Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Gesamtausgabe > GA54:175-177 – δαιμόνιος τόπος - locais dos deuses

GA54:175-177 – δαιμόνιος τόπος - locais dos deuses

segunda-feira 31 de julho de 2017

Wrublevski

A localidade, evocada no mito final da Politeia   de Platão  , não está nem na “terra” nem no “céu”. Ao contrário, nessa localidade se mostra, e até mesmo exclusivamente, o que remete e acena para o subterrâneo, que pertence à terra, e para o sobreterrâneo. Subterrâneo e sobreterráneo são os locais, onde o “demoníaco” surge à superfície e desaparece no centro da terra. São os locais dos deuses. Na localidade do extra-ordinário encontram-se os que vêm do subterrâneo e do sobreterrâneo, para percorrer este δαιμόνιος τόπος  , antes de novamente atravessar uma nova viagem mortal sobre a terra. Na viagem pela localidade do extra-ordinário, os lugares são atravessados segundo estados e tempos muito bem delimitados.

O último lugar dentro da localidade do extra-ordinário, e com isso o lugar em que os viajantes devem manter-se imediatamente antes de nova viagem mortal, é tò τής Λήθης πεδίον, o campo do encobrimento que se retrai, no sentido do esquecimento. É nesse campo da λήθη   que se recolhe toda a viagem. Aqui vige e atua o “demoníaco” de toda a localidade, no mais alto e sumo grau de sentido. O guerreiro evocado na narrativa conta que o caminho pelo [170] campo da λήθη passa por um calor que tudo devora e por um ar que tudo sufoca: καί γάρ είναι   αύτό (tò τής Λήθης πεδίον) κενόν δένδρων τε καί οσα γή φύει (621 a 3s). “Este campo do encobrimento em retração é, em si mesmo, ermo de vegetação, bem como vazio de tudo que (a) terra faz brotar”. Este campo do encobrimento é contra toda φύσις  . A λήθη não permite nenhum φύειν, nenhum surgir e brotar. A λήθη aparece como essência contrária da φύσις. Se compreendermos, porém, φύσις como “a natureza” e λήθη como o “esquecimento”, então não há como perceber, porque φύσις e λήθη hão de contrapor-se, pois ambas haverão de chegar a um relacionamento acentuado uma com a outra. Se, no entanto, pensarmos como os gregos, então tornar-se-á claro que, como um retrair-se e encobrir-se essencial, a λήθη nunca deixará surgir, em canto algum, alguma coisa e se há de voltar contra todo brotar, isto é, contra a φύσις. O campo da λήθη bloqueia qualquer descobrimento do ente e, portanto, do ordinário. A λήθη faz desaparecer tudo no lugar de sua essência, que é ela mesma. Todavia, o que distingue e caracteriza esse lugar não reside apenas na completude do retraimento, por assim dizer, na pretensa quantidade do encobrimento. Ao contrário, vale muito mais ver. a “ausência” [weg  ] do que se retrai, já em si mesma, vige e vigora na própria essência do retraimento. A “ausência” do que se retrai e encobre não é um “nada”, mas o fazer tudo desaparecer no retraimento é a única coisa que se oferece nesse lugar. O lugar fica vazio — nele nada há de ordinário. Entretanto, o vazio é o que aqui permanece e tem vigência. O nada do vazio é o nada do retraimento. O vazio do lugar é a vista, que dentro dele vê e o “preenche”. O lugar da λήθη é a locanda [Wo], em que vige e vigora o extra-ordinário numa exclusividade característica. O campo da λήθη é “demoníaco” num sentido excepcional.

