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episteme / ἐπιστήμη / epistḗmē / epistéme / ἐπίσταμαι / epistamai / epístamai

A apresentação provê-se do vigor-violência da vontade, na qualidade da qual o absoluto quer o seu estar-em-presença (parusia). Aristóteles   designa por ἐπιστήμη τις o por ele caracterizado contemplar do ente enquanto ente, um modo em que assim se encontra o nosso ver e perceber, designadamente, no estar-presente enquanto tal. A ἐπιστήμη, enquanto modo do estar-em, é, no que permanentemente está-presente ele mesmo, uma espécie de estar-presente humano no que está-presente não-encoberto. Nós mesmos precipitamo-nos no errar se traduzirmos a palavra ἐπιστήμη por ciência, e deixarmos à discrição que se diga com esta palavra o que, justamente, nos é conhecido sob a designação de ciência em geral. Mas se, apesar disso, traduzirmos aqui ἐπιστήμη por ciência, então [224] esta interpretação só terá razão, se entendermos o saber como o ter-visto e pensarmos o ter-visto a partir daquele ver que se encontra ante o aspecto do que está-presente enquanto o que está-presente e visa o estar-em-presença ele mesmo. A partir do saber assim pensado a ἐπιστήμη [GA5  :179] τις de Aristóteles conserva, e de certo, não por acaso, a conexão essencial àquilo que Hegel   chama “a ciência”, cujo saber, evidentemente, se transformou com aquela transformação do estar-presente do que está-presente. Se entendermos o nome “ciência” apenas neste sentido, então as assim chamadas ciências são ciência em segunda linha. [GA5]