destaque
[…] O Dasein, porque põe em jogo o ser nele, não pode senão pôr-se ele mesmo em jogo e, portanto, logo não pode senão dizer-se em pessoa, tal como não pode senão pôr-se em jogo como um eu: "O ente que chamamos Dasein, eu o sou a cada vez eu mesmo (bin ich je selbst), e isto enquanto poder-ser para o qual se trata de ser este ente. [SZ:58] Aqui, a possibilidade de dizer "eu sou" logo de declinar ser na primeira pessoa resulta da propriedade, para o Dasein, de se colocar em pessoa (…)
Página inicial > Palavras-chave > Autores - Obras > Marion / Jean-Luc Marion
Marion / Jean-Luc Marion
Jean-Luc Marion (1946)
OBRAS NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
L’idole et la distance, Paris, Grasset, 1977; 2e éd., 1989; 3e éd., « Le Livre de poche », 1991.
Dieu sans l’être, Paris, Fayard, 1982; 2e éd., PUF, « Quadrige », 1991.
Réduction et donation. Recherches sur Husserl , Heidegger et la phénoménologie, Paris, PUF, 1989.
La croisée du visible, Paris, Éd. de la Différence, 1991; 2e éd., 1994; 3e éd., PUF, 1996.
Étant donné. Essai d’une phénoménologie de la donation, Paris, PUF, 1997 ; 2e éd. corrigée, 1998.
De Surcroît. Études sur les phénomènes saturés. Paris: PUF, 2001
D’ailleurs, la révélation. Paris: Grasset & Fasquelle, 2020
Matérias
-
Marion (1989:157-160) – dizer "eu"
11 de março, por Cardoso de Castro -
Marion (1998:§2) – a não-evidência
16 de março, por Cardoso de CastroJeffrey L. Kosky
Admitting the phenomenality proper to the phenomenon—its right and its power to show itself on its own terms—thus implies understanding it in terms of givenness. Husserl, summing up at the end of his career what was gained in his first “breakthrough work,” the Logical Investigations, indicates exactly what change was demanded of philosophical thought: “It was there [in 1901] that evidence’ (that dead logical idol) was transformed into a problem for the first time, freed (…) -
Marion (1998:§1) – um novo princípio dos princípios
21 de janeiro, por Cardoso de CastroJavier Bassas Vila
A tanta más reducción, tanta más donación — este principio también permite aclarar y rebasar las aporias que afectan a los tres otros principios, a) Si se admite, siguiendo el último principio, que el fenómeno aparece tanto más en la medida en que se da perfectamente a ver y a recibir; y si se admite también que sólo puede darse de tal manera dándose al Yo de la conciencia, dejándose pues reconducir — lo cual equivale a reducirlo-, entonces la aparición no se da (…) -
Marion (1989:119-123) – Descartes confrontado por Heidegger
23 de setembro, por Cardoso de CastroNo curso ministrado como Privatdozent em Friburgo durante o semestre de inverno de 1921/1922, sob o título Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles. Einführung in die phänomenologische Forschung [Interpretações fenomenológicas de Aristóteles. Introdução à pesquisa fenomenológica], um curso que antecede o período de Marburg, Heidegger não trata tanto de Aristóteles quanto delineia uma introdução geral à fenomenologia; no entanto, essa introdução trata de um filósofo: mas em vez de (…)
-
Marion (2010:35-40) – aparição - fenômeno - dação
4 de março, por Cardoso de Castrodestaque
Todo o fenômeno aparece, mas só aparece na medida em que se mostra. Heidegger estabeleceu que o fenômeno se define como aquilo que se mostra em si e a partir de si mesmo: "[…] aquilo que se mostra em si mesmo" [Sein und Zeit, § 7, p. 31]. Mas ele deixou largamente indeterminado o modo como se pode pensar o si que atua naquilo que se mostra. Com efeito, como pode um fenômeno pretender desenvolver-se por si e em si, se um Eu transcendental o constitui como objeto, disponibilizado (…) -
Marion (1989:12-14) – o ser fenomenalmente presente na categoria
21 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
[…] Num caso — Heidegger — Husserl alcança a intuição categorial do ser nas Investigações, especialmente na sexta, e rompe assim com a dissimulação neo-kantiana da metafísica finita para se abrir a uma dação do ser: "Para poder sequer desdobrar a questão do sentido do ser, o ser tinha de ser dado, para se poder questionar o seu sentido. O tour de force de Husserl consistiu precisamente em tornar o ser fenomenalmente presente na categoria. Através deste tour de force", acrescenta (…) -
Marion (1989:259-262) – o tédio [Langeweile]
20 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
[…] O primeiro [tédio] consiste em aborrecer-se com algo, portanto por algo: de acordo com a temporalidade correspondente, o aborrecimento lamenta perder tempo com algo que não o merece; desafia, portanto, o privilégio concedido, por manuseamento utilitário, a um ente particular. O segundo [tédio] consiste em estar aborrecido consigo mesmo a respeito de algo: de acordo com a temporalidade correspondente, o tédio atribui-nos um estado presente desprovido de qualquer futuro; (…) -
Marion (1989:72-78) – fenomenologia e ontologia
21 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Enquanto que, para Husserl, a fenomenologia torna obsoleta a ontologia porque se ocupa, em seu lugar e melhor do que esta, do ente, para Heidegger, a fenomenologia eleva-se ao título de ontologia porque se desloca dos entes até o ser. A Hinsicht mudou radicalmente; ou melhor, a simples visão (Sicht) que só se pode fixar na evidência permanente e disponível — portanto no ente — é substituída pela Hinsicht, que só vê o ente em relação ao seu ser e por desígnio deste ser. O debate (…) -
