Podemos encontrar traços desse tema [o instrumento] em outro lugar? Se minha perspectiva geral for esclarecedora, eles devem ser encontrados onde a redescoberta do Dasein por trás do “homem” leva, em outras palavras, na forma como Heidegger caracteriza o que o Dasein tem a ver com uma “ferramenta” ou “instrumento” (Zeug). É possível identificar passagens em Aristóteles nas quais esse fenômeno tenha sido, se não explicitamente compreendido, pelo menos vislumbrado? Parece que sim, se nos (…)
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Hermenêutica
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Brague (1988:198-199) – o instrumento [organon, Zeug]
31 de outubro, por Cardoso de Castro -
Volpi (2005:II.6) – hermenêutica da facticidade
31 de outubro, por Cardoso de CastroHermenêutica da Facticidade [GA61] é o título real que Heidegger atribuiu ao ciclo de palestras que ele deu no semestre de verão de 1923 e que foi oficialmente anunciado com o título Ontologia. Enquanto, de fato, como é afirmado na Introdução ao curso, o termo “ontologia” corre o risco de fornecer uma indicação indeterminada, inadequada ou até mesmo enganosa para o curso concreto da pesquisa (na medida em que lembra imediatamente a dimensão da ontologia tradicional com seus pressupostos (…)
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de Castro (2016) – A humanidade esquecida: a ciência na esteira da “metafísica da modernidade”
31 de outubro, por Cardoso de Castro -
Volpi (2005:IV.7) – O “último deus”
31 de outubro, por Cardoso de CastroO “último deus” é, portanto, também um dos campos em que o ser como Ereignis desdobra sua essência. A forte influência exercida naqueles anos pela poética hölderliniana do tempo da dupla pobreza “dos deuses que fugiram e do deus que virá” está concentrada na expressão “último deus”. Se no exórdio da seção de mesmo nome nos Beiträge [GA65] é dito que ele é “totalmente diferente dos que já existiram e, acima de tudo, do cristão”, o “último deus” certamente lembra a maneira como Hölderlin, por (…)
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Volpi (2005:IV.7) – os deuses
31 de outubro, por Cardoso de Castro“O Beiträge zur Philosophie [GA65] de Heidegger termina, e necessariamente, com a questão de Deus”. Tal questão — provavelmente o fio secreto ao longo do caminho heideggeriano — é, em última análise, exigida pelo próprio ponto de virada . De fato, a transformação para a qual o pensamento é chamado a fim de pensar o ser como um acontecimento converge para a preparação do encontro com o traço “mais distante”, “último” do ser, seu próprio eu inaugurador e “adaptador”. Esse traço “último” o (…)
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de Castro (2016) – A crise da Medicina no Imperialismo do Corpo
31 de outubro, por Cardoso de Castro -
Zubiri (2012:265-267) – Compreensão
30 de outubro, por Cardoso de CastroCompreender não é mero apreender, mas abarcar algo. Aqui compreender tem o sentido etimológico de comprehendere. A compreensão é o que vai constituir o modo de a coisa real estar presente novamente. É uma circunscrição periférica, por assim dizer, da apreensão primordial do real. Nesta compreensão da coisa real, fica incorporado a ela o que realmente é; o fóton fica incorporado à cor verde. E esta incorporação tem um nome preciso: é compreensão: compreendemos e não somente apreendemos o (…)
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Zarader (2000:58-61) – a linguagem
30 de outubro, por Cardoso de CastroVou limitar-me a sublinhar três pontos que me parecem ser os mais significativos.
1) O primeiro é a especificidade desta essência original em relação a todas as concepções da linguagem que nos são familiares. Tudo se passa como se Heidegger, regressava neste ponto, aquém de uma das conquistas mais decisivas do pensamento ocidental: a teoria do significado, que pensa simultaneamente na separação e no laço entre a palavra enquanto signo e aquilo que significa. Teoria verdadeiramente (…) -
Zarader (2000:86-88) – o pensamento
30 de outubro, por Cardoso de CastroA segunda parte da aula O que chamamos pensar? [GA8] — que pode aqui ser considerada como texto de referência — segue um movimento de conjunto especialmente revelador. Desde a primeira aula, estamos confrontados com a «clivagem»: apresentando os múltiplos sentidos da sua interrogação, Heidegger distingue logo entre a determinação do pensamento que tem, desde sempre, força de lei («como é que aquilo que é aqui nomeado pensamento está circunscrito na doutrina tradicional do pensamento?») e a (…)
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Zarader (2000:221-223) – pensamento e linguagem
30 de outubro, por Cardoso de CastroNo caso do pensamento, a situação inverte-se. De facto, Heidegger parte bem, num primeiro tempo, do pensamento (visto metafisicamente como lógico) ao logos inicial; e desvia-se de facto, num segundo tempo (nem que fosse apresentado como provisório) da meditação do logos para se deixar conduzir no sítio original do [221] pensamento através do Gedanc alemão. Mas a relação entre aquilo que é dito no Gedanc e aquilo que está reservado no logos permanece indecidido: Heidegger não afirma em parte (…)