Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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SZ:296-298 – Entschlossenheit - decisão - resolución - resoluteness

quarta-feira 3 de maio de 2017

Schuback

A abertura da presença subsistente no querer-ter-consciência é constituída, portanto, pela disposição da angústia, pela compreensão enquanto projetar-se para o ser e estar em dívida mais próprio e pela fala enquanto silenciosidade. Chamamos de decisão essa abertura privilegiada e própria, testemunhada pela consciência na própria presença, ou seja, o projetar-se silencioso e pronto a angustiar-se para o ser e estar em dívida mais próprio.

A decisão é um modo privilegiado de abertura da presença. A abertura já foi [1] interpretada, existencialmente, como verdade originária. Primariamente, esta não é, em absoluto, uma qualidade do “juízo” e nem tampouco de um determinado comportamento, mas um constitutivo essencial do ser-no-mundo. Verdade deve ser concebida como um existencial fundamental. O esclarecimento ontológico da sentença: “a presença é e está na verdade” mostrou a abertura originária desse ente na verdade da existência e, no tocante à sua delimitação, remeteu à análise da propriedade da presença [2].

Com a decisão conquistamos, agora, a verdade mais originária da presença porque a mais própria. A abertura do pre abre, cada vez de modo igualmente originário, a totalidade do ser-no-mundo, ou seja, o mundo, o ser-em e o si-mesmo que esse ente é enquanto “eu sou". Com a abertura do mundo, sempre já se descobriram entes [378] intramundanos. A descoberta do que está à mão e do que é simplesmente dado funda-se na abertura de mundo [3]; pois a liberação do todo conjuntural de qualquer manual exige um pre-compreender da significância. Compreendendo-a, a presença ocupada numa circunvisão remete para o que vem ao encontro da mão. O compreender da significância como abertura de cada mundo funda-se, assim, no compreender em virtude de… a que está remetida toda descoberta da totalidade conjuntural. O abrigo, a manutenção, o abandono de suas funções são possibilidades constantes e imediatas da presença para as quais esse ente, em que está em jogo seu ser, sempre já se projetou. Lançada em seu “pre”, a presença já está sempre faticamente remetida a um “mundo” determinado, o seu. Junto com ele, os projetos são faticamente conduzidos da perdição nas ocupações para o impessoal. Essa perdição pode ser interpelada pelo próprio de cada presença, e a interpelação pode ser compreendida no modo da decisão. Essa abertura própria, porém, modifica, de forma igualmente originária, a descoberta do “mundo” e a abertura da co-presença dos outros nela fundada. Quanto a seu “conteúdo”, o “mundo” à mão não se torna um outro mundo, o círculo dos outros não se modifica, embora, agora, o ser-para o que está à mão, no modo de compreender e ocupar-se, e o ser-com da preocupação com os outros sejam determinados a partir de seu poder-ser mais próprio. (p. 378-379)

Rivera

La aperturidad del Dasein que se da en el querer-tener-conciencia está, por ende, constituida por la disposición afectiva de la angustia, por el comprender en cuanto proyectarse en el más propio ser-culpable, y por el discurso que calla. Este eminente modo propio de la aperturidad, atestiguado en el Dasein mismo por su [SZ  :297] conciencia —el callado proyectarse en disposición de angustia hacia el más propio ser-culpable— es lo que nosotros llamamos la resolución [4].

La resolución es un modo eminente de la aperturidad del Dasein. Ahora bien, la aperturidad fue interpretada más arriba en forma existencial como la verdad originaria [5]. Ésta no es primariamente una cualidad del “juicio” ni, en general, el carácter de un determinado comportamiento, sino un esencial constitutivum del [314] estar-en-el-mundo como tal. La verdad debe ser concebida como un existencial fundamental. La aclaración ontológica de la afirmación: “el Dasein está en la verdad” ha puesto de manifiesto la aperturidad originaria de este ente como la verdad de la existencia, remitiendo, para su delimitación, al análisis de la propiedad del Dasein [6].

