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ti to on / τί τὸ ὄν / to ti esti / τὸ τί ἐστι / ti esti / ti estin / tode ti / tóde ti / τόδε τί / τὸ τί ἦν εἶναι / to ti ên einai / quid / quidam / quidditas

O o-que-ser (τò τí ἐστιν) e o que-ser (τò ἐστιν) confundem-se em sua diferencialidade com a distinção que suporta por toda parte a metafísica e que se fixa pela primeira vez e ao mesmo tempo definitivamente na distinção platônica entre ο ὄντωσ ὄv e ο μὴ ὄv – ainda que essa distinção seja capaz de se transformar até o ponto de se tornar irreconhecível (cf. Aristóteles, Metafísica Z 4, 1030a 17). Ο ὄντωσ ὄv, aquilo que tem o caráter do ente, isto é, o “verdadeiramente” ente no sentido da ἀλήθεια, é a “face”, a aparência presente. Em uma tal presença essencializam-se de maneira una sobretudo aquilo que um ente é e o fato de ele ser – a saber, no presente do aspecto. O “mundo verdadeiro” é o mundo de antemão decidido no que diz respeito ao seu “que”. Todavia, na medida em que, enquanto o mundo “verdadeiro”, ele se distingue do mundo aparente; na medida em que esse mundo aparente só mostra o o-que-é de modo turvo e, de acordo com isso, não “é” “verdadeiramente”, não sendo, contudo, ao mesmo tempo nada, mas um ente, o “fato de ele ser” surge no μὴ ὄv de maneira insistente, porque se mostra como desnudamento da “face” pura na qual o o-que se revela. Com e na distinção entre ο ὄντωσ ὄv e ο μὴ ὄv cindem-se τò τí ἐστιν e τò ἔστιὑ vὁ (τí e ο ὅτἰ). O fato-de-ser torna-se o caráter distintivo do respectivo esse aqui (τόδε τι) e do ἕκαστον (cada); ao mesmo tempo, estes fazem com que o o-que-é (εἶδος) apareça, determinando desse modo sozinho um que do ser e, com isso, um ente enquanto um ente respectivo. A ἰδέα torna-se agora expressamente εἶδος no sentido da μορφή de uma ὕλη; e isto de tal modo, em verdade, que a entidade é transposta para ο σύνολον, sem que a distinção seja cancelada (no que concerne ao sentido originário grego de μορφή, fundamentalmente diverso da distinção entre forma e matéria, cf. Aristóteles, Física B1). Essa distinção entra em cena ulteriormente, sobretudo por meio da interpretação teológica da ideia bíblica da criação (existentia, essentia e principium individuationis). O o-que-é e o fato-de-que-é diluem-se com a crescente ausência de questionamento da entidade e se transformam em vazios “conceitos reflexivos”, mantendo-se, contudo, em um poder tanto mais tenaz quanto mais óbvia a metafísica foi se tornando. [GA6  ]