[…] A experiência da “culpa” é analisada por Heidegger na medida em que ele diferencia inicialmente quatro aspectos diversos da significação de “culpado” e, então, os condensa em uma determinação formal. “Ser culpado” significa, por um lado: “estar em débito por algo”, ou seja, não ter arranjado ou restituído algo determinado. Significa, além disso: “ter culpa em algo”, ou seja, “ser-causa ou autor de algo” (ST, 282). Essas duas significações não se implicam mutuamente. Pode-se provocar (…)
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Grund / Fundament / Fundamente …
Grund / Fundament / fondement / fundamento / Fundamente / fondations / Grund-Freilegung / libération du fondement / Grundlegung / re-fondation / laying the foundation / Grundsatz / proposition-de-fond / proposição-de-fundo / Grund-satz / Grundsein / ser-fundamento / être-à-l’origine / being-the-basis / ser fundamento / Satz vom Grund / princípio do fundamento / principium rationis / principe de raison / princípio da razão / principle of reason / principio de razón / Satz vom zureichenden Grund / principium rationis sufficientis / principe de raison suffisante / princípio de razão suficiente / principle of sufficient reason / principio de razón suficiente / Ab-grund / a-bismo / ab-ground / Abgrund / abismo / abyss / Begründung / Gründung / fondation / justification / fundação / grounding / gründen / begründen / root / Fundamentierung / fondamentation / fundieren / fonder / fundar / found
Les contextes révèlent la force de ce mot, et ne favorisent pas la confusion avec Grund (ord.). Il nous a paru inutile, dans ce livre, de l’étayer par quelque ajout ou graphie spéciale. [Martineau ]
Begründung: Au sens de l’identification de la source donatrice de tout sens. [GREISCH ]
GRUND E DERIVADOS
Matérias
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Figal (2005:217-219) – culpa
14 de novembro, por Cardoso de Castro -
Figal (2005:219-221) – responsabilidade
14 de novembro, por Cardoso de CastroO próprio Heidegger não utiliza o termo “responsabilidade” no contexto atual; e, mesmo em ST, só o utiliza uma vez, a saber, em meio à análise do impessoal (ST, 127). Exatamente isso, contudo, justifica interpretar o “ser-fundamento de…” como responsabilidade. A exortação inerente ao clamor da consciência pode ser compreendida como exortação à responsabilidade e pode tornar claro em que medida essa exortação precisa ser concebida como um silenciar . Antes, porém, é necessário clarificar (…)
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GA5:106-112 – sujeito - subiectum - hypokeimenon
5 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExcerto de HEIDEGGER, Martin. Caminhos de Floresta. Coordenação Científica da Edição e Tradução Irene Borges-Duarte. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002, p. 131-137]
Borges-Duarte
Como é que se chega, de todo, a que o ente se interprete, de um modo acentuado, como subjectum, e a que, consequentemente, o subjectivo alcance um domínio?
Pois até Descartes, e ainda dentro da sua metafísica, o ente é, na medida em que é um ente, um sub-jectum (ύπο-κείμενον), algo subjacente por si (…) -
GA26: Estrutura da Obra
4 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTraducción de Juan José García Norro
Introducción
I. Del concepto tradicional de la lógica
II. Introducción a la idea de la filosofía
III. La definición de la filosofía según Aristóteles
IV La pregunta fundamental de la filosofía y la pregunta por el hombre
V Los problemas fundamentales de una lógica filosófica
VI. La división tradicional de la lógica y la tarea del retomo a los fundamentos de esta lógica
Principios metafísicos de la lógica
Observación preliminar
Parte I (…) -
Parvis Emad & Kenneth Maly: GRUND
8 de abril de 2017, por Cardoso de CastroTranslator’s Foreword
I. The Group of Words That Gather Around One Single Word
5. Grund and Related Words
The clue to translating words such as Abgrund, Ungrund, Urgrund, gründen, Gründer, and Gründung — all of which directly pertain to being’s sway — is given in the word Grund. Thus, when Heidegger asks, "Why is Da-sein the [Grund] and [Abgrund] for historical man . . . and why should he then not continue to be the way he is?" he alludes to the proximity of Grund to Abgrund. Grund (…) -
Martineau : Le mot FUNDAMENT
27 de agosto de 2014, por Cardoso de CastroExtrait de l’Avertissement du Traducteur, du livre « Martin Heidegger, Interprétation phénoménologique de la "Critique de la raison pure" »
II — Sans préjudice, bien au contraire, pour une certaine unité historiale et essentielle de l’ontologie fondamentale comme « projet », le mot FUNDAMENT, dont voici l’ensemble des occurrences: infra, pp. [3], [4], [61], [71], [78], [79], [162], [224], [293-294], [307], [328-329], [336], [338], [354], [355] (cf. N.d.T.), [357-358], [402], ne pouvait (…) -
GA10:55-59 – "a rosa é sem porquê"
19 de maio de 2023, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. O Princípio do Fundamento. Tr. Jorge Telles Menezes. Lisboa: Instituto Piaget, 1999, p. 61-64
Telles Menezes
«A rosa é sem porquê; ela floresce, porque ela floresce.»