Marion (1989:124-129) – Heidegger confrontando Husserl sobre Descartes
23 de setembro, por Cardoso de CastroAssim, no verão de 1925, Prolegômenos à história do conceito de tempo [GA20] tenta uma "crítica imanente da pesquisa fenomenológica", examinando como ela determina a consciência pura. Em outras palavras, "A questão será para nós [sc. Heidegger]: nessa elaboração do campo temático da fenomenologia que é a intencionalidade [sc. de Husserl], a questão sobre o ser dessa região, sobre o ser da consciência, é construída (gestellt), ou seja, o que significa aqui em geral ser, quando dizemos que a (…)
-
Marion (2010:40-43) – objeto - fenômeno - acontecimento
4 de março, por Cardoso de Castrodestaque
[…] como é que o caráter essencialmente e originariamente de acontecimento do fenômeno, e mesmo de todo o fenômeno (incluindo o mais banal, que acabamos de descrever), pode esbater-se, atenuar-se e desaparecer, a ponto de nos deixar com um objeto? Não para perguntar: até que ponto podemos legitimamente pensar o fenômeno como um acontecimento [40], mas porquê: podemos perder a sua fenomenalidade reduzindo-a à objetividade? A resposta a esta questão pode ser encontrada em Kant. A (…) -
Marion (2008:95-98) — diferenças entre Santo Agostinho e Descartes
21 de janeiro, por Cardoso de Castrotradução do inglês
Há várias diferenças entre Santo Agostinho e Descartes: em primeiro lugar, a certeza não é tanto sobre o ser como sobre a vida; em segundo lugar, não se baseia tanto na instituição da cogitatio, como essência da res cogitans, como na contradição performativa de uma dúvida viva.
original
Ainsi, apparaissent plusieurs écarts entre saint Augustin et Descartes : d’abord, la certitude ne porte pas tant sur l’être que sur la vie ; ensuite, elle ne s’appuie pas tant sur (…) -
Marion (1998:§1) – tanto mais redução, tanto mais dação
21 de janeiro, por Cardoso de CastroJavier Bassas Vila
La regla que vincula por principio reducción y donación, aunque sólo aquí se formule en cuanto tal, puede identificarse literalmente desde Husserl. Mejor aún, el primer texto en el que [49] la reducción se impone impone también su conjunción con la donación: La idea de la fenomenología, la misma obra que, en 1907, pone en práctica por vez primera todas las figuras de la reducción, privilegia de igual manera con gran insistencia la donación. — Apuntemos algunos enunciados (…) -
Marion (2008:98-101) — o anonimato do ego
27 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO cogito, suposto me apropriar de mim mesmo como um mim mesmo, me expulsa de mim mesmo e me define por este mesmo exílio. Por conseguinte, sou paradoxalmente aquele que em pensando sabe que não é (pertence a) ele mesmo, não conhece sua essência e nunca pode dizer (ele mesmo), rigorosamente, mim mesmo.
tradução do inglês
Um ponto parece assim estabelecido: em nenhum momento Santo Agostinho consegue (nem tenta, como Descartes fará) assegurar o ego de sua existência ou atribuí-lo (…) -
Marion (1998:§1) – contra-método da fenomenologia
27 de junho de 2023, por Cardoso de CastroEm todas as ciências — e, portanto, em metafísica — se trata de demonstrar. Demonstrar consiste em fundamentar a aparência para conhecê-la, para reconduzi-la ao fundamento, para conduzi-la à certeza. No entanto, em fenomenologia — quer dizer, ao menos como intenção, no intento de pensar sob um modo não metafísico — se trata de mostrar. Mostar implica deixar que a aparência apareça de tal maneira, que cumpra sua plena aparição, para recebê-la exatamente como se dá.
Javier Bassas Vila
En (…) -
Marion (1998) – sendo dado (étant donné)
27 de junho de 2023, por Cardoso de Castro« Axioma: nada podemos saber por nós mesmos, todo saber autêntico deve nos ser dado. » Novalis
Javier Bassas Vila
Étant donné [Siendo dado] – esta expresión parece ir de suyo.
La comprensión espontánea se alia fácilmente a la lectura erudita para añadir un artículo a la primera palabra y poder leer así “l’étant donné” [el ente dado], considerando “(l’) étant” [ (el) ente] como un sustantivo y concluyendo simplemente que lo que es, a saber, el ens de los filósofos o, según un antiguo (…) -
Marion (2004:§4) – o mundo segundo a vaidade
22 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
O mundo só pode ser fenomenalizado entregando-se a mim e fazendo-me seu doado. Não há nada de injusto, tirânico ou odioso no meu lugar ao sol — no sol erótico que me garante ser amado ou odiado: reivindicá-lo é o meu primeiro dever.
Por outro lado, há outra objeção que me pode impedir. Substituir o ego como pensador pelo ego como amado ou odiado poderia de fato enfraquecê-lo, e por duas razões. Em primeiro lugar, porque depende do ego cogitans para se pensar sozinho e, portanto, (…)
Notas
- Marion (1989:252-253) – o nada [Nichts]
- Marion (1989:262-264) – a angústia e o nada
- Marion (1998:nota) – fenomenologia negativa
- Marion (1998:§1) – a questão do princípio em fenomenologia
- Marion (1998:§1) – intuição dadora originária
- Marion (1998:§1) – Tão aparecer, quão ser/estar
- Marion (2020) – o dado
- Marion (2020:C1) – o privilégio de uma questão