A história da filosofia ou da metafísica, termos sinônimos para Heidegger, confunde-se em definitivo com a história da emergência lenta e progressiva do pensar segundo os valores. Esta assimilação do ser ao valor, levada a efeito em várias etapas, é a verdade última, e talvez íntima, da história da metafísica enquanto história do platonismo.
Heidegger distingue três períodos ou épocas fundamentais na história da metafísica: os gregos (Platão e Aristóteles), depois os romanos e a Idade (…)
Página inicial > Palavras-chave > Termos gregos > eidos / εἶδος / εἰδητικός / eidetikos / eidos / εἶδος / εἰδητικός / (…)
eidos / εἶδος / εἰδητικός / eidetikos / eidos / εἶδος / εἰδητικός / eidetikos / eidolon / εἴδωλον / eídôla
Ce qu’est la chose, son Was-sein ou son être, est donnné, non point dans sa pure et simple apparence sensible et toujours particulière, mas dans son "aspect" (eidos) tel que seul peut le saisir une vue supra-sensible de l’étant. [Zarader ]
Matérias
-
Boutot (IFH:77-82) – Esquecimento do ser
30 de maio de 2017, por Cardoso de Castro -
Milet (2000:50-52) – A physis como essência da técnica
29 de julho de 2019, por Cardoso de CastroMILET, 2000, p. 50-52
Pour Heidegger, «l’essence de la technique n’est absolument rien de technique.» L’essence de la technique n’est pas plus constituée par les objets techniques que celle de l’arbre par les arbres. Heidegger a auparavant prévenu : «Si nous répondons à cette essence, alors nous pouvons prendre conscience de la technique dans sa limitation.» L’essence de la technique est ce qui limite la technique. Qu’est-ce qui limite la technique, sinon la physis ? La méditation de (…) -
Sheehan (2015:xiii-xvi) – Ser, Entidade e Significatividade
13 de fevereiro de 2021, por Cardoso de CastroSHEEHAN, Thomas. Making Sense of Heidegger: A Paradigm Shift. Lanham: Rowman & Littlefield, 2015, p. xiii-xvi
Tradução
Ao longo de sua carreira de cinquenta anos, Heidegger foi escandalosamente inconsistente em como empregou a palavra Sein, e isso tem atrapalhado a escolástica por mais de oitenta anos. No entanto, ele insiste que seja qual for a forma que a palavra "ser" assume em um determinado filósofo (por exemplo, como εἶδος em Platão, ou ἐνέργεια em Aristóteles, ou esse em (…) -
Lyotard (1954:9-11) – a eidética
15 de junho de 2023, por Cardoso de CastroA cada ciência empírica corresponde uma ciência eidética concernente ao eidos regional dos objetos estudados por ela e a própria fenomenologia é definida, nessa etapa do pensamento husserliano, como ciência eidética da região consciência.
I — O ceticismo psicologista
O psicologismo contra o qual Husserl luta identifica sujeito do conhecimento e sujeito psicológico. Afirma que o juízo "essa parede é amarela" não é uma proposição independente de mim, que o expresso e percebo essa parede. (…) -
Richir (1979:9-11) – Aussehen
1º de junho de 2023, por Cardoso de CastroRICHIR, Marc. LE RIEN ET SON APPARENCE. Bruxelles: OUSIA, 1979, p. 9-11.
Dès le départ de notre reprise du texte heideggérien, se pose un problème de traduction tout à fait capital : comment rendre en français la traduction proposée par Heidegger de eidos ou idea par Aussehen? Il est impossible, selon nous, d’adopter la solution avancée par Préau, qui consiste à rendre Aussehen par “évidence” (DPT, 131). Car “é-vidence” nous paraît trop abstrait, en tout cas beaucoup moins parlant que ne (…) -
MacDowell: A razão da inautenticidade da interpretação grega do sentido de ser
12 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtrato de MACDOWELL, João. A Gênese da Ontologia Fundamental de M. Heidegger. São Paulo: Loyola, 1993, p. 161-162.
