Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Gesamtausgabe > GA65:133 – seer precisa do homem

GA65:133 – seer precisa do homem

terça-feira 6 de agosto de 2019

Casanova

O seer precisa do homem, para que ele se essencie, e o homem pertence ao seer, algo com vistas ao que ele consuma a sua mais extrema determinação enquanto ser-aí.

O seer, porém, não se torna com isso dependente de um outro, ainda que esse precisar constitua sua essência e não seja apenas uma consequência da essência?

Como é que temos o direito de falar de de-pendência onde esse precisar recria precisamente o que é precisado em seu fundamento, dominando-o para o seu si mesmo.

E como é que o homem, inversamente, pode colocar o seer sob a conformidade de sua mensagem, se ele precisa passar de qualquer modo a se dar por perdido junto ao ente, a fim de se tornar o apropriado em meio ao acontecimento e aquele que pertence ao seer.

Esse impulso mútuo do precisar e do pertencer constitui o seer enquanto acontecimento apropriador, e alçar o impulso desse impulso mútuo para o interior da [247] simplicidade do saber e fundá-lo em sua verdade é o primeiro que se oferece a nós de maneira pensante. [GA65PT  :247-248]

Fédier

L’estre, pour déployer sa pleine essence, il lui faut l’homme ; l’homme, de son côté, a partie liée avec l’estre afin d’entrer dans une appartenance où s’accomplit sa détermination ultime, autrement dit : être le là.

Mais est-ce que l’estre — si « ce qu’il lui faut » va jusqu’à constituer sa pleine essence et n’en est pas seulement une conséquence — ne devient pas dépendant de quelque chose d’autre que lui ?

Mais comment pourrions-nous parler de dépendance là où ce qu’il faut à l’estre, du seul fait qu’il le lui faut, est régénéré de fond en comble, et par là seulement amené à accéder enfin jusqu’à son propre soi ?

Et comment l’homme, inversement, pourrait-il s’assujettir l’estre alors qu’il doit délaisser précisément son attachement exclusif à l’étant pour devenir celui qui est amené à soi — celui qui a partie liée avec l’estre dans son appartenance à lui.

Cet élan — qui porte l’un vers l’autre, dans leur mouvement adverse, cet «il faut» et, face à lui, l’«appartenance à l’estre» — constitue en fait l’estre en tant qu’avenance. Hausser le rythme de ce double mouvement jusqu’à la simplicité du savoir est la première tâche qui incombe à notre pensée. [APA]

Original

Das Seyn braucht den Menschen, damit es wese, und der Mensch gehört dem Seyn, auf daß er seine äußerste Bestimmung als Da-sein vollbringe.

Wird aber das Seyn nicht abhängig von einem Anderen, wenn dieses Brauchen sogar sein Wesen ausmacht und nicht nur eine Wesensfolge ist?

Wie dürfen wir aber da von Ab-hängigkeit reden, wo dieses Brauchen gerade das Gebrauchte in seinen Grund umschafft und zu seinem Selbst erst überwältigt.

Und wie kann der Mensch umgekehrt das Seyn unter seine Botmäßigkeit bringen, wenn er doch gerade seine Verlorenheit an das Seiende daran geben muß, um der Er-eignete und Zugehörige zum Seyn zu werden.

Dieser Gegenschwung des Brauchens und Zugehörens macht das Seyn als Ereignis aus, und die Schwingung dieses Gegenschwunges in die Einfachheit des Wissens zu heben und in seiner Wahrheit zu gründen, ist das Erste, was uns denkerisch obhegt.

Dabei aber müssen wir der Gewöhnung entsagen, diese Wesung des Seyns als ein für jedermann jederzeit beliebig Vorstellbares sicherstellen zu wollen. [GA65  :251]


Ver online : DEPENDÊNCIA