Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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SZ:69 – Zuhandenheit - ser-utilizável

segunda-feira 24 de abril de 2017

Castilho

O trato afeito cada vez ao instrumento é onde ele pode unicamente se mostrar genuinamente em seu ser, por exemplo, o martelar com o martelo, não apreende tematicamente esse ente como uma coisa ocorrente, nem o empregar sabe algo assim como a estrutura-de-instrumento enquanto tal. O martelar não tem um saber unicamente acerca do caráter instrumental do martelo, senão que se apropriou desse instrumento do modo mais adequado possível. Em tal trato de emprego, o ocupar-se submete-se ao para algo constitutivo do instrumento correspondente, pois, quanto menos a coisa-martelo é somente considerada, quanto mais o martelo é empunhado no seu emprego, tanto mais originária será a relação com ele e menos encoberto será o modo por que virá-de-encontro tal qual é, como instrumento. O martelar ele mesmo descobre a específica “maneabilidade” do martelo. O modo-de-ser de instrumento, em que ele se manifesta em si a partir de si mesmo, nós o denominamos a utilizabilidade. Somente porque o instrumento tem esse “ser-em-si”, não se limitando a apenas ocorrer, é ele manejável em sentido amplo e disponível. Por mais agudo que seja o olhar olhando apenas para este ou para aquele “aspecto” das coisas, ele não é capaz de descobrir o utilizável. O olhar para coisas unicamente “teórico” dispensa o entendimento da utilizabilidade. O trato que emprega-e-maneja não é, porém, cego e tem o seu próprio modo-de-ver, conduzindo o manejo e lhe emprestando sua específica segurança. O trato com instrumento se subordina à multiplicidade-de-remissão do “para algo”. O ver de um tal juntar é o ver-ao-redor. [STCastilho:213]

Schuback

O modo de lidar, talhado segundo o instrumento, e único lugar em que ele se pode mostrar genuinamente em seu ser como, por exemplo, o martelar com o martelo, não apreende tematicamente esse ente como uma coisa que apenas ocorre, da mesma maneira que o uso não sabe da estrutura do instrumento como tal. O martelar não somente tido sabe do caráter instrumental do martelo como se apropriou de tal maneira desse instrumento que uma adequação mais perfeita não seria possível. Ao se lidar com o instrumento no uso, a ocupação se subordina ao ser para (Um-zu  ) constitutivo do respectivo instrumento; quanto menos se fixar na coisa martelo, mais se sabe usá-lo, mais originário se torna o relacionamento com ele e mais desvelado é o modo em que se dá ao encontro naquilo que ele é, ou seja, como instrumento. O próprio martelar é que descobre o "manuseio" especifico do martelo. Denominamos de manualidade o modo de ser do instrumento em que ele se revela por si mesmo. O instrumento está disponível para o manuseio, em sentido amplo, unicamente porque todo instrumento possui esse "ser-em-si", não sendo o que simplesmente ocorre. Por maior que seja o grau em que se visualize precisamente a "configuração" das coisas na qual elas aparecem desta ou daquela maneira, nunca se conseguirá descobrir o que é o manual. A visualização puramente "teórica" das coisas carece de uma compreensão da manualidade. O modo de lidar com os instrumentos no uso e no manuseio não é porém cego. Possui seu modo próprio de ver que dirige o manuseio e lhe confere uma segurança especifica. O modo de lidar com instrumentos subordina-se a multiplicidade de referências do "ser para" (Um-zu). A visão desse subordinar-se é a circunvisão. [STSchuback:117]

Vezin

Le commerce chaque fois imparti à l’util, celui dans lequel cet util peut seul se montrer dans son être authentique, par exemple les coups donnés avec le marteau, ne saisit pas thématiquement cet étant comme une chose qui apparaît, pas plus que son usage n’a un quelconque savoir quant à la structure-util comme telle. L’usage du marteau ne se ramène pas à un simple savoir portant sur le caractère d’util du marteau; il s’approprie, au contraire, cet util d’une manière qui ne saurait être plus adéquate. Dans un tel commerce d’usage, la préoccupation se soumet au « fait pour » constitutif de chaque util; moins la chose-marteau est fixée des yeux, mieux le marteau est empoigné pour être employé, d’autant plus original est le rapport à lui, d’autant plus il se rencontre sous son vrai visage, comme ce qu’il est; cómme util. Taper à coup de marteau, rien de tel pour dévoiler la « manualité » spécifique du marteau. Le genre d’être de l’util dans lequel il se manifeste de lui-même nous l’appelons l’utilisabilité. C’est seulement parce que l’util a cet « être-en-soi » et ne se limite pas seulement à apparaître qu’il est maniable au sens le plus large et disponible. Tant qu’on ne fait que considérer avec toute l’acuité possible l’« aspect » des choses ayant telle you telle figure, il est impossible de dévoiler un utilisable. Le regard qui se borne à considérer « théoriquement » une chose est dépourvu de tout entendre de l’utilisabilité. Mais le commerce qui use et manutentionne n’est pas aveugle, il a sa façon de voir bien à lui qui guide la manutention et lui confère sa sûreté spécifique. Le commerce avec l’util se soumet à la multiplicité de renvois du « fait pour ». La vue qui se plie à ce genre de raccords est la discernation. [GA2FV:105]

