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SZ:41-43 – caracterização do Dasein
terça-feira 12 de dezembro de 2017
Schuback
O ente que temos a tarefa de analisar somos nós mesmos. O ser deste ente é sempre e cada vez meu. Em seu ser, isto é, sendo, este ente se relaciona com o seu ser. Como um ente deste ser, a presença se entrega à responsabilidade de assumir seu próprio ser. Ser é o que neste ente está sempre em jogo. Desta caracterização da presença resultam duas coisas:
1. A “essência” deste ente está em ter de ser. A quididade (essentia) deste ente, na medida em que dela se possa falar, há de ser concebida a partir de seu ser (existência). Neste propósito, é tarefa ontológica mostrar que, se escolhemos a palavra existência para designar o ser deste ente, esta não tem e nem pode ter o significado ontológico do termo tradicional existentia. Para a ontologia tradicional, existentia designa o mesmo que ser simplesmente dado, modo de ser que não pertence à essência do ente dotado do caráter de presença. Evita-se uma confusão usando a expressão interpretativa ser simplesmente dado para designar existentia e reservando-se existência como determinação ontológica exclusiva da presença.
A “essência” da presença está em sua existência. As características que se podem extrair deste ente não são, portanto, “propriedades” simplesmente dadas de um ente simplesmente dado que possui esta ou aquela “configuração". As características constitutivas da presença são sempre modos possíveis de ser e somente isso. Toda modalidade de ser deste ente é primordialmente ser. Por isso, o termo “presença”, reservado para designá-lo, não exprime a sua quididade como mesa, casa, árvore, mas sim o ser.
2. O ser, que está em jogo no ser deste ente, é sempre meu. Neste sentido, a presença nunca poderá ser apreendida ontologicamente como caso ou exemplar de um gênero de entes simplesmente dados. Pois, para os entes simplesmente dados, o seu “ser” é indiferente ou, mais precisamente, eles são de tal maneira que o seu ser não se lhes pode tornar nem indiferente nem não indiferente. Dizendo-se a presença, deve-se também pronunciar sempre o pronome pessoal, devido a seu caráter de ser sempre minha: “eu sou”, “tu és".
A presença se constitui pelo caráter de ser minha, segundo este ou aquele modo de ser. De alguma maneira, sempre já se decidiu de que modo a presença é sempre minha. O ente, em cujo ser, isto é, sendo, está em jogo o próprio ser, relaciona-se e comporta-se com o seu ser, como a sua possibilidade mais própria. A presença é sempre sua possibilidade. Ela não “tem” a possibilidade apenas como uma propriedade simplesmente dada. E porque a presença é sempre essencialmente sua possibilidade ela pode, em seu ser, isto é, sendo, “escolher-se”, ganhar-se ou perder-se ou ainda nunca ganhar-se ou só ganhar-se “aparentemente". A presença só pode perder-se ou ainda não se ter ganho porque, segundo seu modo de ser, ela é uma possibilidade própria, ou seja, é chamada a apropriar-se de si mesma. Os dois modos de ser propriedade e impropriedade ambos os termos foram escolhidos em seu sentido rigorosamente literal — fundam-se em a presença determinar-se pelo caráter de ser sempre minha. A impropriedade da presença, porém, não diz “ser” menos e nem tampouco um grau “inferior” de ser. Ao contrário, a impropriedade pode determinar toda a concreção da presença em suas ocupações, estímulos, interesses e prazeres.
