Uma das minhas primeiras questões a Heidegger foi: “Qual foi a dimensão que, na filosofia grega, desempenhava o papel disto que vai ser na filosofia kantiana a abertura do campo transcendental?” (a abertura do campo transcendental que é o olhar lançado sobre as coisas pelo “eu penso”). “Certamente, me dizia Heidegger, que deve mesmo haver algo na filosofia grega que desempenha este papel, que mantém aberto o horizonte; mas este algo não é o olhar lançado sobre as coisas pelo ‘eu penso’, (…)
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Entborgenheit / Verborgenheit / Unverborgenheit
Unverborgenheit / hors-retrait / desencobrimento / unconcealment / Entborgenheit
Matérias
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Beaufret (1992:24-26) – aletheia x veritas
19 de junho de 2023, por Cardoso de Castro -
Jean Wahl (1998:34-40) – aletheia
10 de fevereiro, por Cardoso de Castrodestaque
[…] A verdade não é uma propriedade da proposição: está nas próprias coisas. E aqui se acentua o aspecto objetivista da teoria de Heidegger. Não é na proposição sobre o ser que reside a verdade, mas é o próprio ser que é revelado ou verdadeiro. E é apenas porque o ser é verdadeiro que podemos formular proposições sobre ele que são verdadeiras. Consequentemente, a verdade da proposição é derivada da verdade do ser. A verdade, no seu sentido antigo, a descoberta, pertence ao (…) -
Trawny (2015) – errância
2 de fevereiro, por Cardoso de Castrodestaque
Aqui temos de estar atentos, bem como de exercer o nosso discernimento. Porque quando um filósofo começa a misturar o que aparentemente se opõe à verdade, isto é, a mentira, com a verdade, a perverter uma na outra, então o sofista não está longe. Será possível que Heidegger seja o sofista da modernidade? Quem poderia negar que esta questão é sugerida precisamente pela publicação das Schwarze Hefte? Heidegger liberta nelas a sua ira. Surge um pensador que lança os seus raios (…) -
Ernildo Stein (1983:30-52) – As intuições heideggerianas e o movimento fenomenológico (7-8)
2 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castro7 A fenomenologia heideggeriana se tornaria uma meditação da finitude. A ideia de verdade e não-verdade, de velamento e desvelamento aponta para a incompletude de toda a compreensão do ser e da verdade na medida em que se dão na facticidade do ser-aí. Mas esta finitude da compreensão não é simplesmente uma limitação nas possibilidades de objetivação. Heidegger se move num terreno anterior à relação sujeito-objeto; aí nem é possível a ideia de frustração diante do todo inobjetivável. Ele (…)
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Ernildo Stein (1973:283-297) – Introdução ao Método Fenomenológico Heideggeriano (4-6)
2 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castro4. Uma vez situado o método fenomenológico no contexto das discussões atuais, passo à análise de certas particularidades e elementos distintivos seus. Não é fácil atingir um ponto de vista a partir do qual se possa refletir, fora da imanência da obra, sobre o problema do método, em Heidegger. O filósofo lhe dá uma importância muito grande, mas uma verdadeira exposição nunca apresentou. Há apenas a apresentação provisória do § 7 de Ser e Tempo. Por isso, resta como único recurso a prometer (…)
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GA7:18-19 – homem pertence à disponibilidade
18 de agosto de 2019, por Cardoso de CastroCarneiro Leão
Quando tentamos aqui e agora mostrar a exploração [herausfordernde] em que se desencobre [Entbergen] a técnica moderna, impõem-se e se acumulam, de maneira monótona, seca e penosa, as palavras “pôr’’ [stellen], “dis-por” [bestellen], “dis-posição”, “dis-positivo”, “dis-ponível”, “dis-ponibilidade” [Bestand], etc. Isso se funda [Grund], porém, na própria coisa que aqui nos vem à linguagem [Sprache].
Quem realiza a exploração [herausfordernde] que des-encobre [Stellen] o (…) -
Préau (GA7:Note) – Notas de tradução de GA7
7 de junho de 2023, por Cardoso de CastroNota do tradutor ao final do livro Essais et conférences [GA7]
1. Le français « être » traduit à la fois Sein et Wesen. Heidegger emploie Sein quand il parle de l’ « être » tout court, ou de l’être de l’étant. Il nomme Wesen l’être de toute chose particulièrement désignée : l’être de la vérité, l’être de l’habitation.
Dans le premier morceau, cependant, et dans certains cas spéciaux très rares, Wesen est traduit par « essence ».
