Investigações Lógicas, II, 1.a parte, trad. H. Élie, A. L. Kelkel e R. Schérer, Presses Universitaires de France, pp. 114-116
Aquilo que a proposição enunciativa π é um número transcendente quer dizer, o que nós entendemos por isso quando a lemos ou o que visamos quando a enunciamos não é um aspecto individual do nosso vivido mental que se contentaria com aparecer a cada ocasião. Este aspecto é, de toda a maneira, individualmente diferente de um caso para outro, enquanto que o sentido da (…)
Página inicial > Palavras-chave > Autores - Obras > Husserl / Edmund Husserl
Husserl / Edmund Husserl
EDMUND HUSSERL (1859-1938)
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
HUSSERL, Edmund. Ideen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie . Erstes Buch: Allgemeine Einführung in die reine Phänomenologie. (1976) / Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006
Matérias
-
Husserl (IL2.1:114-116) – Unidade ideal da espécie
17 de fevereiro de 2015 -
Richardson: First experience of the Being-question
28 de março de 2017, por Cardoso de CastroTraducción de Pablo Oyarzun Robles
English
The first question in your letter reads: "How are we properly to understand your first experience of the Being-question in Brentano?" "In Brentano." You have in mind the fact that the first philosophical text through which I worked my way, again and again from 1907 on, was Franz Brentano’s dissertation: On the Manifold Sense of Being in Aristotle (1862). On the title page of his work, Brentano quotes Aristotle’s phrase: to on legetai (…) -
Schérer (1971:76-85) – La communication, problème transcendantal
14 de outubro de 2010, por Cardoso de CastroLa pleine concrétisation de l’intersubjectivité transcendantale naît donc sur la base de la subjectivité égologique.
Gardons-nous d’un contre-sens de principe qui consisterait à prendre pour fil conducteur des analyses phénoménologiques une « démonstration » ou une « déduction » de l’existence de l’autre. Et même de limiter ces analyses à la description des liens qui nous rattachent intentionnellement aux autres. Cette description, et la constitution de l’autre, interviennent dans le (…) -
Être et temps : § 11. L’analytique existentiale et l’interprétation du Dasein primitif.
9 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
§ 11. L’analytique existentiale et l’interprétation du Dasein primitif. Les difficultés de l’obtention d’un « concept naturel du monde ».
L’interprétation du Dasein en sa quotidienneté n’est pas pour autant identique à la description d’un degré primitif du Dasein tel que l’anthropologie (…) -
THD – sedimentações (Niederschläge, Sedimentierung)
16 de junho de 2023, por Cardoso de Castrosedimentation expresses how experiences become embodied in one’s actions, become habitual, and forms one’s character and individual style.
Sedimentation is a term found in Husserl’s later work, e g. Phenomenological Psychology, Formal and Transcendental Logic (Appendix Two § 50), in Crisis (§ 9 h, p 52, VI 52); The Origin of Geometry (Crisis, p 361; VI 371), and Experience and Judgment § 67. It appears also in his Lectures on Passive Synthesis. The term is not found in his earlier work, (…) -
GA21: Estrutura da Obra
31 de janeiro de 2017, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. LÓGICA. LA PREGUNTA POR LA VERDAD. Trad. J. Alberto Ciria. Madrid: Alianza Editorial, 2004.
INTRODUCCIÓN
§ 1. El significado inmediato del término «lógica»
§2. Primera indicación del concepto específico «lógica»
§3. Lógica filosofante y lógica tradicional de escuela
§4. Posibilidad y existencia de la verdad en general. Escepticismo
§5. Esbozo de la asignatura. Bibliografía
A. CONSIDERACIÓN PRELIMINAR - La situación actual de la lógica filosófica. (…) -
Gadamer: Heidegger on subjectivity
30 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtrato das páginas 279-281, da tradução de Peter Adamson and David Vessey, em Continental Philosophy Review 33: 275-287, 2000.
