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Kritik / kritisch / kritische / Kritiklosigkeit

Kritik / crítica / critique / kritisch / critique / crítico / critical / κρίνειν  

Crítica vem do grego krinein, que significa «distinguir», «separar» e, desta forma, «realçar o particular». […] crítica significa fixação do que dá a norma, da regra, significa legislação e, ao mesmo tempo, tudo isso significa realce do geral perante o particular. […] A Crítica da Razão Pura, se crítica tem o sentido positivo já caracterizado, não quer, simplesmente, recusar e censurar a razão pura, «criticar», mas, pelo contrário, delimitar a sua essência decisiva, particular e, por isso, própria. Este traçar dos limites não é, em primeiro lugar, uma delimitação perante, mas um circunscrever, no sentido de uma apresentação da articulação interna da razão pura. Realçar os elementos constitutivos e as articulações entre os elementos da razão pura é um realçar das diversas possibilidades do uso da razão e das regras que correspondem a esse uso. Como Kant   uma vez acentuou (A768, B796), a crítica fornece um cálculo completo do poder total da razão pura; desenha e esboça, de acordo com uma expressão de Kant, o «contorno» (BXXIII) da razão pura. A crítica torna-se, deste modo, a medição que traça os limites do domínio total da razão pura. Esta medição realiza-se, como Kant expressamente e repetidas vezes acentuou, não por meio de uma relação com «fatos», mas a partir de princípios; não pela fixação de propriedades encontradas algures, mas pela determinação da totalidade da essência da razão pura, a partir dos seus próprios princípios. Crítica é o projeto que avalia e traça os limites da razão pura. Por isso, pertence à crítica, como momento especial, o que Kant chama o arquitectónico. (GA41  )


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