Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Gesamtausgabe > GA9:130-133 – ôntico e ontológico

GA9:130-133 – ôntico e ontológico

sábado 27 de maio de 2023

Ernildo Stein

Pode-se, entretanto, conseguir algo ainda mais originário sobre a delimitação da essência da verdade como caráter da enunciação? Nada menos que a compreensão de que esta determinação essencial da verdade — seja formulada como for em particular — é, por certo, ineludível, mas, todavia, derivada. [1] A concordância do nexus com o ente e, como consequência, seu acordo, não tornam como tais primeiramente acessível o ente. Este deve, muito antes, como possível objeto (Worüber) de uma determinação predicativa, estar manifesto antes desta predicação e para ela. A predicação deve, para tornar-se possível, radicar-se num âmbito revelador, que possui caráter não predicativo. A verdade da proposição está radicada numa verdade mais originaria (desvelamento), na revelação antepredicativa do ente que podemos chamar de verdade ôntica. De acordo com as diversas espécies e áreas do ente modifica-se o caráter de seu possível grau de revelação e dos modos de determinação explicativa que dele fazem parte. Assim se distingue, por exemplo, a verdade do puramente subsistente (por exemplo, as coisas materiais) como descoberta, especificamente da verdade do ente que nós mesmos somos, da abertura, do ser-aí existente [2]. Por mais variadas que sejam as diferenças de ambas as espécies de verdade ôntica, para toda revelação antepredicativa vale o fato de que o âmbito revelador nunca possui, primariamente, o caráter de uma pura representação (intuição), nem mesmo na contemplação "estética". A caracterização da verdade antepredicativa como intuição se insinua com facilidade pelo fato de a verdade ôntica, e aparentemente a verdade propriamente dita, ser determinada como verdade proporcional, isto é, como "união da representação". O mais simples em face desta é, então, um puro representar, livre de toda união predicativa. Este representar tem, não há dúvida, sua função própria para a objetivação do ente, certamente, então já sempre necessariamente revelado. A revelação ôntica mesma, porém, acontece num sentir-se situado em meio ao ente, marcado pela disposição de humor, pela impulsividade e em comportamentos em face do ente, tendências e volitivos que se fundam naquele sentimento de situação [3]. Contudo, mesmo estes comportamentos não seriam capazes de tornar acessível o ente em si mesmo, interpretados como antepredicativos ou como predicativos, se sua ação reveladora não fosse sempre antes iluminada e conduzida por uma compreensão do ser (constituição do ser: que-ser e como-ser) do ente. Desvelamento do ser é o que primeiramente possibilita o grau de revelação do ente. Este desvelamento como verdade sobre o ser é chamado verdade ontológica. Não há dúvida, os termos ’ontologia’ e "ontológico" são multívocos, e de tal maneira que, justamente, escondem o problema propriamente dito de uma ontologia. Logos   do on significa: o interpelar (legein) do ente enquanto ente, significa, porém, ao mesmo tempo o horizonte (woraufhin  ) em direção do qual o ente é interpelado (legomenon). Interpelar algo enquanto algo não significa ainda necessariamente: compreender o assim interpelado em sua essência. A compreensão do ser (logos num sentido bem amplo), que previamente ilumina e orienta todo o comportamento para o ente, não é nem um captar o ser como tal nem um reduzir ao conceito o assim captado (logos no sentido mais estrito — conceito "ontológico"). A compreensão do ser, ainda não reduzida ao conceito, designamos, por isso, compreensão pré-ontológica ou também ontológica, em sentido mais amplo. Conceituar o ser pressupõe que a compreensão do ser se tenha elaborado a si mesma e que tenha transformado propriamente em tema e problema o ser nela compreendido, projetado em geral e de alguma maneira desvelado. Entre compreensão pré-ontológica do ser e expressa problematização da conceituação do ser, há muitos graus. Um grau característico é, por exemplo, o projeto da constituição do ser do ente, através do qual é, concomitantemente, delimitado um determinado campo (natureza, história) como área de possível objetivação através do conhecimento científico. A prévia determinação do ser (que-ser e como-ser) da natureza em geral se fixa nos "conceitos fundamentais" da respectiva ciência. Nestes conceitos são, por exemplo, delimitados espaço, lugar, tempo, movimento, massa, força, velocidade; todavia, a essência do tempo, do movimento, não é propriamente problematizada. A compreensão ontológica do ente puramente subsistente é aqui reduzida a um conceito, mas a determinação conceitual de tempo e lugar etc., as definições, são reguladas, em seu ponto de partida e amplitude, unicamente pelo questionamento fundamental que na respectiva ciência é dirigido ao ente. Os conceitos fundamentais da ciência atual não contêm, nem já os "autênticos" conceitos ontológicos do ser do respectivo ente nem podem estes ser simplesmente conquistados por uma "adequada" ampliação daqueles. Muito antes, devem ser conquistados os originários conceitos ontológicos antes de toda definição científica dos conceitos fundamentais, de tal modo que, a partir daqueles, se torne possível estimar de que maneira restritiva e, em cada caso, delimitadora a partir de um ponto de vista, os conceitos fundamentais das ciências atingem o ser, somente captável em conceitos puramente ontológicos. O "fato" das ciências, isto é, conteúdo fático de compreensão do ser que elas necessariamente encerram, como qualquer comportamento para com o ente, não é nem instância fundadora para o a priori   nem a fonte do conhecimento do mesmo, mas é apenas uma possível e motivadora orientação que aponta para a originária constituição ontológica, por exemplo, de história ou de natureza, orientação que ainda, por sua vez, deve permanecer submetida a constante crítica, que já recebeu os pontos que tem em mira da problemática fundamental de todo o questionamento do ser do ente. (GA9PT  :117-118)

