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CONTRIBUIÇÕES À FILOSOFIA

GA65:173 – ser-aí / Da-sein

V. A FUNDAÇÃO

sábado 10 de junho de 2017, por Cardoso de Castro

Casanova

O ser-aí é a crise entre o primeiro e o outro início. Isso quer dizer: segundo o nome e a coisa mesma, ser-aí significa, na história do primeiro início (isto é, na história conjunta da metafísica), algo essencialmente diverso do que no outro início.

Na metafísica, “ser-aí” (existência) é o nome para designar o modo como o ente é efetivamente essente. Assim, ele tem em vista o mesmo que o ser presente à vista, interpretado mais originariamente em um passo determinadamente dirigido: presentidade. Essa caracterização do ente pode ser até mesmo repensada com vistas à denominação do primeiro início, com vistas à physis e à aletheia que a determina. Com isso, o nome ser-aí recebe completamente o conteúdo autêntico do primeiro início: emergindo a partir de si desveladamente se essenciar (aí). Atravessa toda a história da metafísica, porém, o hábito não casual de transpor o nome para o modo da realidade efetiva do ente para esse ente mesmo, visando com o ser-aí ao “ser-aí”, ao próprio ente presente à vista completamente real e efetivo. Ser-aí é, assim, apenas a boa tradução alemã de existentia, o emergir a partir de si e se encontrar fora de si do ente, presentar-se a partir de si (em meio ao esquecimento crescente da aletheia).

De maneira corrente, “ser-aí” não significa nada além disso. E pode-se falar de acordo com isso do ser-aí coisal, animal, humano, temporal.

Completamente diferente disso é o significado e a coisa em jogo na palavra ser-aí no pensar do outro início, tão diverso que não há nenhuma transição mediadora daquele primeiro uso para o outro.

O ser-aí não é o modo da realidade efetiva de qualquer ente, mas é ele mesmo o ser do aí. O aí, porém, é a abertura do ente enquanto tal na totalidade, o fundamento da aletheia mais originariamente pensada. O ser-aí é um modo de ser, que, na medida em que ele “é” o aí (por assim dizer de maneira ativa e transitiva), é de acordo com esse ser insigne e como esse ser mesmo um ente de um tipo único (o essenciante da essenciação do seer).

O ser-aí é o fundamento que propriamente se funda da aletheia da physis, a essenciação daquela abertura, que reabre pela primeira vez o encobrir-se (a essência do seer) e que, assim, se mostra como a verdade do próprio seer.

O ser-aí no sentido do outro início, que pergunta sobre a verdade do seer, nunca tem como ser alcançado como o caráter do ente que vem ao encontro e se mostra como presente à vista; mas também não como o caráter do ente, que deixa tal ente se tornar um objeto e se encontrar em relações com ele; o ser-aí também não é nenhum caráter do homem, como se por assim dizer só o nome que se estendia a todo ente fosse restrito ao papel de designação para o ser presente à vista do homem.

Não obstante, o ser-aí e o homem se encontram em uma ligação essencial, na medida em que o ser-aí significa o fundamento da possibilidade do ser humano futuro e o homem é futuramente, na medida em que ele assume ser o aí, contanto que ele se conceba como o guardião da verdade do seer, guarda essa que está indicada como o “cuidado”. “Fundamento da possibilidade” é ainda dito metafisicamente, mas é pensado a partir do pertencimento insistente e abissal.

O ser-aí no sentido do outro início é o que nos é ainda completamente estranho, aquilo que nós nunca encontramos previamente dado, que só podemos ressaltar no salto para o interior da fundação da abertura do que se encobre, daquela clareira do seer, na qual o homem futuro precisa se colocar, para mantê-la aberta.

A partir do ser-aí nesse sentido, o ser-aí se torna pela primeira vez “compreensível” como presentidade do ente presente à vista, isto é, a presentidade se revela como uma apropriação determinada da verdade do seer, junto à qual a atualidade experimentou um privilégio determinadamente interpretado em face do sido e do por vir (fixado no caráter do que se encontra contraposto, objetividade para o sujeito).