Porém, à medida que esse lugar deixa e faz aparecer e vigorar em seu âmbito alguma coisa, então isso mesmo que pertence ao campo da λήθη deve ser da mesma essência que o campo. A única coisa que os viandantes encontram no campo é um rio. Todavia, o nome do rio já demonstra que está de acordo com o lugar, e isso significa que serve e obedece à essência da λήθη. O rio no campo da λήθη tem o nome de Αμέλης, o que significa: “sem-cuidado”. O guerreiro, que narra ο μύθος   do δαιμόνιος τόπος, afirma: [171]

σκηνασθαι οΰν σφας ήδη εσπέρας   γιγνομένης παρά τον Αμέλητα ποταμόν, οΰ το υδωρ άγγεΐον ούδεν στέγειν (621 a As).

“Eles teriam, então, estendido a tenda, depois que o anoitecer já despontou, à margem do rio ‘Sem-cuidado’, cuja água não guarda nenhum continente, isto é, não pode acobertar" (στέγη, o teto, a cobertura).

Tal água não conhece o cuidado (μελέτη  ) de nada que contrarie o desaparecimento [Verschwindung] e o descaminho [Entgängnis  ] e, com isso, o encobrimento em retração. Esta água que não se deixa conter em nenhum continente, porque, já em si mesma, é puro descaminho e não conhece a μελέτη τής ἀλήθεια  ς, o cuidado pelo desencobrimento, o cuidado que o ente fique resguardado no desencoberto e nele esteja e permaneça constantemente. O “cuidado” aqui não designa, de forma alguma, qualquer preocupação ou melancolia com alguma situação externa do mundo e do homem. Ao contrário, o cuidado cuida aqui unicamente do desencobrimento e pertence ao âmbito do δαιμόνιον  . O cuidado pertence ao acontecer de apropriação da essência de descobrir e encobrir. Assim, o correspondente “descuido” não é nem uma descura qualquer de algumas coisas, nem é apenas uma propriedade do homem. O “descuido” está unicamente em não cuidar da verdade, que cuida da regência da λήθη, o encobrimento que retrai; é por isso que também esse des-cuido é um δαιμόνιον. Na medida, portanto, em que no âmbito do pensamento essencial, que pensa a essência do ser e o desencobrimento da verdade, surge a palavra do “cuidado”, pensa-se coisa totalmente diferente do que o enfado de um “sujeito” humano, que cambaleia pelo “nada em si”, uma “vivência” obstinada numa nulidade vazia.

Másmela

La exclusividad de lo extra-ordinario en el lugar de la lethe. La mirada de su vacuidad y la nada del retraimiento.

El agua incontenible del río «libre de cuidado» en el campo de λήθη. La salvación de lo desoculto por el pensar pensante; la bebida del pensador.

La localidad, mencionada en el mito concluyente de la Politeia de Platón, no es sobre la «tierra» ni en el «cielo». Muy al contrario, en esta localidad se muestran tales cosas e, incluso, sólo [152] las que señalan lo perteneciente a la tierra, lo subterráneo, y lo supraterrenal. Lo subterráneo y lo supraterrenal son los lugares a partir de los cuales lo «demónico» brilla arriba y abajo en la tierra. Ellos son los lugares de los dioses. En la localidad de lo extra-ordinario se encuentran quienes llegan desde lo subterráneo y lo supraterrenal, con el fin de recorrer este δαιμόνιος τόπος, antes de que ellos transiten un nuevo curso mortal sobre la tierra. En la errancia a través de la localidad de lo extra-ordinario, sus lugares tienen que ser recorridos de acuerdo con estancias y tiempos explícitamente delimitados.