Cortés & Leyte

¿Pero se puede alcanzar alguna definición de la esencia de la verdad más originaria que la del carácter de enunciado? Pues nada menos que la aceptación de que, al margen de cómo la comprendamos en cada caso singular, esta determinación de la esencia de la verdad es ciertamente inevitable, pero también derivada [4]. La coincidencia del nexo con lo ente y la concordancia y univocidad que de ella resulta no abren como tales y en primer lugar el acceso a lo ente. [114] Antes bien, tal ente debe ser ya manifiesto como ese posible «sobre lo cual» de cualquier determinación predicativa antes de dicha predicación y para ella. Para ser posible, la predicación tiene que poder asentarse en un hacer-manifiesto que no tiene carácter predicativo. La verdad de la proposición hunde sus raíces en una verdad más originaria (desocultamiento), esto es, en el carácter manifiesto antepredicativo de lo ente, que recibe el nombre de verdad óntica. Su posible carácter manifiesto y los correspondientes modos del determinar explicativo e interpretativo se transforman de acuerdo con los distintos tipos y ámbitos de lo ente. Y, así, por ejemplo, y en cuanto tiene el carácter de algo descubierto [5], la verdad de lo que está ahí delante (por ejemplo, las cosas materiales) se distingue específicamente de la verdad de lo ente que somos nosotros mismos, del [GA9:131] carácter de apertura del Dasein   [6] existente [7]. Pero por muchas que puedan ser las diferencias entre ambos tipos de verdad óntica, en cualquier caso, para todo carácter manifiesto antepredicativo el hacer-manifiesto nunca tiene primariamente el carácter de un mero representar (intuir), ni siquiera en la contemplación «estética». Y, por eso, precisamente porque la verdad óntica y supuestamente auténtica se determina antes que nada como verdad de la proposición, esto es, como un «vínculo de representaciones», por eso surge fácilmente la caracterización de la verdad antepredicativa como intuición [8]. Así, lo que es más simple en comparación con ese vínculo de representaciones es un mero representar libre de vínculos. Bien es verdad que dicho representar tiene una función propia en la objetivación de lo ente que, en este caso, ya es siempre necesariamente manifiesto. Pero el propio manifestar óntico ocurre en un encontrarse [9], regido por estados de ánimo e impulsos, que aparece en medio de lo ente y en modos de conducirse respecto a lo ente [10], que se rigen a su vez por aspiraciones y deseos y también se fundamentan en dicho encontrarse. Pero, ya se interpreten como antepredicativos o como predicativos, ni siquiera dichos modos de conducirse serían capaces de abrir el acceso hasta lo ente en sí mismo si su modo de manifestar no estuviera ya siempre   previamente iluminado y guiado por una comprensión del ser de lo ente (constitución del ser: qué es y cómo es). Es el desvelamiento [11] del ser el que hace posible por primera vez el carácter manifiesto de [115] lo ente: su evidencia. En su calidad de verdad del ser, llamamos [12] a este desvelamiento verdad ontológica. Obviamente los términos «ontología» y «ontológico» [GA9:132] tienen más de un significado, hasta el punto de ocultar el auténtico problema propio de una ontología. Λόγος del on significa: llamar (λεγειν) a lo ente en cuanto