O ser-aí como a essenciação da clareira do que se encobre pertence a esse encobrir-se mesmo, que se essencia como o acontecimento apropriador.

Todos os âmbitos e aspectos da metafísica fracassam aqui e precisam fracassar, se é que o ser-aí deve ser concebido de maneira pensante. Pois a “metafísica” pergunta a partir do ente (na interpretação inicial e, isto significa, derradeira da physis) acerca da entidade e deixa a verdade dessa entidade, isto é, a verdade do seer necessariamente sem ser questionada. A própria aletheia é a primeira entidade do ente, e mesmo essa entidade permanece inconcebida.

No uso até aqui e no uso ainda corrente, ser-aí designa o mesmo que estar presente à vista aqui e lá, ocorrer em um onde e em um quando.

No outro significado futuro, o “ser” não tem em vista ocorrência, mas suportabilidade insistente como fundação do aí. O aí não significa um aqui e um lá de algum modo determinável a cada vez, mas sim a clareira do seer mesmo, cuja abertura só arranja o espaço para cada aqui e lá possível e o erigir do ente em uma obra, um ato e um sacrifício históricos.

O ser-aí é a suportabilidade insistente da clareira, isto é, da livre, desprotegida, pertinência ao aí, no qual o seer se encobre.

A suportabilidade insistente da clareira do encobrir-se é assumida na determinação de uma busca, de um cuidado e de uma guarda do homem, que se apropria do ser em meio ao acontecimento, que se sabe pertinente ao ser como a essenciação do seer. (GA65MAC:288-291)

Pinotti

El ser-ahí es la crisis entre el primero y el otro comienzo. Ello quiere decir: según el nombre y la cosa, ser ahí significa en la historia del primer comienzo (es decir, en toda la historia de la metafísica) algo esencialmente otro que en el otro comienzo.

En la metafísica “ser ahí” [Dasein] es el nombre para el tipo y modo en que el ente está realmente siendo, y mienta tanto como estar presente ante la mano, interpretado más originariamente a un paso de una determinada orientación: presencia. Esta caracterización del ente puede ser vuelta a pensar hasta sobre el nombramiento primero inicial, sobre la φύσις y la άλήθειa que la determina. Así el nombre ser ahí recibe [GA65  :296] el auténtico contenido primero inicial: desoculto esenciarse (ahí) surgiendo a partir de sí. Pero a través de toda la historia de la metafísica se extiende el uso no casual de trasladar el nombre para el modo de realidad del ente a éste mismo y de mentar con “ser ahí” [Dasein] “el ser ahí” [das Dasein], todo el mismo ente realmente presente ante la mano. Dasein es así sólo la buena traducción alemana de existentia, el adelantarse y estar desde sí del ente, presenciarse a partir de sí (en un creciente olvido de la ἀλήθεια).

En general, “Dasein” no mienta ninguna otra cosa. Y de acuerdo con ello se puede hablar del existente cósico, animal, humano, temporal.

Completamente diferente de ello es el significado y asunto de la palabra ser-ahí [Da-sein] en el pensamiento del otro comienzo, tan diferente, que de aquel primer uso a éste otro no se da ningún tránsito mediador.

El ser-ahí no es el modo de realidad de todo ente, sino que es él mismo el ser del ahí. Pero el ahí es la apertura del ente como tal en totalidad, el fundamento de la ἀλήθεια más originariamente pensada. El ser-ahí es una manera de ser, que en tanto “es” el ahí (activa-transitivamente en cierto modo), según este distinguido ser y como este ser mismo, es un ente singular (lo que se esencia del esenciarse del ser [Seyn]).

El ser-ahí es el propio fundamento que se funda de la ἀλήθεια de la φυσις, el esenciarse de esa apertura, que inaugura primero el ocultarse (la esencia del ser [Seyn]) y que así es la verdad del ser [Seyn] mismo.