« L’être de l’être » veut dire « le Wesen du Sein » ou (…) -
Richardson: First experience of the Being-question
28 de março de 2017, por Cardoso de CastroTraducción de Pablo Oyarzun Robles
English
The first question in your letter reads: "How are we properly to understand your first experience of the Being-question in Brentano?" "In Brentano." You have in mind the fact that the first philosophical text through which I worked my way, again and again from 1907 on, was Franz Brentano’s dissertation: On the Manifold Sense of Being in Aristotle (1862). On the title page of his work, Brentano quotes Aristotle’s phrase: to on legetai (…) -
GA9:187-189 – deixar-ser [Sein-lassen]
27 de maio de 2023, por Cardoso de CastroA hostilidade contra a tese que diz que a essência da verdade é a liberdade apoia-se em preconceitos dos quais os mais obstinados são: a liberdade é uma propriedade do homem; a essência da liberdade não necessita nem tolera um exame mais amplo; o que é o homem, cada qual o sabe.
Ernildo Stein
Entretanto, a indicação de uma conexão essencial entre a verdade como conformidade e a liberdade abala esses preconceitos, suposto, evidentemente, que estejamos dispostos para uma transformação (…) -
GA27: Estrutura da Obra
4 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. em português de Marco Antonio Casanova
INTRODUÇÃO A tarefa de uma introdução à filosofia
§ 1. Ser homem já significa filosofar
§ 2. Introduzir significa: pôr o filosofar em curso
§ 3. Pré-compreensão da filosofia
§ 4. Como a filosofia se relaciona com a ciência, com a visão de mundo e com a história?
PRIMEIRA SEÇÃO FILOSOFIA E CIÊNCIA
Primeiro capítulo O que significa filosofia?
§ 5. A filosofia é uma ciência?
§ 6. As concepções antiga e moderna de filosofia
§ 7. (…) -
GA15: ¿Qué significa "cuestión del ser"?
29 de janeiro de 2017, por Cardoso de CastroTraducción de Diego Tatián, publicada por Alción Editora, Córdoba, Argentina, 1995
¿Qué significa "cuestión del ser"? ¿Frage nach dem Sein? Cuando se dice "ser", esta palabra se comprende de antemano metafísicamente, es decir a partir de la metafísica. Ahora bien, en la metafísica y su tradición ser quiere decir: lo que determina al ente en cuanto ente; la cuestión del ser significa, pues, metafísicamente: cuestión del ente en cuanto ente; dicho de otro modo: cuestión del fundamento del (…) -
Zimmerman (1982:231-233) – A liberdade não é um poder humano arbitrário
10 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Embora Heidegger tenha desenvolvido o conceito de Ereignis entre 1936 e 1938, as sementes desta ideia foram plantadas em Ser e Tempo e começaram a germinar no seu ensaio de 1930, "Sobre a Essência da Verdade". Aqui é-nos dito que a liberdade constitui a essência da verdade ou da revelação. A liberdade não é um poder humano arbitrário. Na sua obra posterior, Heidegger continuou a desenvolver a ideia de que a existência humana não é apenas para si própria, mas tem uma função (…) -
GA9:196-198 – Irre - errância
18 de janeiro de 2019, por Cardoso de CastroGiachini & Stein
Insistente, o homem está voltado para o que é sempre o mais corrente em meio ao ente. Ele, porém, só pode insistir na medida em que já é ek-sistente, isto é, uma vez que ele, contudo, toma como medida diretora o ente enquanto tal. Enquanto toma medida, porém, a humanidade está desviada do mistério. Este insistente dirigir-se ao que é corrente e o ek-sistente afastar-se do mistério se compertencem. São uma e mesma coisa. Esta maneira de se voltar e se afastar resulta, (…) -
GA54:178-179 — phronesis
31 de julho de 2017, por Cardoso de CastroWrublevski
φρόνησις significa aqui a percepção daquele ver por dentro, que percebe [Ein-sehens] o que constitui propriamente o visível e desencoberto.
A per-cepção significada aqui é o brilhar da visão de essência, isto é, da “filosofia”, φρόνησις diz aqui o mesmo que “filosofia” e este título diz: ter a visão do e para o essencial. Quem souber ver assim é um σωζομένους, um salvo, alguém, a saber, que “foi salvo” pela e para a referência do ser com o homem. Também a palavra σωζειν, (…) -
Patocka (1995:63-65) – horizonte
13 de junho de 2023, por Cardoso de CastroL’horizon est la présence en personne de ce qui n’est pas présent en personne ; il en est la limite, montrant en même temps, de façon indubitable, que ce qui n’est pas présent en personne est néanmoins là et peut être atteint par un cheminement légal.