Os dois caracteres esboçados da presença, o primado da “existência” frente à “essência” e o ser sempre minha, já indicam que uma análise deste ente se acha diante de um âmbito fenomenal próprio. A presença não tem, nem nunca pode ter o modo de ser dos entes simplesmente dados dentro do mundo. E por isso é que não se pode dar tematicamente nos modos e métodos em que se constatam os entes simplesmente dados. O modo de dar-se previamente, que lhe é adequado, é tão pouco evidente que sua determinação constitui uma parte essencial de sua análise ontológica. A possibilidade de se compreender o ser deste ente vai depender da segurança com que se exerce um modo conveniente de acesso. Por mais provisória que seja, a análise exige que se assegure um ponto de partida conveniente. (p. 85-86)
Rivera
El ente cuyo análisis constituye nuestra tarea lo somos cada vez nosotros mismos [1]. El ser de este ente es cada vez mío [2]. En el ser de este ente se las ha este mismo con su ser [3]. Como ente de este ser, él está entregado a su propio ser. Es el ser mismo [4] lo que le va cada vez a este ente. De esta caracterización del Dasein resultan dos cosas:
1. La “esencia” de este ente consiste en su tener-que-ser [Zu-sein] [5] [6]. El “qué” (essentia) de este ente, en la medida en que se puede siquiera hablar así, debe concebirse desde su ser (existentia). En estas condiciones, la ontología tendrá precisamente la tarea de mostrar que cuando escogemos para el ser de este ente la designación de existencia [Existenz], este término no tiene ni puede tener la significación ontológica del término tradicional existentia; existentia quiere decir, según la tradición, ontológicamente lo mismo que estar-ahí [Vorhandensein] [7], una forma de ser esencialmente incompatible con el ente que tiene el carácter del Dasein. Para evitar la confusión usaremos siempre para el término existentia la expresión interpretativa estar-ahí [Vorhandenheit] y le atribuiremos la existencia como determinación de ser solamente al Dasein.
La “esencia ” del Dasein consiste en su existencia. Los caracteres destacables en este ente no son, por consiguiente, “propiedades” que estén-ahí de un ente que está-ahí con tal o cual aspecto, sino siempre maneras de ser posibles para él, y sólo eso. Todo ser-tal [8] de este ente es primariamente ser. Por eso el término “Dasein” con que designamos a este ente, no expresa su qué, como mesa, casa, árbol, sino el ser [9].
2. El ser que está en cuestión para este ente en su ser es cada vez el mío. Por eso, el Dasein no puede concebirse jamás ontológicamente como caso y ejemplar de un género del ente que está-ahí. A este ente su ser le es “indiferente”, o más exactamente, él “es” de tal manera que su ser no puede serle ni indiferente ni no-indiferente. La referencia al Dasein—en conformidad con el carácter de ser-cada-vez-mío [Jemeinigkeit] de este ente— tiene que connotar siempre el pronombre personal·, “yo soy”, “tú eres” [10].
Y, por otra parte, cada vez el Dasein es mío en esta o aquella manera de ser [11]. Ya siempre se ha decidido de alguna manera en qué forma el Dasein es cada vez mío. El ente al que en su ser le va este mismo se comporta en relación a su ser como en relación a su posibilidad más propia. El Dasein es cada vez su posibilidad, y no la “tiene” tan sólo a la manera de una propiedad que estuviera-ahí. Y porque el Dasein es cada vez esencialmente su posibilidad, este ente puede en su ser “escogerse”, ganarse a sí mismo, puede perderse, es decir, no ganarse jamás o sólo ganarse “aparentemente”. Haberse perdido y no haberse ganado todavía, él lo puede sólo en la medida en que, por su esencia, puede ser propio, es decir, en la medida en que es suyo. Ambos modos de ser, propiedad e impropiedad —estas expresiones han sido adoptadas terminológicamente en su estricto sentido literal—, se fundan en que el Dasein en cuanto tal está determinado por el ser-cada-vez-mío. Pero la impropiedad del Dasein no significa, por así decirlo, un ser “menos” o un grado de ser “inferior”. Por el contrario, la impropiedad puede determinar al Dasein en lo que tiene de más concreto, en sus actividades, motivaciones, intereses y goces.