Now, how does the problematic of subjectivity look in the light of Heldegger and his proficient critique of Husserl? As is well-known, already in Being and Time Heidegger transformed Husserl’s use of “phenomenon,” for he saw the basic task of phenomenology as laying bare the phenomenon, and found insufficiently careful Husserl’s mere phrase: “to the thing (…) -
Safranski: Sentido do ser
6 de abril de 2017, por Cardoso de CastroTrad. de Lia Luft, p. 188-190
A obra [Ser e Tempo], de muita eficácia na sua dramaturgia, começa com uma espécie de prólogo no céu. Aparece Platão. Cita-se um trecho do diálogo Sofistas: "Pois obviamente há muito estais familiarizados com o que na verdade eu quis dizer usando a expressão ente (seiend): nós pensávamos um dia tê-la compreendido, agora porém estamos embaraçados".
Esse embaraço, diz Heidegger, ainda existe, mas não o admitimos a nós mesmos. Ainda não sabemos o que pensamos (…) -
Beaufret (1974:28-32) – Méthode (Methode)
18 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLe mot méthode, on le lit bien souvent dans Platon, et, après lui dans Aristote. Avant Platon, non. Est-il donc l’inventeur de la chose ? Peut-être. Avant lui, on ne lisait, dans le poème de Parménide, que ὁδός — pas encore μέθοδος. Mais ce que le mot dit à Platon n’est pas du tout ce que le même mot, traduit du grec, dit à Descartes.
Méthode. Voilà un mot sur lequel il est permis de rêver, c’est-à-dire de méditer. La méthode n’a évidemment rien de nouveau. Le mot méthode, on le lit bien (…) -
Husserl (IL1:84-86) – Irredutibilidade das leis lógicas
13 de outubro de 2021Investigações Lógicas, I, trad. H. Élie, A. L. Kelkel e R. Schérer, Presses Universitaires de France, pp. 84-86
Todo o conhecimento «começa com a experiência», mas isso não quer dizer que «derive» da experiência. O que afirmamos é que toda a lei relativa aos fatos deriva da experiência, o que implica precisamente que não pode ser fundada senão pela indução resultante de experiências singulares. Se é verdade que há leis captadas com evidência, não podem, portanto, ser (imediatamente) leis (…) -
Husserl (IFP:108-110) – Contingência da «tese» do mundo
13 de outubro de 2021HUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p.
Toda percepção imanente garante necessariamente a existência de seu objeto. Se a apreensão reflexiva se dirige a meu vivido, apreendi um “algo ele mesmo” absoluto, cuja existência não pode por princípio ser negada, ou seja, é impossível por princípio a evidência de que ele não seja; seria um contra-senso (…) -
Husserl (IFP1:114-116) – O ser absoluto da consciência
24 de março de 2018HUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p. 114-116
Por outro lado, com tudo isso não está dito que tem de haver um mundo, que tem de haver alguma coisa. A existência de um mundo é o correlato de certas diversidades empíricas que se destacam por certas configurações eidéticas. Não há, porém, evidência de que as experiências atuais só possam (…) -
Husserl (IFP2:81-82) – Constituição da natureza objetiva
13 de outubro de 2021Ideen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie, II, Husserliana, IV, La Haye, M. Nijhoff, 1952, pp. 81-82, trad. A. L. Kelkel e R. Schérer
Toda a coisa da minha experiência faz parte do meu «ambiente» e isto quer, primeiramente, dizer que o meu corpo próprio está presente também ao mesmo tempo. Não que esta constatação seja, em todo o sentido, uma necessidade de essência. É o que nos ensina, precisamente, «a experiência de pensamento» solipsista. Reparando melhor, (…) -
Husserl (CCEFT:10-11) – O sentido da história e a filosofia moderna
13 de outubro de 2021[HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 10-11]
Se considerarmos o efeito do desenvolvimento filosófico das ideias sobre a humanidade no seu conjunto (a que não faz pesquisa filosófica), teremos de dizer o seguinte:
Só a compreensão interna da mobilidade da filosofia moderna, de Descartes até ao presente, una em todas as suas (…) -
Husserl (IL2) – Objeto intencional e conteúdo imanente
13 de outubro de 2021Investigações Lógicas, II, 2.a parte, trad. H. Élie, A. L. Kelkel e R. Schérer, Presses Universitaires de France, pp. 175-177
