Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Gesamtausgabe > SZ:268-270 – Análise ontológica da consciência

SZ:268-270 – Análise ontológica da consciência

quarta-feira 9 de junho de 2021

Rivera

En primer lugar la conciencia deberá ser rastreada hasta sus fundamentos y estructuras existenciales, y aclarada como fenómeno del Dasein  , atendiendo a la constitución de ser de este ente hasta aquí alcanzada. El análisis ontológico de la conciencia así comprendido es previo a una descripción psicológica de las vivencias de la conciencia moral   y a una clasificación de las mismas; y es ajeno a una “explicación” biológica o, lo que es igual, a una disolución del fenómeno. Pero no menor es su distancia de una interpretación teológica de la conciencia o, más aun, de una utilización de este fenómeno para la demostración de la existencia de Dios o como una “inmediata” conciencia de Dios.

Sin embargo, aun dentro de estos límites de la investigación de la conciencia, sus resultados no deberán sobrestimarse, ni tampoco minimizarse en función de falsas expectativas. La conciencia, en cuanto fenómeno del Dasein, no es un hecho que ocasionalmente ocurra y que de vez en cuando se haga presente, sino que sólo “es” en el modo de ser del Dasein, y siempre se acusa como factum tan sólo en y con la existencia fáctica. La exigencia de una “prueba empírica inductiva” de la “efectividad” del hecho de la conciencia y de la autoridad de su “voz”, reposa en una tergiversación ontológica del fenómeno. Pero esta tergiversación la comparte también toda crítica presuntamente superior que considere la conciencia como un “hecho” que ocurriría sólo a veces, y que no sería “constatado ni constatable universalmente”. El factum de la conciencia no se deja en absoluto someter a semejantes pruebas y contrapruebas. Esto no es una deficiencia, sino sólo el signo en que se acusa su heterogeneidad ontológica frente a todo lo que está-ahí en el mundo circundante.

La conciencia da a entender “algo”, la conciencia abre. De esta caracterización formal   surge la indicación de remitir este fenómeno a la aperturidad del Dasein. Esta estructura fundamental del ente que somos nosotros mismos está constituida por la disposición afectiva, el comprender, la caída y el discurso. El análisis más a fondo de la conciencia la revelará como una llamada [Ruf  ]. El llamar es un modo del discurso. La llamada de la conciencia tiene el carácter de una apelación [Anruf] al Dasein a hacerse cargo de su más propio poder-ser- sí-mismo, y esto en el modo de una intimación [Aufruf] a despertar a su más propio ser-culpable [Schuldigsein  ].

Esta interpretación existencial está necesariamente lejos de la comprensión común óntica y cotidiana, aun cuando ponga de manifiesto los fundamentos ontológicos de aquello que, dentro de ciertos límites, siempre ha sido comprendido por la interpretación vulgar de la conciencia, y que ésta ha conceptualizado como una “teoría” de la conciencia. De ahí que la interpretación existencial necesite comprobarse mediante una crítica de la interpretación vulgar de la conciencia. Una vez aclarado el fenómeno, podrá establecerse hasta qué punto éste da testimonio de un poder-ser propio del Dasein. A la llamada de la conciencia corresponde la posibilidad de escuchar. La comprensión de la llamada se revela como un querer-tener-conciencia. Pero en este fenómeno tenemos algo que antes buscábamos: el acto existentivo de hacer la elección de un ser-sí-mismo, acto que nosotros llamaremos, de acuerdo con su estructura existencial, la resolución. [STRivera:285-286]

Castilho

De início deve-se remontar aos fundamentos e estruturas existenciários da consciência, deixando-a visível como fenômeno do Dasein, com a manutenção da constituição-de-ser desse ente até agora conquistada. A análise ontológica da consciência assim levada a cabo precede uma descrição psicológica das vivências-de-consciência e sua classificação, do mesmo modo que não se trata de uma “explicação” biológica, isto é, de uma dissolução do fenômeno. Mas não é menor sua distância de uma interpretação teológica da consciência ou até de uma adoção desse fenômeno para prova de Deus ou de uma “imediata” consciência-de-Deus.

