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O nascimento (Gebürtlichkeit) é, juntamente com a morte (Sterblichkeit), a categoria que define a existência humana para Hannah Arendt ou, em suas palavras, a "natalidade" (Natalität) que contrabalança a "mortalidade" (Mortalität). Sejamos claros. Com "natalidade", Hannah Arendt não está apenas cunhando uma nova palavra, ela está, na verdade, introduzindo uma nova categoria na doutrina filosófica do homem. Até agora, a morte tem estado no centro da reflexão, e a meditatio mortis, (…)
Responsáveis: João Cardoso de Castro (doutor Bioética - UFRJ) e Murilo Cardoso de Castro (doutor Filosofia - UFRJ)
Matérias mais recentes
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Jonas (Arendt:89-91) – natalidade e mortalidade
16 de maio, por Cardoso de Castro -
Ricoeur (Jarczyk) – Sobre "Eu mesmo como um outro"
12 de maio, por Cardoso de Castrodestaque
Gwendoline JARCZYK. — Seu último livro, com o sugestivo título Soi-même comme un autre (Eu mesmo como um outro), é uma importante contribuição para sua pesquisa ao longo da vida. Como você encontra o "sujeito"?
Paul RICŒUR. — Eu o encontro sob um título que foi deliberadamente escolhido: distinto do "eu". Nas discussões filosóficas, a filosofia do sujeito é geralmente elogiada ou atacada. Como se ela fosse necessariamente uma "egologia", uma teoria do "eu". Portanto, escolhi um (…) -
Henry (Marx) – Filosofia de Marx e dogmatismo marxista
12 de maio, por Cardoso de CastroDesde la aparición en 1932 de los textos filosóficos de Marx y en particular de La ideología alemana, donde estaban contenidas la teoría de la historia y de las formas sociales así como las premisas de una teoría trascendental de la economía, la situación ideológica generada por la existencia del marxismo en estado de doctrina acabada era la siguiente: a la luz de los postulados del materialismo dialéctico era imposible percibir el contenido de los textos filosóficos, pero también era (…)
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Michel Henry (Marx) – luta de classes
12 de maio, por Cardoso de CastroNingún filósofo tuvo más influencia que Marx; ninguno fue peor comprendido. Las razones por las cuales el pensamiento filosófico de Marx ha quedado sumido hasta nuestros días en una oscuridad casi completa son múltiples. Sin embargo refieren todas al marxismo, y en cierto modo le son consustanciales. El marxismo es el conjunto de los contrasentidos que se han hecho sobre Marx. Tal situación –la divergencia progresiva y prontamente decisiva que se opera entre el pensamiento propio de Marx y, (…)
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Chambon (LF:17) – sentimento e corpo
12 de maio, por Cardoso de Castrodestaque
O sentimento é o vivido de uma ligação entre homem e mundo, é esta mesma ligação. É a essência de nosso relacionamento com o mundo. Mas será que a fidelidade ao ponto de vista descritivo, que prescreve ater-se aos elementos psicológicos diretamente acessíveis, nos permite explorar a ideia de que as tonalidades afetivas são uma tomada de consciência do inconsciente? As tonalidades afetivas são definidas como a forma primitiva da vida consciente; o interesse por "aquilo que não se (…) -
Derrida (Monolinguismo) – O monolinguismo mora em mim e moro nele
11 de maio, por Cardoso de Castrodestaque
— Imagine alguém que cultivasse o francês.
Isto que se chama francês.
E que o francês cultivaria.
E que, sendo um cidadão francês, seria, portanto, um sujeito, como dizemos, da cultura francesa.
E um dia esse sujeito da cultura francesa viria até você e diria, por exemplo, em bom francês:
"Só tenho uma língua, não é a minha".
E de novo, ou ainda:
"Sou monolíngue. Meu monolinguismo reside, e eu o chamo de meu lar, e o sinto como tal, fico nele e moro nele. Ele mora em (…) -
Ghitti (1998:27-29) – es gibt
10 de maio, por Cardoso de Castrodestaque
Mas não notamos o suficiente que a tradução francesa [do alemão es gibt], por si só, é suficiente para refutar a interpretação historicista de Heidegger. Em "il y a", o "y" se refere explicitamente ao lugar, não ao tempo. Quando Heidegger levanta a hipótese de que o "Es" se refere ao próprio tempo, ele não poderia ter feito isso para o "il" em "il y a", por medo de esquecer o "y", que não aparece em alemão. O pensador pode confiar nos idiomas se um não inclinar o pensamento na (…) -
Levinas (1949:93-94) – a filosofia de Heidegger
26 de abril, por Cardoso de CastroUne distinction capitale s’impose quand on aborde la méthode de Heidegger. Il faut y insister pour éviter la confusion courante entre la philosophie de Heidegger et l’anthropologisme philosophique ou philosophie de l’existence qui n’en représente qu’un aspect. Confusion d’autant plus répandue que seul ce dernier aspect de l’œuvre heideggerienne a jusqu’à présent exercé une influence dominante sur la spéculation contemporaine et en particulier, sur l’existentialisme français.
La philosophie (…) -
Lévinas (Carnets:1) – anotações
24 de abril, por Cardoso de Castrodestaque
Fenomenologia - ciência. Detalhes. As análises psicológicas anteriores eram de estilo filoniano: há tal e tal coisa em tal e tal ato, há tal e tal coisa em tal e tal ser. Mas como? Wie liegt es drin 8 septembre 1937
Phénoménologie – science. Précisions. Les analyses psychologiques avant elle de style philonien : il y a de cela dans tel acte, il y il y a de ceci dans tel être. Comment ? Wie liegt es drin ? Pas mêm -
Hermann Schmitz (Nova Fenomenologia) – auto-atribuição
23 de abril, por Cardoso de Castrodestaque
Em minha opinião, uma pessoa é um sujeito consciente com a capacidade de auto-atribuição. A auto-atribuição consiste em tomar algo como sendo ele mesmo (ou ele mesmo como sendo algo). Todos os desempenhos pessoais específicos surgem dessa capacidade: assumir responsabilidade, prestar contas de si mesmo, atribuir a si mesmo um lugar no ambiente de pessoas, coisas e estados de coisas. Assim, a característica única da personalidade parece ser capturada por minha caracterização.
A (…)
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