Helena Martins
Finalmente, há o conceito de Eu, e é este o conceito cuja mudança na "reviravolta" é a mais inesperada e também a que tem maiores consequências. Em Ser e Tempo, o termo "Eu" é "a resposta para a questão Quem [é o homem] ?", em oposição à questão "O que ele é "; o Eu é o termo para a existência do homem em oposição a qualquer qualidade que ele possa ter. Essa existência, o "autêntico ser um Eu", é extraída polemicamente do "Eles". ("Mit dem Ausdruck ’Selbst’ antworten wir auf (…)
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handeln / Handlung
Handeln / Handlung / action / ação / acción / handeln / agir
Essa compreensão [de ser] – como projetar desvelador de ser – é, porém, a ação originária da existência humana, a ação na qual todo existir em meio ao ente deve ser radicado. [GA9 ; GSMC:173]
Matérias
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Arendt (LM:182-187) o conceito de Eu em Heidegger
2 de maio de 2017, por Cardoso de Castro -
Figal (O:§31) – ser no tempo
12 de janeiro, por Cardoso de CastroCasanova
Algo acontece, mas ele acontece a alguém ou por meio deste alguém mesmo. As duas coisas juntas também são possíveis, até mesmo habituais: nós podemos fazer algo e nos transformar em meio a este fazer. Ou fazemos algo e nos transformamos aí sem uma intenção prévia; só constatamos subsequentemente o fato de termos nos tornado outros. Tal como todo e qualquer movimento, aquilo que fazemos acontece no tempo e possui o seu tempo. Todavia, sempre experimentamos o tempo e a nós mesmos no (…) -
Maldiney (Aîtres:16-18) – a origem do ato está na decisão
21 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Para reconhecer a nova dimensão temporal que a decisão abre no sistema verbal, é preciso consultar não a expressão, mas a língua no discurso que ela pronuncia. Assim como dizer "eu quero que ele vá embora" não é querer, dizer "eu decido ir embora" não decide da partida. Não é mais do que uma declaração de intenção, próxima de uma declaração performativa, que fecha a deliberação sem abrir o ato. O eu que realmente decide atravessa uma fratura temporal que ele próprio fez. Esta (…) -
Arendt (CH:§32) – O caráter processual da ação
15 de outubro de 2021Roberto Raposo
A instrumentalização da ação e a degradação da política em um meio para atingir outra coisa certamente jamais conseguiram eliminar de fato a ação, evitar que ela seja uma das experiências humanas decisivas, nem destruir por completo o domínio dos assuntos humanos. Vimos anteriormente que, em nosso mundo, a aparente eliminação do trabalho, como esforço doloroso ao qual toda vida humana está vinculada, teve, em primeiro lugar, a consequência de que a obra é agora executada à (…) -
GA13:40-43 – Serenidade (Gelassenheit)
26 de janeiro de 2023, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. Serenidade. Tr. Maria Madalena Andrade e Olga Santos. Lisboa: Instituto Piaget, 2001, p. 34-36
Andrade & Santos
Erudito – Na medida em que pelo menos nos podemos desabituar do querer, ajudamos a despertar a serenidade.
Professor – Ou antes, ajudamos a mantermo-nos despertos para a serenidade.
E – Por que não ajudar a despertar?
P – Porque o despertar da serenidade em nós não parte de nós próprios.
Investigador – A serenidade é, portanto, provocada por (…) -
Ricoeur (1991:73-78) – O esquema conceitual da ação e a questão quem?
22 de junho de 2023, por Cardoso de CastroEsta dissociação entre o o quê? e o quem?, a favor da qual a problemática da ação oscila do lado de uma ontologia anônima do acontecimento, foi por sua vez tornada possível por uma coalizão no sentido contrário entre a pergunta o quê? e a pergunta por quê?
Lucy Moreira Cesar
Na primeira aproximação, a investigação parece promissora quanto à referência da ação a seu agente. Ação e agente pertencem a um mesmo esquema conceitual, que contém noções tais como circunstâncias, intenções, (…) -
Schürmann: le politique
11 de outubro de 2018, por Cardoso de CastroOriginal
Décrire les époques par la constellation manifeste des choses, des actions et des mots, c’est approcher le politique d’une façon autre que ne le firent les anciens. Le politique est le site où les choses, les actions et les paroles peuvent convenir. Le mot allemand pour « site », observe Heidegger signifie primitivement la pointe du fer de lance où tout se réunit . Dans le politique, dirons-nous, la force d’un principe réunit pour un temps et selon un ordre passager tout ce qui (…) -
GA9:80-82 – agir - vis activa
8 de outubro de 2018, por Cardoso de CastroGiachini & Stein
[…] Leibniz destaca o seu conceito de vis activa do conceito escolástico de potentia activa. Segundo o ponto de vista terminológico, vis activa e potentia [91] activa parecem significar o mesmo. No entanto: Differt enim vis activa a potentia nuda vulgo scholis cognita, quod potentia activa scholasticorum, seu facultas, nihil aliud est qual propinqua agendi possibilitas, quae tamen aliena excitatione et velut stimulo indiget, ut in actum transferatur (Gerh. IV, 469). (…) -
GA24:199-201 – personalitas moralis (Kant)
27 de maio de 2023, por Cardoso de CastroUm ente, que existe como fim de si mesmo, tem a si mesmo sob o modo do respeito. Respeito significa responsabilidade perante si mesmo; e essa responsabilidade, por sua vez, designa um ser livre. Ser livre não é uma propriedade do homem, mas é idêntico ao agir eticamente. Agir, porém, é um fazer.