El ser-ahí en el sentido del otro comienzo, que pregunta por la verdad del ser [Seyn], nunca es hallable como carácter del ente que sale al encuentro y está presente ante la mano; pero tampoco como carácter del ente, que hace convertirse tal ente en objeto y está en relaciones con él; el ser-ahí tampoco es un carácter del hombre, como si el nombre que hasta ese entonces se extendía a todo ente se limitara ahora al rol designador del estar presente suite la mano del hombre.

No obstante ser-ahí y hombre se encuentran en una referencia esencial, en tanto el ser-ahí significa el fundamento de la posibilidad del ser humano venidero, y el hombre es venidero en tanto asume ser el ahí, supuesto que se conciba como el custodio de la verdad del ser [Seyn], custodia que es indicada como el “cuidado”. “Fundamento de la posibilidad” es expresado aun metafísicamente, pero pensado desde la pertenencia abismosa-con instancia.

El ser-ahí en el sentido del otro comienzo es lo a nosotros aún totalmente extraño, que nunca hallamos, que sólo saltamos en el salto a la fundación de la apertura de lo que se oculta, de ese claro del ser [Seyn], en el que tiene que colocarse el hombre venidero, para mantenerlo abierto.

Desde el ser-ahí [Da-sein] en este sentido recién se hace “comprensible” la existencia [das Dasein] como presencia de lo presente ante la mano, es decir, la presencia se muestra como una determinada apropiación de la verdad del ser [Seyn], en lo que la actualidad frente al pasado y lo venidero ha experimentado una preferencia interpretada de modo determinado (consolidada en la objetividad efectiva [Gegenständlichkeit], objetividad [Objektivität] [1]] para el sujeto).

El ser-ahí como el esenciarse del claro del ocultarse pertenece a este ocultarse mismo, qué se esencia como el evento-apropiador.

Todos los ámbitos y respectos de la metafísica fallan aquí y tienen que fallar, si el ser-ahí ha de ser captado pensantemente. Pues la “metafísica” pregunta a partir del ente (en la interpretación inicial, es decir, definitiva de la φυσις) por la entidad y deja necesariamente impreguntada la verdad de ésta, es decir, la verdad del ser [Seyn]. La ἀλήθεια misma es la primera entidad del ente y aún ésta permanece inconcebida.

En el uso vigente y todavía habitual, ser ahí mienta tanto como estar presente ante la mano aquí y allá, aparecer en un donde y cuando.

En el otro significado venidero, el “ser” no mienta aparecer sino so-portabilidad con instancia como fundación del ahí. El ahí no significa un aquí y allá de cualquier manera respectivamente determinable sino que mienta el claro del ser [Seyn] mismo, tan sólo cuya apertura emplaza el espacio para cada posible aquí y allá y la instalación del ente en obra histórica y hecho y sacrificio.

El ser-ahí, la soportabilidad con instancia del claro, es decir: de lo libre, indefenso, perteneciente del ahí, donde el ser [Seyn] se oculta.

La soportabilidad con instancia del claro del ocultarse es asumida en la búsqueda, cuidado y custodia del hombre, que acaece al ser, se sabe perteneciente al evento como esenciarse del ser [Seyn]. [GA65DPC  :241-243]

Emad & Maly

Da-sein is the crisis between the first and the other beginning. That is to say: According to the name and the matter itself, Da-sein means something in the history of the first beginning (i.e., in the whole history of metaphysics) that is essentially other than in the other beginning.