Porque? Não nomeia esta palavra a relação com um fundamento, ao atraí-lo, por assim dizer? A rosa – sem porquê e contudo não sem porque. Portanto o Poeta contradiz-se e fala obscuramente. Mas é nisso que consiste a Mística. Mas o Poeta fala claro. «Porquê» e «porque» têm significados diferentes. (…) -
Être et temps : § 32. Comprendre et explicitation.
11 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
En tant que comprendre, le Dasein projette son être vers des possibilités. Cet être compréhensif pour des possibilités est lui-même, par le rejaillissement de celle-ci en tant qu’ouvertes vers le Dasein, un pouvoir-être. Le projeter du comprendre a la possibilité propre de se configurer. (…) -
Heidegger: questão metafísica e minha questão
15 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtrato da trad. de Antonio Abranches
Wisser: Todas as suas reflexões fundam-se e desembocam na questão que é a questão fundamental de sua filosofia, a questão do Ser. Várias vezes o Sr. observou que não queria adicionar uma nova tese às numerosas teses que existem sobre o Ser. Precisamente porque o Ser foi definido de maneiras muito diferentes, por exemplo, como qualidade, como possibilidade e realidade, como verdade, como Deus, o Sr. põe a questão de uma harmonia (Einklang) suscetível (…) -
Figal (2005:224-228) – ser culpado originário [Schuldigsein]
14 de novembro, por Cardoso de CastroHeidegger chega ao conceito do “ser culpado originário” na medida em que analisa mais exatamente a determinação formal da culpa . “Na ideia de [225] ‘culpado’” reside “o caráter do não” [Charakter des Nicht] (ST, 283). Juntamente com a característica anteriormente já trabalhada em meio à análise da culpa, esse caráter conduz do “ser fundamento” para a determinação: “Ser fundamento de um ser determinado por um não — isso significa ser fundamento de uma nulidade” [Grundsein einer (…)
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Ernildo Stein (2008:69-70) – o fundamento é sem fundo
8 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO fundamento é sem fundo na medida em que não é nem infinito, nem é objetivo.
É exatamente isso que o filósofo faz em Ser e tempo. Introduz um novo conceito de fundamentação. Não é uma fundamentação como a moderna, nem do tipo objetivista da tradição clássica. Então, nem subjetivista nem objetivista. Assim, é uma fundamentação de caráter diferente, é uma fundamentação de caráter prévio, de caráter a priori. É uma fundamentação em que já sempre existe um compreendermos a nós mesmos. Isso é (…) -
GA25: Estrutura da Obra
31 de janeiro de 2023, por Cardoso de CastroMartineau
INTRODUCTION La « Critique de la raison pure » comme re-fondation de la métaphysique comme science
§ 1. Le concept traditionnel de la métaphysique
§ 2. Signification générale de la re-fondation d’une science
a) Interprétation phénoménologique de l’essence de la science
α) Le concept existential de science. Le connaître comme comportement dévoilant par rapport à l’étant; le dévoilement primaire dans l’usage practico-technique; la compréhension pré-scientifique de (…) -
Être et temps : § 80. Le temps de la préoccupation et l’intratemporalité.