VOIR AUSSI: Martineau §15

Auxenfants

L’échange qui à chaque fois est taillé à la mesure [zugeschnitten  ] de l’ustensile, seul échange dans lequel l’ustensile peut franchement se montrer en son Être, par exemple l’acte de marteler avec le marteau, cet échange ne saisit pas thématiquement cet étant comme une chose qui se présente, pas plus que le fait même d’en faire usage n’implique que l’on connaisse la structure de l’ustensile en tant que telle. Marteler, ce n’est pas exclusivement avoir un autre savoir relatif au caractère d’outil du marteau, mais c’est s’être approprié [zueignen] cet outil [Zeug  ] d’une façon si adaptée qu’il n’est pas possible de faire mieux. Dans un échange par utilisation de cette nature, la préoccupation se soumet au ‘bon-pour’ constitutif de l’outil du moment ; moins on se borne à reluquer la chose-marteau, plus on s’en sert d’une main ferme, d’autant plus originel devient le Rapport à lui, d’autant plus il vient à rencontre, sans qu’il soit masqué, comme ce qu’il est, à savoir comme outil. C’est l’action même de marteler qui dévoile la « maniabilité » spécifique du marteau. Le mode d’être de l’ustensile, mode dans lequel il se manifeste de lui-même, nous le nommons la disponibilité [Zuhandenheit  ]. C’est seulement parce que l’ustensile a cet « être-en-soi » [An-sich-sein  ] et qu’il ne fait pas exclusivement que se présenter, qu’il est maniable, et ce au sens le plus large, et à disposition. L’observation, sans plus [Nur-noch  -Hinsehen  ], même avec la plus grande acuité, de tel ou tel « aspect » dont sont pourvues les choses, est incapable de dévoiler un étant disponible [zuhanden]. Le regard qui ne fait qu’observer les choses sur le plan « théorique » est dénué de la Compréhension de la disponibilité. Mais l’échange par utilisation et manipulation n’est pas aveugle, il a son mode de vision bien à lui, lequel guide la manipulation et lui confère son caractère concret [Dinghaftigkeit] spécifique. L’échange ustensilaire se soumet à la variété de renvois inhérente au « ‘bon-pour’ » de l’ustensile en question. La vue [Sicht] qui s’adapte à un tel système de renvois est la circonspection [Umsicht]. [GA2JA]

Macquerrie

Equipment can genuinely show itself only in dealings cut to its own measure (hammering with a hammer, for example); but in such dealings an entity of this kind is not   grasped thematically as an occurring Thing, nor is the equipment-structure known as such even in the using. The hammering does not simply have knowledge about [um] the hammer’s character as equipment, but it has appropriated this equipment in a way which could not possibly be more suitable. In dealings such as this, where something is put to use, our concern subordinates itself to the “in-order-to” which is constitutive for the equipment we are employing at the time; the less we just stare at the hammer-Thing, and the more we seize hold of it and use it, the more primordial does our relationship to it become, and the more unveiledly is it encountered as that which it is — as equipment. The hammering itself uncovers the specific ‘manipulability’ [“Handlichkeit”] of the hammer. The kind of Being which equipment possesses — in which it manifests itself in its own right — we call “readiness-to-hand” [Zuhandenheit]. Only because equipment has this ‘Being-in-itself’ and does not merely occur, is it manipulable in the broadest sense and at our disposal. No matter how sharply we just look [Nur-noch-hinsehen] at the ‘outward appearance’ [“Aussehen]” of Things in whatever form this takes, we cannot discover anything ready-to-hand. If we look at Things just ‘theoretically’, we can get along without understanding readiness-to-hand. But when we deal with them by using them and manipulating them, this activity is not a blind one; it has its own kind of sight, by which our manipulation is guided and from which it acquires its specific Thingly character. Dealings with equipment subordinate themselves to the manifold assignments of the ‘in-order-to’. And the sight with which they thus accommodate themselves is circumspection. [BTMR  :98]

Original

Der je auf   das Zeug zugeschnittene Umgang  , darin es sich einzig genuin in seinem Sein zeigen   kann, z. B. das Hämmern mit dem Hammer, erfaßt weder dieses Seiende   thematisch   als vorkommendes Ding  , noch weiß etwa gar das Gebrauchen um die Zeugstruktur als solche. Das Hämmern hat nicht   lediglich noch ein Wissen   um den Zeugcharakter des Hammers, sondern es hat sich dieses Zeug so zugeeignet, wie es angemessener nicht möglich ist. In solchem gebrauchenden Umgang unterstellt sich das Besorgen   dem für das jeweilige Zeug konstitutiven Um-zu; je weniger das Hammerding nur begafft wird, je zugreifender es gebraucht wird, um so ursprünglicher wird das Verhältnis   zu ihm, um so unverhüllter begegnet es als das, was es ist, als Zeug. Das Hämmern selbst   entdeckt die spezifische »Handlichkeit« des Hammers. Die Seinsart   von Zeug, in der es sich von ihm selbst her offenbart, nennen wir die Zuhandenheit. Nur weil Zeug die-ses »An-sich-sein« hat und nicht lediglich noch vorkommt, ist es handlich im weitesten Sinne und verfügbar  . Das schärfste Nur-noch-hinsehen auf das so und so beschaffene »Aussehen« von Dingen vermag Zuhandenes nicht zu entdecken  . Der nur »theoretisch  « hinsehende Blick auf Dinge entbehrt des Verstehens von Zuhandenheit. Der gebrauchend-hantierende Umgang ist aber nicht blind, er hat seine eigene Sichtart, die das Hantieren führt und ihm seine spezifische Dinghaftigkeit verleiht. Der Umgang mit Zeug unterstellt sich der Verweisungsmannigfaltigkeit des »Um-zu«. Die Sicht eines solchen Sichfügens ist die Umsicht. [SZ:69]


Ver online : ZUHANDENHEIT