In metaphysics “Da-sein” is the name for the manner and way in which beings are actually beings and means the same as being-extant — interpreted one definite step more originarily: as presence. This designation of beings can even be thought back to the first-ever-inceptual naming, to φύσις and then to ἀλήθεια that determines it. Thus the name Dasein finally receives the genuine, first-ever-inceptual content: rising out of itself swaying (t/here [Da]) as unhidden. But running throughout the whole history of metaphysics is the not accidental custom of transferring the name for the mode of actuality of beings to beings themselves and of meaning, with “Dasein,” “the Dasein” [existence], i.e., a completely actual and extant being itself. Thus Dasein is only the good German translation of existentia, as a being’s coming forth and standing out by itself, presencing by itself (in a growing forgetting of ἀλήθεια).

Throughout [metaphysics] “Dasein” means nothing else. And accordingly one could then speak of thingly, animal, human, temporal Dasein [as mere existence].

The meaning and matter of the word Da-sein in the thinking of the other beginning is completely different, so different that there is no mediating transition from that first usage to this other one.

Da-sein is not the mode of actuality for every type of being, but is itself the being of the t/here [Da], The t/here [Da], however, is the openness of a being as such in the whole, the ground of the more originarily thought ἀλήθεια. Da-sein is a way of being which, in that it “is” the t/here [Da] (actively and transitively, as it were), is a unique being in accordance with and as this outstanding being (what is in sway in the essential swaying of be-ing).

Da-sein is the very own self-grounding ground of ἀλήθεια of φύσις, is the essential swaying of that openness which first enopens the self-sheltering-concealing (the essential sway of be-ing) and which is thus the truth of be-ing itself.

In the sense of the other beginning, which inquires into the truth of be-ing, Da-sein can never be encountered as the character of a being that is encountered and is extant, but also not as the character of a being which lets such a being become an object and which stands in relations to an object; Da-sein is also not the character of man, as if now the name that up to then was extended to all beings would become limited to the role of characterizing man’s extantness.

Nevertheless, Da-sein and man are essentially related, insofar as Da-sein means the ground of the possibility of future humanness and insofar as man is futural, in that he takes over being the t/here [Da], granted that he grasps himself as the guardian of the truth of be-ing, which guardianship is designated as “care.” “Ground of the possibility” is still spoken metaphysically, but thought from within the belongingness that inabides in abground.

In the sense of the other beginning, Da-sein is still completely strange to us; it is what we never find lying before us, what we leap into solely in leaping-into the grounding of the openness of self-sheltering-concealing, that clearing of be-ing in which future man must place himself in order to hold it open.

It is from Da-sein in this sense that Dasein as the presence of what is extant first becomes “understandable,” i.e., presence proves to be one specific appropriation of the truth of be-ing, whereby the presentness [Gegenwärtigkeit], compared to what has been [Gewesenheit] and what will be [Künftigkeit], receives certain interpreted preference (consolidated in objectness, in objectivity for the subject).

As essential swaying of the clearing of self-sheltering-concealing, Da-sein belongs to this very self-sheltering, which holds sway as en-owning.

All domains and perspectives of metaphysics fail — and must fail — here, if Da-sein is to be grasped thinkingly. For “metaphysics” inquires into beingness in terms of beings (in the inceptual — and that means definite — interpretation of φύσις) and leaves the truth of this beingness — and that means the truth of be-ing — necessarily unasked, ἀλήθεια itself is the primary beingness of a being, and even this remains ungrasped.

In the hitherto and still customary usage Dasein means the same as being extant here and there, occurring in a where and a when.

In the other and future meaning “being” [sein] does not mean occurring [vorkommen] but inabiding carriability [Ertragsamkeit] as grounding the t/here [Da], The t/here [Da] does not mean a here aild yonder that is somehow each time determinable but rather means the clearing of be-ing itself, whose openness first of all opens up the space for every possible here and yonder and for arranging beings in historical work and deed and sacrifice.

Da-sein [is] the inabiding carriability of the clearing, i.e., of the free, unprotected, belonging of the t/here [Da], in which be-ing is sheltered and concealed.

