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SZ:123-124 – Mitsein mit Anderen / ser-com com outros
quarta-feira 13 de dezembro de 2017
Castilho
Mas, segundo a análise desenvolvida até agora, ao ser do Dasein – ser em que, para o Dasein, está em jogo esse ser ele mesmo – , pertence o ser-com com outros. Como ser-com, o Dasein “é”, portanto, essencialmente em-vista-de-outros, o que deve ser entendido como uma existenciária enunciação-de-essência. Mesmo quando um dado Dasein não se volta factualmente para outros, o que supõe que deles não necessita e os dispensa, ele é no modo do ser-com. No ser-com existenciário em-vista-de-outros, estes já foram abertos em seu Dasein. Essa abertura dos outros previamente constituída com o ser-com também contribui para constituir a significatividade, isto é, a mundidade, que como a significatividade se firma no existenciário em-vista-de-quê. Por isso a mundidade do mundo assim constituída, na qual o Dasein já é cada vez por essência, faz que o utilizável do mundo-ambiente venha-de-encontro de tal maneira que, unido a ele como algo de que o ver-ao-redor se ocupa, também venha-de-encontro o ser-com dos outros. Na estrutura da mundidade do mundo, os outros não são de imediato subsistentes ao lado de outras coisas como sujeitos flutuando no ar, mas se mostram em sua ocupação no mundo-ambiente a partir do que é nele utilizável.
A abertura pertencente ao ser-com do Dasein-com de outros significa: no entendimento-do-ser do Dasein já reside, porque seu ser é ser-com, o entendimento de outros. Esse entender, como o entender em geral, não é um conhecimento nascido de um conhecer, mas um originário modo-de-ser existenciário, sem o qual nenhum conhecer ou conhecimento é possível. O se conhecer mutuamente se funda no originário ser-com entendedor. Ele se move de imediato conforme o imediato modo-de-ser do ser-no-mundo com outros, no entendedor conhecimento de que o Dasein encontra os outros e deles se ocupa no ver-ao-redor do mundo-ambiente. A partir de aquilo-de-que-se-ocupa e tendo disso o entendimento, a ocupação preocupada-com é entendida. O outro é assim aberto de pronto na ocupada preocupação-com. [STCastilho:355, 357]
Schuback
De acordo com a análise aqui desenvolvida, o ser com os outros pertence ao ser da presença que, sendo, põe em jogo seu próprio ser. Enquanto ser-com, a presença “é”, essencialmente, em virtude dos outros. Isso deve ser entendido, em sua essência, como um enunciado existencial. Mesmo quando cada presença fática não se volta para os outros quando acredita não precisar deles ou quando os dispensa, ela ainda é no modo de ser-com. No ser-com, enquanto o existencial de ser em virtude dos outros, os outros já estão abertos em sua presença. Essa abertura dos outros, previamente constituída pelo ser-com, também perfaz a significância, isto é, a mundanidade que se consolida como tal no existencial de ser-em-virtude-de. Por isso, a mundanidade do mundo assim constituída, em que a presença já sempre é e está de modo essencial, deixa que o manual do mundo circundante venha ao encontro junto com a co-presença dos outros, na própria ocupação guiada pela circunvisão. Na estrutura da mundanidade do mundo, os outros não são, de saída, simplesmente dados como sujeitos soltos no ar ao lado de outras coisas. Eles se mostram em seu ser-no-mundo, empenhado nas ocupações do mundo circundante, a partir do ser que, no mundo, está à mão.
