Todo o vivido intencional, graças aos seus momentos noéticos, é precisamente um vivido noético; a sua essência é de esconder em si algo como um «sentido», quiçá um sentido múltiplo, e, com base nestas doações de sentido e em íntima ligação com elas, exercer outras funções que, graças a elas, se tornem precisamente «plenas de sentido». Estes momentos noéticos são, por exemplo, as conversões do olhar do eu puro em direção do objeto «visado» pelo eu em virtude da doação de sentido, em suma, na (…)
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Leben / Erlebnis / Lebensphilosophie / Lebenswelt …
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La propuesta de Ortega es de traducir Erlebnis por «vivencia». No obstante, convendría recordar que Erlebnis es «experiencia vital, vida vivida», el vivir la vida, el vivir de la vida.
H. critica Dilthey e Bergson : apesar da invocação constante das "vivências" (Erlebnisse), "a vida não é tomada como problema ontológico enquanto modo de ser determinado" (SZ 46). (Jean Greisch )
LEBEN E DERIVADOS
Matérias
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Husserl – Vivido no noético e no noema
18 de novembro, por Cardoso de Castro -
Fogel (2005:172-174) – má consciência
24 de outubro, por Cardoso de CastroPor má consciência se entenderá a consciência da culpa e esta como o remorso, à medida que remorso seja compreendido como o sentimento, insistentemente reiterativo, de reprovação e de recusa em si mesmo (auto-acusação) do feito como o que foi “mal feito” ou como o que “não devia ser ou ter sido feito”. Mas como realmente se estrutura tudo isso?
[173] Ser culpado é ser responsável, ser o autor ou a causa de um ato, de uma “coisa” ou de um “algo” feito, praticado. Assim, culpa diz o mesmo (…) -
Krell (1994:372-374) – Abstand (distância), sentido relacional da vida
14 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Abstand, "distância"; ou, ao contrário, Abstandstilgung, "eliminação da distância". Com igual originalidade (gleichursprünglich), a vida cobre e ofusca a sua própria inclinação. É levada à dispersão, encontra-se a si própria (pois de alguma forma, inexplicavelmente, encontra-se) como dispersa e dispersa no seu mundo. Assim, a vida está "em ruína" (102-103). A vida perde o seu "em face de", vê-se a si própria falsamente e numa perspectiva enviesada; como Heidegger repetirá vinte e (…) -
Lévinas (1991:21-24) – Desejo do invisível
29 de outubro de 2020, por Cardoso de CastroO Outro metafisicamente desejado não é «outro» como o pão que como, como o país em que habito, como a paisagem que contemplo, como, por vezes, eu para mim próprio, este «eu», esse «outro».
Pinto Ribeiro
«A verdadeira vida está ausente.» Mas nós estamos no mundo. A metafísica surge e mantém-se neste álibi. Está voltada para o «outro lado», para o «doutro modo», para o «outro». Sob a forma mais geral, que revestiu na história do pensamento, ela aparece, de facto, como um movimento que (…) -
GA56-57: Estrutura da Obra
12 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTraducción y notas aclaratorias de Jesús Adrián Escudero
Consideraciones preliminares
Ciencia y reforma universitaria
Introducción
§ 1. Filosofía y concepción del mundo
a) La concepción del mundo como tarea inmanente de la filosofía
b) La concepción del mundo como límite de la ciencia crítica de los valores
c) La paradoja del problema de la concepción del mundo. Incompatibilidad entre filosofía y concepción del mundo
Primera parte - La idea de la filosofía como ciencia (…) -
GA58: Estrutura da Obra
6 de fevereiro de 2023, por Cardoso de CastroTradução em inglês de Scott M. Campbell, Basic Problems of Phenomenology: Winter Semester 1919/1920
-* Preliminary Considerations: Historical Overview as Exoteric Determination of the Esoteric Disposition of the Phenomenological Consciousness of Problems First Section: Life as the Original Region of Phenomenology 1.Presentation of Life as the Sphere of Problems for Phenomenology 2. Factical Life as the Multiplicity of Telescoping Layers of Manifestation Second Section: Phenomenology as (…) -
Husserl – A priori lógico e a priori do mundo da vida
18 de novembro, por Cardoso de CastroSe o nosso interesse exclusivo se dirige para o “mundo da vida”, temos de perguntar: está, então, o mundo da vida, como tema científico universal, exposto já pela epoché relativa à ciência objetiva? Já temos, com isso, temas [112] para asserções científicas universalmente válidas, asserções sobre fatos passíveis de serem estabelecidos cientificamente? Temos o mundo da vida como um campo universal, a definir de antemão, de tais fatos estabelecíveis? Ele é o mundo espaço-tempor
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Lima Vaz (1991:133-134) – Nietzsche
14 de outubro, por Cardoso de CastroA presença de Nietzsche, como a de Marx, é uma presença difusa, mas poderosamente determinante em vários campos da cultura contemporânea. No que diz respeito à filosofia, sua obra se apresenta sobretudo como crítica da cultura e como proposição de uma nova ideia do homem. Nietzsche retoma, dando-lhes novo sentido, as questões de Kant que convergem para a interrogação “o que é o homem?” Essa interrogação, para Nietzsche, formula-se não no plano clássico da essência (Wesen) e sim na (…)
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Graham Harman (2002:84-86) – “a coisa formaliter” (ou formallogisches gegenständliches Etwas)
25 de outubro, por Cardoso de Castro[…] Saber como revelar entidades de fora da esfera do mundo-da-vida, diz ele, é o princípio básico da fenomenologia. [GA56-57] Mas é aqui que algo completamente inesperado acontece. Heidegger nos diz que há dois tipos de teorização.