Não obstante, o resultado dessa limitada investigação restrita da consciência não deve ser nem supervalorizado, nem submetido a pretensões descabidas e, assim, minimizado. A consciência, como fenômeno do Dasein, não é um fato que advém e às vezes subsiste. Ela somente “e” no modo-de-ser do Dasein e se anuncia cada vez como factum só com a existência factual e na existência factual. A exigência de uma “prova empírica indutiva” para a “factualidade” da consciência e a legitimidade da sua “voz” repousa sobre uma deturpação ontológica do fenômeno. Dessa deturpação participa também toda crítica superior da consciência considerada como ocorrência eventual e não como um “fato universalmente atestado e atestável”. Entre tais provas e contraprovas, o factum da consciência não se pode em geral estabelecer, o que não constitui defeito algum, mas é somente a característica de sua alteridade ontológica diante do subsistente do mundo-ambiente.

A consciência dá “algo” a entender, ela abre. Dessa caracterização formal surge a indicação de reduzir o fenômeno à abertura do Dasein. Essa constituição-fundamental do ente, que somos cada vez nós mesmos, é constituída por encontrar-se, entender, decair e discurso. A análise mais penetrante da consciência a põe a descoberto como apelo. O apelar é um modus   do discurso. O apelo-da-cons-ciência tem o caráter de uma intimação a que o Dasein assuma o seu mais-pró-prio poder-ser si-mesmo, e isto, no modo do despertar pata. o seu mais-próprio ser-culpado.

Essa interpretação existenciária [existenzial  ] está necessariamente mais afastada da ôntica entendibilidade cotidiana, embora deixe por igual manifestos os fundamentos ontológicos, do que a vulgar interpretação-da-consciência, dentro de certos limites, reduziu a um conceito como “teoria” da consciência. Por isso a interpretação existenciária requer confirmação mediante uma crítica da interpretação vulgar da consciência. A partir do fenômeno posto em claro pode-se estabelecer a medida em que este atesta um poder-ser próprio do Dasein. Ao apelo-da-consciência corresponde um possível ouvir. O entender-a-intimação se desvenda como querer-ter-consciência. Mas neste fenômeno há o buscado escolher existencial da escolha de um ser-si-mesmo, que nós, em correspondência à sua estrutura existenciária, denominamos de o ser-resoluto. [STCastilho:739,741)

Schuback

Numa primeira aproximação, é preciso perseguir os fundamentos e estruturas existenciais da consciência, tornando-a visível como fenômeno da existência, com base na constituição de ser desse ente até aqui obtida. Esta análise ontológica da consciência antecede toda descrição psicológica de suas vivências e sua classificação, estando também fora de uma “explicação” biológica, ou seja, de uma dissolução do fenômeno. Também não é menor a distância que a separa de uma interpretação teológica da consciência moral (des Gewissens) ou mesmo da sua consideração com vistas a provar a existência de Deus ou uma consciência (Bewusstsein  ) “imediata” de Deus.

Entretanto, o resultado dessa investigação limitada da consciência não deve ser exagerado, nem diminuído e nem deturpado. Como fenômeno da presença, a consciência não é um fato que ocorre e que, por vezes, simplesmente se dá. Ela “é"e “está” apenas no modo de ser da presença e, como fato, só se anuncia com e na existência fática. A exigência de uma “prova empírico-indutiva” para o “fato” da consciência e para a legitimidade de sua “voz” significa uma deturpação ontológica desse fenômeno. Dessa deturpação, no entanto, participa toda crítica da consciência que a interpreta como um fato que, às vezes, ocorre e que “não é e nem pode ser universalmente constatado”. O fato da consciência não se deixa, de forma alguma, submeter a tais provas e objeções. Isso não constitui uma deficiência, mas somente a característica de sua especificidade ontológica, que difere do ser simplesmente dado no mundo circundante.

