c) A positividade [Positivität] da ciência. O projeto prévio, não-objetivo, demarcador do campo da constituição de ser [Der vorgängige, ungegenständliche, feldabsteckende Entwurf der Seinsverfassung]
Agora, porém, é importante ver que com esse projeto não apenas o ser do ente é determinado de antemão de maneira diversa, mas que, nesse e com esse projeto do ser, é delimitado e demarcado um campo ôntico. Pois, com isso, é decidido desde o princípio o que pertence ao campo denominado (…)
Responsáveis: João Cardoso de Castro (doutor Bioética - UFRJ) e Murilo Cardoso de Castro (doutor Filosofia - UFRJ)
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GA27:196-197 – Conhecimento Científico
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GA27:149-150 – verdade como descerramento e como descoberta
20 de novembro, por Cardoso de CastroPodemos sintetizar o que foi visto até aqui em oito teses :
1. A verdade está de tal modo correlacionada ao ente por si subsistente que ela pode, mas não precisa, advir a esse ente. No entanto, a verdade não pertence, em hipótese alguma, à consistência essencial do ente por si subsistente. Todavia, denominamos descoberta ao desvelamento do ente que possui o modo de ser do ente por si subsistente.
2. Se o ente por si subsistente é desvelado, ou seja, se a descoberta existe (…) -
GA24:222-224 – sujeito-objeto
20 de novembro, por Cardoso de CastroRickert talvez conceba de maneira mais formal a relação sujeito-objeto [Subjekt-Objekt-Beziehung]. Ele diz: “Os conceitos do sujeito e do objeto se requisitam mutuamente, tal como também o fazem outros conceitos, por exemplo, o conceito de forma e de conteúdo ou o de identidade e de diversidade ”. No entanto, é preciso perguntar aqui: Por que é que esses conceitos, sujeito e objeto, se requisitam mutuamente? Ora, evidentemente apenas porque o que é com isto visado se requisita. Mas um objeto (…)
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Félix Duque (2006:181-183) – A técnica do mundo
20 de novembro, por Cardoso de CastroExtraño es ser mortal. Extraño es, en efecto, vivir mortalmente propulsados por proyectos que vienen del Uno pasado, e ir muriendo en vida al descifrar las huellas que vienen del Infinito futuro . Bien podemos llamar mundo a ese acontecer de trasiegos y remisiones entre sucesos (potencialidades) que promueven expectativas (del pasado al futuro) y eventos (posibilidades) que emocionan (que mueven desde… el futuro) al ajustarse, o no, a lo esperado. (Y, a la inversa, no esperaríamos nada si no (…)
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Zimmerman (1990:150-153) – Ontologia instrumentalista
20 de novembro, por Cardoso de CastroA orientação instrumentalista de Ser e Tempo pode ser facilmente observada na seguinte afirmação: “A prontidão à mão é a maneira pela qual as entidades, como são ’em si mesmas’, são definidas ontologicamente e categorialmente.” [SZ: 71/100] Já observamos alguns problemas inerentes a essa afirmação de que as ferramentas são realmente instrumentos para uso humano. Expandindo essa atitude instrumentalista, Heidegger observou, aparentemente com aprovação, que para o camponês e o trabalhador na (…)
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Zimmerman (1990:241-244) – Heidegger e a Ecologia Profunda (Deep Ecology)
20 de novembro, por Cardoso de CastroA crítica de Heidegger à tendência da tecnologia moderna de tratar a Terra como uma máquina ou como matéria-prima para exploração levou algumas pessoas a interpretar seu pensamento como sendo coerente com o ambientalismo contemporâneo. Nesta seção, quero examinar brevemente até que ponto o pensamento de Heidegger pode ser “aplicado” ao movimento ambiental chamado “ecologia profunda”.
As consequências de tratar a Terra como uma máquina, ou como uma mercadoria infinitamente explorável, (…) -
Zimmerman (1990:137-141) – Equipamento, Trabalho, Mundo e Ser
20 de novembro, por Cardoso de CastroHeidegger se preocupou por toda a vida com a natureza do trabalho e da produção. Ele manifestou essa preocupação no que talvez seja a parte mais famosa de Ser e Tempo: a análise da oficina. Sabendo o que sabemos sobre a afiliação de Heidegger ao nacional-socialismo e sua crítica ao industrialismo antes de 1936, talvez não nos surpreendamos com seu foco, em meados da década de 1920, na natureza do artesanato. Além de sugerir sua insatisfação com os modos de produção industrial, a análise de (…)
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Zimmerman (1990) – Movimentos modeladores das épocas
20 de novembro, por Cardoso de CastroΟ entendimento de Heidegger, de que a moderna tecnologia é um meio de revelação das coisas, pode ser clarificado quando inserido no contexto da história da filosofia alemã. Do mesmo modo que Kant, Heidegger acreditava que a tarefa do filósofo era a de descobrir as condições transcendentais que tornaram viável o conhecimento e a acção humanos. Estas condições não são «coisas» em si próprias, mas antes tornam possível a nossa «experiência» objectiva das coisas. Na sua análise à tecnologia (…)
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Zimmerman (1990) – Confrontação com a Modernidade (Introdução)
20 de novembro, por Cardoso de CastroResumo desta excelente análise da questão da técnica em Heidegger, contextualizada na sua constituição de questionamento relevante a nossa época. Para Heidegger a técnica moderna tem três significados inter-relacionados: primeiro, as técnicas, dispositivos, sistemas, e processos de produção usualmente associados com o industrialismo; segundo, a visão de mundo racionalista, científica, mercantilista, utilitária, antropocêntrica, usualmente associada com a Modernidade; terceiro, o modo de (…)
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Harada (2021) – Nova Teoria das Ciências
19 de novembro, por Cardoso de CastroO reinado do absolutismo do conceito unilateral da ciência está no fim. É o que nos vem demonstrando o avanço das ciências, que progridem não tanto pelo alargamento e quantificação de novos dados e novas descobertas, dentro de um determinado horizonte de pesquisa, mas pela destruição de suas pressuposições e seus conceitos fundamentais, através das crises de seus fundamentos, para abrir-se a um horizonte novo, mais profundo, mais vasto e mais originário. Assim, viemos assistindo a sucessivas (…)
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