A investigação meta-metafísica de Heidegger, por outro lado, retoma o ponto em que a metafísica parou. Ela transforma o resultado da no objeto material da , pegando a própria realidade das coisas (qualquer que seja sua forma histórica: εἶδος, ἐνέργεια, etc.) e colocando-a sob o microscópio como objeto de uma questão radicalmente nova. E quanto a essa realidade em si, esse οὐσία que as coisas “têm”? Essa é a questão não sobre ὄν ᾗ ὄν, mas sobre οὐσία ᾗ οὐσία, Sein als Sein, e especificamente (…)
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Licht / Lichtung / Lichtung des Seyns …
Licht / lumière / luz / light / Lichtung / éclaircie / clairière / clareira / claridade da clareira / clearing / claridad / Lichtung des Seyns / clareira do seer / Lichtung des Seins / clareira do ser / Gelichtetheit / être-éclairci / iluminação / claridade / clearedness / aufleuchten / luire
Para "ver claro" nele mesmo e em seu mundo, o Dasein não tem necessidade de uma luz aritificial vinda do exterior. Ele porta com ele sua própria luz, ele é mesmo o lugar desta claridade, quer dizer a "clareira" [Lichtung]. (SZ 133)
Das Gelichtete : ce qui est allégi, et non pas seulement allégé – allégi, c’est-à-dire libéré de tout ce qui, lui étant superflu, n’est pas vraiment de l’ordre de ce qu’il est. [Fédier ; nota GA65 :§7]
LICHT E DERIVADOS
Matérias
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Sheehan (2015:16-20) – Ser em si e por si mesmo
29 de outubro, por Cardoso de Castro -
Sheehan (2015:20-23) – ser si-mesmo [Sein selbst, Selbstsein]
29 de outubro, por Cardoso de CastroEm seu trabalho posterior, especialmente de 1960 até sua morte em 1976, Heidegger se expressou um pouco mais claramente. Ele declarou que a indicação meramente formal “das Sein selbst” acaba sendo die , a clareira aberta, que ele designou como o de todo o seu trabalho. A clareira é o “espaço” sempre já aberto que torna o ser das coisas (fenomenologicamente: a inteligibilidade das coisas) possível e necessário. Heidegger a chama de “a região aberta da compreensão” e “o reino da revelação ou (…)
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Boutot (IFH:51-58) – Da essência da verdade à verdade da essência
17 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroExcerto de Alain Boutot, Introdução à Filosofia de Heidegger. Tr. Francisco Gonçalves. Lisboa: Europa-América, 1993, p. 51-58
Na conferência Da Essência da Verdade, pronunciada pela primeira vez em 1930, Heidegger põe em questão o conceito tradicional de verdade. Esclarece as suas condições de possibilidade e mostra que esse conceito repousa sobre uma verdade mais original, a verdade do ser.
A) O conceito corrente de verdade.— A verdade, no sentido corrente, consiste na adequação ou (…) -
Grassi (1999:107-109) – A "clareira" do bosque primordial
13 de outubro, por Cardoso de CastroAquí tenemos que interrumpir nuestra discusión de la tradición humanista y volver a nuestra cuestión originaria: el significado teórico y la importancia actual del humanismo, en particular en conexión con la tesis de Heidegger sobre el final de la filosofía.
Para resumir esta tesis una vez más, la metafísica tradicional ha de llegar hoy a un final porque comenzó con la cuestión del fundamento racional de lo que es. El lugar de la cuestión de la verdad lógica ha de ocuparlo, según explica (…) -
Biemel (1987:83-87) – sein em Da-sein
4 de outubro, por Cardoso de Castro[…] Não teremos entendido completamente Dasein até que tenhamos compreendido o papel que ser desempenha neste termo. Da, então, é a abertura da existência para outros entes, mas qual é a base dessa abertura? O ente “existente” (o homem) não poderia estar aberto a outros entes se não fosse determinado por uma relação a Ser. É essa última relação que devemos destacar agora.
Em Ascensão à Fundação da Metafísica [GA9], Heidegger escreve: “Com esse termo (existência), afirmamos um modo de ser (…) -
GA65:173 – ser-aí / Da-sein
10 de junho de 2017, por Cardoso de CastroCasanova
O ser-aí é a crise entre o primeiro e o outro início. Isso quer dizer: segundo o nome e a coisa mesma, ser-aí significa, na história do primeiro início (isto é, na história conjunta da metafísica), algo essencialmente diverso do que no outro início.