ente, pero al mismo tiempo significa aquello respecto a lo cual es llamado lo ente (λεγόμενον). Pero llamar a algo en cuanto algo no significa necesariamente captar y asir en su esencia lo que así es llamado. La comprensión del ser (el λόγος en su significado más amplio) [13] que ilumina y guía de antemano todo conducirse respecto a lo ente no es ni un captar el ser [14] como tal ni mucho menos un concebir lo así captado (el λόγος en su significado más estricto, esto es, como concepto «ontológico»). Por eso mismo, la comprensión del ser que todavía no ha llegado a concepto recibe el nombre de pre-ontológica o también ontológica en sentido amplio. Concebir el ser presupone que se haya configurado a sí misma la propia comprensión del ser y que el ser comprendido en ella, proyectado y en cierta medida desvelado, se haya convertido propiamente en tema y problema. Entre la comprensión preontológica del ser y la problemática expresa de dicho concebir el ser nos encontramos con múltiples grados. Un grado característico es, por ejemplo, el proyecto de la constitución del ser de lo ente mediante el cual un campo determinado (naturaleza, historia) queda delimitado simultáneamente como ámbito de una posible objetivación por parte del conocimiento científico. La determinación previa del ser de la naturaleza en general (qué es y cómo es) se consolida en los «conceptos fundamentales» de la ciencia correspondiente. En dichos conceptos se delimitan, por ejemplo, el espacio, lugar, tiempo, movimiento, masa, fuerza o velocidad, y sin embargo la esencia del tiempo o del movimiento no llegan a considerarse el problema propio. Ciertamente, aquí se lleva a concepto la comprensión del ser de eso ente [GA9:133] que está delante, pero la determinación conceptual de tiempo, espacio, etc., esto es, las definiciones, sólo se regulan de acuerdo con su planteamiento y alcance a través del planteamiento de la pregunta fundamental que se dirige a lo ente en cada ciencia correspondiente. Los conceptos fundamentales de la ciencia actual no contienen ya los «auténticos» conceptos ontológicos del ser del correspondiente ente, ni tampoco se pueden obtener estos últimos [116] conceptos mediante una simple ampliación «adecuada» de los primeros. Antes bien, lo que hay que hacer es conquistar los originarios conceptos ontológicos antes de toda definición de los conceptos científicos fundamentales, porque lo cierto es que sólo a partir de dichos conceptos ontológicos será posible evaluar de qué manera limitada y siempre restringida a un determinado punto de vista los conceptos fundamentales de las ciencias son capaces de alcanzar ese ser comprensible en los conceptos ontológicos puros. El «factum» de las ciencias, esto es, la existencia de hecho de una comprensión de facto del ser, tan necesariamente implícita en las ciencias como en cualquier conducta respecto a lo ente, no es ni una instancia fundamentadora del a priori ni la fuente de conocimiento del mismo, sino únicamente una posible indicación de la constitución originaria del ser de, por ejemplo, la historia o la naturaleza, una indicación que por su parte queda supeditada a una crítica permanente, la cual ha tomado ya sus directrices de la problemática sobre la que se funda todo preguntar por el ser de lo ente. (GA9ES:114-117)