A consciência dá “algo” a compreender, ela abre. Dessa caracterização formal surge a indicação de se reconduzir o fenômeno para a abertura da presença. Essa constituição fundamental daquele ente que nós mesmos somos constitui-se de disposição, compreensão, decadência e fala. A análise mais profunda da consciência a desvela como apelo [Ruf]. O apelo é um modo de fala. O apelo da consciência possui o caráter de interpelação da presença para o seu poder-ser-si-mesmo mais próprio e isso no modo de fazer apelo para o seu ser e estar em dívida mais próprio.

Essa interpretação existencial dista, necessariamente, da compreensão ôntico-cotidiana, embora elabore os fundamentos ontológicos do que a interpretação vulgar da consciência sempre compreendeu em determinados limites e conceituou numa "teoria" da consciência. Nesse sentido, a interpretação existencial precisa submeter-se ao crivo de uma crítica da interpretação vulgar da consciência. E a partir da elaboração do fenômeno pode-se alcançar em que medida ele testemunha um poder-ser próprio da presença. Ao apelo da consciência corresponde a possibilidade de uma escuta. O compreender do interpelar desvela-se como um querer-ter-consciência. Nesse fenômeno, porém, dá-se a escolha existenciária que escolhe um ser-si-mesmo denominado, em correspondência à sua estrutura existencial, de decisão [Entschlossenheit  ]. [STSchuback:347-348]

Martineau

Tout d’abord, la conscience doit être poursuivie jusqu’en ses fondements et ses structures existentiales, et manifestée - la constitution d’être de cet étant jusqu’ici conquise étant maintenue - comme phénomène du Dasein. L’analyse ontologique de la conscience ainsi engagée est antérieure à toute description et classification psychologique des vécus de la conscience [1], et elle n’est pas moins indépendante d’une « explication » biologique, c’est-à-dire d’une dissolution du phénomène. Cependant, elle se distingue tout autant d’une interprétation théologique de la conscience, voire d’une invocation de ce phénomène pour démontrer l’existence de Dieu ou d’une conscience « immédiate » de Dieu.

Cela dit, en dépit des limitations qui viennent d’être assignées à cette recherche, sa portée ne doit être ni surestimée, ni soumise à des requêtes inadéquates et ainsi amoindrie. La conscience, en tant que phénomène du Dasein, n’est point un fait qui surviendrait et serait parfois sous-la-main. Elle n’« est » que selon le mode d’être du Dasein, et elle ne s’annonce   jamais, à titre de fait, qu’avec et dans l’existence factice. L’exigence d’une « preuve empirique inductive » de la « factualité » de la conscience et de la véracité de sa « voix » procède d’une perversion ontologique du phénomène, perversion à laquelle participe, du reste, toute critique supérieure qui prétendrait que la conscience ne survient que de temps à autre, et lui dénierait ainsi le statut de « fait universellement constaté et constatable ». À de semblables preuves et contre-preuves, il n’est pas question de soumettre le fait de la conscience. Cela n’est point un défaut, mais seulement l’indice de son hétérogénéité ontologique par rapport à tout étant sous-la-main dans le monde ambiant.

La conscience donne « quelque chose » à comprendre, elle ouvre. De cette caractéristique formelle, un impératif résulte : le phénomène doit être repris dans l’ouverture du Dasein. Cette constitution fondamentale de l’étant que nous sommes à chaque fois nous-mêmes est elle-même constituée par l’affection, le comprendre, l’échéance et le parler. L’analyse plus pénétrante de la conscience la dévoilera comme appel. L’appeler est un mode du parler. L’appel de la conscience a le caractère de l’ad-vocation du Dasein vers son pouvoir-être-Soi-même le plus propre, et cela selon la guise de la con-vocation à son être-en-dette le plus propre.

