destaque
Esta tese central, existencialista, está no cerne da concepção de Heidegger sobre o ser humano. Formulemo-la assim:
A Tese da Existencialidade: Se Dasein é A, então é A porque se compreende ele mesmo como A.
original
In §9 of Being and Time, whose aim is the preliminary presentation of “The Theme of the Analytic of Dasein” (the title of the section), Heidegger explains “existence” thus: ” The ‘essence’ of Dasein lies in its existence… All of this entity’s being-so is (…)
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Léxico Alemão
Termos e noções chaves do pensamento de Heidegger e suas referências
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Blattner (1999:32-34) – compreensão de ser (Seinsverständnis)
30 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro -
Richardson (2003:44-46) – Dasein (There-being)
28 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrotradução parcial
Qual é a concepção inicial do ser-aí? Vimos como o ser-aí é concebido como uma compreensão de ser que é radicalmente finita. É, então, um fenômeno completamente ontológico (não antropológico), qualquer que seja a sua relação com o homem. O que quer que se diga dele será uma consequência deste caráter ontológico. A existência, assim entendida, é concebida como uma "irrupção" (Einbruch) na totalidade dos entes, em razão da qual esses entes enquanto entes se tornam (…) -
Haar (1999) – Langeweile (tédio)
24 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroEnquanto a angústia deixa o ser sem voz, corta a fala ("perante a angústia, toda a enunciação do ’é’ se cala"), o tédio é marcado pelo silêncio desse "nevoeiro", que é a metáfora da indiferenciação que invade e afoga todas as coisas.
tradução parcial
Há a mesma atmosfera de Unheimlichkeit, a mesma dissolução de identidades preliminarmente reconhecidas, as mesmas proporções monstruosas de universalidade. Mais importante ainda, a angústia e o tédio têm o mesmo poder de atingir a (…) -
Azevedo & de Castro (OOA:236-237) – Bewahrung (desvelo)
18 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroO vigor permanente da obra (verdade) como figura (a disputa de delimitação e vazio/nada) está aí para ser manifestado, operado. Mas tem que ser uma operação que deixe a obra ser obra. A esta operação que não impõe uma perspectiva nem uma vontade subjetiva nem objetiva, é que Heidegger denomina Bewahrung. Nós escolhemos uma palavra portuguesa aproximada, pois toda tradução é sempre um aproximar: desvelo.
Num primeiro momento é estranho que Heidegger, que vem de uma forte tradição (…) -
Krzysztof (Linguagem:5-6) – Das Ereignis wortet [GA74]
11 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroThe event, Heidegger explains, has the momentum of ostendere: of manifesting and showing, and doing so not mutely but as the inceptual word, as the breaking open of language.
Crucial for phenomenology and philosophy in general is the fact that in Heidegger we have two explicit articulations: of language as the event; and of the idea that the event issues (into) words in such a way that, although its occurrence is not prior to language, it is neither captured by nor signified in it. (…) -
Wilberg (HPIT) – As Sutras de Heidegger
24 de setembro de 2023, por Cardoso de CastroDizemos que olhamos para o horizonte. Portanto, o campo de visão é algo aberto, mas sua abertura não se deve ao nosso olhar. Pelo contrário, nosso olhar se deve a esta abertura.
Heidegger’s ‘Discourse on Thinking’, first published in 1959, includes two remarkable and profound pieces – his Memorial Address in honour of the German composer Conradin Kreutzer, and his ‘Conversation on a Country Path’. In his introduction to the English translation of both pieces, John Anderson notes how they (…) -
Mattéi (1989:187-192) – Geviert (Quadriparti)
29 de junho de 2023, por Cardoso de CastroPensado como a reunião original que decide o destino dos quatro e os enlaça em quatro apreensões uns aos outros, o quiasma só aparece sob esta forma cruzada, e neste termos, nos textos heideggerianos. Heidegger ele mesmo, o ponto é importante, não reconhece analogia entre o Geviert e a quaternidade de Hölderlin, senão na medida em que esta insiste no centro — a unidade quinta – que não é nenhum dos quatro. Tal é a sintaxe decisiva do Quadriparti heideggeriano: o que propriamente decide das (…)
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Fédier (LDMH) – início - começo - Anfang
28 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLe mot allemand pour « commencement » n’est pas moins parlant. Der Anfang, en effet, parle à partir du verbe fangen, « prendre », dans tout le vaste éventail d’acceptions qu’a ce terme.
Comment faut-il comprendre « commencement » ? Le mot l’indique lui-même : commencer, c’est le latin cum-initiare, « entrer ensemble en quelque matière », « se mettre mutuellement en état de s’y introduire ». Dans notre manière courante d’entendre le mot « commencement », la nuance qu’apporte le cum n’est (…) -
Marion (1998) – sendo dado (étant donné)
27 de junho de 2023, por Cardoso de Castro« Axioma: nada podemos saber por nós mesmos, todo saber autêntico deve nos ser dado. » Novalis
Javier Bassas Vila
Étant donné [Siendo dado] – esta expresión parece ir de suyo.
La comprensión espontánea se alia fácilmente a la lectura erudita para añadir un artículo a la primera palabra y poder leer así “l’étant donné” [el ente dado], considerando “(l’) étant” [ (el) ente] como un sustantivo y concluyendo simplemente que lo que es, a saber, el ens de los filósofos o, según un antiguo (…) -
Figal (FL:213-215) – Stimme (clamor)
26 de junho de 2023, por Cardoso de CastroSe se experimenta agora que é “o cuidado”, ou seja, a constituição ontológica do ser-aí, que exorta para algo na existência, e, com isso, em última instância o ser-aí mesmo, então é natural tomar isso uma vez mais por uma metáfora. Desta feita, é preciso perguntar de que, afinal, isso é uma metáfora.
Heidegger denomina a voz da consciência o “clamor do cuidado”. Desse clamor diz-se, então, que tem o “caráter do chamado do ser-aí para o seu poder-ser mais próprio e isso sob o modo do apelo (…)