El último lugar dentro de la localidad de lo extra-ordinario, consecuentemente aquel en el cual los transeúntes tienen que detenerse inmediatamente antes de la transición a un nuevo curso mortal, es τό τής Λήθης πεδίον, el campo de la ocultación que se retrae en el sentido del olvido. En este campo de λήθη se congrega toda la errancia. Lo «demónico» de toda la localidad se esencia aquí en el más extremo y más alto sentido. El guerrero narra que el camino al campo de λήθη conduce a través de una brasa que lo calcina todo y a través de un aire que asfixia todo; και γάρ εΤναι αύτό (τό τής Λήθης πεδίον) κενόν δένδρων τε καί οσα γη φύει (621 a 3 ss.). «También éste (a saber, este campo de la ocultación que se retrae) es él mismo despojado de todo cuanto crece, y se encuentra además completamente vacío de todo lo que la tierra deja emerger.» Este campo de la ocultación es opuesto a toda φύσις. Λήθη no permite ningún φύειν, ningún emerger y ningún brotar. Λήθη aparece como la contra-esencia de φύοις. Si entendemos φύοις como «naturaleza» y λήθη como «olvido», entonces nunca comprenderemos cómo φύσις y λήθη llegan a ser opuestos, por qué ellos deben lograr una enfática relación entre sí. Pero si pensamos ambas de manera griega, entonces se hace claro que λήθη como retraer y ocultar esenciales nunca deja emerger algo y se dirige, por tanto, contra todo aparecer, es decir, contra la φύσις. El campo de λήθη impide toda desocultación del ente y de lo ordinario. En el lugar esencial de λήθη todo desaparece. Sin embargo, no es solamente la completitud del retraimiento o la presunta cantidad del ocultamiento lo que distingue este lugar. Se trata, más bien, de que el «fuera» de lo retraído se esencia él mismo en la esencia del retraimiento. El «fuera» de lo retraído y de lo oculto no es por supuesto «nada», pues el dejar desaparecer [153] todo lo que se retrae sólo sucede en este lugar y se presenta en él. El lugar es vacío -en él no hay en absoluto nada ordinario-. Pero el vacío es aquí precisamente lo que permanece y lo que llega a la presencia. La nulidad del vacío es la nada del retraimiento. El vacío del lugar es la mirada que mira dentro de él y lo «llena». El lugar de λήθη es aquel «dónde» en el cual lo extra-ordinario se esencia en una peculiar exclusividad. El campo de λήθη es, en un sentido preeminente, «demónico».

Pero, en tanto este lugar, en su propio dominio, deje aparecer algo y llegar a la presencia, éste, como perteneciente al campo mismo de λήθη, tiene que tomar parte en la esencia de este campo. Lo único que los transeúntes encuentran en este lugar es un río. Pero el nombre del río indica ya que es apropiado al lugar, es decir, que está al servicio de la esencia de λήθη. El río en el campo de λήθη es llamado Άμέλης, el cual significa «libre de cuidado». El guerrero, quien relata el μΰθος del δαιμόνιος τόπος, dice (621 a 4 ss.)·. σκηνασθαι ουν σφαςήδη εσπέρας γιγνομένης παρά τον Άμέλητα ποταμόν, ου το ύδωρ άγγειον ούδέν στέγειν. «Ellos acamparon, llegada la noche, a orillas del río “libre de cuidado”, cuyas aguas ningún recipiente podía cubrir, es decir, contener.» (στέγη, el tejado, la cubierta.) Esta agua no conoce el cuidado (μελέτη) concerniente a lo que es opuesto a la desaparición, al marcharse y, consecuentemente, a la ocultación que se retrae. Esta agua, la cual no puede ser contenida por ningún recipiente, porque es el puro marcharse mismo, no conoce μελέτη τής ἀλήθειας, el cuidado por el desocultamiento, el cuidado que el ente alberga en el desocultamiento y permanece constante en ello. «Cuidado» de ninguna manera menciona aquí un tipo de preocupación o de aflicción sobre algún estado externo del mundo y del hombre. Más bien, él es únicamente el cuidado del desocultamiento y pertenece al dominio del δαιμόνιον. El cuidado pertenece al acaecimiento-propicio de la esencia de la desocultación y de la ocultación. De acuerdo con ello, el correspondiente «sin cuidado» no es una despreocupación arbitraria con respecto a unas cosas o a otras, ni es sólo una propiedad del hombre. Es solamente el no-cuidado acerca de la ἀλήθεια, porque el «sin cuidado» es concerniente al actuar de λήθη, de la ocultación que se retrae. Por eso este sin-cuidado es también un δαιμόνιον. Por lo tanto, en el ámbito del pensar esencial, donde son pensados la esencia del [154] ser y el desocultamiento, siempre que se escucha la palabra «cuidado», es pensado algo diferente que la lamentación de un «sujeto» humano que vacila en torno a la «nada en sí misma», en una «experiencia vivencial» objetivada en una nulidad vacía.