Capítulo III - A recapitulação da questão do sentido de ser como caminho para as origens da Metafísica
A compreensão grega do ser como estar-aí não oferece, segundo Heidegger, o sentido original de ser. Não se trata, todavia, de uma interpretação infundada ou falsa. Ela corresponde, antes, a um certo modo do ser-no-mundo do homem e do seu compreender ontológico. Se a (…) -
McNeill (1999:8-10) – o privilégio do ver
13 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Mas porque é que, em primeiro lugar, o ver e a visão se tornaram o modo privilegiado de acesso às coisas no desenvolvimento explícito do conhecimento, quer do conhecimento cognitivo, quer do conhecimento mais essencial atribuído à sabedoria? Porque não a audição ou o olfato, o tato ou o paladar? Noutro lugar, Heidegger argumenta que a prioridade da visão surge não só (como afirma Aristóteles) porque as coisas parecem estar mais claramente delimitadas através da visão, em termos do (…) -
Richardson: First experience of the Being-question
28 de março de 2017, por Cardoso de CastroTraducción de Pablo Oyarzun Robles
English
The first question in your letter reads: "How are we properly to understand your first experience of the Being-question in Brentano?" "In Brentano." You have in mind the fact that the first philosophical text through which I worked my way, again and again from 1907 on, was Franz Brentano’s dissertation: On the Manifold Sense of Being in Aristotle (1862). On the title page of his work, Brentano quotes Aristotle’s phrase: to on legetai (…) -
GA34: Estrutura da Obra
7 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. française de Alain Boutot
Considérations introductives
§ 1. Que nos préjugés concernant l’« essence » et la « vérité », tout en « allant de soi », sont dignes d’être mis en question
§ 2. Le retour au cour de l’histoire du concept de vérité n’a pas pour but de confirmer historiquement nos préjugés, mais de nous faire entrer dans le domaine de l’expérience grecque initiale de l’aletheia (l’ouvert sans retrait)
PREMIERE PARTIE - LE SIGNE VERS L’« ESSENCE » DE L’ALETHEIA. UNE (…) -
GA40:189-193 — ser - idea - physis
4 de agosto de 2017, por Cardoso de CastroCarneiro Leão
No fim surge, como nome normativo e predominante do Ser, a palavra idea, eidos, “ideia”. Desde então a interpretação do Ser, como ideia, domina todo o pensar ocidental, por através da história de suas transformações, até os dias de hoje. Nessa proveniência está também fundado o fato de que, na conclusão grandiosa e final da primeira etapa do pensamento ocidental — a saber no sistema de Hegel — a realidade do real, o ser em sentido absoluto, foi concebido como “ideia” e assim (…) -
GA45: Estrutura da Obra
10 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. em espanhol de ÁNGEL XOLOCOTZI YÁÑEZ
Xolocotzi Yáñez
PARTE PREPARATORIA - LA ESENCIA DE LA FILOSOFÍA Y LA PREGUNTA POR LA VERDAD
CAPÍTULO PRIMERO - INTERPRETACIÓN PRELIMINAR EN TORNO A LA ESENCIA DE LA FILOSOFÍA Y LA PREGUNTA POR LA VERDAD
§ 1. La filosofía futura y la retención como temple fundamental de la referencia al ser
§ 2. La filosofía como el saber inmediatamente inútil, y a la vez soberano, de la esencia del ente
§ 3. Preguntar por la verdad del ser como saber (…) -
GA7:11-38 – A Questão da Técnica
15 de maio de 2020, por Cardoso de CastroResumo deste ensaio fundamental sobre a técnica moderna, a partir de suas traduções, em especial a tradução de Carneiro Leão, publicada em Ensaios e Conferências
-
GA9:398-401 – o trabalhador [Arbeiter]
21 de junho de 2021, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. Marcas do Caminho. Tr. Enio Paulo Giachini & Ernildo Stein. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 409-411
Giachini & Stein
“Domínio” é ([JÜNGER, Ernst] O trabalhador, p. 192) “hoje apenas possível como representação da figura do trabalhador, a qual pretende possuir validez planetária”. “Trabalho” no sentido supremo que perpassa toda a mobilização é “representação da figura do trabalhador” (O trabalhador, p. 202). “Mas o modo como a figura do trabalhador começa a (…) -
Être et temps : § 64. Souci et ipséité.
