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[…] partamos da distinção entre o orgânico e o inorgânico. Qual é a diferença entre eles, uma vez que existe apenas um tipo de força? Há mais seres inorgânicos no mundo do que orgânicos, e a diferença entre o vivo e o não vivo é exclusivamente quantitativa? Em A Gaia Ciência, Nietzsche adverte: "Não se deve dizer que a morte se opõe à vida. O vivo é apenas um modo do que está morto, e um modo muito raro. Isto para sublinhar a raridade quantitativa do orgânico em relação ao (…)
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Franck / Didier Franck
FRANCK, Didier (1947)
FRANCK, Didier. Chair et corps. Sur la phénoménologie de Husserl . Paris: Minuit, 1981
FRANCK, Didier. Heidegger et le problème de l’espace. Paris: Minuit, 1986.
FRANCK, Didier. Heidegger, Être et Temps. Cours 2005
FRANCK, Didier. Nietzsche et l’ombre de Dieu. Paris: PUF, 2010
Matérias
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Didier Franck (1998:377-380) – orgânico e inorgânico
12 de janeiro, por Cardoso de Castro -
Didier Franck (1998:380-383) – a memória
12 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
Como a memória é possível? Numa nota que precede quase imediatamente a primeira formulação do eterno retorno, Nietzsche responde: "A nossa memória baseia-se no ver como igual e no tomar como igual: em outras palavras, numa visão imprecisa; é originalmente da maior grosseria e considera quase tudo como igual. — O fato de as nossas representações funcionarem como excitações desencadeadoras advém de representarmos e experimentarmos sempre numerosas representações como iguais (das (…) -
Didier Franck (1998:262-266) – o medo
9 de março, por Cardoso de Castrodestaque
Nietzsche nunca deixou de fazer do medo a disposição fundamental do homem. É, antes de mais, o sentimento original da humanidade, pois "desde há centenas de milênios que o homem é, e em grau supremo, um animal acessível ao medo" [Humano demasiado humano, I, § 169]. Se "a época do medo foi a mais longa de todas as épocas" [A Gaia Ciência, § 48]. Se "a época do medo foi a mais longa de todas as épocas" [ibidem], então o medo deve ser considerado como "aquilo que mais antigamente se (…) -
Didier Franck (2005) – explicitação [Auslegung]
9 de março, por Cardoso de Castrodestaque
Qual é a estrutura desta explicitação [Auslegung] da compreensão [Verständnis]? Esta estrutura pode ser analisada em três momentos. Muitas vezes, Heidegger analisa os fenômenos fazendo emergir neles uma estrutura tripla. Existe frequentemente um caráter formal de triplicidade. Isto porque, no fim de contas, tudo o que tem a ver com o Dasein deriva o seu significado da temporalidade, e a temporalidade articula três ekstases. […] Só se pode compreender o martelo como martelo se já (…) -
Didier Franck (1998:247-250) – desumanização
11 de março, por Cardoso de Castrodestaque
Determinar como e em que medida é possível possuir a verdade num corpo, determinar o que o corpo deve ser para se abrir a verdades cuja incorporação era até então impossível, criar um corpo de potência superior, é então e sobretudo uma tentativa de acceder a esse grande pensamento a que, desde agosto de 1881, Nietzsche não cessa de se expor. De fato, a questão do potencial do corpo para o conhecimento e a incorporação da verdade aparece pela primeira vez no longo aditamento (…) -
Didier Franck (1981:18-21) – evidência
5 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
"Toda a evidência no juízo, e em particular a das verdades que possuem uma generalidade incondicionada, está sob o conceito de intuição dadora" [Idées… I, § 21, p. 71]. A intuição dadora, ou a dação das próprias coisas, é a característica mais geral de toda a prova, antes da sua diferenciação em adequada ou inadequada, assertiva ou apodítica, pura ou impura, predicativa ou ante-predicativa. A auto-evidência judicial — a intuição do estado de coisas — remete sempre para a (…) -
Didier Franck (1981:21-24) – encarnação
5 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
1. Heidegger destaca muito claramente, no protótipo da percepção de uma coisa transcendente, uma diferença entre dois modos de dação, ou seja, uma diferença fenomenológica. Uma diferença hierárquica, um destes modos implicando necessariamente o outro. Mas, como em Husserl, a questão do sentido da carne não é colocada.
2. Afirmar que a característica relevante da percepção é a corporização — Heidegger não fala aqui de presença encarnada — vem a alinhar-se com o idealismo (…) -
Didier Franck (1981:24-28) – analítica intencional e analítica existencial
5 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
1. Heidegger destaca muito claramente, no protótipo da percepção de uma coisa transcendente, uma diferença entre dois modos de dação, ou seja, uma diferença fenomenológica. Uma diferença hierárquica, um destes modos implicando necessariamente o outro. Mas, como em Husserl, a questão do sentido da carne não é colocada. (veja comentários)
2. Afirmar que a característica relevante da percepção é a corporização — Heidegger não fala aqui de presença encarnada — vem a alinhar-se com o (…)