A abertura da co-presença dos outros, pertencente ao ser-com, significa: na compreensão do ser da presença já subsiste uma compreensão dos outros, porque seu ser é ser-com. Como todo compreender, esse compreender não é um conhecer nascido de uma tomada de conhecimento. É um modo de ser originariamente existencial que só então torna possível conhecer e tomada de conhecimento. Este conhecer-se está fundado no ser-com que compreende originariamente. Ele se move, de início, segundo o modo de ser mais imediato do ser-no-mundo que é com, no conhecer compreensivo do que a presença encontra e do que ela se ocupa na circunvisão do mundo circundante. A partir da ocupação e do que nela se compreende é que se pode entender a ocupação da preocupação. O outro se descobre, assim, antes de tudo, na preocupação das ocupações. [STSchuback:181]
Rivera
Ahora bien, según el análisis hecho anteriormente, al ser del Dasein que a éste le va en su mismo ser, le pertenece el coestar con otros. Por consiguiente, como coestar, el Dasein “es” esencialmente por-mor-de otros. Esto debe entenderse como un enunciado existencial de esencia. También cuando un determinado Dasein fáctico no se vuelve hacia otros, cuando cree no necesitar de ellos o cuando, por el contrario, los echa de menos, es en el modo del coestar. En el coestar, en cuanto existencial por-mor-de otros, éstos ya están abiertos en su Dasein. Esta apertura de los otros, constituida previamente por el coestar, es pues también parte integrante de la significatividad, es decir, de la mundaneidad que es el modo como la significatividad queda afincada en el por-mor-de existencial. Y por eso la mundaneidad del mundo así constituida, en la que el Dasein se encuentra siempre por esencia, hace que lo a la mano en el mundo circundante comparezca de tal modo que, junto con él, como objeto de ocupación circunspectiva, comparezca la coexistencia de otros. La estructura de la mundaneidad del mundo es tal que primeramente los otros no están-ahí, junto a otras cosas, como sujetos que flotan en el vacío, sino que se muestran en su estar ocupados en el mundo circundante desde lo a la mano de éste.
La apertura —implicada en el coestar— de la coexistencia de otros, significa: en la comprensión de ser del Dasein ya está dada, puesto que su ser es coestar, la comprensión de otros. Esta comprensión, como, en general, todo comprender, no es un dato del conocimiento, sino un modo de ser originario y existencial, sin el 124 cual ningún dato ni conocimiento es posible. El conocimiento recíproco se funda en el coestar comprensor originario. Se mueve primeramente, de acuerdo con el inmediato modo de ser del estar-en-el-mundo con otros, en el conocimiento comprensor de aquello que el Dasein, junto con los otros, circunspectivamente encuentra y hace objeto de ocupación en el mundo circundante. El ocuparse solícito queda comprendido desde aquello que es objeto de ocupación y mediante su comprensión. El otro queda de esta manera abierto primeramente en la solicitud ocupada. [GA2JER:147]
Vezin
Mais au point où est maintenant parvenue l’analyse, c’est à l’être du Dasein, pour qui il y va de lui dans son être même, qu’appartient l’être-avec d’autres. En tant qu’être-avec il appartient donc au Dasein d’« être » essentiellement à dessein d’autres. Cela, il faut l’entendre comme énoncé existential de son essence. Même si le Dasein tel qu’il est factivement à chaque fois ne se tourne pas vers d’autres, quand il pense n’en avoir pas besoin ou encore s’il souffre de leur absence, il est à la manière de l’être-avec. Dans l’être-avec en tant qu’être existential à dessein d’autres, ceux-ci sont déjà découverts dans leur Dasein. Cette ouvertude des autres pré-constituée dans l’être-avec constitue donc elle aussi la significativité, c’est-à-dire la mondéité en tant que celle-ci s’ancre dans l’être existential à dessein de. Par suite, ainsi constituée, la mondéité du monde, où le Dasein est par essence chaque fois déjà, donne à rencontrer l’utilisable dans le monde ambiant de telle manière que la coexistence des autres s’y rencontre et qu’elle n’y fasse qu’un avec l’utilisable dont on se préoccupe avec discernation. La structure de la mondéité du monde implique que les autres ne sont pas d’emblée là-devant comme des sujets lâchés dans le vide au voisinage d’autres choses mais que, dans leur être préoccupé par le monde ambiant, ils se montrent dans le monde à partir de ce qui y est utilisable.