17 de julho de 2014, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Provisoirement, il nous fallait simplement comprendre comment le Dasein fondé dans la temporalité se préoccupe en existant du temps, et comment celui-ci, dans la préoccupation explicitante, se publie pour l’être-au-monde. En quel sens le temps public ex-primé « est », et s’il peut en (…) -
GA10:75-77 – Ouvir e Ver
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[HEIDEGGER, Martin. O Princípio do Fundamento. Tr. Jorge Telles Menezes. Lisboa: Instituto Piaget, 1999, p. 75-77]
O nosso pensamento deverá agora ter em vista aquilo que na entoação propriamente já foi ouvido. O pensamento deverá ter em vista o audível. Ele tem em vista desse modo o anteriomente in-audível. O pensamento é um acolher que ter em vista. No pensamento desvanece-se-nos o ouvir e ver habituais, porque o pensamento nos leva para um acolher e um ter em vista. Estes são preceitos (…) -
GA3: § 38. - A questão da essência do homem e o resultado verdadeiro da instauração kantiana do fundamento
16 de junho de 2016, por Cardoso de CastroMinha tradução do francês, "Kant et le problème de la métaphysique", trad. A. Waelhens et W. Biemel, Gallimard, Paris, 1953
Parece mais e mais claro que não chegaremos a cingir o verdadeiro resultado da instauração kantiana enquanto nos mantivermos a apresentá-lo sob forma de definição ou de tese acabada. A maneira de filosofar própria a Kant só nos será acessível se nos abstemos, com ainda maior determinação que antes, a examinar aquilo que Kant expôs literalmente, para investigar aquilo (…) -
Être et temps : § 58. Compréhension de l’ad-vocation et dette
1º de julho de 2023, por Cardoso de Castro§58 A este apelo o que responde o Dasein? O apelo, dissemos, procura retirar este último da sua dispersão no Nós e reuni-lo numa totalidade articulada. Ele não diz nada, não dá qualquer acontecimento a conhecer: ele apenas desvela ao Dasein o seu poder-ser fundamental. É por isso que não temos de nos interrogar sobre o que o apelo «diz». Basta constatar que ele «acusa»: «o apelo acusa o Dasein de estar em falta». Que há «falta» (Schuld), todas as doutrinas morais o testemunham. Mas elas (…)
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Schuback (1998:25-28) – apreensão de ser como devir de si mesmo
4 de junho de 2023, por Cardoso de Castro“O começo reside na atração”. [Schelling, Weltalter, p. 235]
Toda tentativa de compreensão de uma filosofia consiste, essencialmente, na entrega à sua experiência de fundo. A sua primeira formulação é, portanto, o que deverá propiciar a visão prévia e cuidadosa, ou seja, a suposição orientadora da investigação. Formularemos, como experiência fundamental de que parte o pensamento de Schelling, a apreensão de ser como devir de si mesmo no sentido originário das palavras de Pindaro — “vem a (…) -
Schürmann (1995:53-70) – "abandono" [verlassen] da época moderna
11 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroTraducción de Carolina Soto, en Heidegger y la mística, Paideia, Córdoba, 1995, pp. 53-70.
Una atención más elaborada en el aspecto político de la existencia, conduciría quizás a una visión menos severa sobre la época contemporánea. Heidegger no lo ha intentado. Eric Weil y Enmanuel Lévinas están entre los que avanzan más resueltamente en esta dirección. La conclusión sigue siendo, sin embargo, la misma en lo que concierne al abandono que es nuestro tema. Bajo cualquier aspecto que se (…) -
Hans Ruin: GA65 – Estrutura da Obra
13 de junho de 2021, por Cardoso de CastroDREYFUS, Hubert L. & WRATHALL, Mark A. (ed.). A Companion to Heidegger. Oxford: Blackwell Publishing, 2005, p. 360-361
The overall philosophical theme or issue of Contributions is the same as in Being and Time, namely the question of being which remains the horizon of Heidegger’s philosophical pursuits throughout his life. But as Being and Time pointed out in its introductory sections, the question of being is the most general and therefore in a sense the most empty of all possible (…) -
Être et temps : § 44. Dasein, ouverture et vérité
5 de setembro de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
De tous temps, la philosophie a rapproché vérité et être. La première découverte de l’être de l’étant chez Parménide « identifie » l’être avec la compréhension ac-cueillante de l’être : to gar auto noein estin te kai einai. Dans son esquisse de l’histoire de la découverte des archai, (…)
Notas
- Badoual (LDMH) – das Da [aí]
- Blanc: A questão do fundamento
- Blanc: MODO FILOSÓFICO DE PENSAR
- Blattner (1999:52) – ser-fundamento
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:76) – o si-mesmo e o mim-mesmo desde o "mesmo" (fundo?)
- Duque & Tudela: Der Satz vom Grund
- Duque & Tudela: Grund - fundamento
- Duque & Tudela: Satz - proposição
- Ernildo Stein (2012:33-35) – Lebenswelt enquanto antepredicativo
- Ernildo Stein (2012:35) – Lebenswelt e Urverdrängung (recalque)
- Ernildo Stein (2012:35-38) – Lebenswelt e significância (Bedeutsamkeit)
- Figal (2005:219-221) – responsabilidade
- GA10:155-156 – ratio - conta
- GA10:37-38 – Ciência e Princípio da Razão
- GA11:16-17 – A filosofia é episteme
- GA26:24-25 – leis do pensar
- GA45:§§23-24 – Essência, hypothesis e hypokeimenon
- GA65:11 – O acontecimento apropriador - o ser-aí - o homem
- GA65:140 – Da-sein e Ereignis