Quando me represento o deus Júpiter, este deus é um objeto representado, está «presente de uma maneira imanente» no meu ato, tem nele uma «existência mental». Quaisquer outras que sejam as expressões que possamos empregar, uma interpretação estrita revela-las-á errôneas. Represento-me o deus Júpiter quer dizer que tenho um certo vivido de representação, que na (…) -
Husserl (MC:31-33) – O idealismo transcendental
23 de fevereiro de 2018HUSSERL, Edmund. Meditações cartesianas e Conferências de Paris. Ed. Stephan Strasser. Tr. Pedro M. S. Alves. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p. 31-33
A transcendência é um caráter de ser imanente, que se constitui no interior do ego. Todo sentido que se possa conceber, todo ser concebível, chama-se ele imanente ou transcendente, cai no domínio da subjetividade transcendental. Um seu exterior é um contrassenso, ela é a universal, a absoluta concreção. Não tem sentido querer captar o (…) -
Husserl (CCEFT:252-255) – A ciência europeia pretende o infinito e a totalidade
12 de outubro de 2021[HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 252-255]
As reflexões precedentes sobre a Filosofia do Espírito fornecem-nos a atitude correta para captar e tratar o nosso tema da Europa espiritual como um problema puro das Ciências do Espírito, desde logo, por conseguinte, histórico-espiritualmente. Tal como foi dito desde logo nas (…) -
Husserl (LFLT:369-370) – Relatividade das verdades
13 de outubro de 2021Lógica Formal e Lógica Transcendental, trad. S. Bachelard, Presses Universitaires de France, pp. 369-370
O comerciante no mercado tem a sua verdade — a do mercado; não será ela, na sua esfera, uma boa verdade e a melhor que possa ser útil ao comerciante? Será ela aparência de verdade pelo fato do sábio, noutra relatividade e julgando com outros objetivos e outras ideias, buscar outras verdades com as quais se pode fazer muito mais, mas justamente não o que é preciso fazer-se no mercado ? (…) -
Lyotard (1954:40-44) – Fenomenologia: Husserl e Hegel
15 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO termo fenomenologia recebeu de Hegel plena e especial acepção, com a publicação em 1807 de Die Phänomenologie des Geistes. A fenomenologia é "ciência da consciência", "na medida em que a consciência é em geral o saber de um objeto, ou exterior ou interior". Hegel escreve no Prefácio Fenomenologia: "O estar-ali imediato do espírito, a consciência, possui os dois momentos: o do saber e o da objetividade que é o negativo em relação ao saber. Quando o espírito se desenvolve nesse elemento da (…)
-
Richir (1992:103-109) – A ciência moderna procede da idealização
1º de junho de 2023, por Cardoso de CastroMarc Richir - « Science et phénoménologie », in Profils de Jan Patocka - Hommages et documents, H. Declève, Publications des Facultés Universitaires Saint-Louis, coll. Travaux et Recherches, Bruxelles, février 1992., pp. 103-109.
tradução parcial
A ciência moderna procede da idealização, quer dizer da determinação segundo a exatidão matemática, de tudo o que no mundo da vida, a Lebenswelt, permanece irredutivelmente imerso no flou eidético, na indeterminabilidade ao menos relativa mas (…)
Notas
- Beaufret (1992:21-22) – consciência (Bewusstsein)
- Boutot (IFH:90-94) – Primeira abordagem da modernidade
- Buren (GA63:nota 1) – intencionalidade da consciência (termos de Husserl)
- Carman (2003:101-102) – intencionalidade
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:190) – Crítica heideggeriana da estrutura do ego transcendental
- Caron (2005:190-191 nota) – fenomenologia inacabada
- Caron (2005:712-713) – constituição do si mesmo
- Courtine (1990:167-168) – Fragestellung
- Edith Stein (1987:Nota) – sur les Méditations cartésiennes
- Ernildo Stein (2012:25-26) – Weltanschaunng e Lebenswelt
- Ernildo Stein (2012:33-35) – Lebenswelt enquanto antepredicativo
- Ernildo Stein (2012:35) – Lebenswelt e Urverdrängung (recalque)
- Ernildo Stein (2012:35-38) – Lebenswelt e significância (Bedeutsamkeit)
- Ernildo Stein (2015:86) – absoluto
- Figal (FL:30-31) – consciência (Bewusstsein)
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- GA14: questionar a "coisa ela mesma"
- GA17:200 – intencionalidade (Intentionalität)
- GA27:13-15 – filosofia é uma ciência absoluta?