L’interprétation existentiale est nécessairement éloignée de l’entente ontique quotidienne, quand bien même elle dégage les fondements ontologiques de ce que l’explicitation vulgaire de la conscience, dans certaines limites, a toujours compris et, en tant que « théorie » de la conscience, porté à un concept. Aussi l’interprétation existentiale a-t-elle besoin d’une confirmation par une critique de l’explicitation vulgaire de la conscience. À partir du phénomène une fois dégagé peut être fixée la mesure en laquelle il atteste un pouvoir-être authentique du Dasein. À l’appel de la conscience appartient un entendre possible. La compréhension de l’ad-vocation se dévoile comme vouloir-avoir-conscience. Mais, dans ce phénomène est contenu le choisir existentiel - que nous cherchons - du choix d’un être-Soi-même, choisir que nous appelons, conformément à sa structure existentiale, la résolution. [ETMartineau:§54

Vezin

La conscience morale doit être tout de suite poursuivie de manière à retourner à ses soubassements et structures existentiaux et elle doit être rendue visible comme phénomène du Dasein en se tenant à la constitution d’être de cet étant que nous avons obtenue jusqu’ici. Engagée sur cette base, l’analyse ontologique de la conscience morale se situe en deçà d’une description psychologique des vécus de cette conscience et de leur classification, de même qu’elle se tient à part d’une « explication » biologique, c’est-à-dire d’une dissolution du phénomène. Mais elle ne se garde pas moins de prendre la conscience morale dans une perspective théologique ou même de s’emparer de ce phénomène pour en faire une preuve de Dieu ou une conscience « immédiate » de Dieu.

Quelles que soient les limites que s’impose la recherche consacrée à la conscience morale, son apport ne saurait être toutefois exagéré ni en sens inverse réduit à presque rien. La conscience morale prise comme phénomène du Dasein n’est pas un fait qui se produit et apparaît quelquefois là-devant. Elle n’« est » qu’avec le genre d’être du Dasein et ne s’annonce chaque fois comme factum qu’avec et dans l’existence factive. Réclamer une « preuve empirique par induction » pour asseoir la « nature de fait » de la conscience morale et en légitimer la « voix », c’est prendre le phénomène ontologiquement à l’envers. Mais cette inversion sévit aussi en toute critique de la conscience morale qui la toise comme un « fait » qui ne se produit que temporairement et n’est pas « universellement constaté et constatable ». Le factum de la conscience morale n’est nullement saisissable sous le feu croisé de preuves et contre-preuves de ce genre. Ce n’est pas là un défaut mais seulement la marque distinctive montrant qu’elle est ontologiquement d’une autre nature que l’étant là-devant qui appartient au monde ambiant.

La conscience morale donne « quelque chose » à entendre, elle découvre. De cette caractérisation formelle ressort la consigne de ramener le phénomène dans l’ouvertude du Dasein. Cette constitution fondamentale de l’étant que nous sommes chaque fois nous-mêmes est constituée par la disposibilité, l’entendre, le dévalement et la parole. Pénétrant plus avant, l’analyse révèle la conscience morale comme appel. Appeler est un mode de la parole. L’appel de la conscience morale a le caractère de l’interpellation adressée au Dasein sur son pouvoir-être-soi-même le plus propre et cela de la manière qui en appelle à son être-en-faute le plus propre.

Cette interprétation existentiale s’écarte nécessairement du bon sens ontique quotidien, bien qu’elle mette à nu les soubassements ontologiques de ce que l’explicitation courante de la conscience morale a toujours entendu dans certaines limites et qu’elle a conceptualisé sous forme de « théorie » de la conscience morale. C’est pourquoi l’interprétation existentiale a besoin de se confirmer en faisant une critique de l’explicitation courante de la conscience morale. Une fois le phénomène mis à nu, il peut apparaître au jour dans quelle mesure il atteste un propre pouvoir-être du Dasein. À l’appel de la conscience morale correspond une possible écoute. S’entendre interpeller se révèle comme parti-d’y-voir-clair-en-conscience. Or c’est là le phénomène dans lequel réside le choix que nous cherchons, ce choix existentiel d’un être-soi-même que nous dénommons, conformément à sa structure existentiale, la résolution. [ETVezin:323-325]

Macquarrie

We shall first trace conscience back to its existential foundations and structures and make it visible as a phenomenon of Dasein, holding fast to what we have hitherto arrived at as that entity’s state of Being. The ontological analysis of conscience on which we are thus embarking, is prior to any description and classification of Experiences of conscience, and likewise lies outside of any biological ‘explanation’ of this phenomenon (which would mean its dissolution). But it is no less distant from a theological exegesis   of conscience or any employment of this phenomenon for proofs of God or for establishing an ‘immediate’ consciousness of God.