Henry Corbin

Outre cette délimitation de l’essence de la vérité comme caractère du jugement, nous est-il possible d’obtenir quelque chose qui soit encore plus originel? Oui, et ce n’est rien moins que la constatation suivante : si différemment saisie puisse-t-elle être dans le détail, cette définition de la vérité n’en est pas moins pourtant une définition inévitable certes, mais dérivée ou secondaire [15]. La concordance du nexus avec l’existant, et par suite son propre accord, ne rendent point comme tels, en premier lieu, l’existant accessible. Il faut plutôt que celui-ci soit déjà manifesté comme « ce dont » est [96] possible une détermination prédicative; il faut donc qu’il le soit avant cette prédication et pour elle. Pour être possible, la prédication doit avoir son siège dans un acte de manifestation qui n’ait point lui-même un caractère prédicatif. La vérité de la proposition est enracinée dans une vérité (une mise à découvert) plus haute en origine, dans un état manifeste de l’existant qui est anté-prédicatif, et que nous appellerons vérité ontique. Sa manifestation possible aussi bien que la manière correspondante de la déterminer en l’interprétant, ont un caractère qui varie selon les différentes espèces et régions de l’existant. C’est ainsi par exemple que la vérité des choses-subsistantes (das Vorhandene) [v. g. les choses matérielles] se distingue spécifiquement en tant que réalité-mise-à-découvert (Entdecktheit  ), de la vérité de cet existant que nous sommes nous-mêmes, à savoir de la modalité révélée et révélante (Erschlossenheit  ) de la réalité-humaine qui est existante [16]. Si multiples puissent être les différences de ces deux espèces de vérités ontiques, il reste que, pour toute manifestation antéprédicative, l’acte qui manifeste n’a jamais en premier lieu le caractère d’une représentation ou d’une intuition pure, même pas dans la contemplation « esthétique ». Si l’on est tenté de caractériser la vérité antéprédicative comme une intuition, c’est parce que la vérité ontique, supposée vérité authentique, est préalablement définie comme vérité d’une proposition logique, c’est-à-dire comme un lien établi par la représentation. En face de ce dernier, la représentation tout court libre de toute association, apparaît alors comme marquant un degré plus simple. Certes, cette représentation remplit [97] sa fonction propre en ce qui concerne la constitution-en-objet de l’existant, celui-ci, il est vrai, se trouvant alors nécessairement d’ores et déjà révélé. Mais la révélation ontique elle-même se produit dans une situation  -éprouvée au milieu   de l’existant [17], selon une certaine tonalité-affective, selon certaines impulsions; elle se produit dans les comportements envers l’existant, comportements intentionnels, visées et aspirations, qui se trouvent simultanément fondés dans cette situation-affective.

