Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Hebeche (2005:332 nota) – Selbst

segunda-feira 11 de novembro de 2024

É a partir desse construto singular [Selbst] que Heidegger fará a desconstrução da noção unitária do eu. “A noção ontológica que corresponde ao fenômeno da angústia é o ser-possível de um si (Selbst) singular. É essa singularidade que Heidegger liga ao fenômeno da liberdade, compreendida como capacidade de se escolher radicalmente a si mesmo. É assim que o filósofo prepara o espaço para a desconstrução do eu na análise existencial, e é assim também que os existenciais passam a ter a função desestruturante da clássica unidade do eu”. Ver Ernildo Stein  , Diferença e Metafísica — Ensaios sobre a desconstrução. EDIPUC-RS, Porto Alegre, 2000, p. 177. Nessa obra entende-se como a crítica de Heidegger à unidade da consciência em SZ   é feita “a partir do fenômeno da singularização do Dasein”. Todo construto Dasein do “si mesmo” é elaborado ao modo de “particulares egocêntricos”. A “nossidade” (inautêntica) é concebida em termos da “simesmidade” (autêntica). O solipsismo metodológico de Husserl   é então convertido em solipsismo ontológico existencial. Como alguém sabe que se escolheu radicalmente a si mesmo? Quais são os critérios que norteiam a sua escolha?

[HEBECHE, Luiz. O escândalo de Cristo : ensaio sobre Heidegger e São Paulo. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005]


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