Gianotti
O-que-é-Eu (Je), verdadeiramente, não é ninguém, é o anônimo; é preciso que ele seja assim, anterior a toda objetivação, denominação, para ser o Operador, ou aquele a quem tudo isso acontece. O Eu denominado, o denominado Eu, é um objeto. O eu primeiro, de que este é a objetivação, é o desconhecido a quem tudo é dado ver ou pensar, para quem tudo apela diante de quem… alguma coisa existe. É portanto, a negatividade — inatingível, bem entendido em pessoa, pois que ela não é nada. (…)
Página inicial > Palavras-chave > Temas > Ichheit / Ich-Hier / Ich-sagen / Ich / Egoität / egoistisch
Ichheit / Ich-Hier / Ich-sagen / Ich / Egoität / egoistisch
Ichheit / ego / Egoität / egoidade / Ich-Hier / eu-aqui / Moi-ici / I-here / Ich-sagen / dire-Je / Ich / je / moi / eu / mim-mesmo / "I"
O Dasein é um ente que diz "eu" e que existe, consequentemente, em um outro modo que qualquer outro ente. A relação ao ser constitui seu ser e é enquanto ele é esta relação que lhe é igualmente possível dizer "eu": a compreensão de ser possibiliza o si enquanto este último compreende o ser antes de compreender seu próprio ser e antes que o que quer que seja possa lhe aparecer. O Dasein diz "eu" em consequência de seu estatuto ontológico. (CARON , 2005, p. 780)
ICH E CORRELATOS
Matérias
-
Merleau-Ponty (1964:294-295) – O-que-é-Eu
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro -
Caron (2005:83-86) – si-mesmo, eu, Dasein, temporalidade
7 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Si mesmo não é eu, mas eu é fenômeno de si mesmo. Temos, portanto, de acceder primeiro à presença de um tal processo, e depois perguntar em que condições é que esse processo é possível. Mas como pensar este si que, ultrapassando a estrutura fixa do ego, o funda ao mesmo tempo na sua fixidez? Enquanto o homem for pensado como um ente subsistente, ou o sujeito como uma substância, [84] enquanto o ser for interpretado no modo de ente, e enquanto o ente fornecer a medida para toda a (…) -
Caron (2005:86-89) – do eu ao si mesmo e à ipseidade
7 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Trata-se, portanto, em primeiro lugar, de ascender do eu ao si mesmo para mostrar a sua essência temporal e, portanto, não subjectiva, e, em segundo lugar, de dar o salto para essa essência para regressar à necessidade ontológica do si na economia da dispensação. E como o si será então reconduzido ao seu ser, a sua denominação desaparecerá enquanto tal e será renovada na sua nomeação: o si será o mortal no seio do Quadripartido, será inscrito no desdobramento do Ereignis. Não se (…) -
Patocka (1995:145-148) – para qual modo de ser passa o morto?
9 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
Qualquer ser para outro que não seja um mero quase-ser teve a sua originalidade para si mesmo, coisa que nada, nenhuma cessação dessa originalidade, lhe pode tirar. Qualquer ser para um outro permanece sempre um ser com a sua própria originalidade interna, exceto que, no caso dos mortos, essa originalidade chegou ao fim e já não é sincrônica conosco. Não se trata, portanto, de uma passagem ao puro ser para os outros, no sentido de um quase-ser (de uma personagem de um romance, de (…) -
Kopf (2001:Intro) – identidade
11 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
De certa forma, a teoria da identidade pessoal emerge da tentativa de explicar e conceitualizar o sentido de continuidade característico da situação existencial do "eu" experiencial. Despertando para si mesmo, o "eu" experiencial, ou seja, o agente autoconsciente, vê-se atirado, como diria Martin Heidegger, para uma situação e um contexto particulares de historicidade. Para dar um exemplo, todas as manhãs acordo sabendo quem sou, quem são os meus familiares, colegas e amigos, qual (…) -
GA69: Estrutura da Obra
13 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTraducción Dina V. Picotti C.
LA HISTORIA DEL SER [SEYN] 1938/40
LA HISTORIA DEL SER [SEYN)]. PARTE I
I. LA HISTORIA DEL SER [SEYN]
1. "La "historia del ser [Seyn]" es el nombre
2. La historia del ser [Seyn]
3. La filosofía occidental
4. La verdad del ser [Seyn]
5. ¿Somos nosotros?
6. "Nosotros somos"
7. El ser-ahí
8. El ser [Seyn]
9. aletheia y ser [Seyn]
10. Que la verdad
II. CONTRA-DICCIÓN Y REFUTACIÓN
11. Contra-dicción y refutación. (Nueva-dicción)
12. (…) -
Patocka (1995:77-79) – o que é o "tu"?
13 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLe tu est un autre moi dans l’actualité.
Qu’est-ce à vrai dire que le tu ? C’est un autre moi : le moi en tant qu’objet actuel, qui n’est pas donné en original, mais simplement apprésenté. Mon propre moi peut être mon objet de manière actuelle dans la réflexion, de manière non actuelle dans le souvenir ou l’imagination projective. Mais, par ailleurs, je peux expérimenter aussi l’énergie subjective dynamique qui se manifeste actuellement dans une approche des choses analogue à la mienne — (…) -
Schérer (1971:86-96) – Examen de la théorie transcendantale
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroD’une manière plus générale, la constitution de l’autre par moi, en ouvrant la conscience à un seul monde objectif de communication, interdit de traiter comme deux domaines séparés dans le principe le monde objectif proprement dit, celui dans lequel nous vivons et nous rencontrons, celui de nos corps, et un monde des valeurs qui serait le champ propre de la communication ; car les deux sont également constitués, en tant qu’accessibles à la réflexion unifiante et rationalisante. C’est dans (…)
-
Hatab (2015) – Selbstheit - Subjektivität
7 de junho de 2023, por Cardoso de Castro[HATAB, Lawrence J.. "Can We Drop the Subject? Heidegger, Selfhood, and the History of a Modern Word", in Hans Pedersen e Megan Altman (ed.), Horizons of Authenticity in Phenomenology, Existentialism, and Moral Psychology. Dordrecht: Springer, 2015, p. 13-14]
Tradução
Um elemento importante de Ser e Tempo é a crítica de Heidegger da divisão da filosofia moderna de eu e mundo em sujeito e objeto, onde a objetividade denota "fatos" independentes do eu e o sujeito racional denota a (…)
Notas
- Beaufret (1992:22-24) – subjetividade (Subjektivität)
- Caron (2005:13-14) – a questão sobre a origem do si
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:190) – Crítica heideggeriana da estrutura do ego transcendental
- Caron (2005:25-26) – si e eu
- Caron (2005:26-27) – ser um eu e ser um si
- Caron (2005:786-787) – ser-a-cada-vez [Jeweiligkeit]
- Caron (2005:809-810) – cura - si mesmo - eu - sujeito
- Charles Taylor: transcender o self
- Dastur (2002:62-64) – Dasein - "eu" - sujeito
- Dastur (Morte) – Dasein e "eu"
- Ferreira da Silva (2009:49-50) – a façanha do eu
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- GA17:317-318 – Sprache
- GA17:318-319 – Intencionalidade
- GA20:325-326 – Dasein e "eu"
- GA20:440-441 – querer-ter-consciência
- GA24:177-178 – EGO - EU
- GA27:12 – gnothi seauton
- GA27:145-146 – um-com-outro [Miteinander]