Na metafísica, “ser-aí” (existência) é o nome para designar o modo como o ente é efetivamente essente. Assim, ele tem em vista o mesmo que o ser presente à vista, interpretado mais originariamente em um passo determinadamente (…) -
Oscar Portela – Heidegger y la filosofía de la luz
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroHeidegger y la filosofía de la luz por Oscar Portela
Cuando Martín Heidegger murió, en la Argentina se hicieron muy pocos comentarios notables acerca de su persona, de su pensamiento y de su obra. Acicateados por la urgencia de poner de manifiesto en nuestro ámbito la importancia de esta, que desde hace cincuenta años es implícitamente vivida como la mayor del pensamiento contemporáneo, escribimos este ensayo. Léaselo además como homenaje: del autor a quien considera su maestro, y acaso (…) -
Kisiel (1995:439-441) – possibilidade, “poder-ser” (Seinkönnen)
22 de outubro, por Cardoso de CastroAssim como “estrutura” domina os próprios interstícios do penúltimo rascunho em sua orientação para o ser, esse rascunho kairológico orientado para o tempo passa a ser dominado por uma nova palavra incidental, como tal e em variantes centrais como “poder-ser” (Seinkönnen): “possibilidade”. Esse desenvolvimento já estava, de fato, começando a tomar forma no final da SS 1925 [GA20], quando Heidegger se esforça pela primeira vez para articular a natureza da compreensão. Mas assume o centro do (…)
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Grassi (1999:95-97) – A dupla tese de Heidegger: fim da filosofia e primazia da linguagem poética
13 de outubro, por Cardoso de CastroTal vez parezca extraño que antes de hablar de los problemas de la tradición humanista me refiera a una de las doctrinas de Heidegger. En su conferencia El final de la filosofía y la tarea del pensar, Heidegger hace una afirmación sobre el «final de la filosofía». Su tesis es que «la filosofía finaliza en la época actual». Sin embargo, no se trata de un juicio negativo, pues Heidegger subraya que una época del pensamiento ha llegado a su conclusión final: «El final de la filosofía es el (…)
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Haar (1990:9-13) – Homem e Dasein
5 de dezembro de 2023, por Cardoso de CastroAlves
O homem esteve durante muito tempo certo da sua essência: ele era um ser vivo dotado do logos, o animal racional. Pelo preço de um estranho desdobramento, mas tornado «evidente» pela força da banalização, a sua pertença à natureza estava incluída na sua definição. A tradição filosófica esforçou-se por resolver o melhor possível os conflitos entre o corpo e a alma, a sensibilidade e a razão, sem repor em questão a coabitação num só ser substancial destes princípios opostos. Assim, a (…) -
Fédier (GA65:Note) – nichten (s’accomplir en nullition)
23 de maio de 2023, por Cardoso de CastroQue cherche à dire ce terme de « nullition» ? Le fait de rendre à sa nullité – non pas annuler, mais nuller (comme cela pouvait encore être dit dans notre ancienne langue).
Regardons maintenant de plus près ce qu’écrit Heidegger :
Was nicktet, lichtet sich als das Nichthafte. Dieses kann im « Nein » angesprochen werden. Das « Nicht » entspringt keinesfalls aus dem Nein-sagen der Negation. Jedes « Nein », [597] das sich nicht als eigenwilliges Pochen auf die Setzungskraft der (…) -
Birault (1978:475-477) – Licht - Lichtung
22 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Na sua plenitude ou positividade, a palavra veritas não apresenta qualquer vestígio da estrutura inicialmente "privativa" e "segunda" da palavra grega ά-λήθεια. Tradução, traição, disfarce. Mais do que a ignorância humana de uma parte sombria da qual a verdade procede e que arrasta sempre consigo, a dissimulação e a auto-dissimulação da dissimulação, o esquecimento que se faz esquecer. É assim que a metafísica experimenta o ser como luz e como fonte de luz. É assim que determina (…) -
Fédier (GA65:Note) – lichten (allégir)
23 de maio de 2023, por Cardoso de CastroAllégir, à la différence d’alléger, signifie en effet non pas ôter à quelque chose une partie de son poids, mais bien plus finement: lui ôter tout ce qu’il a de pesant – et, en ce sens, lui restituer sa légèreté native (ce qui sous-entend que l’on regarde désormais tout ce qui est de telle sorte qu’on le voie pour ainsi dire en état de lévitation).
Was nichtet, lichtet sich als das Nichthafte (GA 9, 359)
Avant de traduire, commençons par observer la phrase. Elle articule deux des (…) -
McNeill (2020:C7) – clareira (Lichtung)
18 de março, por Cardoso de Castrodestaque
[…] "onde a filosofia levou sua matéria a um saber absoluto [Hegel] e a uma evidência finalmente válida [Husserl]", podemos ficar atentos a algo que se oculta, algo que já não pode ser matéria a pensar da filosofia (GA14, 79).