Que signifie l’« horizon » ? Essayons d’analyser la métaphore contenue dans ce mot. L’horizon enserre toutes les singularités d’un paysage donné, disposé perspectivement autour d’un centre. L’horizon en délimite la partie visuelle, mais la (…) -
Demske: Being as Noein-Einai (Parmenides)
1º de maio de 2017, por Cardoso de Castrop. 95-98
What was being for the other great pre-Socratic thinker, Parmenides? Contradicting the widely held opinion that the teaching of Parmenides is diametrically opposed to that of Heraclitus, Heidegger maintains that both thinkers really shared the same philosophical standpoint: "Where should these two Greek thinkers, the founders of all thought, take their stand but in the being of beings? For Parmenides too, being is the hen, kyneches, that which holds itself together in itself, (…) -
Heidegger: questão metafísica e minha questão
15 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtrato da trad. de Antonio Abranches
Wisser: Todas as suas reflexões fundam-se e desembocam na questão que é a questão fundamental de sua filosofia, a questão do Ser. Várias vezes o Sr. observou que não queria adicionar uma nova tese às numerosas teses que existem sobre o Ser. Precisamente porque o Ser foi definido de maneiras muito diferentes, por exemplo, como qualidade, como possibilidade e realidade, como verdade, como Deus, o Sr. põe a questão de uma harmonia (Einklang) (…) -
Être et temps : § 7. La méthode phénoménologique de la recherche.
6 de março de 2022, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Martineau
Introduction
Avec la caractérisation provisoire de l’objet thématique de la recherche (être de l’étant, ou sens de l’être en général), il semble que sa méthode soit aussi et déjà pré-dessinée. La dissociation de l’être par rapport à l’étant et l’explication de l’être (…) -
GA65:173 – ser-aí / Da-sein
10 de junho de 2017, por Cardoso de CastroCasanova
O ser-aí é a crise entre o primeiro e o outro início. Isso quer dizer: segundo o nome e a coisa mesma, ser-aí significa, na história do primeiro início (isto é, na história conjunta da metafísica), algo essencialmente diverso do que no outro início.
Na metafísica, “ser-aí” (existência) é o nome para designar o modo como o ente é efetivamente essente. Assim, ele tem em vista o mesmo que o ser presente à vista, interpretado mais originariamente em um passo determinadamente (…) -
GA54: Estrutura da Obra
10 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira Sérgio Mário Wrublevski
INTRODUÇÃO - MEDITAÇÃO PREPARATÓRIA COM O NOME E A PALAVRA ALETHEIA E SUA ESSÊNCIA CONTRÁRIA. DUAS INDICAÇÕES DA TRADUÇÃO DA PALAVRA ALETHEIA
§ 1. A deusa "Verdade". Parmênides I, 22-32
a) O conhecimento usual e o saber essencial. Renúncia da interpretação usual do "poema doutrinário" através da atenção para a exigência do princípio
Recapitulação
1) Início e princípio. O pensar usual e o pensar originado pelo princípio. O retraimento (…)
Notas
- Bret Davis (2007:40-42) – resoluteness and will
- Bret Davis (2007:xxx-xxxi) – being revealed as will
- Cortés & Leyte (GA5:Nota) – desocultamiento y desencubrimiento
- Ernildo Stein (2001:26-28) – ser-verdade como ser-descoberto
- GA14: questionar a "coisa ela mesma"
- GA40:201-202 – substrato, subjacente, hypokeimenon
- GA54:17 – descobrimento (Entbergung)
- GA7:14 – τέχνη e έπιστήμη
- GA7:27 – Deus dos filósofos
- GA8:12 – Mythos e Logos
- GA9:189-191 – a liberdade possui o homem
- Greisch: Schuld
- Heidegger: Filosofia e Pensamento
- Lovitt: HERVORBRINGEN - BRING FORTH
- Lovitt: Vergessenheit - Oblivion
- Lovitt: Wahrheit
- McNeill (1999:11) – o extraordinário [Ungehere]
- McNeill (1999:208-209) – Freiheit - Liberdade - Freedom
- Parvis Emad & Kenneth Maly: BERGEN
- Ralkowski (2009:64-66) – alegoria da caverna (reino das sombras)