Por um lado, diz ele, podemos exibir entidades de uma forma que se preocupe com sua vinculação a um determinado nível de referência. Digamos que, em meio ao império global de referência, eu encontre um objeto colorido. Começo tendo uma espécie de relação (…) -
GA59:16-17 – Oswald Spengler
13 de novembro, por Cardoso de CastroOswald Spengler, que alega dar ao Ocidente sua filosofia suprema e apresenta suas características fundamentais na ideia de um simbolismo universal, não produz nada diferente — e essa observação diz respeito ao que é principial, fundamental, ao que é primeiro e decisivo — do que um rebento que se origina primeiramente do grupo de motivos mencionados primeiro, o da filosofia da vida, cuja base é meramente uma continuidade em movimento em certo sentido. Sua filosofia é toda de anteontem, e em (…)
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GA61:171-175 – A direção do questionamento filosófico
20 de dezembro de 2023, por Cardoso de CastroGiachini
Perguntamos, portanto: dentro da filosofia, qual a objetualidade deve ser tomada na concepção prévia, como e [192] para que, e ser apreendida e mantida em sua vitalidade? O “como” já foi indicado em uma perspectiva na definição indicativo-formal da objetualidade, em relação a seu sentido de ser. Com isso, foi dito em que concepção prévia está a objetualidade que é apreendida na execução da travessia das três alternativas, na medida em que ela se decide a cada vez pelo “ou”. (…) -
Trawny (2017a) – facticidade da vida
28 de maio de 2023, por Cardoso de CastroTRAWNY, Peter. Martin Heidegger. Una introducción crítica. Tr. Raúl Gabás. Barcelona: Herder, 2017.
Ya las primeras lecciones de Heidegger muestran la acuñación de una peculiaridad propia y una orientación independiente en el contenido de este método. El tema de dichas lecciones, la pregunta fundamental de su pensamiento en aquella época, es la «vida fáctica». «Vida» significa aquí una relación del hombre consigo mismo, la cual en la mayoria de los casos no es temática. Es una especie de (…) -
Schérer (1971:12-16) – La solution psychologique du problème de la connaissance d’autrui et de la communication par l’Einfühlung
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroEn présence des phénomènes d’accès à une réalité psychique étrangère et dont le caractère descriptif était faussé par une reconstitution génétique, certains psychologues, à la fin du XIXe siècle, ont été amenés à franchir les limites imposées par l’analyse traditionnelle de la conscience individuelle. Quoiqu’il appartînt à la phénoménologie husserlienne de libérer la conscience psychologique de l’ « idole » de la conscience interne (Max Scheler), la notion d’Einfühlung avec ses (…)
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Agamben (2014:III.1.1) – vida
21 de junho de 2023, por Cardoso de CastroConfirmando a falta de tecnicização do conceito “vida” no âmbito médico, os textos de Corpus [Hippocraticum] mostram, com relação àqueles literários e filosóficos, certa indeterminação da oposição zoe/bios.
Selvino Assmann
1.1. Uma genealogia do conceito de zoe deve começar pela constatação — de nenhum modo óbvia, inicialmente — de que na cultura ocidental “vida” não é uma noção médico-científica, mas um conceito filosófico-político. Os 57 tratados de Corpus hippocraticum, que reúnem os (…) -
Krell (2013:31-32) – zoe e bios
13 de outubro, por Cardoso de Castro12. Principais fontes: Heidegger, Introduction to Metaphysics (GA40:EM) e “Letter on Humanism” [GA9]; Ellenberger, Médicines de l’âme; Evangelho de João; Aristóteles, Politics and Metaphysics; Agamben, Homo sacer I; Foucault, History of Sexuality I (1976).