A este impensado da filosofia Heidegger dá o nome de clareira (Lichtung), como a abertura através da qual o curso tanto do pensamento especulativo como da intuição originária têm de passar para se realizarem como um trazer à presença. A abertura da (…) -
Être et temps :§ 31. Le Da-sein comme comprendre.
11 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’affection est une des structures existentiales où se tient l’être du « Là ». Or cet être, cooriginairement avec elle, est constitué par le comprendre. L’affection a à chaque fois sa compréhension, ne serait-ce que tandis qu’elle la réprime. Le comprendre est toujours in-toné. [143] Si (…) -
SZ:170-171 — Visão - Sicht
23 de janeiro de 2019, por Cardoso de CastroCastilho
Na análise do entender e da abertura do “aí” em geral, remeteu-se ao lumen naturale e se deu o nome de clareira do Dasein à abertura do ser-em, na qual é pela primeira vez somente possível algo assim como a visão. A visão foi concebida em referência ao modo-fundamental de todo abrir do Dasein, isto é, o entender, tomado no sentido da genuína apropriação do ente em relação ao qual o Dasein pode se comportar conforme suas essenciais possibilidades-de-ser.
A (…) -
GA (espanhol) – Lichtung
19 de setembro de 2023, por Cardoso de CastroEl Decir es mostrar. En todo lo que nos habla; en todo lo que nos alcanza como lo hablado y lo acordado en lo hablado, en lo que se habla a nosotros, en lo que, en tanto que inhablado, nos espera. pero también en el hablar nuestro gobierna el mostrar que deja aparecer en presencia, que deja des-aparecer en ausencia. El Decir no es de ningún modo la posterior expresión hablante de lo que viene en presencia sino que todo brillo apareciente o des-apareciente reside en el Decir mostrante. Libera (…)
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GA14:82-85 – clareira e aletheia
5 de dezembro de 2023, por Cardoso de CastroErnildo Stein
[…] Quer seja experimentado aquilo que se presenta, quer seja compreendido e exposto ou não, sempre a presença, como o demorar-se dentro da dimensão do aberto, permanece dependente da clareira já imperante. Mesmo o que se ausenta não pode ser como tal, a não ser que se desdobre na livre dimensão da clareira.
Toda a Metafísica, inclusive sua contrapartida, o positivismo, fala a linguagem de Platão. A palavra fundamental de seu pensamento, isto é, a exposição do ser do ente, (…) -
Deleuze (2013:67-69) – ser-luz
27 de outubro, por Cardoso de CastroExiste, então, um “há” luz, um ser da luz ou um ser-luz, exatamente como um ser-linguagem. Cada um é um absoluto, e no entanto histórico, porque inseparável da maneira pela qual cai sobre uma formação, sobre um corpus. E um torna as visibilidades visíveis ou perceptíveis, tal como o outro tornava os enunciados enunciáveis, dizíveis ou legíveis. Desta forma, as visibilidades não são nem os atos de um sujeito vidente nem os dados de um sentido visual (Foucault renega o subtítulo "arqueologia (…)
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Krell (1991:83-85) – Lumen Naturale
30 de janeiro, por Cardoso de Castrodetalhe
[…] Heidegger está bem ciente do peso da tradição, que, como Karl Marx diz da história em geral, oprime o cérebro dos vivos como um pesadelo. E é quase como se Heidegger pudesse ouvir as declarações de futuros comentadores que não achariam nada mais natural do que identificar o Dasein com o sujeito e o mundo com o objeto. A análise temática do "ser-em" é para despertar o leitor de tal pesadelo, no qual todo o projeto de Ser e Tempo se afundaria. Heidegger não tem ilusões sobre a (…)
Notas
- Agamben (2015:284-286) – Lichtung
- BH:xxviii – Being-There and Being-True
- Borges-Duarte: A origem da obra de arte
- Braver (2014:51) – clareira [Lichtung]
- Bret Davis (2007:40-42) – resoluteness and will
- Bret Davis (2007:xxx-xxxi) – being revealed as will
- Caron (2005:768) – Dasein
- Dastur (2002:61-62) – A fenomenologia da mortalidade
- Duval (HZ:34-35) – guardião do Aí
- Ferreira da Silva (2010:236-238) — "no princípio era a Palavra…" (?)
- GA13: a luz do ser
- GA54:217-218 – olho e visão
- GA65:168 – ser-aí e seer
- GA65:270 – seer reúne apropriado e recusado
- GA65:6 – seer se essencia como recusa
- GA66:39 – instante (Augenblick)
- GA66:91 – o entre (Inzwischen)
- GA66:92 – O ser-aí (Da-sein)
- GA68:45-46 – clareira [Lichtung]
- GA6T2 (24-26): Homem como subiectum