Los dos caracteres del Dasein que hemos esbozado, la primacía de la “existentia” sobre la essentia y el ser-cada-vez-mío, indican ya que una analítica de este ente se ve confrontada con un dominio fenoménico sui generis. Este ente no tiene ni tendrá jamás el modo de ser de lo que solamente está-ahí dentro del mundo. Por eso tampoco puede darse temáticamente en el modo de la constatación de algo que está-ahí. Su correcta presentación es de tal modo poco obvia, que ya determinarla constituye una parte esencial de la analítica ontológica de este ente. La posibilidad de hacer comprensible el ser de este ente depende del acierto con que se lleve a cabo la correcta presentación del mismo. Por provisional que sea todavía el análisis, siempre exige asegurarse el correcto punto de partida. (p. 67-68)
Macquarrie & Robinson
We are ourselves the entities to be analysed. The Being of any such entity is in each case mine. [12] These entities, in their Being, comport themselves towards their Being. As entities with such Being, they are delivered over to their own Being. [13] Being is that which is an issue for every such entity. [14] This way of characterizing Dasein has a double consequence:
1. The ‘essence’ [“Wesen”] of this entity lies in its “to be” [Zu-sein], Its Being-what-it-is [Was-sein] (essentia) must, so far as we can speak of it at all, be conceived in terms of its Being (existentia). But here our ontological task is to show that when we choose to designate the Being of this entity as “existence” [Existenz], this term does not and cannot have the ontological signification of the traditional term “existentia”ontologically, existentia is tantamount to Being-present-at-hand, a kind of Being which is essentially inappropriate to entities of Dasein’s character. To avoid getting bewildered, we shall always use the Interpretative expression “presence-at-hand” for the term “existentia”, while the term “existence”, as a designation of Being, will be allotted solely to Dasein.
The’essence’ of Dasein lies in its existence. Accordingly those characteristics which can be exhibited in this entity are not ‘properties’ preseni-at-hand of some entity which ‘looks’ so and so and is itself present-at-hand; they are in each case possible ways for it to be, and no more than that.
All the Being-as-it-is [So-sein] which this entity possesses is primarily Being. So when we designate this entity with the term ‘Dasein’, we are expressing not its “what” (as if it were a table, house or tree) but its Being.
2. That Being which is an issue for this entity in its very Being, is in each case mine. Thus Dasein is never to be taken ontologically as an instance or special case of some genus of entities as things that are present-at-hand. [15] To entities such as these, their Being is ‘a matter of indifference’ ; [16] or more precisely, they ‘are’ such that their Being can be neither a matter of indifference to them, nor the opposite. Because Dasein has in each case mineness [Jemeinigkeit], one must always use a personal pronoun when one addresses it: ‘I am’, ‘you are’.
Furthermore, in each case Dasein is mine to be in one way or another. Dasein has always made some sort of decision as to the way in which it is in each case mine [je meines]. That entity which in its Being has this very Being as an issue, comports itself towards its Being as its ownmost possibility. In each case Dasein is its possibility, and it ‘has’ this possibility, but not just as a property [eigenschaftlich], as something present-at-hand would. And because Dasein is in each case essentially its own possibility, it can, in its very Being, ‘choose’ itself and win itself; it can also lose itself and never win itself; or only ‘seem’ to do so. But only in so far as it is essentially something which can be authentic — that is, something of its own [17] — can it have lost itself and not yet won itself. As modes of Being, authenticity and inauthenticity (these expressions have been chosen terminologically in a strict sense) -are both grounded in the fact that any Dasein whatsoever is characterized by mineness. [18] But the inauthenticity of Dasein does not signify any ‘less’ Being or any ‘lower’ degree of Being. Rather it is the case that even in its fullest concretion Dasein can be characterized by inauthenticity — when busy, when excited, when interested, when ready for enjoyment.
