Overcoming Psychologism: Husserl and the Transcendental Reform of Psychology

Este livro nos mostra como, em vez de abandonar a psicologia, uma vez liberada a fenomenologia do psicologismo da filosofia da aritmética, Edmund Husserl permaneceu preocupado com as maneiras pelas quais a fenomenologia teve implicações importantes para uma reforma radical da psicologia ao longo de sua carreira intelectual. O autor dá conta do que essa reforma radical realmente acarreta e propõe que ela só pode ser realizada seguindo a trilha da redução transcendental descrita nas obras posteriores de Husserl. A fim de avaliar a necessidade do transcendental até mesmo para a psicologia, o livro rastreia o pensamento de Husserl sobre a natureza dessa relação entre a fenomenologia como filosofia e a psicologia como ciência positiva à medida que evoluiu ao longo do tempo.

O texto cobre a definição de Husserl da fenomenologia como "psicologia descritiva" nas Investigações Lógicas, rejeitando a forma híbrida de "psicologia fenomenológica" descrita nas palestras com esse nome, e termina com sua proposta de uma "remodelação fundamental" da psicologia, situando-a dentro da estrutura transcendental de The Crisis of European Sciences and Transcendental Phenomenology.

O autor defende um refundamento da psicologia em virtude de um “retorno à positividade” após ter realizado a redução à intersubjetividade transcendental. O que resulta é uma abordagem fenomenológica para uma psicologia baseada em transcendência que, embora tenha retornado ao mundo da vida, não permanece mais ingênua transcendentalmente. Uma psicologia baseada na fenomenologia, portanto, capacita pesquisadores, médicos e clientes a se engajarem em ações sociais que movem o mundo mais perto de alcançar a justiça social para todos. Este texto atrai estudantes e pesquisadores que atuam na fenomenologia e na psicologia.