Nevertheless, even when our investigation of conscience is thus restricted, we must neither exaggerate its outcome nor make perverse claims about it and lessen its worth. As a phenomenon of Dasein, conscience is not   just a fact which occurs and is occasionally present-at-hand  . It ‘is’ only in Dasein’s kind of Being, and it makes itself known as a Fact only with factical existence and in it. The demand that an ‘inductive empirical proof’ should be given for the ‘factuality’ of conscience and for the legitimacy of its ‘voice’, rests upon an ontological perversion of the phenomenon. This perversion, however, is one that is shared by every “superior” criticism in which conscience is taken as something just occurring from time to time rather than as a ‘universally established and ascertainable fact’. Among such proofs and counterproofs, the Fact of conscience cannot present itself at all. This is no lack in it, but merely a sign by which we can recognize it as ontologically of a different kind from what is environmentally present-at-hand.

Conscience gives us ‘something’ to understand; it discloses. By characterizing this phenomenon formally in this way, we find ourselves enjoined to take it back into the disclosedness of Dasein. This disclosedness, as a basic state of that entity which we ourselves are, is constituted by state-of-mind, understanding, falling, and discourse. If we analyse conscience more penetratingly, it is revealed as a call [Ruf]. Calling is a mode of discourse. The call of conscience has the character of an appeal to Dasein by calling it to its ownmost potentiality-for-Being-its-Self; and this is done by way of summoning it to its ownmost Being-guilty. [2]

This existential Interpretation   is necessarily a far cry from everyday ontical common sense, though it sets forth the ontological foundations of what the ordinary way of interpreting conscience has always understood within certain limits and has conceptualized as a ‘theory’ of conscience. Accordingly our existential Interpretation needs to be confirmed by a critique of the way in which conscience is ordinarily interpreted. When this phenomenon has been exhibited, we can bring out the extent to which it attests an authentic potentiality-for-Being of Dasein. To the call of conscience there corresponds a possible hearing. Our understanding of the appeal unveils itself as our wanting to have a conscience [Gewissenhab en-wollen  ]. But in this phenomenon lies that existentiell choosing which we seek — the choosing to choose a kind of Being-one’s-Self which, in accordance with its existential structure, we call “resoluteness’’. [3] [BTMR  :313-315]

Original

Zunächst   soll das Gewissen in seine existenzialen Fundamente   und Strukturen zurückverfolgt und als Phänomen   des Daseins unter Festhaltung der bisher gewonnenen Seinsverfassung   dieses Seienden   sichtbar gemacht werden  . Die so angesetzte ontologische Analyse des Gewissens liegt vor einer psychologischen Deskription von Gewissenserlebnissen und ihrer Klassifikation, ebenso außerhalb einer biologischen »Erklärung  «, das heißt Auflösung des Phänomens. Aber nicht   geringer ist ihr Abstand   von einer theologischen Ausdeutung des Gewissens oder gar einer Inanspruchnahme dieses Phänomens für Gottesbeweise oder ein »unmittelbares« Gottesbewußtsein,

Gleichwohl darf auch bei   dieser eingeschränkten Untersuchung   des Gewissens ihr Ertrag weder übersteigert, noch unter verkehrte Ansprüche gestellt und herabgemindert werden. Das Gewissen ist als Phänomen des Daseins keine vorkommende und zuweilen vorhandene Tatsache. Es »ist« nur in der Seinsart des Daseins und bekundet sich als Faktum   je nur mit und in der faktischen Existenz  . Die Forderung eines »induktiven empirischen Beweises« für die »Tatsächlichkeit  « des Gewissens und die Rechtmäßigkeit seiner »Stimme  « beruht auf   einer ontologischen Verkehrung des Phänomens. Diese Verkehrung teilt aber auch jede überlegene Kritik   des Gewissens als einer nur zeitweise vorkommenden und nicht »allgemein   festgestellten und feststellbaren Tatsache«. Unter solche Beweise   und Gegenbeweise läßt sich das Faktum des Gewissens überhaupt nicht stellen  . Das ist kein Mangel  , sondern nur das Kennzeichen seiner ontologischen Andersartigkeit gegenüber umweltlich Vorhandenem.