The two characteristics of Dasein which we have sketched — the priority of ‘existentia’ over essentia, and the fact that Dasein is in each case mine [die Jemeinigkeit] — have already indicated that in the analytic of this entity we are facing a peculiar phenomenal domain. Dasein does not have the kind of Being which belongs to something merely present-at-hand within the world, nor does it ever have it. So neither is it to be presented thematically as something we come across in the same way as we come across what is present-at-hand. The right way of presenting it is so far from self-evident that to determine what form it shall take is itself an essential part of the ontological analytic of this entity. Only by presenting this entity in the right way can we have any understanding of its Being. No matter how provisional our analysis may be, it always requires the assurance that we have started correctly. [p. 67-69]
Original
Das Seiende, dessen Analyse zur Aufgabe steht, sind wir je selbst. Das Sein dieses Seienden ist je meines. Im Sein dieses Seienden verhält sich dieses selbst zu seinem Sein. Als Seiendes dieses Seins ist es seinem eigenen Sein überantwortet. Das Sein ist es, darum es diesem Seienden je selbst geht. Aus dieser Charakteristik des Daseins ergibt sich ein Doppeltes:
1. Das »Wesen« dieses Seienden liegt in seinem Zu-sein. Das Was-sein (essentia) dieses Seienden muß, sofern überhaupt davon gesprochen werden kann, aus seinem Sein (existentia) begriffen werden. Dabei ist es gerade die ontologische Aufgabe zu zeigen, daß, wenn wir für das Sein dieses Seienden die Bezeichnung Existenz wählen, dieser Titel nicht die ontologische Bedeutung des überlieferten Terminus existentia hat und haben kann; existentia besagt ontologisch soviel wie Vorhandensein, eine Seinsart, die dem Seienden vom Charakter des Daseins wesensmäßig nicht zukommt. Eine Verwirrung wird dadurch vermieden, daß wir für den Titel existentia immer den interpretierenden Ausdruck Vorhandenheit gebrauchen und Existenz als Seinsbestimmung allein dem Dasein zuweisen.
Das »»Wesen« des Daseins liegt in seiner Existenz. Die an diesem Seienden herausstellbaren Charaktere sind daher nicht vorhandene »Eigenschaften« eines so und so »aussehenden« vorhandenen Seienden, sondern je ihm mögliche Weisen zu sein und nur das. Alles Sosein dieses Seienden ist primär Sein. Daher drückt der Titel »Dasein«, mit dem wir dieses Seiende bezeichnen, nicht sein Was aus, wie Tisch, Haus, Baum, sondern das Sein.
2. Das Sein, darum es diesem Seienden in seinem Sein geht, ist je meines. Dasein ist daher nie ontologisch zu fassen als Fall und Exemplar einer Gattung von Seiendem als Vorhandenem. Diesem Seienden ist sein Sein »gleichgültig«, genau besehen, es »ist« so, daß ihm sein Sein weder gleichgültig noch ungleichgültig sein kann. Das Ansprechen von Dasein muß gemäß dem Charakter der Jemeinigkeit dieses Seienden stets das Personalpronomen mitsagen: »ich bin«, »du bist«.
Und Dasein ist meines wiederum je in dieser oder jener Weise zu sein. Es hat sich schon immer irgendwie entschieden, in welcher Weise Dasein je meines ist. Das Seiende, dem es in seinem Sein um dieses selbst geht, verhält sich zu seinem Sein als seiner eigensten Möglichkeit. Dasein ist je seine Möglichkeit und es »hat« sie nicht nur noch eigenschaftlich als ein Vorhandenes. Und weil Dasein wesenhaft je seine Möglichkeit ist, kann dieses Seiende in seinem Sein sich selbst »wählen«, gewinnen, es kann sich verlieren, bzw. nie und nur »scheinbar« gewinnen. Verloren haben kann es sich nur und noch nicht sich gewonnen haben kann es nur, sofern es seinem Wesen nach mögliches eigentliches, das heißt sich zueigen ist. Die beiden Seinsmodi der Eigentlichkeit und Uneigentlichkeit — diese Ausdrücke sind im strengen Wortsinne terminologisch gewählt — gründen darin, daß Dasein überhaupt durch Jemeinigkeit bestimmt ist. Die Uneigentlichkeit des Daseins bedeutet aber nicht etwa ein »weniger« Sein oder einen »niedrigeren« Seinsgrad. Die Uneigentlichkeit kann vielmehr das Dasein nach seiner vollsten Konkretion bestimmen in seiner Geschäftigkeit, Angeregtheit, Interessiertheit, Genußfähigkeit.