Pourtant, qu’on les interprète comme anté-prédicatifs ou comme prédicatifs, ces comportements seraient incapables de nous rendre l’existant accessible en lui-même, si la révélation qu’ils provoquent n’était d’ores et déjà illuminée toujours et guidée par une compréhension de l’être de l’existant, une compréhension de la structure de son être : essence (quid  ) et modalité (quomodo). C’est seulement parce que l’être est dévoilé qu’il devient possible à l’existant de se manifester. Ce dévoilement entendu comme vérité sur l’être, tel est ce que nous désignons du nom de vérité ontologique. Sans doute les termes d’« ontologie   » et d’« ontologique » recèlent bien des équivoques, à tel point que l’authentique problème d’une ontologie reste précisément caché. Discours (λόγος) de l’existant (ὄν  ) veut dire : l’acte de poser une demande (λέγειν) à l’existant en tant qu’existant, mais en même temps cela désigne ce au sujet de quoi l’existant subit une demande (λεγόμενον). Mais poser une demande à quelque chose en tant que telle ou telle chose, cela ne veut pas dire encore nécessairement que l’on conçoive dans son essence la chose à laquelle une [98] demande est ainsi posée. La compréhension de l’être, celle qui éclaire et qui guide en la précédant toute relation avec l’existant (λόγος en un sens très large), ne signifie elle-même ni que l’on saisisse l’être comme tel, ni même que l’on forme un concept de ce qui est ainsi saisi (λόγος en son sens le plus précis, concept « ontologique »). A cette intelligence de l’être qui n’est pas encore arrivée au rang de concept, nous donnons donc le nom de pré-ontologique, ou même celui de compréhension ontologique, mais en un sens plus large. Former un concept de l’être, cela suppose que l’intelligence de l’être se soit elle-même élaborée et qu’elle ait pris expressément pour thème et pour problème l’être qui en elle est déjà compris, esquissé en un projet général et dévoilé d’une façon ou d’une autre. Entre une compréhension pré-ontologique de l’être et une problématique expressément formulée du concept de l’être, il y a de multiples degrés. Caractéristique entre autres degrés est, par exemple, le pro-jet qui, en esquissant la constitution de l’être de l’existant, jalonne en même temps un champ déterminé (Nature, Histoire) comme le domaine où il sera possible à une connaissance scientifique de constituer des objets. La détermination anticipée de l’être d’une Nature en général (essence et modalité) prend corps dans les « concepts fondamentaux » de la science correspondante. Ces concepts délimitent, par exemple, ce que sont l’espace, le lieu, le temps, le mouvement, la masse, la force, la vitesse, mais pourtant ni l’essence du temps, ni l’essence du mouvement ne sont pris expressément comme problèmes. La compréhension de l’être de l’existant qui se présente comme objet, est ici portée au rang de concept; seulement, la détermination des concepts de temps et de lieu… etc., les [99] définitions, sont en vertu du propos initial et de l’étendue embrassée, réglées uniquement par la recherche instituée à la base, et qui, dans la science en question, renvoie toujours à l’existant, non à son être. Les concepts qui sont à la base de la science actuelle ne recèlent point en eux-mêmes les « authentiques » concepts ontologiques de l’être de l’existant qui est mis en question par cette science; il n’est pas davantage possible d’atteindre ces derniers en se contentant d’élargir les premiers dans une mesure « adéquate ». Il faut au contraire que les concepts ontologiques originels soient acquis antérieurement à toute définition scientifique des concepts de base; c’est seulement alors, en partant de ces concepts ontologiques, que l’on peut évaluer au prix de quelle restriction, par quelle délimitation chaque fois tracée d’un point de vue déterminé, les concepts qui sont à la base des sciences rencontrent l’être qui est saisissable dans les concepts ontologiques purs. Le « fait » dont s’occupent les sciences — et ceci revient à désigner l’élément de compréhension de l’Être qui se trouve en fait inclus nécessairement dans les sciences aussi bien que dans tout autre rapport avec l’existant, — ce fait, disons-nous, ne constitue pas une instance en légitimation de l’a priori; ce n’est pas non plus la source à laquelle on en pourrait puiser la connaissance ; c’est simplement une invite possible, une référence à la constitution originelle de l’être, celle de l’Histoire, par exemple, ou de la Nature; une référence qui doit elle-même rester soumise à une critique permanente, laquelle a déjà reçu sa direction de la problématique qui forme la base de toute question concernant l’être de l’existant. [GA9Q-1:95-99]

