GA31:125 – sem compreeder ser não há pessoa

A compreensão de ser, porém, é – visto em termos gerais e provisórios – um comportamento do homem. Se perguntamos sobre o ser, então não perguntamos arbitrariamente sobre propriedades quaisquer do homem, mas sobre algo determinado no homem, sobre o compreender ser. Esse compreender ser não é uma especialidade qualquer do homem, que ele arrasta consigo juntamente com muitas outras, mas tal compreender penetra todo o seu comportamento em relação ao ente, isto é, mesmo o seu comportamento em relação a si mesmo. O compreender ser não atravessa apenas todo comportamento em relação ao ente, como se ele estivesse por toda parte presente e mesmo aí, mas ele é a condição de possibilidade do comportamento em relação ao ente em geral. Se não houvesse no homem o compreender ser, então ele não poderia se comportar em relação a si mesmo como ente, ele não poderia dizer “eu”, nem “tu”, ele não poderia ser ele mesmo, não poderia ser pessoa. Ele seria impossível em sua essência. A compreensão de ser é, por conseguinte, o fundamento da possibilidade da essência do homem. [GA31MAC  :152]

Das Verstehen von Sein aber ist – allgemein und vorläufig gesehen – ein Verhalten des Menschen. Fragen wir nach dem Sein, so fragen wir nicht beliebig nach beliebigen Eigenschaften des Menschen, sondern nach etwas Bestimmtem im Menschen, nach dem Verstehen von Sein. Dieses Verstehen von Sein ist nicht eine beliebige Sonderlichkeit des Menschen, die er neben vielem andern einfach so mitschleppt, sondern es durchdringt all sein Verhalten zu Seiendem, d. h. auch sein Verhalten zu ihm selbst. Das Seinsverstehen durchdringt nicht nur alles Verhalten zu Seiendem, als wäre es eben überall da und auch dabei, sondern es ist die Bedingung der Möglichkeit des Verhaltens zu Seiendem überhaupt. Wäre im Menschen nicht das Verstehen von Sein, er könnte sich nicht zu sich selbst als Seiendem verhalten, er könnte nicht >ich< und nicht >du< sagen, er könnte nicht er selbst, nicht Person sein. Er wäre in seinem Wesen unmöglich. Das Seinsverständnis ist demnach der Grund der Möglichkeit des Wesens des Menschen. [p. 125]