Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Wrathall (2021:xv) – verdade = desencobrimento

sábado 19 de outubro de 2024

[…] normalmente usamos a palavra “verdade” para denotar entidades proposicionais verdadeiras, como afirmações ou crenças. O que faz com que as proposições verdadeiras sejam verdadeiras é que elas desempenham uma função específica, ou seja, elas desencobrem um fato ou um estado de coisas. Assim, Heidegger considera que a função ontológica da verdade é desencobrir em um sentido amplo — elevando a saliência. Em seguida, ele aplica as palavras “verdadeiro” e “verdade” em um sentido amplo para nomear qualquer coisa que desencubra. Assim, por exemplo, se eu cravo um prego em uma tábua, estou desencobrindo a maneira como um martelo é usado. Nesse sentido, minha ação, para Heidegger, é “verdadeira” — ela torna evidente o que é um martelo e como ele é usado. Ou, se um edifício como uma catedral medieval torna evidente para os fiéis o que significa habitar um mundo aberto pela graça de Deus, a catedral também é “verdadeira” — ela torna saliente o que é essencial ou mais importante em um mundo como esse.

[WRATHALL  , Mark A.. The Cambridge Heidegger Lexicon. Cambridge: Cambridge University Press, 2021]


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