Derrida inicia a sessão questionando a suposta — e hoje quase universalmente aceita — distinção entre ζωή e βίος. O primeiro supostamente se refere ao lado “animal”, “natural” ou “físico” da vida, enquanto o último se refere a uma vida (…) -
Krell (1994:363) – compreensão de ser
14 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
O esquecimento parece selar o destino do Dasein, como não necessitado, não ouvido. Tal como o rebanho de vacas a pastar e a criança a brincar de Nietzsche, tal como o macaco de Kafka a vaguear pela floresta tropical antes de ser capturado pela trupe do circo, o Dasein esquecido é indiferente à questão do ser. Uma notável complacência (Bedürfnislosigkeit) rodeia a questão com um nevoeiro impenetrável; uma notável falta de necessidade (Unbedürftigkeit) caracteriza o "eles" nas suas (…) -
GA55: Estrutura da Obra
11 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira Marcia Schuback
A ORIGEM DO PENSAMENTO OCIDENTAL HERÁCLITO
Semestre de verão de 1943
Observação Preliminar - A filosofia como o pensamento próprio do a-se-pensar. A origem do pensamento "ocidental"
Introdução - Reflexão preparatória em torno do originário e da palavra
§1 Para introduzir a palavra de Heráclito, duas "estórias" a seu respeito
a) O pensamento de Heráclito na dimensão do fogo e da luta, e na proximidade do jogo
b) A palavra de Heráclito sob a (…) -
Safranski: Filosofia da Vida
14 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroExcertos de Rüdiger Safranski, Heidegger. Trad. Lia Luft.
A filosofia da vida compreende-se como uma filosofia da vida no sentido do genitivo subjetivo: ela não filosofa sobre a vida, mas é a própria vida que filosofa nela. Como filosofia, ela quer ser um órgão dessa vida; quer intensificá-la, abrir-lhe novas formas e figuras. Não quer apenas descobrir quais valores valem, mas é suficientemente imodesta para querer criar valores novos, filosofia da vida é a variante vitalista do (…) -
GA29-30: Estrutura da Obra
26 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira de Marco Antonio Casanova
CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS - A TAREFA DA PRELEÇÃO E A POSTURA FUNDAMENTAL, PARTINDO DE UM ESCLARECIMENTO GENÉRICO SOBRE SEU TÍTULO
Primeiro Capítulo - Os desvios que marcam o caminho de determinação da essência da filosofia (metafísica) e a imprescindibilidade de olhar a metafísica de frente
§1. O caráter incomparável da filosofia
§ 2. A determinação da filosofia a partir dela mesma, tomando como fio condutor uma sentença de Novalis
§3. O (…) -
GA21:214-216 – Biologia e ser-em-o-mundo
28 de junho de 2023, por Cardoso de CastroA base biológica, quer dizer, esta estrutura fundamental para o ente que em sentido estrito chamamos biológico, só pode ser obtida se esta estrutura já está compreendida de partida como estrutura da existência, e não ao contrário: não podemos tomar esta determinação por exemplo da biologia, senão que há que se obtê-la filosoficamente.
Ciria
Si determinamos así la existencia mediante la constitución del ser-en-el-mundo, podría ser evidente decir que como base de la interpretación de la (…)
Notas
- Agamben (1995:III-6.1) – o estado de coma
- Agamben (2022) – Cada presente contém uma parte de não-vivido
- Arendt (CH:§13) – vida - mundo
- Barbaras (2013) – vida
- Bornheim (1980:13-14) – conceito e noção
- Bornheim (1980:14-15) – vivência
- Camus: razão para morrer
- Carla Rodrigues (2020) – Agamben: biopolítica na pandemia
- Carneiro Leão (2017:45-47) – jogo da vida humana
- Dilthey (ICE:22) – unidade psicofísica, existência e vida
- Dilthey (MH) – vida histórica e vida geral
- Ernildo Stein (2012:23-24) – Lebenswelt (I)
- Ernildo Stein (2012:25-26) – Weltanschaunng e Lebenswelt
- Ernildo Stein (2012:33-35) – Lebenswelt enquanto antepredicativo
- Ernildo Stein (2012:35) – Lebenswelt e Urverdrängung (recalque)
- Ernildo Stein (2012:35-38) – Lebenswelt e significância (Bedeutsamkeit)
- Ferreira da Silva (2009:35-36) – dualidade trágica vida-morte
- Fuchs (2018:1.2.2) – somos seres corporais, vivos, orgânicos
- Fuchs (2018:31-32) – intencionalidade afetiva
- GA18:100-101 – arete