Die beiden skizzierten Charaktere des Daseins: einmal der Vorrang der »existentia« vor der essentia und dann die Jemeinigkeit zeigen schon an, daß eine Analytik dieses Seienden vor einen eigenartigen phänomenalen Bezirk gestellt wird. Dieses Seiende hat nicht und nie die Seinsart des innerhalb der Welt nur Vorhandenen. Daher ist es auch nicht in der Weise des Vorfindens von Vorhandenem thematisch vorzugeben. Die rechte Vorgabe seiner ist so wenig selbstverständlich, daß deren Bestimmung selbst ein wesentliches Stück der ontologischen Analytik dieses Seienden ausmacht. Mit dem sicheren Vollzug der rechten Vorgabe dieses Seienden steht und fällt die Möglichkeit, das Sein dieses Seienden überhaupt zum Verständnis zu bringen. Mag die Analyse noch so vorläufig sein, sie fordert immer schon die Sicherung des rechten Ansatzes. [SZ :41-43]
Ver online : EXISTÊNCIA
[1] a – cada vez ‘yo’.
[2] NT:“…cada vez…”: en alemán, je.
[3] b – Pero este ser es un estar-en-el-mundo que acontece históricamente.
[4] c – ¿Cuál? [El que consiste en] Tener que ser el Ahí y en él afirmarse ante el Ser en cuanto tal [das Seyn überhaupt].
[5] NT: “…tener-que-ser…”: en alemán, Zu-sein.
[6] d – que él ‘tiene’ que ser [zu seyn:] ¡Destinación!
[7] NT: “…estar-ahí…”: en alemán, Vorhandensein o también Vorhandenheit (destacado en el texto original).
[8] NT: “Todo ser tal…”: en alemán, alies Sosein
[9] a – el Ser [Seyn] ‘del’ Ahí; ‘del’: genitivo objetivo.
[10] b – e.d. ser-cada-vez-mío quiere decir estar entregado a sí mismo como propio [Übereignetheit].
[11] NT: “Y, por otra parte… etc.”: Heidegger sostiene aquí que el ser-cada-vez-mío puede revestir distintas maneras de realización: se puede ser-cada-vez-mío en forma impropia o se puede ser-cada-vez-mío en forma propia.
[12] ‘Das Seiende, dessen Analyse zur Aufgabe steht, sind wir je selbst. Das Sein dieses Seienden ist je meines.’ The reader must not get the impression that there is anything solipsistic about the second of these sentences. The point is merely that the kind of Being which belongs to Dasein is of a sort which any of us may call his own.
[13] ‘Als Seiendes dieses Seins ist es seinem eigenen Sein überantwortet.’ The earlier editions read ‘. . . seinem eigenen Zu-sein . . .’
[14] See note 2, p. 28, H. 8 above.
[15] … als Vorhandenen’. The earlier editions have the adjective ‘vorhandenen’ instead of the substantive.
[16] ‘gleichgültig’. This adjective must be distinguished from the German adjective ‘indifferent’, though they might both ordinarily be translated by the English ‘indifferent’, which we shall reserve exclusively for the former. In most passages, the latter is best translated by ‘undifferentiated’ or ‘without further differentiation’; occasionally, however, it seems preferable to translate it by ‘Indifferent’ with an initial capital. We shall follow similar conventions with the nouns ‘Gleichgültigkeit’ and ‘Indifferenz’.
[17] ‘Und weil Dasein wesenhaft je seine Möglichkeit ist, kann dieses Seiende in seinem Sein sich selbst “wählen”, gewinnen, es kann sich verlieren, bzw. nie und nur “scheinbar” gewinnen. Verloren haben kann es sich nur und noch nicht sich gewonnen haben kann es nur, sofern es seinem Wesen nach mögliches eigentliches, das heisst sich zueigen ist.’ Older editions have ‘je wesenhaft’ and ‘zueigenes’. The connection between ‘eigentlich’ (‘authentic’, ‘real’) and ‘eigen’ (‘own’) is lost in translation.
[18] ‘. . . dass Dasein überhaupt durch Jemeinigkeit bestimmt ist.’