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lieb / Liebe / lieben / lieblich / Belieben
Liebe / amour / amor / love / lieb / nice / Belieben / bon-plaisir / arbítrio / discretion
Toute la pensée de Heidegger, toute sa vie peut-être, est habitée par l’amour, en un sens qui n’est ni platement sentimental ni métaphysique, et dont il reste peut-être entièrement à prendre la mesure comme pouvoir de transfiguration de la vie humaine. Dans une lettre du 21 février 1925, Heidegger a pu écrire à Hannah Arendt que l’amour est « d’une richesse sans commune mesure avec d’autres possibilités accordées à l’être humain ». Ultérieurement, Hannah Arendt rédigera, sous la direction de Karl Jaspers , une thèse sur le concept d’amour chez saint Augustin . Le terme « amour » est certes ambigu, vu qu’en allemand (Liebe) comme en français il peut traduire deux mots grecs bien différents : erôs et agapè, à savoir l’« amour » dont il est question dans le Banquet de Platon , que les Grecs rattachaient à Aphrodite, et l’amour du prochain ou charité dont parle le Nouveau Testament, que le latin appelle dilectio, amor, ou encore caritas. Ce problème n’avait évidemment pas échappé à Heidegger, auquel il arrive de le souligner avec une citation d’Erwin Rohde (le philologue et ami de Nietzsche ) à l’appui (De l’essence de la vérité, GA34 , 216). Dans une note du § 29 d’Être et temps, deux citations assez voisines d’esprit, de Pascal et de saint Augustin, font de l’amour, au second sens du terme, le porche de la vérité. Comme Max Scheler , très présent dans ces parages et auquel Heidegger n’a pas marchandé son admiration pour sa phénoménologie de la « vie affective » et de la « sympathie », notre auteur nous dit en quelque sorte que, loin de « rendre aveugle » comme on le dit proverbialement, l’amour ouvre les yeux. [LDMH ]
Matérias
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Dastur (2015:81-86) – Binswanger e Heidegger
7 de fevereiro, por Cardoso de Castro
Binswanger, a despeito de algumas afirmações imprudentes, não desconhece a diferença entre o nível ontológico das análises heideggerianas e o nível propriamente antropológico onde ele situa as suas. Sua oposição fundamental a Heidegger advém, como ele mesmo explica, do fato de que ele fala “não do Dasein enquanto a cada vez meu, teu ou seu, mas do Dasein humano em geral, ou do Dasein como “humanidade”. Eis aí o núcleo da questão. É exatamente isso que Binswanger considera como o ponto de (…)
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Marion (2004:§4) – o mundo segundo a vaidade
22 de janeiro, por Cardoso de Castro
destaque
O mundo só pode ser fenomenalizado entregando-se a mim e fazendo-me seu doado. Não há nada de injusto, tirânico ou odioso no meu lugar ao sol — no sol erótico que me garante ser amado ou odiado: reivindicá-lo é o meu primeiro dever.
Por outro lado, há outra objeção que me pode impedir. Substituir o ego como pensador pelo ego como amado ou odiado poderia de fato enfraquecê-lo, e por duas razões. Em primeiro lugar, porque depende do ego cogitans para se pensar sozinho e, portanto, (…)
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Scheler (2012:3-6) – Ordo amoris (II)
17 de fevereiro, por Cardoso de Castro
“Quem possui o ordo amoris de um homem possui o homem“. Possui, relativamente a ele enquanto sujeito moral, o que a fórmula cristalina é para o cristal. Perscruta o homem até onde é possível indagar um homem. Diante de si, por trás de toda a diversidade e complicação empíricas, sempre as simples linhas fundamentais do seu ânimo que, mais do que o conhecimento e a vontade, merece chamar-se o cerne do homem enquanto ser espiritual. Possui num esquema espiritual a fonte originária que alimenta (…)
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Fink (1994b:144-145) – mundo e história
9 de janeiro, por Cardoso de Castro
destaque
[…] O homem existe historicamente em relação ao princípio mundano da singularização e da diferença no trabalho e no combate. O trabalho e o combate são formas comunitárias fundamentais, figuras sociais do Dasein. Estas figuras não pertencem ao homem da mesma forma que um animal procura o seu alimento e a sua presa. O trabalho e a luta são figuras de sentido, de uma determinada aparição no mundo. Na outra dimensão, a dimensão do mundo sem figuras, o homem relaciona-se com o amor e (…)
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Scheler (GW10) – Ordo amoris
8 de janeiro, por Cardoso de Castro
Encontro-me num mundo incomensurável de objectos sensíveis e espirituais que põem em movimento incessante o meu coração e as minhas paixões. Sei que tanto os objectos que chego a conhecer pela percepção e pelo pensamento como tudo o que quero, escolho, faço, empreendo e realizo, dependem do jogo deste movimento do meu coração. Daqui se segue, para mim, que toda a espécie de autenticidade, de falsidade e de ilusão da minha vida e dos meus impulsos depende de se existe uma ordem objectivamente (…)
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Krell (1991:174-176) – amor e morte
13 de fevereiro, por Cardoso de Castro
destaque
Segundo Aristóteles, homens e mulheres partilham o destino de habitar no cosmos inferior, abaixo do círculo da lua, sob a eclítica do sol. Por isso estão sujeitos a períodos de fertilidade e de frigidez, de genesis e de phthora, os arrebatamentos do tempo finito. Considerados como indivíduos, homens e mulheres não duram para sempre. Só quando são vistos como um "genus" que "gera" uma semelhança de si próprio é que o homem e a mulher participam na perenidade. O fato de serem (…)
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Être et temps : § 44. Dasein, ouverture et vérité
5 de setembro de 2011, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
De tous temps, la philosophie a rapproché vérité et être. La première découverte de l’être de l’étant chez Parménide « identifie » l’être avec la compréhension ac-cueillante de l’être : to gar auto noein estin te kai einai. Dans son esquisse de l’histoire de la découverte des archai, (…)
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Marion (1989:259-262) – o tédio [Langeweile]
20 de janeiro, por Cardoso de Castro
destaque
[…] O primeiro [tédio] consiste em aborrecer-se com algo, portanto por algo: de acordo com a temporalidade correspondente, o aborrecimento lamenta perder tempo com algo que não o merece; desafia, portanto, o privilégio concedido, por manuseamento utilitário, a um ente particular. O segundo [tédio] consiste em estar aborrecido consigo mesmo a respeito de algo: de acordo com a temporalidade correspondente, o tédio atribui-nos um estado presente desprovido de qualquer futuro; (…)