The inabiding carriability of the clearing of self-sheltering-concealing will be taken over in the seeking, preserving, and guardianship of that man who knows himself to be enowned to being and to belong to enowning as the essential swaying of be-ing. [GA65EM  :208-210]

Rojcewicz & Vallega-Neu

Da-sein is the crisis between the first and the other beginning. That says: “Dasein,” terminologically and substantively, means something essentially different in the history of the first beginning (i.e., in the entire history of metaphysics) than it does in the other beginning.

In metaphysics, “Dasein” [2] names the way, the mode, in which beings are actual. It means something like “simply there” or, to take a step in the direction of a more original interpretation, “presence.” This designation of beings can even be thought back into the way they are named in the first beginning, i.e., into φύσις and the ἀλήθεια which determines φύσις. Accordingly, the full genuine content of the term “Dasein” in the first beginning is as follows: to occur essentially (there) by emerging out of itself as unconcealed. Throughout the entire history of metaphysics, however, there can be seen the not-accidental practice of taking the term that expresses the mode of the actuality of beings and carrying it over to these beings themselves and thus to use “Dasein” to mean “the Dasein,” namely, the whole actually existent being itself. “Dasein” is thus merely the good German translation of existentia, the stepping forth and standing out of itself of the being, its coming to presence from itself (with ἀλήθεια falling more and more into forgottenness).

The prevalent meaning of “Dasein” is nothing else. Accordingly, one can speak of the Dasein [“existence”] of things, of animals, of humans, of time, etc.

Altogether different from this, semantically and substantively, is the word “Da-sein” in the thinking of the other beginning, so different that there is no mediating transition from that first usage to the other.

Da-sein is not the mode of actuality of just any being; instead, it is itself the being of the “there” [das Sein des Da]. The “there,” however, is the openness of beings as such and as a whole, the ground of the more originally conceived ἀλήθεια. Da-sein is a way to be which “is” the “there” (taking “is” in an active-transitive sense, so to speak) such that in accord with this preeminent being [Sein], and as this being [Sein] itself, Dasein is a unique being (that which essentially occurs in the essential occurrence of beyng).

Da-sein is the properly self-grounding ground of the ἀλήθεια of φύσις, the essential occurrence of that openness which first opens up the self-concealing (the essence of beyng) and which is thus the truth of beyng itself.

Da-sein, in the sense of the other beginning that asks about the truth of beyng, can never be encountered as a characteristic of beings which are simply to be found present at hand nor as a characteristic of beings which allow present at hand beings to become objects and which stand in various relations to objects. Furthermore, Da-sein is not some characteristic of the human being, as if this name that previously extended to all beings were now simply restricted, as it were, to the role of designating the presence of human beings.

Nevertheless, Da-sein and human being are essentially related, inasmuch as Da-sein signifies the ground of the possibility of future human being, and humans are futural by accepting to be the “there,” provided they understand themselves as the stewards of the truth of beyng. This stewardship is indicated by the term “care.” “Ground of possibility” is still a metaphysical expression, but it is thought out of the abyssal and steadfast belongingness.

Da-sein, taken in the sense of the other beginning, is still altogether strange to us. We never simply come across it; instead, we reach it only in a leap by leaping into the grounding of the openness of what is self-concealing, the openness of that clearing of beyng in which the human being to come must stand in order to keep it open.

Only from “Da-sein” in this sense does “Dasein” in the sense of the presence of what is simply extant become “understandable.” That is, presence proves to be one particular appropriation of the truth of beyng, whereby the present, over and against the past and the future, receives a determinately interpreted priority (which is entrenched in objectivity, i.e., objectness for a subject).

Da-sein, as the essential occurrence of the clearing of self-concealing, belongs to this self-concealing itself, which essentially occurs as the appropriating event.

All domains and viewpoints of metaphysics fail here and must fail if Da-sein is to be grasped thoughtfully, for “metaphysics” asks about beingness on the basis of beings (within the inceptual—i.e., definitive— interpretation of φύσις) and necessarily leaves unasked the question of the truth of beingness and thus the question of the truth of beyng. Αλήθεια itself is the first beingness of beings, and even this beingness remains ungrasped.