Schuwer & Rojcewicz

The district mentioned in the concluding myth of Plato’s Politeia is neither on "earth" nor in "heaven." Quite to the contrary, in this district there are such things, and only such things, which point to the subterrestrial, the supraterrestrial, and to what pertains to the earth. The subterrestrial and the supraterrestrial are the places whence the "demonic" shines up upon, or down upon, the earth. They are the places of the gods. In the district of the uncanny the ones who come from the subterrestrial and the supraterrestrial meet in order to wander through this δαιμόνιος τόπος before they again go through a new mortal course on earth. In wandering through the district of the uncanny, its places must be traversed according to explicitly delimited stops and times.

The last   place within the district of the uncanny, consequently the one at which the wanderer must stop immediately prior to the transition to a new mortal course, is τό τής Λήδης ιαδίον, the field of withdrawing concealment in the sense of oblivion. In this field οί λήδη the whole wandering is gathered. Here the "demonic" of the entire locality dwells in the most extreme and highest sense The warrior narrates that the way to the field of λήδη leads through a blaze consuming everything and through an air that asphyxiates everything; xai γάρ είναι αύτό (τό τής Λήδης ιιεδίον) κενόν δένδρων τε καί (χία γή φύει (621a3f,), "Also, it (namely this field of withdrawing concealment) is itself bare of all that grows as well as completely void of everything the earth lets spring forth," This field of concealment is opposed to all φύοις. Λήδη does not   admit any φύειν, any emerging and coming forth, Λήδη appears as the counter-essence to φύοις. If we understand φύσις as "nature," and λήδη as "forgetting," then we will never comprehend how φύσις and λήδη come to be opposites, why they stand   in an emphatic relation to each other. But if we think of them in the Greek manner, then it becomes clear that λήδη as essential withdrawing and concealing never lets anything emerge, and hence it sets itself against all coming forth, i.e., against φύοις. The field of λήδη prevents every disclosure of beings, of the ordinary. In the essential place of λήδη [119] everything disappears. Yet it is not only the completeness of the withdrawal or the presumed quantity of the concealment that distinguishes this place. The point is rather that the "away" of the withdrawn comes into presence itself in the essence of the withdrawal The "away" of what is withdrawn and concealed is surely not "nothing," for the letting disappear that withdraws everything occurs in this place — in this place alone — and presents itself there. The place is void — there is nothing at all that is ordinary in it. But the void is precisely what remains and what comes into presence there. The barrenness of the void is the nothing of the withdrawal. The void of the place is the look that looks into it and "fills" it. The place of λήδη is that "where" in which the uncanny dwells in a peculiar exclusivity. The field of λήδη is, in a preeminent sense, "demonic."

