LUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 91-98
Anteriormente expusemos como se chegou, desde Descartes, a admitir, qual evidência subentendida, em toda a filosofia, que o conhecimento é uma representação, tomando-se o sistema das ciências naturais pelo sistema por excelência da representação objetiva. Essa concepção do conhecimento foi também o resultado da epistemologia de Locke, embora tenha partido (…)
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Luijpen
LUIJPEN, W.. Introdução à fenomenologia existencial. São Paulo: EDUSP, 1973.
Matérias
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Luijpen (IFE:91-98) – fenomenologia do conhecimento - realismo e idealismo
22 de outubro de 2021 -
Luijpen (IFE:44-48) – o cogito cartesiano
22 de outubro de 2021LUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 44-48
O “cogito”
O caminho de um incontrastável ponto de partida para a “ciência admirável”, que há de conter a verdade e a certeza, leva Descartes à necessidade da dúvida metódica. Tudo o que, de qualquer modo, pode ser sujeito a dúvidas, será posto entre parênteses, o que não quer dizer que Descartes seja cético ou agnóstico. Para ele só importa a verdade e (…) -
Luijpen (IFE:37-42) – a absoluta prioridade: espiritualismo
24 de outubro de 2021LUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 37-42
O “nada” como o ser do sujeito
A análise do que Heidegger chama o “nada” (Nichts) leva-nos à mesma conclusão.
As ciências, diz ela, ocupam-se com o Sendo e, fora disso, com mais “nada”. De um ponto de vista livremente escolhido, interrogam o Sendo; este adquire a primeira e a última palavra; exatamente por isso o homem garante seu domínio sobre o (…) -
Luijpen (IFE:15-17) – Filosofia e Ciência
24 de outubro de 2021LUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 15-17
Há vinte e cinco séculos se filosofou e o resultado foi o surgimento de inumeráveis sistemas contraditórios. Conquanto o pensamento filosófico seja muito mais antigo do que a ciência positiva que conhecemos hoje, não há nem sequer um reduzido número de proposições sobre as quais os filósofos estejam de acordo. Pode-se mesmo dizer que talvez não exista uma (…) -
Luijpen (IFE:87-91) – fenomenologia do conhecimento - explicitação
22 de outubro de 2021LUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 87-91
Que é “propriamente” saber o que é conhecimento, sem que eu possa dizê-lo ? Este saber é estar na presença do [88] homem cognoscente que sou. Conheço árvores, casas, pessoas, mas é como se nisso “deixasse” em primeira instância meu próprio conhecimento. Quando um psicólogo procura conhecer o semelhante que se volta a ele, o homem é o tema de seu (…) -
Luijpen (IFE:33-37) – materialismo
24 de outubro de 2021LUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 33-37
Materialismo
Todos os sistemas materialistas concordam em considerar o homem como o resultado de forças e processos cósmicos, do mesmo modo que as coisas. Um materialista há de dizer, portanto, que o ser do homem será chamado ser-no-mundo no sentido de que, como todas as coisas, é algo no meio das outras coisas mundanas, um fragmento da “natureza”, um (…) -
Luijpen: Existencialismo, fenomenologia, fenomenologia existencial
31 de maio de 2017, por Cardoso de CastroTr. Carlos Lopes de Mattos, pp. 28-32
Do que dissemos sobre a autenticidade do filosofar infere-se facilmente que até mesmo a filosofia de nossos dias, a fenomenologia existencial, não pode ser chamada a filosofia. Também ela precisa ser superada, visto a contínua possibilidade de se exprimir melhor o último sentido da vida e do real. Não queremos, todavia, adivinhar o futuro da filosofia. É bom, em todo caso, lançar um olhar sobre o passado recente da fenomenologia existencial, para que (…) -
Luijpen (IFE:48-51) – ideia cartesiana de homem
24 de outubro de 2021LUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 48-51
Na opinião de Descartes, temos só uma ideia da matéria que obedece ao critério da “clareza” e “distinção”, a saber, o conceito da “extensão”, aplicando-se tanto ao corpo humano como às coisas do mundo. Tudo o que for material será, pois, para Descartes, essencialmente extenso, quantitativo e nada mais. São, porém, só as ciências naturais que operam com a (…) -
Luijpen (IFE:98-114) – o conhecimento humano como intencionalidade
22 de outubro de 2021LUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 98-114
A fenomenologia denomina o sujeito-como-cogito, o conhecimento humano, “intencionalidade”. Quando Husserl usou esse termo pela primeira vez, referiu-se expressamente a Brentano. O certo, porém, é que Husserl não tomou de Brentano senão a palavra, visto que lhe deu um significado inteiramente diverso do que o de Brentano. Na escolástica também ocorre a (…)
Notas
- Luijpen: A ideia de essência na fenomenologia
- Luijpen: Corpo e Mundo
- Luijpen: Corporalidade Humana
- Luijpen: Existir como ser-consciente-no-mundo
- Luijpen: Filosofia como palavra falante
- Luijpen: Filosofia como tarefa social
- Luijpen: Impossibilidade de uma "prova"
- Luijpen: Intersubjetividade da verdade filosófica
- Luijpen: Monismo materialista e monismo espiritualista
- Luijpen: o legítimo filosofar