In its previous and still usual sense, “Dasein” means presence in some place or other; it means to turn up in a “where” and a “when.”

In the other, prospective sense, “to be” [sein] does not simply mean “to turn up”; rather, it signifies steadfast enduring as grounding the “there” [Da]. The “there” does not refer to some determinable “here” or “yonder”; it means the clearing of beyng itself. The openness of this clearing first grants the space for every possible determinate “here” and “yonder” and thus for the instituting of beings in historical word, deed, and sacrifice.

Da-sein is the steadfast enduring of the clearing, i.e., of the freed, unprotected, and belonging domain of the “there” wherein beyng conceals itself.

The steadfast enduring of the clearing of self-concealing is taken up in the seeking, preserving, and stewardship carried out by that human being who has self-knowledge as one ap-propriated to being and belonging to the event qua the essential occurrence of beyng.

Original

Das Da-sein ist die Krisis zwischen dem ersten und dem anderen Anfang. Das will sagen: Dem Namen und der Sache nach bedeutet Dasein in der Geschichte des ersten Anfangs (d. h. in der gesamten Geschichte der Metaphysik) etwas wesentlich anderes als im anderen Anfang.

In der Metaphysik ist »Dasein« der Name für die Art und Weise, wie Seiendes wirklich seiend ist, und meint soviel wie Vorhandensein, um einen bestimmt gerichteten Schritt ursprünglicher ausgelegt: Anwesenheit. Diese Kennzeichnung des Seienden darf sogar auf die erstanfängliche Nennung [296] zurückgedacht werden, auf die φύσις und die sie bestimmende ἀλήθεια. So bekommt der Name Dasein vollends den echten erstanfänglichen Gehalt: von sich her auf gehend unverborgen (da) wesen. Durch die ganze Geschichte der Metaphysik zieht sich aber der nicht zufällige Brauch, den Namen für die Wirklichkeitsweise des Seienden auf dieses selbst zu übertragen und mit »Dasein« »das Dasein« zu meinen, das ganze wirklich vorhandene Seiende selbst. Dasein ist so nur die gute deutsche Übertragung von existentia, das Aussichhervortreten und -stehen des Seienden, von sich her anwesen (bei wachsendem Vergessen der ἀλήθεια).

Durchgängig meint »Dasein« nichts anderes. Und man kann demgemäß vom dinglichen, tierischen, menschlichen, zeitlichen Dasein sprechen.

Völlig verschieden davon ist Bedeutung und Sache des Wortes Da-sein im Denken des anderen Anfangs, so verschieden, daß es von jenem ersten Gebrauch zu diesem anderen keinen vermittelnden Übergang gibt.

Das Da-sein ist nicht die Wirklichkeitsweise von jeglichem Seienden, sondern ist selbst das Sein des Da. Das Da aber ist die Offenheit des Seienden als solchen im Ganzen, der Grund der ursprünglicher gedachten ἀλήθεια. Das Da-sein ist eine Weise zu sein, die, indem sie das Da »ist« (activ-transitiv gleichsam), gemäß diesem ausgezeichneten Sein und als dieses Sein selbst ein einzigartiges Seiendes ist (das Wesende der Wesung des Seyns).

Das Da-sein ist der eigen sich gründende Grund der ἀλήθεια der φύσις, die Wesung jener Offenheit, die erst das Sichverbergen (das Wesen des Seyns) eröffnet und die so die Wahrheit des Seyns selbst ist.

Das Da-sein im Sinne des anderen Anfangs, der nach der Wahrheit des Seyns fragt, ist niemals anzutreffen als Charakter des begegnenden und vorhandenen Seienden; aber auch nicht als Charakter des Seienden, das solches Seiendes zum Gegenstand werden läßt und in Beziehungen zu ihm steht; das [297] Da-sein ist auch kein Charakter des Menschen, als werde jetzt gleichsam nur der sonst bis dahin auf alles Seiende sich erstrek-kende Name eingeschränkt in die Bezeichnungsrolle für das Vorhandensein des Menschen.