17 de julho de 2014, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’unité des moments constitutifs du souci, c’est-à-dire de l’existentialité, de la facticité et de l’être-échu, a rendu possible la première délimitation ontologique de la totalité du tout structurel du Dasein. La structure du souci a été portée à la formule existentiale suivante : [317] (…) -
GA19: A gênese da sophia (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos
3 de março de 2017, por Cardoso de CastroTradução brasileira de Marco Antonio Casanova
SEGUNDO CAPÍTULO - A gênese da sophia (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos (aisthesis/percepção sensível, empeiria/experiência, techne/arte, episteme/ciência, sophia/sabedoria) (Metafísica I, 1-2)
§ 10. Caracterização introdutória da investigação. Seu fio condutor: o exprimir—se do próprio ser-aí. Seu curso: os cinco níveis do sophia (saber). Sua meta: a sophia (a sabedoria) como malista aletheuein (o maior desvelamento)
§ (…) -
GA89 (2021:813-816) – conceito
18 de fevereiro, por Cardoso de Castro[…] O que significa, então, conceito? A palavra latina para conceito é conceptus. Nela reside o verbum capere = pegar, pegar junto. Os gregos, que não eram manifestamente tão incapazes assim no pensamento, ainda não conheciam o “conceito”. Não seria, portanto, nenhuma vergonha, caso se fosse hostil ao conceito. Como as coisas se mostram junto aos gregos? Por meio do que um conceito é fixado como conceito? Por meio de uma definição. O que é uma definição? A mesa, por exemplo, é definida como (…)
-
GA6T1:505-506 – imagem
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroO sentido grego de “imagem” — se é que podemos usar efetivamente essa palavra aqui — é o vir-à-tona, φαντασία, e esse vir à tona uma vez mais compreendido como: ganhar a presença.
Casanova
[…] o presentar emergente é a vigência que se presenta, φύσις. Somente sob o poder dessa predeterminação inicial do ente como φύσις pode-se conceber também a interpretação grega subsequente do caráter ôntico do ente, a saber, a interpretação platônica. Pois de que outro modo a “ideia” poderia ser o (…) -
GA7:167-184 – A Coisa
21 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroTradução da conferência "A Coisa" por Eudoro de Sousa, refazendo tradução anterior de José Xavier de Mello Carneiro. Publicada em DE SOUSA, Eudoro. Mitologia História e Mito. Lisboa: Imprensa Nacional, 2004, p. 201-2015
Eudoro de Sousa
1. No tempo e no espaço todas as distâncias se contraem. Lá onde outrora o homem viajava por semanas e meses, chega ele agora, de avião, numa noite. Aquilo de que outrora o homem só obtinha informação, após anos, ou de que, pura e simplesmente, nem era (…) -
GA18:305-306 – agathon - Bem
26 de junho de 2021, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. Basic Concepts of Aristotelian Philosophy. Tr. Robert D. Metcalf and Mark B. Tanzer. Bloomington: Indiana University Press, 2009, p. 207-208
Since, accordingly, the ἀγαθóν itself, as πέρας of πρᾶξις, characterizes the being of the world as being-there thus and so at each moment [Sein der Welt charakterisiert als jeweils so und so daseiendes], the discourse of an ἀγαθὸν καθóλου, of a “good in general,” [Guten überhaupt] makes no sense. Not only does ἀγαθóν not mean (…) -
Schürmann (1982:121-125) – O conceito teleocrático de arche
2 de junho de 2023, por Cardoso de CastroSCHÜRMANN, Reiner. Le principe d’anarchie. Heidegger et la question de l’agir. Paris: Seuil, 1982, p. 121-125
«Ho tektôn est le pro-ducteur, celui qui institue et impose quelque chose, qui amène quelque chose dans le non-voilé et le pose dans l’ouvert. Cette production qui institue, c’est l’homme qui l’accomplit, par exemple en construisant, en taillant, en sculptant. Dans le mot "architecte" se trouve ho tektôn. D’un architecte — arché d’un tekeîn — quelque chose émane à la façon d’un (…)
Notas
- Beaufret (1974:28) – O evento instaurador da ciência moderna
- Dastur: Fenomenologia do Ser-mortal
- GA19: Estrutura de exame dos modos de desvelamento
- GA:42 – "Eu sou" - "Tu és"
- McNeill (1999:6-8) – eidos
- Sheeham: Sein
- Sheehan (2015:139-140) – vida como possibilidade e auto-abertura
- Sloterdijk: topos - topologia existencial (573)
- SZ:319-320 – O "eu" em Kant
- SZ:69 – Zuhandenheit - ser-utilizável