Con la resolución se ha alcanzado ahora esta verdad que, a fuer de propia, es la más originaria del Dasein. La aperturidad del Ahí abre cooriginariamente cada vez el estar-en-el-mundo en su totalidad, es decir, el mundo, el estar-en y el sí-mismo que es este ente, en cuanto ese sí-mismo es un “yo soy”. En virtud de la aperturidad del mundo ya está descubierto cada vez el ente intramundano. El estar-al-descubierto de lo a la mano y de lo que está-ahí se funda en la aperturidad del mundo [7]; en efecto, la puesta en libertad de la correspondiente totalidad respeccional de lo a la mano exige una comprensión previa de la significatividad. Comprendiendo la significatividad, el Dasein que está en la ocupación se ordena circunspectivamente al ente a la mano que comparece. Por su parte, la comprensión de la significatividad, en cuanto aperturidad del correspondiente mundo, se funda en la comprensión de aquello por-mor-de-lo-cual [se actúa], y a lo que remonta todo descubrimiento de la totalidad respeccional. Los diversos por-mor-de, tales como el albergue, el sustento, el progreso, son posibilidades inmediatas y constantes del Dasein, hacia las que el ente al que le va su ser ya siempre se ha proyectado. Arrojado en su “Ahí”, el Dasein está cada vez fácticamente consignado a un determinado “mundo” —al suyo. Al mismo tiempo, los proyectos fácticos inmediatos quedan dirigidos por el estar-perdido en el uno en medio de las ocupaciones. Este estar-perdido puede ser interpelado por el propio Dasein; la interpelación puede ser comprendida en el modo de la resolución. Ahora bien, esta aperturidad propia modifica entonces cooriginariamente el estar-al-descu-bierto del “mundo”, en ella fundado, y la aperturidad de la co-existencia de los otros. Esto no significa que el “mundo” a la mano se vuelva otro “en su contenido”, que el círculo de los otros sea sustituido por uno diferente, y sin embargo, el [SZ  :298] comprensor estar vuelto en ocupación hacia lo a la mano y el coestar solícito con los otros quedan determinados ahora desde su más propio poder-ser-sí-mismo. (p. 314-315)

Macquarrie & Robinson

The disclosedness of Dasein in wanting to have a conscience, is thus constituted by anxiety as state-of-mind, by understanding as a projection of oneself upon one’s ownmost Being-guilty, and by discourse as reticence.

This distinctive and authentic disclosedness, which is attested in Dasein itself by its conscience — this reticent self-projection upon one’s ownmost [SZ  :297] Being-guilty, in which one is ready for anxiety — we call “resoluteness”.

Resoluteness is a distinctive mode of Dasein’s disclosedness. [8] In an earlier passage, however, we have interpreted disclosedness existentially as the primordial truth. Such truth is primarily not a quality of ‘judgment’ nor of any definite way of behaving, but something essentially constitutive for Being-in-the-world as such. Truth must be conceived as a fundamental existentiale. In our ontological clarification of the proposition that ‘Dasein is in the truth’ we have called attention to the primordial disclosedness of this entity as the truth of existence; and for the delimitation of its character we have referred to the analysis of Dasein’s authenticity.

In resoluteness we have now arrived at that truth of Dasein which is most primordial because it is authentic. Whenever a “there” is disclosed, its whole Being-in-the-world — that is to say, the world, Being-in, and the Self which, as an Ί am’, this entity is — is disclosed with equal primordiality. [9] Whenever the world is disclosed, entities within-the-world [344] been discovered already. The discoveredness of the ready-to-hand and the present-at-hand is based on the disclosedness of the world xil for if the current totality of involvements is to be freed, this requires that significance be understood beforehand. In understanding significance, concernful Dasein submits itself circumspectively to what it encounters as ready-to-hand. Any discovering of a totality of involvements goes back to a “for-the-sake-of-which”; and on the understanding of such a “for-the-sake-of-which” is based in turn the understanding of significance as the disclosedness of the current world. In seeking shelter, sustenance, livelihood, we do so “for the sake of” constant possibilities of Dasein which are very close to it; [10] upon these the entity for which its own Being is an issue, has already projected itself. Thrown into its ‘there’, every Dasein has been factically submitted to a definite ‘world’ — its ‘world’. At the same time those factical projections which are closest to it, have been guided by its concernful loslness in the “they”. To this lostness, one’s own Dasein can appeal, and this appeal can be understood in the way of resoluteness. But in that case this authentic disclosedness modifies with equal primordiality both the way in which the ‘world’ is discovered (and this is founded upon that disclosedness) and the way in which the Dasein-with of Others is disclosed. The ‘world’ which is ready-to-hand does not become another one ‘in its 298 content’, nor does the circle of Others get exchanged for a new one; but both one’s Being towards the ready-to-hand understandingly and con-cernfully, and one’s solicitous Being with Others, are now given a definite character in terms of their ownmost potentiality-for-Being-their-Selves. (p. 343-344)

Original

Die im Gewissen-haben-wollen liegende Erschlossenheit des Daseins wird demnach konstituiert durch die Befindlichkeit der Angst, durch das Verstehen als Sichentwerfen auf das eigenste Schuldigsein und durch die Rede als Verschwiegenheit. Diese ausgezeichnete, im Dasein selbst durch sein Gewissen bezeugte eigentliche Erschlossenheit — das [297] verschwiegene, angstbereite Sichentwerfen auf das eigenste Schuldigsein — nennen wir die Entschlossenheit.