But to the extent that this place, in its own domain, still allows something to appear and come into presence, then as belonging to the field of λήδη this must itself partake of the essence of the field. All the wanderers find in this place is a river. But already the name of the river indicates that it is appropriate to the place, i.e., it is in service to the essence of λήδη. The river in the field of λήδη is called Άμέλης, which means "Carefree." The warrior narrating the μύδος of the δαιμόνιος τόπος says, (621a4ff.): οχηνάσδαι ούν σφάς ήδη εσπέρας γιγνομένης παρά τόν Άμέλητα ποταμόν, ού τό ϋδωρ άγγεϊον ούδέν στέγείν. "They pitched their tents after evening descended, near the river "Carefree," whose water no vessel could cover, i.e., contain" (στέγη: the roof, the cover). This water does not know care (μελέτη) concerning what is opposed to disappearance, to going away, and consequently to withdrawing concealment. This water, which cannot be contained in any vessel because it is the pure going away itself, does not know μελέτη τής άλήδειας, care over unconcealedness, the care that beings be secured in the unconcealed and therein remain constant. "Care" in no way means here a kind of preoccupation or distress over some external state of the world and man Instead, care is uniquely the care over unconcealedness and belongs in the domain of the δαιμόνιον. Care belongs to the event of the essence of disclosure and concealment. Accordingly, the corresponding "carefreeness" is neither an arbitrary freedom from preoccupation as regards some thing or other, nor is it only a property of man. It is solely the not caring about άλήδεια, because "carefreeness" is concerned with the dominion of λήδη and attends to the withdrawing concealment. Therefore this carefreeness too is a δαιμόνιον. Hence in the realm of essential thinking, where the essence of Being is thought, just as is unconcealedness, whenever the word "care" occurs, something else is intended than the regretfulness of a human "subject" staggering around in the "nothing in itself," in a "lived experience" objectified into empty nothingness.

Original

Die Ortschaft, die im Schlußmythos der Politeia Platons genannt wird, ist weder auf   der »Erde  « noch im »Himmel  «. Wohl dagegen zeigt sich in dieser Ortschaft solches, und sogar nur solches, was auf das der Erde Zugehörige, das Untererdige, und auf das Ubererdige weist. Das Untererdige und das Uber erdige sind die Orte, aus denen das »Dämonische« auf die Erde herauf- und herabscheint. Sie sind die Orte der Götter  , ln der Ortschaft des Un-geheuren treffen sich die aus dem Unter- und Übererdigen Kommenden, um diesen δαιμόνιος τόπος zu durchwandern, bevor sie wieder eine neue todesträchtige Fahrt auf der Erde selbst   durchlaufen. Auf der Wanderschaft durch die Ortschaft des Un-geheuren werden   die Orte derselben nach eigens begrenzten Aufenthalten und Wanderzeiten durchwandert.

Der letzte Ort   innerhalb   der Ortschaft des Un-geheuren, somit derjenige, an dem sich die Wanderer unmittelbar vor dem Übergang   in die neue todesträchtige Fahrt aufhalten müssen, ist τό τής Λήθης πεδίον, das Feld   der entziehenden Verbergung   im Sinne der Vergessung  . In diesem Feld der λήθη sammelt sich die ganze   Wanderschaft. Hier west das »Dämonische« der ganzen Ortschaft im äußersten und höchsten Sinne. Der genannte Krieger erzählt, daß   der Weg   zum Feld der λήθη durch eine alles ausglühende Glut und durch eine alles zum Ersticken bringende Luft führe; και γάρ είναι αϋτό (τό τής Λήθης πεδίον) [176] κενόν δένδρων τε καί οσα γή φύει (621 a 3 f.). »Auch sei nämlich dieses Feld der entziehenden Verbergung   selbst verödet sowohl an Gewächsen als auch überhaupt leer   an allem, was (die) Erde aufgehen   lasse.« Dieses Feld der Verbergung ist gegen jede φύσις. Die λήθη läßt kein φύειν, kein Aufgehen und Hervorkommen zu. Die λήθη erscheint als das Gegenwesen zur φύσις. Verstehen   wir φύσις als »die Natur  « und λήθη als das »Vergessen«, dann   ist niemals einzusehen, weshalb φύσις und λήθη in einen Gegensatz, weshalb sie überhaupt in eine betonte Beziehung   zueinander gelangen sollen  . Denken   wir jedoch beides griechisch, dann wird klar, daß die λήθη als wesenhaftes Entziehen und Verbergen nirgends und nie etwas aufgehen läßt und also sich gegen das Hervorkommen, d. h. die φύσις, wendet. Das Feld der λήθη verwehrt jede Entbergung von Seiendem und also Geheurem. Die λήθη läßt an ihrem Wesensort, der sie selbst ist, alles verschwinden. Doch liegt es nicht   nur an der Vollständigkeit des Entzugs, gleichsam am vermeintlich Quantitativen der Verbergung, was diesen Ort auszeichnet. Vielmehr gilt es zu sehen  : Das »weg« des Entzogenen west selbst an im Wesen   des Entzugs. Das »weg« des Entzogenen und Verborgenen ist nicht etwa »nichts«, sondern das alles entziehende Verschwindenlassen ist das, was sich allein an diesem Ort begibt und in ihn sich dargibt. Der Ort bleibt leer — an ihm ist überhaupt nichts Geheures. Aber die Leere ist hier das Bleibende und Anwesende. Das Nichtige der Leere ist das Nichts des Entzugs. Die Leere des Ortes ist der Blick, der in ihn hereinblickt und »erfüllt«, Der Ort der λήθη ist dasjenige Wo, an dem das Un-geheure in einer eigentümlichen Ausschließlichkeit west. Das Feld der λήθη ist in einem ausgezeichneten Sinne » dämonisch«.

