Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Caeiro (2012:281-282) – arche - princípio

terça-feira 27 de agosto de 2019

O horizonte de indagação filosófica deixa de estar exclusivamente ligado ao problema posto pela experiência maciça do ser. Na verdade, é a presença maciça e absolutamente problemática do ser que mobiliza o pensamento pré-socrático. Todo o seu esforço estava concentrado na procura da αρχή, isto é, de um princípio, origem e proveniência dos entes no seu todo. A questão filosófica do ser reparte-se, contudo, com Aristoteles  , por diversas frentes de investigação. Mas, a despeito da diversidade de ontologias regionais e das respectivas formas específicas de acesso, podemos perceber que todas elas cabem dentro de uma distinção fundamental. A diferenciação entre um horizonte teórico e um horizonte prático e respectivas formas constitutivas de acesso passa agora a redefinir o projecto de investigação filosófico pré-socrático. Em causa está a ἀρχή  , mas nos diversos modos como pode ser dita. Fala-se portanto de ἀρχαί, e na verdade interpretadas explicitamente como αἰτίαι. A diferenciação entre os dois modos fundamentais de haver princípio — fundamentos responsabilizáveis pelos entes nos respectivos horizontes — não é, contudo, uma invenção aristotélica mas um dividendo colhido do pensamento platónico. [CAEIRO  , 2012, p. 281-282)


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