Die Entschlossenheit ist ein ausgezeichneter Modus der Erschlossenheit des Daseins. Die Erschlossenheit aber wurde früher [11] existenzial interpretiert als die ursprüngliche Wahrheit. Diese ist primär keine Qualität des »Urteils« noch überhaupt eines bestimmten Verhaltens, sondern ein wesenhaftes Konstitu-tivum des In-der-Welt-seins als solchen. Wahrheit muß als fundamentales Existenzial begriffen werden. Die ontologische Klärung des Satzes: »Dasein ist in der Wahrheit« hat die ursprüngliche Erschlossenheit dieses Seienden als Wahrheit der Existenz angezeigt und für deren Umgrenzung auf die Analyse der Eigentlichkeit des Daseins verwiesen [12].

Nunmehr ist mit der Entschlossenheit die ursprünglichste, weil eigentliche Wahrheit des Daseins gewonnen. Die Erschlossenheit des Da erschließt gleichursprünglich das je ganze In-der-Welt-sein, das heißt die Welt, das In-Sein und das Selbst, das als »ich bin« dieses Seiende ist. Mit der Erschlossenheit von Welt ist je schon innerweltliches Seiendes entdeckt. Die Entdecktheit des Zuhandenen und Vorhandenen gründet in der Erschlossenheit der Welt [13]; denn die Freigabe der jeweiligen Bewandtnisganzheit des Zuhandenen verlangt ein Vorverstehen der Bedeutsamkeit. Sie verstehend, weist sich das besorgende Dasein umsichtig auf das begegnende Zuhandene an. Das Verstehen der Bedeutsamkeit als Erschlossenheit der jeweiligen Welt gründet wiederum im Verstehen des Worumwillen, darauf alles Entdecken der Bewandtnisganzheit zurückgeht. Das Umwillen des Unterkommens, des Unterhalts, des Fortkommens sind nächste und ständige Möglichkeiten des Daseins, auf die sich dieses Seiende, dem es um sein Sein geht, je schon entworfen hat. In sein »Da« geworfen, ist das Dasein faktisch je auf eine bestimmte — seine — »Welt« angewiesen. In eins damit sind die nächsten faktischen Entwürfe von der besorgenden Verlorenheit in das Man geführt. Diese kann vom je eigenen Dasein angerufen, der Anruf kann verstanden werden in der Weise der Entschlossenheit. Diese eigentliche Erschlossenheit modifiziert aber dann gleichursprünglich die in ihr fundierte Entdecktheit der »Welt« und die Erschlossenheit des Mitdaseins der Anderen. Die zuhandene »Welt« wird nicht »inhaltlich« eine andere, der Kreis der Anderen [298] wird nicht ausgewechselt, und doch ist das verstehende besorgende Sein zum Zuhandenen und das fürsorgende Mitsein mit den Anderen jetzt aus deren eigenstem Selbstseinkönnen heraus bestimmt. (p. 296-298)


Ver online : ÊTRE ET TEMPS (Martineau) - § 60


[1Cf. § 44, p. 282s.

[2Cf. idem, p. 292.

[3Cf. § 18, p. 133s.

[4“…resolución…”: en alemán, Entschlossenheit (destacado en el texto original). En realidad, la palabra alemana se refiere a un estado de resolución, a una condición que se logra mediante el acto resolutorio. Esa condición es al mismo tiempo un modo de aperturidad de la existencia propia. La palabra Entschlossenheit, emparentada con Erschlossenheit (aperturidad), alude también al estar abierto. Más adelante Heidegger se referirá a esta relación de la Entschlossenheit con la apertura.

[5Cf. § 44, p. 233 ss.

[6Cf. loc. cit., p. 242.

[7Cf. § 18, p. 109 ss.

[8The etymological connection between ‘Entschlossenheit’ (‘resoluteness’) and ‘Erschlossenheit’ (‘disclosedness’) is not to be overlooked.

[9‘Die Erschlossenheit des Da erschliesst gleichursprünglich das je ganze In-der-Welt-sein, das heisst die Welt, das In-Sein und das Selbst, das als “ich bin” dieses Seiende ist.’ It is not clear grammatically whether ‘dieses Seiende’ or the pronoun ‘das’ is the subject of the final clause, or whether ‘this entity’ is ‘Dasein’ or ‘Being-in’. The grammatical function of the ‘als “ich bin” ’ is also doubtful. In support of our interpretation, consult H. 54, 114, 117, 267.

[10‘Das Umwillen des Unterkommens, des Unterhalts, des Fortkommens sind nächste und ständige Möglichkeiten des Daseins . .

[11Vgl. § 44, S. 212 ff.

[12Vgl. a. a. O. S. 221.

[13Vgl. § 18, S. 83 ff.