Das Gewissen gibt »etwas« zu verstehen  , es erschließt. Aus dieser formalen Charakteristik entspringt die Anweisung  , das Phänomen in die Erschlossenheit   des Daseins zurückzunehmen. Diese Grundverfassung   des Seienden, das wir je selbst   sind, wird konstituiert durch Befindlichkeit  , Verstehen, Verfallen   und Rede  . Die eindringlichere Analyse des Gewissens enthüllt   es als Ruf. Das Rufen ist ein Modus der Rede. Der Gewissensruf hat den Charakter des Anrufs des Daseins auf sein   eigenstes Selbstseinkönnen und das in der Weise   des Aufrufs zum eigensten Schuldigsein.

Diese existenziale Interpretation liegt der alltäglichen ontischen Verständigkeit notwendig fern, ob sie gleich   die ontologischen Fundamente dessen herausstellt, was die vulgäre   Gewissensauslegung in gewissen Grenzen immer verstanden und als »Theorie  « des Gewissens auf einen Begriff   gebracht hat. Daher bedarf die existenziale Interpretation der Bewährung   durch eine Kritik der vulgären Gewissensauslegung. Aus dem herausgestellten Phänomen kann erhoben werden, inwiefern es ein eigentliches Seinkönnen   des Daseins bezeugt. Dem Gewissensruf entspricht ein mögliches Hören  . Das Anrufverstehen enthüllt sich als Gewissenhabenwollen. In diesem Phänomen aber liegt das gesuchte existenzielle Wählen   der Wahl eines Selbstseins, das wir, seiner existenzialen Struktur   entsprechend, die Entschlossenheit nennen. [SZ:268-270]


Ver online : BEWUSSTSEIN


[1NT: Ici comme dans tout le chapitre, la « conscience » (Gewissen) dont parle H. est toujours celle que nous qualifions couramment de « morale », non pas la conscience (Bewusstsein) au sens du rapport à soi primordial du sujet représentant (soi ou autre chose). Lorsque, dans d’autres chapitres, c’est à cette conscience-ci que H. fait allusion, le contexte est toujours assez clair pour qu’il soit superflu de le confirmer.

[2‘Der Gewissensruf hat den Charakter des Anrufs des Daseins auf sein eigenstes Selbstseinkönnen und das in der Weise des Aufrufs zum eigensten Schuldigsein.’ Our translation of ‘Anruf’ as ‘appeal’ and of ‘Aufruf’ as ‘summoning’ conceals the etymological connection of these expressions with ‘Ruf’, which we here translate as ‘call’ — a word which we have already used in translating expressions such as ‘nennen’, ‘heissen’, and a number of others. The verb ‘anrufen’ (‘appeal’) means literally ‘to call up’; ‘einen auf etwas anrufen’ means ‘to call to someone and call him to something’. Similarly ‘aufrufen’ (‘summon’) means ‘to call up’; ‘einen zu etwas aufrufen’ means ‘to call someone up to something which he is to do’, in the sense of challenging him or ‘calling’ him to a higher level of performance.

[3‘. . . das gesuchte existenzielle Wählen der Wahl eines Sclbstseins, das wir, seiner existentialen Struktur entsprechend, die Entschlossenheit nennen.’ While our version preserves the grammatical ambiguity of the German, it seems clear from H. 298 that the antecedent of the second relative clause is‘Selbstsein’ (‘a kind of Being-one’s-self’), not ‘Wählen’ (‘choosing’).