Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA8:5-6 – O que dá mais a pensar é que não pensamos ainda

sexta-feira 22 de novembro de 2024

Para que o pensamento esteja em nosso poder, devemos aprendê-lo. O que é aprender [Lernen]? É fazer que o que fazemos e não fazemos seja o eco da revelação cada vez do essencial [1]. Aprendemos o pensamento prestando atenção ao que exige de ser guardado no pensamento.

Nossa língua nomeia por exemplo o que pertence à essência do amigo: o amável. Da mesma maneira, nomearemos agora o que em si exige de ser guardado no pensamento: o pensável (das Bedenkliche). Todo pensável dá a pensar. Mas não faz jamais este dom enquanto o que dá a pensar já é dele mesmo o que exige de ser guardado no pensamento. Nomearemos agora e em seguida o que exige continuamente (porque desde sua origem e antes de toda outra coisa) de ser guardado no pensamento: «o que dá mais a pensar» [Bedenklichste]. O que é «o que dá mais a pensar»? Como se mostra em nosso tempo que dá a pensar?

O que dá mais a pensar é que não pensamos ainda [2]; sempre «ainda não», embora o estado do mundo se torne constantemente o que dá deveras a pensar. Esta evolução do mundo parece no entanto exigir, ao invés, que o homem aja, e isto sem demora, em lugar de falar nas conferências e nos congresso, em lugar de se mover na simples representação do que deveria ser e da maneira que seria preciso fazê-lo. Há portanto falta de agir e de maneira alguma de pensamento [3].


Ver online : Was heisst Denken? [GA8]


[1Der Mensch lernt, insofern er sein Tun und Lassen zu dem in die Entsprechung bringt, was ihm jeweils an Wesenhaftem zugesprochen wird

[2Das Bedenklichste ist, daß wir noch nicht denken

[3Somit fehlt es am Handeln und keineswegs am Denken