Original

Läßt sich jedoch über die Umgrenzung des Wesens der Wahrheit   als Charakter der Aussage   hinaus noch Ursprünglicheres beibringen  ? Nichts   weniger als die Einsicht, daß   diese Wesensbestimmung   der Wahrheit — wie immer sie im einzelnen gefaßt sein   mag — eine zwar unumgängliche, aber gleichwohl abgeleitete ist [18]. Die Übereinstimmung   des nexus mit dem Seienden   und ihr zufolge seine Einstimmigkeit machen   als solche nicht primär das Seiende zugänglich. Dieses muß vielmehr als das mögliche Worüber einer prädikativen Bestimmung vor dieser Prädikation   und für sie schon offenbar sein. Prädikation muß, um möglich zu werden  , sich in einem Offenbarmachen   ansiedeln können, das nicht prädikativen Charakter hat. Die Satzwahrheit ist in einer ursprünglicheren Wahrheit (Unverborgenheit  ), in der vorprädikativen Offenbarkeit von Seiendem gewurzelt, die ontische Wahrheit genannt sei. Den verschiedenen Arten und Bezirken des Seienden gemäß wandelt sich der Charakter seiner möglichen Offenbarkeit und der zugehörigen Weisen   des auslegenden Bestimmens. So unterscheidet sich z.B. die Wahrheit von Vorhandenem (z.B. der materiellen Dinge) als [131] Entdecktheit spezifisch von der Wahrheit des Seienden, das wir selbst   sind, der Erschlossenheit des existierenden Daseins [19]. So vielfältig aber die Unterschiede dieser beiden Arten pntischer Wahrheit sein mögen  , für alle vorprädikative Offenbarkeit gilt, daß das Offenbarmachen primär nie den Charakter eines bloßen Vorstellens (Anschauens) hat, selbst nicht in der »ästhetischen« Betrachtung  . Die Kennzeichnung der vorprädikativen Wahrheit als Anschauen   [20] legt sich deshalb gern nahe, weil die ontischeund vermeintlich eigentliche Wahrheit zuvörderst als Satzwahrheit, d.i, als »Vorstellungs-verbindung« bestimmt wird. Das dieser gegenüber Einfachere ist dann   ein verbindungsfreies, schlichtes Vorstellen  . Dieses hat zwar für die Vergegenständlichung   des freilich dann immer schon notwendig offenbaren Seienden seine eigene Funktion  . Das ontische Offenbaren selbst aber geschieht im stimmungsmäßigen und triebhaften Sichbefinden [21] inmitten von Seiendem und in den hierin mitgegründeten strebensmäßigen und willentlichen Verhaltungen zum Seienden [22]. Doch selbst diese vermöchten nicht, weder als vorprädikative noch als prädikativ sich auslegende, Seiendes an ihm selbst   zugänglich zu machen, wenn ihr Offenbaren nicht schon immer zuvor erleuchtet und geführt wäre durch ein Verständnis   des Seins (Seinsverfassung  : Was- und Wie-sein) des Seienden. Enthülltheit   des Seins ermöglicht erst Offenbarkeit von Seiendem. Diese Enthülltheit als Wahrheit über das Sein wird ontologische Wahrheit genannt [23]. Freilich sind die Termini. »Ontologie« und [132] »ontologisch.