Gleichwohl stehen Da-sein und Mensch in einem wesentlichen Bezug, sofern das Da-sein den Grund der Möglichkeit des künftigen Menschseins bedeutet und der Mensch künftig ist, indem er das Da zu sein übernimmt, gesetzt, daß er sich als den Wächter der Wahrheit des Seyns begreift, welche Wächterschaft angezeigt ist als die »Sorge«. »Grund der Möglichkeit« ist noch metaphysisch gesprochen, aber aus der abgründig-inständigen Zugehörigkeit gedacht.

Das Da-sein im Sinne des anderen Anfangs ist das uns noch ganz Befremdliche, das wir nie vorfinden, das wir allein er-springen im Einsprung in die Gründung der Offenheit des Sichverbergenden, jener Lichtung des Seyns, in die der künftige Mensch sich stellen muß, um sie offen zu halten.

Aus dem Da-sein in diesem Sinne wird das Dasein als Anwesenheit des Vorhandenen erst »verständlich«, d. h. die Anwesenheit erweist sich als eine bestimmte Aneignung der Wahrheit des Seyns, wobei die Gegenwärtigkeit gegenüber der Gewesenheit und Künftigkeit eine bestimmt ausgedeutete Bevorzugung erfahren hat (verfestigt in die Gegenständlichkeit, Objektivität für das Subjekt).

Das Da-sein als die Wesung der Lichtung des Sichverbergens gehört zu diesem Sichverbergen selbst, das als das Er-eignis west.

Alle Bereiche und Hinsichten der Metaphysik versagen hier und müssen versagen, wenn das Da-sein denkerisch gefaßt werden soll. Denn die »Metaphysik« fragt vom Seienden her (in der anfänglichen und d. h. endgültigen Auslegung der φύσις) nach der Seiendheit und läßt die Wahrheit dieser und d. h. die Wahrheit des Seyns notwendig ungefragt, ἀλήθεια selbst ist die erste Seiendheit des Seienden, und selbst diese bleibt unbegriffen.

[298] Im bisherigen und noch üblichen Gebrauch meint Dasein soviel wie hier und dort vorhanden sein, in einem Wo und Wann vorkommen.

In der anderen künftigen Bedeutung meint das »sein« nicht Vorkommen, sondern inständige Ertragsamkeit als Gründung des Da. Das Da bedeutet nicht ein irgendwie jeweils bestimmbares Hier und Dort, sondern meint die Lichtung des Seyns selbst, deren Offenheit erst den Raum einräumt für jedes mögliche Hier und Dort und die Einrichtung des Seienden in geschichtliches Werk und Tat und Opfer.

Das Da-sein die inständige Ertragsamkeit der Lichtung, d. i. des Freien, Ungeschützten, Zugehörigen des Da, worin das Seyn sich verbirgt.

Die inständige Ertragsamkeit der Lichtung des Sichverbergens wird übernommen in der Sucherschaft, Wahrer- und Wächterschaft des Menschen, der sich dem Sein ereignet, dem Ereignis als der Wesung des Seyns zugehörig weiß. [GA65  :295-298]


Ver online : CONTRIBUTIONS TO PHILOSOPHY


[1Véase nota en p. 114 de esta edición. [N. de la T.

[2Unhyphenated, an ordinary German term meaning “existence.” It refers to the fact that (daß) something is (Sein). Heidegger says here that the term came to be extended to the thing that has existence and thus with the definite article (das Dasein) can mean “entity,” any existent being. Heidegger proceeds in the following paragraphs to distinguish from this his own hyphenated term Da-sein. When Heidegger uses Existenz, another term for “existence,” the German word will always be indicated in brackets.—Trans.