted and distorted by the physico-chemical perspective, employing a psychology crudely adopted from the human domain.
Original
Heute – und wir sprechen immer nur und auch hier von unserem Dasein – finden wir uns in einer günstigen Lage, günstig nicht nur durch die Vielgestaltigkeit und Lebendigkeit der Forschung, sondern günstig durch die Grundtendenz, dem »Leben«, d. h. der Seinsart von Tier und Pflanze, die Eigenständigkeit zurückzugeben und zu sichern. Das besagt: Innerhalb des Ganzen der Wissenschaft, die wir Naturwissenschaft nennen, sucht sich heute die Biologie gegen die Tyrannei der Physik und Chemie zu schützen. Das kann nicht heißen, daß in gewissen Bezirken und Richtungen physikalische und chemische Fragestellungen innerhalb der Biologie nicht berechtigt und von Nutzen seien. Der Kampf gegen Physik und Chemie in der Biologie besagt vielmehr, daß von diesen Disziplinen aus grundsätzlich das »Leben« als solches nicht zu fassen ist. Darin liegt aber: Es geht auch nicht so, daß zuerst die »lebendige Substanz« physikalisch-chemisch erklärt wird, und daß dann in der Verlegenheit, wenn die Rechnung nicht aufgeht und Unerklärliches zurückbleibt, noch ein anderer Faktor notgedrungen zugestanden wird, sondern daß von dem physikalischchemisch Unerklärbaren und überhaupt nicht Faßbaren aus, als dem Grundbestand des Lebendigen, die Umgrenzung desselben vollzogen wird. Die Wissenschaft der Biologie steht vor der Aufgabe eines ganz neuen Entwurfes dessen, wonach sie fragt. (Oder in anderer Hinsicht gesprochen, die mit dem Ebengesagten sich nicht ohne weiteres deckt, es geht heute um die Befreiung von der Auffassung des Lebens als eines Mechanismus. Diese negative Tendenz war noch vor kurzem durch das Schlagwort geleitet: Kampf gegen den Mechanismus, Vitalismus, teleologische Betrachtung des Lebens. Diese Betrachtung des Lebens ist mit ebenso großen Mißverständnissen belastet wie die mechanistische Auffassung des Lebens.) Damit ist auch schon angedeutet, daß diese große Aufgabe nicht von der Stelle kommt, ja nicht einmal begriffen wird, wenn man etwa gegenüber bloßer Morphologie und Physiologie nun auch für die Psychologie der Tiere eintritt. Denn auf solchem Wege wird nicht aus der Tierheit des Tieres heraus gesprochen, sondern das zuvor physikalisch-chemisch Verunstaltete und Mißdeutete wird noch einmal mit Hilfe einer vom Menschen her roh übernommenen Psychologie mißdeutet.
Ver online : Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit [GA29-30]