« mehrdeutig, so zwar, daß sich gerade das eigentümliche Problem einer Ontologie verbirgt. Λόγος des öv heißt: das Ansprechen   (λέγειν) des Seienden als Seiendes, zugleich aber bedeutet es das, woraufhin Seiendes angesprochen ist (λεγόμενον). Etwas als etwas ansprechen besagt aber noch nicht notwendig: das so Angesprochene in seinem Wesen   begreifen  . Das alles Verhalten   zu Seiendem vorgängig erhellende und führende Verstehen des Seins (λόγος in einer ganz weiten Bedeutung  ) [24] ist weder ein Erfassen   des Seins [25] als solchen, noch gar ein Begreifen des so Erfaßten (λόγος in der engsten Bedeutung = »ontologischer« Begriff). Das noch nicht zum Begriff gekommene Seinsverständnis nennen wir daher das vor-ontologische oder auch das ontologische im weiteren Sinne. Seinsbegreifen setzt voraus, daß das Seinsverständnis sich selbst ausgebildet und das in ihm verstandene, überhaupt entworfene und irgendwie enthüllte Sein eigens zum Thema   und Problem gemacht hat. Zwischen   vorontologischem Seinsverständnis und ausdrücklicher Problematik des Seinsbegreifens gibt es vielfache Stufen. Eine charakteristische ist z.B. der Entwurf   der Seinsverfassung vom Seienden, durch den zugleich ein bestimmtes Feld   ab gesteckt wird (Natur  , Geschichte  ) als Gebiet   möglicher Vergegenständlichung durch wissenschaftliche Erkenntnis  . Die vorgängige Bestimmung des Seins (Was- und Wie-sein) von Natur überhaupt verfestigt sich in den »Grundbegriffen« der betreffenden Wissenschaft  . In diesen Begriffen werden z. B. Raum  , Ort  , Zeit  , Bewegung  , Masse, Kraft, Geschwindigkeit umgrenzt, aber gleichwohl wird das Wesen von Zeit, Bewegung   nicht eigenes Problem. Das Seinsverständnis des vorhandenen Seienden ist hier auf   einen [133] Begriff gebracht, allein die begriffliche Bestimmung von Zeit und Ort usf., die Definitionen, sind nach Ansatz   und Reichweite einzig durch die Grundfragestellung geregelt, die in der betreffenden Wissenschaft ein das Seiende ergeht. Die Grundbegriffe der heutigen Wissenschaft enthalten weder schon die »eigentlichen« ontologischen Begriffe des Seins des betreffenden Seienden, noch lassen   sich diese lediglich durch eine »passende« Erweiterung jener gewinnen. Vielmehr müssen die ursprünglichen ontologischen Begriffe vor aller wissenschaftlichen Grundbegriffsdefinition gewonnen werden, so daß von ihnen aus allererst abschätzbar wird, in welcher einschränkenden und je aus einem bestimmten Blickpunkt umgrenzenden Weise   die Grundbegriffe der Wissenschaften das in den rein ontologischen Begriffen faßbare Sein treffen. Das »Faktum  « der Wissenschaften, d. h. der in ihnen notwendig so wie in jedem Verhalten zu Seiendem eingeschlossene faktische Bestand   an Seinsverständnis ist weder Begründungsinstanz für das Apriori noch die Quelle der Erkenntnis desselben, sondern nur eine mögliche veranlassende Anweisung auf die ursprüngliche Seinsverfassung z.B. von Geschichte oder Natur, eine Anweisung, die selbst noch der ständigen Kritik   unterstellt bleiben muß, die ihre Richtpunkte schon in der grundsätzlichen Problematik alles Fragens nach dem Sein von Seiendem genommen hat. (GA9:130-133)