Casanova
Começaremos a consideração crítica com uma consideração retrospectiva da interpretação kantiana da personalitas moralis. A pessoa é uma coisa, res, algo que existe como fim de si mesma. (…) -
Caeiro (2012:10-11) – ação
20 de fevereiro de 2019, por Cardoso de CastroExtrato da Apresentação de António de Castro Caeiro de sua tradução da Ética a Nicômaco, Lisboa, Quetzal, 2012, p. 10-12.
As acções têm, assim, o seu princípio de ser no Humano enquanto tal. Sem o elemento Humano não há acção. É o próprio Humano que é causa eficiente enquanto motivação da acção. E é também o Humano a causa final da acção, o terminus ad quem de todo e qualquer encaminhamento prático. O modelo aristotélico do pensamento da acção é o da produção. Sem dúvida que agir (agere) (…) -
GA31:196-199 – ação
12 de março, por Cardoso de CastroCasanova
Essa apreensão da causalidade conduz, então, a um conceito que é dotado de significação para o problema do acontecimento [229] em geral e para o acontecimento da essência livre em particular; trata-se do conceito da ação. Nós costumamos usar para esse termo com frequência a palavra grega praxis (prattein – levar algo a cabo) e entender o elemento prático, por sua vez, em uma dupla significação: 1. O “homem prático”, que possui habilidades e sabe empregá-las no momento dado da (…) -
Birault (1978:377-379) – la pensée méditative (besinnliche Nachdenken)
19 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO pensar ao qual somos convocados aqui supera a velha e tenaz oposição da praxis e da teoria, uma oposição que só toca as formas derivadas ou decadentes do pensar e do agir. O pensar age enquanto pensa, não tem portanto que agir: o ato de pensar é em si mesmo uma ação, — verdadeiramente, a ação ela mesma reconduzida à pureza de sua essência primeira.
Trop engagée dans la vérité de l’être est la pensée méditative pour songer jamais à quelque autre forme d’engagement. « La pensée, dit (…) -
Être et temps : § 63. La situation herméneutique conquise pour une interprétation du sens d’être du souci et le caractère méthodique de l’analytique existentiale en général.
17 de julho de 2014, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Avec la résolution devançante, le Dasein a été rendu visible phénoménalement quant à son authenticité et totalité possibles. La situation herméneutique où nous nous trouvions auparavant , et qui demeurait insuffisante pour l’explicitation du sens d’être du souci, a obtenu maintenant (…) -
Être et temps : § 10. Délimitation de l’analytique du Dasein par rapport à l’anthropologie, la psychologie et la biologie.
9 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Après une première esquisse du thème d’une recherche, il demeure toujours opportun d’en proposer une caractérisation négative, même si des précisions concernant ce qu’il ne faut pas faire risquent de devenir facilement stériles. On se propose de montrer que les interrogations et les (…) -
Paul Gilbert (SP:16-18) – a problemática de Maurice Blondel
5 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroA análise blondeliana se desenvolve pondo em evidência a potência da “vontade querente”, que tende para o cumprimento de seu desejo aberto indefinidamente, enquanto a “vontade querida” encarna esse élan na particularidade de nossas existências. A relação entre a vontade querente e a vontade querida é precisa: essa última alimenta-se daquela que lhe dá seu élan e da qual é a expressão e a correia de transmissão, sem nunca lhe esgotar a amplidão inteira.
A problemática de Blondel pode ser (…) -
Être et temps : § 60. La structure existentiale du pouvoir-être authentique attesté dans la conscience.
7 de janeiro de 2013, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’interprétation existentiale doit dégager une attestation, présente dans le Dasein lui-même, de son pouvoir-être le plus propre. La guise en laquelle la conscience atteste n’est pas une annonce indifférente, mais une con-vocation pro-vocante à l’être-en-dette. Ce qui est ainsi attesté est (…)
Notas
- GA9:313 – Agir (handeln)
- GA9:LetterH - thinking
- Gadamer (1993:C1) – práxis
- LDMH: Handeln - Agir
- Levinas (1991:12-13) – ato de pensar
- McNeill (2006:xi) – êthos
- Patocka (1995:62-63) – Le monde se découvre à moi dans un réseau dont je suis le centre
- Pedersen (2020:3-4) – vida como movimento
- Raffoul (2010:244-245) – auto-responsabilidade (Selbstverantwortlichkeit)
- Romano (EM:8-9) – o evento antes de qualquer coisa
- Schürmann (1982:27-28) – agir privado de arche
- Schürmann (1982:45-46) – philosophie pratique
- Sloterdijk (WIC) – ação sempre sem consciência
- SZ:294 – agir
- SZ:319-320 – O "eu" em Kant
- SZ:47-48 – atos são executados, pessoa é executor-de-atos