Sofern nun aber doch dieser Ort in seinem Bereich etwas erscheinen   und anwesen läßt, muß dieses in das Feld der λήθη Gehörige selbst von der Wesensart dieses Feldes sein  . Das einzige, was die Wanderer an diesem Ort antreffen, ist ein Fluß. Aber schon der Name des Flusses zeigt an, daß er ortsgemäß, [177] und d. h. dem Wesen der λήθη dienstbar ist. Der Fluß im Felde der λήθη heißt Άμέλης, das bedeutet: »Ohnesorge«. Der Krieger, der den μΐθος vom δαιμόνιος τόπος erzählt, sagt (621 a 4ff.): οχηνδσθαι οΰν σφδς ήδη εσπέρας γιγνομένης παρά τόν Άμέλητα ποταμόν, οϋ τό ΰδωρ άγγεΐον ούδέν στέγειν. »Gezeltet hätten sie dann, nachdem schon der Abend   heraufgekommen sei, neben dem Fluß >Ohnesorge<, dessen Wasser kein Behältnis   zudecken, d. h. bergen, könne.« (στέγη das Dach, die Decke.) Dieses Wasser kennt nicht die Sorge   (μελέτη) um das, was der Verschwin-dung und der Entgängnis und somit der entziehenden Verbergung entgegen ist. Dieses Wasser, das selbst in keinem Behältnis sich behalten läßt, weil es die reine Entgängnis selbst ist, kennt nicht die μελέτη της ἀλήθειας, die Sorge um die Unverborgenheit  , die Sorge darum, daß das Seiende   in das Unverborgene geborgen und darin beständig sei und bleibe. Die »Sorge« meint hier keineswegs irgendeine Bekümmernis und Trübseligkeit über irgendeinen äußerlichen Zustand der Welt   und des Menschen. Vielmehr ist die Sorge einzig die Sorge um die Unverborgenheit und gehört in   den Bereich des δαιμόνιον. Die Sorge gehört in das Ereignis   des Wesens der Entbergung und Verbergung. Demgemäß ist die ihr entsprechende »Sorglosigkeit« weder eine beliebige Unbekümmertheit um irgendwelche Dinge noch ist sie nur eine Eigenschaft   von Menschen, sondern die »Sorglosigkeit« ist einzig das Sich-nicht-sorgen um die ἀλήθεια, weil sie das Walten   der λήθη, der entziehenden Verbergung, besorgt; deshalb bleibt auch diese Sorg-losigkeit ein δαιμόνιον. Sofern also im Bereich des wesentlichen Denkens, wo das Wesen des Seins und die Unverborgenheit gedacht wird, das Wort   von der »Sorge« fällt, ist anderes gedacht als die Verdrießlichkeit eines menschlichen »Subjekts«, das im »Nichts an sich  «, einem zur leeren Nichtigkeit vergegenständlichten »Erlebnis  «, umhertaumelt.


Ver online : Parmenides [GA54]