Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Fogel (2015:17-18) – a estrutura ser-no-mundo

segunda-feira 2 de setembro de 2024

… um eu, uma alma, uma consciência, etc., etc., enfim, um ou algum homem constituído (um sujeito ou uma subjetividade determinada) é isso que assim aparece, porque antes é, dá-se ou faz-se a estrutura ser-no-mundo, que Heidegger denomina “a abertura Dasein” ou presença. Esta é o que sempre já se deu; esta é o raio que sempre já aconteceu ou se abriu e que dirige tudo que é, que há [Cf. HERÁCLITO, frag. 64]. Ou seja, o homem, todo ou qualquer tipo já constituído, é coisa tardia, epígona. Isso tudo é obra, melhor, resultado da estrutura ou, se se quer, é a estrutura já realizada, concretizada e não sua forma (gênese ontológica) de realização ou de concretização, que precisa, antes de mais nada, ser entrevista e pensada no seu modo próprio de ser, ainda que ela não haja em si, separada ou subsistente.

[FOGEL  , Gilvan. Homem, Realidade, Interpretação. Rio de Janeiro: Mauad X, 2015]


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