L’ouvertude à la coexistence des autres qui appartient à l’être-avec signifie : dans l’entente de l’être qui caractérise le Dasein se trouve déjà, parce que son être est être-avec, l’entente des autres. Cet entendre, comme l’entendre en général, n’est pas une connaissance grandie à partir d’une reconnaissance, c’est au contraire un genre d’être existential original qui rend avant tout possible reconnaissance et connaissance. Le se-connaître se fonde sur l’être-avec originalement ententif. Conformément au genre d’être immédiat de l’être-au-monde en tant qu’il est être-avec, le se-connaître a son plus proche rayon d’action dans le connaître ententif de ce que le Dasein trouve d’abord et dont il se préoccupe avec les autres au sein du monde ambiant où s’exerce la discernation. Ce n’est qu’à partir de ce qui préoccupe et de l’entendre de celui-ci que s’entend la préoccupation suscitée par le souci mutuel. Ainsi c’est d’abord dans le souci mutuel suscité par la préoccupation que l’autre est découvert. [GA2FV:165-166]
Auxenfants
Mais, d’après l’analyse que nous avons conduite jusqu’ici, l’‘être-avec’ en commun avec les autres participe de l’Être du Dasein, Être dont, pour lui, il y va en son Être lui-même. C’est pourquoi, en tant qu’‘être-avec’, le Dasein, par essence, « est » ‘à-dessein-des’ [umwillen] autres. Ceci, il faut le comprendre comme étant un énoncé existential de sa nature. Même lorsque le Dasein particulier, le Dasein en situation, ne se tourne pas vers les autres, même lorsqu’il présume ne pas avoir besoin d’eux, ou même lorsqu’il est privé d’eux, il est suivant le mode de l’‘être-avec’. Dans l’‘être-avec’ en tant que l’‘être-à-dessein-des’ autres existential, ceux-ci sont déjà ouverts-révélés dans leur Dasein. Par suite, cet ‘être-ouvert-révélé’ des autres, lequel est constitué par avance en même temps que l’‘être-avec’, contribue lui aussi à constituer la significativité (ou référence-signifiante), c’est-à-dire la mondanéité, en tant que celle-ci est ancrée dans l’‘à-dessein-de-quoi’ existential. C’est pourquoi la mondanéité du monde, ainsi constituée, mondanéité dans laquelle le Dasein, par essence, est à chaque fois déjà, ménage la rencontre de l’étant qui est disponible comme l’est ce qui relève du monde ambiant, et elle le fait de telle sorte que, ne faisant qu’un avec lui en tant qu’il s’en préoccupe avec circonspection, l’‘être-là-avec’ des autres vient à rencontre. La structure de la mondanéité du monde est telle que les autres ne sont pas de prime abord subsistants en tant que sujets en suspens dans le vide [freischwebend] à côté d’autres choses, mais elle est telle que, dans leur Être préoccupé, lequel Être relève du monde ambiant, ils se manifestent dans le monde à partir de ce qui, dans celui-ci, est disponible.
Dire que l’‘être-ouvert-révélé’ de l’‘être-là-avec’ des autres participe de l’‘être-avec’, cela veut dire : étant donné que l’Être du Dasein est ‘être-avec’, la compréhension de l’Être qu’a le Dasein inclut déjà la compréhension des autres. Tout comme la Compréhension en général, cette Compréhension n’est pas une connaissance [Kenntnis] née d’un acte cognitif, mais elle est un mode d’être originellement existential, lequel rend pour la première fois possible l’acte cognitif et la connaissance [Kenntnis]. Le fait de ‘se connaître’ l’un l’autre [Sichkennen] est fondé dans l’‘être-avec’, lequel, d’origine, comprend. Conformément au mode d’être immédiat de l’‘être-au-monde’, lequel ‘être-au-monde’ ‘est-avec’, ce fait de ‘se connaître’ l’un l’autre se meut de prime abord dans l’acte compréhensif, dans l’acte de connaître les choses sur lesquelles le Dasein, de pair avec les autres, tombe avec circonspection, choses qui relèvent du monde ambiant et dont il se préoccupe. C’est depuis ce dont il se préoccupe, et du fait de la Compréhension qu’il en a, que le Dasein comprend la préoccupation s’attachant à assister l’autre [fürsorgende Besorgen]. De sorte que c’est dans la sollicitude consistant à se préoccuper [besorgende Fürsorge] de l’autre que ce dernier est d’emblée ouvert-révélé. [GA2JA]
Macquarrie
According to the analysis which we have now completed, Being with Others belongs to the Being of Dasein, which is an issue for Dasein in its very Being. Thus as Being-with, Dasein ‘is’ essentially for the sake of Others. This must be understood as an existential statement as to its essence. Even if the particular factical Dasein does not turn to Others, and supposes that it has no need of them or manages to get along without them, it is in the way of Being-with. In Being-with, as the existential “for-the-sake-of” of Others, these have already been disclosed in their Dasein. With their Being-with, their disclosedness has been constituted beforehand; accordingly, this disclosedness also goes to make up significance — that is to say, worldhood. And, significance, as worldhood, is tied up with the existential “for-the-sake-of-which”. Since the worldhood of that world in which every Dasein essentially is already, is thus constituted, it accordingly lets us encounter what is environmentally ready-to-hand as something with which we are circumspectively concerned, and it does so in such a way that together with it we encounter the Dasein-with of Others. The structure of the world’s worldhood is such that Others are not proximally present-at-hand as free-floating subjects along with other Things, but show themselves in the world in their special environmental Being, and do so in terms of what is ready-to-hand in that world.