Ver online : WEGMARKEN [GA9]


[1Cf. M. Heidegger, Ser e Tempo 1, 1927 (Anuário de Filosofia e Pesquisa Fenomenológica, vol. VIII), § 44, pp. 212-230; sobre a enunciação § 33, p. 154 ss. — A paginação concorda com a edição em separado da obra. (N. do A.)

[2Cf. ibidem § 60, p. 295 ss. (N. do A.)

[3Sobre "sentimento de situação", cf. ibidem § 29, p. 134 ss. (N. do A.)

[4Vid. Martin Heidegger, Ser y tiempo I, 1927 (Jahrbuch für Philosophie und phänomenologische Forschung, vol. VIII), § 44, pp. 212-230; sobre el enunciado, § 33, pp. 154 ss. Los números de páginas coinciden con los de la edición especial.

[5N. de los T.: traducimos el término «Entdeckheit».

[6N. de los T.: para la traducción de este término, vid. nota 9 del primer ensayo de esta obra. p. 42.

[7Vid. loc. cit. § 60, pp. 295 ss.

[81.a ed. (1929): aquí hay que fijarse en el origen histórico de physis - noein - einai es esencial.

[9Sobre el «encontrarse situado», vid. loc. cit. § 29, pp. 134 ss.

[101.a ed. (1929): aquí en referencia a la apertura de lo cerrado como redondeamiento (εύκυκλέοί, Parménides) del ser-aquí; el claro del aquí, no derivable de la psicología; estas capacidades son más bien posibles solamente sobre el fundamento del ser-aquí.

[11N. de los T.: en el sentido de ‘quitar el velo’ o «develar».

[121.a ed. (1929): ¡no está claro! La verdad ontológica es el desvelar de la entidad — mediante categorías — , pero la entidad como tal es ya una determinada verdad del ser, el claro de su venida a la presencia. Esta distinción, «verdad óntico-ontológica», sólo es una reduplicación del desocultamiento y en un principio permanece anclada en el planteamiento platónico. Con esto sólo se indica, desde lo dicho hasta ahora, la dirección de la superación, pero no se lleva a cabo ni se fundamenta una superación que parta de su propio fundamento.

[131.a ed. (1929): aquí se trata del proceder equivocado de una mera ampliación del pensar ontológico-metafísico a la pregunta por la verdad del ser.

[141.a ed. (1929): captar el ser: a) desde el punto de vista metafísico-categorial, o b) de un modo completamente distinto como proyecto de presentación esencial de la verdad del ser.

[15Cf. Martin Heidegger, Sein und Zeit, I, 1927, § 44, p. 213-230. Sur le « jugement » : cf. Ibid., § 33, p. 154 sq.

[16Cf. Ibid., § 60, p. 295 eq.

[17Sur cette situation-affective (Befindlichkeit), et. Ibid., §.29, p. 134 sq.

[18Vgl. M. Heidegger, Sein und Zeit I, 1927 (Jahrbuch für Philosophie und phänomenologische Forschung, Bd« VIII), §44, S. 212-230; über die Aussage § 33, S. 154 ff. — Die Seitenzahlen stimmen mit denen des Sonderdruckes überein.

[19Vgl. a. a. O. §60, S. 295 ff.

[201. Auflage 1929: Beachte hier: der geschichtliche Ursprung aus φύσις: νοεῖν — εἶναι ist wesentlich.

[21Über »Befindlichkeit« vgl. a. a. O. § 29, S. 134 ff.

[221. Auflage 1929: Hier auf Offenheit des Verschlossenen als Rundung (εὐκυκλέος, Parmenides) des Da-seins; Lichtung des Da, nicht von Psychologie her, vielmehr diese Vermögen erst auf dem Grunde des Da-seins.

[231. Auflage 1929: Unklar! Ontologische Wahrheit ist Enthüllen der Seiendheit — durch die Kategorien — aber Seiendheit als solche bereits eine bestimmte Wahrheit des Seyns, Lichtung seiner Wesung. Diese Unterscheidung »ontisch-ontologische Wahrheit« ist nur eine Verdoppelung der Unverborgenheit und bleibt zunächst im Platonischen Ansatz stecken. Damit nur aus dem Bisherigen her die Richtung der Überwindung gewiesen, aber nidit eine Überwindung aus ihrem eigenen Grunde vollzogen und gegründet.

[241. Auflage 1929: Hier das irrige Vorgeben der bloßen Erweiterung des ontologisch-metaphysischen Denkens auf die Frage nach der Wahrheit des Seyns.

[251. Auflage 1929: Erfassen des Seins: a) kategorial-metaphysisch, oder b) ganz anders als Entwurf der Wesung der Wahrheit des Seyns.