Being-with is such that the disclosedness of the Dasein-with of Others belongs to it; this means that because Dasein’s Being is Being-with, its understanding of Being already implies the understanding of Others. This understanding, like any understanding, is not an acquaintance derived from knowledge about them, but a primordially existential kind of Being, which, more than anything else, makes such knowledge and acquaintance possible. Knowing oneself [Sichkennen] is grounded in Being-with, which understands primordially. It operates proximally in accordance with the kind of Being which is closest to us — Being-in-the-world as Being-with; and it does so by an acquaintance with that which Dasein, along with the Others, comes across in its environmental circumspection and concerns itself with — an acquaintance in which Dasein understands. Solicitous concern is understood in terms of what we are concerned with, and along with our understanding of it. Thus in concernful solicitude the Other is proximally disclosed. [BTMR :160-161]
Original
Nach der jetzt durchgeführten Analyse gehört aber zum Sein des Daseins, um das es ihm in seinem Sein selbst geht, das Mitsein mit Anderen. Als Mitsein »ist« daher das Dasein wesenhaft umwillen Anderer. Das muß als existenziale Wesensaussage verstanden werden. Auch wenn das jeweilige faktische Dasein sich an Andere nicht kehrt, ihrer unbedürftig zu sein vermeint, oder aber sie entbehrt, ist es in der Weise des Mitseins. Im Mitsein als dem existenzialen Umwillen Anderer sind diese in ihrem Dasein schon erschlossen. Diese mit dem Mitsein vorgängig konstituierte Erschlossenheit der Anderen macht demnach auch die Bedeutsamkeit, d. h. die Weltlichkeit mit aus, als welche sie im existenzialen Worum-willen festgemacht ist. Daher läßt die so konstituierte Weltlichkeit der Welt, in der das Dasein wesenhaft je schon ist, das umweltlich Zuhandene so begegnen, daß in eins mit ihm als umsichtig Besorgtem begegnet das Mitdasein Anderer. In der Struktur der Weltlichkeit der Welt liegt es, daß die Anderen nicht zunächst als freischwebende Subjekte vorhanden sind neben anderen Dingen, sondern in ihrem umweltlichen besonderen Sein in der Welt aus dem in dieser Zuhandenen her sich zeigen.
Die zum Mitsein gehörige Erschlossenheit des Mitdaseins Anderer besagt: im Seinsverständnis des Daseins liegt schon, weil sein Sein Mitsein ist, das Verständnis Anderer. Dieses Verstehen ist, wie Verstehen überhaupt, nicht eine aus Erkennen erwachsene Kenntnis, sondern eine ursprünglich existenziale Seinsart, die Erkennen und Kenntnis allererst möglich macht. Das Sichkennen gründet in dem ursprünglich verstehenden Mitsein. Es bewegt sich zunächst gemäß der nächsten Seinsart des mitseienden In-der-Welt-seins im verstehenden Kennen dessen, was das Dasein mit den Anderen umweltlich umsichtig vorfindet und besorgt. Aus dem Besorgten her und mit dem Verstehen seiner ist das fürsorgende Besorgen verstanden. Der Andere ist so zunächst in der besorgenden Fürsorge erschlossen. [SZ :123-124]
Ver online : MITSEIN